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"A ARCA DE NÓE, o dirigível"

15/02/2023

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DILÚVIO: a verdade por trás do mais universal dos mitos

Noé não foi o primeiro proprietário da arca. O mito do dilúvio é bem mais antigo que a própria Bíblia. E mostra como várias culturas lidam com um medo em comum: o de que o mundo como nós o conhecemos às vezes acaba, mas sempre renasce. O registro do mito diluvial é quase tão antigo quanto a própria escrita. Como você pode imaginar, as literaturas de Atrahasis e Gilgamesh não foram contadas em livros de papel. Elas estão imortalizadas em tabletes de argila, gravados com uma espécie de carimbo, o cunho. Em vez do abecedário, são riscos e triângulos que dão formato ao texto.

ESCRITA 18 SÉCULOS A.C.

Tempos após a criação do mundo, deus se cansa da obra e decide varrer a humanidade com um grande dilúvio. Mas um herói é escolhido para ser salvo com sua família. Deus ordena que ele construa uma ordena que ele construa uma arca e carregue nela um casal de cada espécie de animal para todos darem continuidade à vida após a catástrofe. Ao final do dilúvio, esse escolhido solta uma pomba, para averiguar se há terra firme por perto.


NARRATIVAS DIVERSAS

Essa narrativa é a precursora da versão protagonizada por Noé. Para entender como ela deu origem à história diluviana mais famosa de todas, é preciso dar um passo atrás. Bem atrás, para o berço da civilização. A mesma narrativa foi traduzida, reinventada, recontada e ressignificada em diversas religiões e culturas. A mitologia grega possui Deucalião, o filho de Prometeu que constrói um barco para se salvar do dilúvio de Zeus. A mitologia nórdica também tem sua versão – é só trocar a água por sangue. Ela está presente até no hinduísmo, quando o deus Vishnu encarna na forma de um peixe para avisar a um avisar a um humano que o dilúvio está por vir.

OUTRAS ENCHENTES

O dilúvio universal, como dissemos, pode não ter existido. Mas nem por isso ele deixa de ser universal. É que histórias bem parecidas também surgiram espontaneamente, em populações populações que não tiveram contato com a Mesopotâmia.

O MEDO E A ESPERANÇA                     Seja qual for o seu dilúvio favorito, o fato é que todos eles são alegorias para dois sentimentos bem universais: o medo de que tudo acabe. E a esperança de que sempre há um recomeço.                                               [...] "E ter que demonstrar sua coragem À margem do que possa parecer " [...]

VIRGENS VESTAIS

14/02/2023

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DEUSA VESTA

Você já ouviu falar a respeito das virgens vestais? Elas eram devotas da deusa romana Vesta, divindade do lar e símbolo da fidelidade cuja personificação era o fogo sagrado. Essas mulheres eram superimportantes e respeitadas na Roma Antiga e o culto a elas perdurou por mais de mil anos.

NEM PENSAR EM PROFANAR

Uma das exigências para ser vestal era ser virgem. Sob hipótese alguma poderia se imaginar uma virgem vestal manter relações sexuais. Seria profanação e desonra à deusa, ao Templo e ao seu nome, devendo ser maculada para o restante dos seus dias, que seriam breves, pois seria enterrada viva.

TEMPO DE SERVIÇO

Algumas meninas eram selecionadas para se tornarem vestais aos 6 anos de idade e o normal era que elas permanecessem na atividade por pelo menos 30 anos. Durante esse período, as virgens não podiam manter qualquer contato com suas famílias e só podiam retornar às suas casas depois de cumprir o tempo mínimo de serviço — se desejassem.

​POUCA OFERTA                                     Apesar de Roma ser imensa e de o culto a Vesta ter sido pra lá de popular durante séculos, não pense que havia um exército de virgens vestais servindo à deusa. O normal é que houvesse seis delas em atividade por vez, e elas se dividiam para realizar tarefas como conduzir cerimônias oficiais, preparar alimentos para rituais, manter o fogo sagrado sempre queimando, redigir e preencher testamentos para os cidadãos de Roma e coisas do tipo.

CRUELDADE A TODA PROVA

Mesmo no caso de que as vestais cometessem um ato de traição e fossem condenadas à morte, era proibido derramar o seu sangue. Mas não pense que os romanos — sempre criativos — não encontraram formas de contornar esse detalhe técnico na hora de executar as pobres mulheres! Um dos métodos utilizados era verter chumbo derretido em suas bocas para que ele descesse por suas gargantas ou, ainda, enterrá-las vivas junto ao portão de entrada do templo de Vesta.

FIM DE UMA ERA As vestais começaram a perder sua influência conforme o cristianismo foi ganhando força em Roma. Então, o Templo de Vesta foi fechado no ano de 391, e as atividades das virgens chegaram ao fim completamente quando o Império Romano adotou o cristianismo como religião oficial e todas as demais crenças foram banidas, isso em 394.

​​FIM DE UMA ERA

As vestais começaram a perder sua influência conforme o cristianismo foi ganhando força em Roma. Então, o Templo de Vesta foi fechado no ano de 391, e as atividades das virgens chegaram ao fim completamente quando o Império Romano adotou o cristianismo como religião oficial e todas as demais crenças foram banidas, isso em 394.

SEGUNDO CÉREBRO

13/02/2023

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O "SEGUNDO CÉREBRO"

Dentro do sistema digestivo humano existe o que alguns pesquisadores já chamam de “segundo cérebro”, com meio bilhão de neurônios e mais de 30 neurotransmissores (incluindo 50% de toda a dopamina e 90% da serotonina presentes no organismo). Tudo isso para controlar uma função essencial do corpo: extrair energia dos alimentos. Mas novas pesquisas estão revelando que não é só isso. Os neurônios da barriga podem interferir, sem que você perceba, com o cérebro de cima, o da cabeça – afetando o seu comportamento, as suas emoções e até o seu caráter.

LOGO ELE: O INTESTINO

Ele tem 9 metros de comprimento e 500 milhões de neurônios. Controla muito do que você faz - e influencia tudo o que você pensa.

Segundo a Associação Internacional de Controle do Stress (ISMA), 72% dos trabalhadores brasileiros são estressados. E nunca houve tanta gente, no mundo, sofrendo de depressão. De onde vem tudo isso?

Novos estudos têm revelado um ponto em comum entre todos eles: a sua barriga.

DO PROCESSO EVOLUTIVO

Ao longo da evolução, animais primitivos – como os vermes de 600 milhões de anos atrás – foram desenvolvendo uma rede de neurônios no sistema digestivo. Lá, eles coordenavam o processamento da comida, que graças a isso se tornou mais sofisticado (ou seja, capaz de extrair energia de mais e mais tipos de alimento). E também desempenhavam outra função crucial: detectar e expulsar substâncias tóxicas, evitando que o bicho morresse ao comer algo venenoso.

A MICROBIOTA

Segundo um estudo publicado este ano pelo Weizmann Institute of Science, de Israel. Um homem de 1,70 m e 70 kg possui aproximadamente 30 trilhões de células humanas. E 39 trilhões de bactérias. Ou seja: o seu corpo contém mais células não humanas do que humanas. As bactérias da sua barriga são benéficas, ajudam na digestão dos alimentos. Mas também podem provocar efeitos estranhos e surpreendentes.

O ESTUDO (PESQUISA)

Cientistas da Universidade Cork, na Irlanda, descobriram que bactérias da espécie Lactobacillus rhamnosus, encontradas em iogurtes, eram capazes de alterar o comportamento de ratos de laboratório. Os pesquisadores dividiram os ratinhos em dois grupos, alimentados com dois tipos de iogurte: um com essa bactéria e outro sem. Os camundongos que tomaram o iogurte turbinado tiveram o dobro de disposição para atravessar labirintos e nadar.

ANTIDEPRESSIVO DO FUTURO           Ou seja: as bactérias do iogurte mexeram com o “segundo cérebro” dos ratinhos – que alterou os níveis de várias substâncias e, por sua vez, influenciou o cérebro principal. “A microbiota pode se comunicar com o cérebro”, explica o neurocientista brasileiro Gilliard Lach, do laboratório que fez o estudo. “Talvez, no futuro, os antidepressivos possam ser comprados no supermercado, na forma de iogurte”, acredita.

 

FINALIZANDO

Em seres humanos, acontece a mesma coisa. Isso ficou provado em 2013, quando cientistas da Universidade da Califórnia recrutaram 36 voluntárias. Elas foram divididas em três grupos...

O resultado foi claro. As bactérias modificaram várias regiões que processam sensações do corpo, emoções e até funções cognitivas. Caiu a atividade de regiões como a ínsula (responsável por processar certos estímulos do corpo, como fome) e o córtex somatossensorial (que processa o tato e outros sentidos). E aumentaram as conexões entre a substância cinzenta periaquedutal, que ajuda no controle da dor, e o córtex pré-frontal – a área racional do cérebro. Ou seja: alterações no sistema digestivo provocaram alterações no cérebro.


PRIMEIRA CAPITAL DO BRASIL

11/02/2023

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POR QUE A CAPITAL DO BRASIL MUDOU DE SALVADOR PARA O RIO, HÁ 260 ANOS?

Muito antes de Brasília existir, o Rio de Janeiro era a capital do Brasil. Contudo, muita gente se esquece que essa não foi a primeira mudança de capital no nosso país — o primeiro centro das decisões políticas da colônia foi em Salvador, na Bahia.

TERRA DE VERA CRUZ

O Brasil nasceu no litoral — especificamente no litoral do Nordeste, onde fica a primeira capital, Salvador. Foi no Monte Pascoal, na atual Porto Seguro (BA), que Pedro Álvares Cabral invadiu o que veio a ser chamado eventualmente de Terra de Vera Cruz, em 1500.

O PIVÔ DA TRANSFERÊNCIA

Na época, nosso principal produto era o pau-brasil, que vinha principalmente do Nordeste.

Porém, nos dois séculos seguintes, muita coisa mudou. A maior transformação foi a descoberta de ouro nas Minas Gerais. Sim, esse é o principal motivo da transferência da capital do Brasil de Salvador para o Rio de Janeiro. Mas as coisas não são tão simples...

O OBJETIVO NA REAL

Quando se tornou capital do Brasil, em 1763, o Rio de Janeiro ainda era uma cidade pacata, de cerca de 30 mil habitantes — embora já estivesse entre as mais populosas da colônia, não era a mais importante. Tornou-se, de fato, após se tornar capital.

É muito comentado que a mudança aconteceu porque o Rio de Janeiro era o principal porto para escoar a produção das Minas Gerais. Isso é uma meia verdade, uma vez que o ciclo do ouro, iniciado em 1690, já estava em decadência em 1763. Na real, o objetivo era justamente controlar o que ainda restava e tentar dar um novo impulso a esse comércio.

TERCEIRA RAZÃO

Existe ainda um terceiro fator que estimulou a mudança da capital para o Rio de Janeiro: sua proximidade com as províncias ao sul do Brasil, próximas da América Espanhola. Essa era uma época muito próspera para os espanhóis na região da Argentina e Uruguai. Como a região sul tinha grandes relações com os vizinhos, a Coroa Portuguesa queria proteger essa fronteira.

FINALIZANDO

Efetivamente a transferência da capital só foi acontecer lá em 1808, quando a corte fugiu das tropas de Napoleão, apesar de D. José I ter decretado em 1763.

AS TRÊS MARIAS

10/02/2023

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As TRÊS MARIAS vão virar DUAS MARIAS?

Veja quem será a primeira estrela a se despedir das irmãs.

“Três Marias” é o termo popular usado para se referir ao Cinturão de Órion. Olhando para o Leste, a estrela mais próxima ao horizonte ali é chamada Alnitak. A do meio é Alnilam e a mais distante, Mintaka.

PARA EFEITO DE COMPARAÇÃO

O Sol (uma estrela anã amarela) já tem 4,6 bilhões de anos – e só passará para sua próxima fase (gigante vermelha) daqui 5 bilhões.

Uma vida relativamente longa para a realidade estelar.


O ADEUS DE ALNILAM

Dentre as Três Marias, a primeira a dizer adeus será a irmã do meio, Alnilam, mesmo sendo a mais jovem delas: tem 5,5 milhões de anos. A expectativa de vida menor, então, está relacionada ao fato de ela ser a mais massiva das três, com 40 vezes a massa do Sol. A estimativa é de que vá virar uma supernova (fase pré-morte, em que passa por uma grande explosão luminosa) em menos de um milhão de anos.

A VEZ DA OUTRA MARIA

Logo depois será a vez de Alnitak, que também deve explodir em menos de um milhão de anos – não dá para cravar com mais exatidão do que isso. Na verdade, Alnitak é um sistema triplo de estrelas muitopróximas, tanto que as percebemos como um único ponto no céu. A mais brilhante delas é uma supergigante de 6,4 milhões de anos. Apesar de ser mais velha que Alnilam, vai morrer mais tarde, pois tem “só” 33 vezes a massa do Sol.

E POR FIM

Chegará a hora em que Mintaka será a estrela solitária. Ou quase isso. Assim como Alnitak, ela é um sistema estelar múltiplo composto por seis estrelas (que daqui também enxergamos como um ponto só).A mais brilhante delas tem 24 vezes a massa do Sol. Aí você já sabe: por ser menos massiva, evolui mais lentamente e será a última Maria a apagar no nosso céu.  


ATO PSÍQUICO

09/02/2023

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CONSCIÊNCIA - ETIMOLOGIA Consciência implica à percepção da realidade particular do entorno, assim como saber diferenciar entre o bem e o mal, desde o ponto de vista da moral. Com origem no vocábulo latim conscientĭa (“com conhecimento”), a consciência é o ato psíquico mediante o qual uma pessoa enxerga a sua presença no mundo. Por outro lado, a consciência é uma propriedade do espírito humano que permite reconhecer-se nos atributos essenciais.

“PROVE QUE VOCÊ É HUMANO”: A HISTÓRIA DO CAPTCHA

Captcha, sistema de verificação usado não só em paredões do BBB, mas também para o cadastro em sites e qualquer procedimento online que esteja vulnerável à ação de bots – programas de computador que podem desempenhar uma tarefa específica repetidamente. Como votar milhares de vezes.

COMO FUNCIONA

Vamos começar pelo nome. Captcha é uma sigla em inglês para Completely Automated Public Turing Test to Tell Computers and Humans Apart (ou “teste público de Turing completamente, automatizado para distinguir computadores e pessoas”). Ou seja: trata-se de uma ferramenta para verificar se quem está na frente do computador é uma pessoa – e não um robô.

COMO SURGIU?

No início dos anos 2000, o problema não era a votação no BBB, mas sim spams enviados por email e contas falsas criadas no chat do Yahoo!. A empresa de tecnologia, então, entrou em contato com a Universidade de Carnegie Mellon, nos EUA, para pensar em uma solução. Um grupo de estudantes liderado por Luis von Ahn criou a primeira forma de Captcha, baseada na identificação de letras.

O CÉU NÃO É O LIMITE?

Nos últimos meses, os softwares de Inteligência Artificial (IA) atingiram proporções que eram inimagináveis um ano atrás. O ChatGPT, desenvolvido pela OpenAI, é um modelo de linguagem capaz de gerar textos que parecem ter sido escritos por humanos. Já o Dall-E, da mesma empresa, gera imagens inéditas a partir de descrições como “uma pintura expressionista de um cachorro usando um chapéu”. Agora, a Google está desenvolvendo uma IA que compõe áudios inéditos a partir de  texto.

FINALIZANDO COM A INTELIGÊNCIA NATURAL

IA (Inteligência Artificial) trabalha de um jeito fundamentalmente diferente: ela aprende a chegar a um resultado previamente definido pelo desenvolvedor de algoritmos. É assim que as técnicas de machine learning, responsáveis pelo renascimento e aceleração da inteligência artificial nos últimos dez anos, funcionam.

"FELICIDADE SIM..."

08/02/2023

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[...] "A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranquila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor" [...]

​​A QUÍMICA DA FELICIDADE                   Existe uma molécula que determina se as lembranças serão boas ou ruins. Veja esta e outras descobertas da ciência sobre os mecanismos cerebrais ligados à felicidade. E a relação disso com a polêmica dos antidepressivos. polêmica dos antidepressivos.

VOCÊ ESTÁ FELIZ?

Espero que sim. Mas, seja qual for a sua deliberação, você provavelmente hesitou um pouquinho antes de responder. Isso porque a felicidade é fugidia: às vezes conseguimos agarrá-la, e queremos ficar assim para sempre, mas aí ela começa a escorrer como areia por entre os dedos – ou simplesmente some, sem motivo , para reaparecer tempos depois.

EM ECLESIASTES

O livro de Eclesiastes, que faz parte dos livros poéticos e sapienciais do Antigo Testamento da Bíblia cristã e judaica, que vem depois do Livro dos Provérbios e antes de Cântico dos Cânticos, encontramos a frase “a felicidade não é deste mundo” escrita de forma direta, mas um relato que pretende ensinar os caminhos para melhorar a vida e atingir a felicidade.

MACHADO E A QUIMERA                    

Como escreveu Machado de Assis, a felicidade é uma quimera: algo que você passa a vida tentando alcançar, mas está sempre escapando. Ela é muito mais do que ter saúde, dinheiro, liberdade e uma rede de apoio social.

OLHARES DISTINTOS

A felicidade tem um ângulo de visão diferente para cada um, de acordo com seu grau de evolução. Os que ainda estão arraigados ao material, sofrem por não poderem ter o que lhes seria essencial.

Outros, condicionam sua felicidade à fama, sucesso e poder, para outros, ainda, a felicidade está fixada à uma existência sem problemas. Entretanto, os que já estão mais espiritualizados, buscam a felicidade nas coisas mais simples da vida, como família, amigos, ou mesmo na prática sincera da caridade cristã.

VOLITANDO NO AR

E continua Jobim, [...] "A felicidade é como a pluma

Que o vento vai levando pelo ar

Voa tão leve

Mas tem a vida breve

Precisa que haja vento sem parar" [...]

MENSAGENS RUIDOSAS

07/02/2023

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DESSA VEZ NA TURQUIA E SÍRIA

Vez por outra, a Humanidade, em determinadas regiões do Planeta, chora a dor da destruição de cidades e a perda dos entes queridos. Catástrofes naturais ou acidentais vitimam milhares de pessoas e as imagens televisivas, virtuais ou impressas nos mostram as tintas do drama de nossos irmãos, enquanto a população recolhe seus mortos, implorando por auxílio para o socorro aos sobreviventes e a futura reconstrução de Vez por outra, a Humanidade, em determinadas regiões do Planeta, chora a dor da destruição de cidades e a perda dos entes queridos. ,

MITIGAR A DOR

A solidariedade fraternal do mundo fica explícita nas ações de grupos estatais e não-governamentais, que remetem remédios e equipamentos clínicos, bem como alimentos, água potável, roupas e cobertores, em paralelo aos inúmeros voluntários das cruzadas de saúde e defesa civil que atendem às vítimas, no digno exemplo daqueles que se importam com o semelhante e fazem o possível para minorar a dor alheia.

UMA OUTRA LEITURA

A filosofia espírita apresenta-nos a destruição como uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, importando no aniquilamento da vida material, a interrupção da atual experiência. Há, segundo a cátedra espírita, as desencarnações naturais, as provocadas e as violentas. As provocadas resultam da ação humana no espectro da criminalidade e da agressividade (assassínio, atentados, guerras). As violentas encampam a ocorrência de catástrofes naturais (enchentes, terremotos, maremotos, ciclones, erupções, desmoronamentos, acidentes aéreos, automobilísticos, ferro ou aquaviários, entre outros).

"HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA..."

Pode parecer um contrassenso, mas o planeta só continua favorável à vida, em parte, porque esses desastres acontecem. Quando as placas tectônicas (as “balsas” de rocha sobre as quais os continentes , se apóiam) se chocam criando vulcões, terremotos e ondas gigantes chamadas tsnunamis, novas rochas e solos nascem. “A água, o dióxido de carbono e o enxofre essenciais para a criação e manutenção da vida são reciclados pelos vulcões”, afirmou o geólogo britânico Simon Winchester no livro Krakatoa.

FINALIZANDO

Nós, humanos, pensamos que tudo na Terra está sob nosso controle. Mas, de vez em quando, a natureza inventa jeitos devastadores de provar que isso não passa de mera presunção. Vibrações de solidariedade e pesar para nossos irmãos na Turquia e na Síria.

VANDALISMO - ONTEM E HOJE

06/02/2023

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QUEM FORAM OS VÂNDALOS

Eles invadiram Roma no ano 455 e destruíram relíquias históricas, monumentos e obras de arte. Acabaram levando o troco, e foram aniquilados. Mas treze séculos depois, durante a Revolução Francesa, seu nome se tornaria parte do vocabulário universal. 

CONCEITO E ORIGEM

Vandalismo, segundo o Dicionário Houaiss, é: “ação própria dos vândalos (no sentido de ‘povo’), que consiste em atacar produzindo ruína, devastação, destruição”, ou “ato ou efeito de produzir estrago ou destruição de monumentos ou quaisquer bens públicos ou particulares; baderna com violência”. A expressão vem dos Vândalos, que surgiram por volta de 120 a.C. na região do rio Oder, atual Polônia. Esse povo germânico começa a escrever seu nome na história algumas centenas de anos depois, quando o Império Romano sofre um de seus principais abalos: a Crise do Terceiro Século.


A EXECUÇÃO DO "GOLPE"

Tudo começa em 235 d.C., com o assassinato do imperador Alexandre Severo. Segue-se uma luta por poder que enfraquece o Império, cujo território passa a ser atacado por vários povos – entre eles, os Vândalos. O Império balança, mas não cai. No ano 340, os Vândalos recebem permissão de Roma para se estabelecer na Panônia, então uma província romana (parte do que hoje são Hungria, Áustria e Croácia). Em 409, eles invadem a península ibérica – e, em 429, o norte da África, tomando-o das mãos de Roma.


O RESSURGIMENTO

A ocupação vândala em Roma durou duas semanas: em 16 de junho de 455, eles foram embora. 

A fama dos Vândalos ressurgiria mais de um milênio depois. Em 1792, a Revolução Francesa entra em sua fase mais violenta, o chamado Reino do Terror, e o governo revolucionário aprova um decreto ordenando a demolição de monumentos erguidos durante o Antigo Regime. 

FINALIZANDO

Os episódios de um mês atrás em Brasília, seriam uma mera coincidência com o ocorrido no longínquo passado? Ou...Os Vândalos estão de volta?

REFERÊNCIA

Coluna de Bruno Garattoni em super.abril.com.br

CIRCUNCISÃO - JUDAÍSMO E CRISTIANISMO

05/02/2023

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NO OITAVO DIA DO NASCIMENTO

Assim como Jesus, todo homem judeu foi circuncidado. Esta prática foi abandonada pelos seus seguidores, diferentemente de outros rituais que o judaísmo e o cristianismo mantêm e ainda partilham, como a oração conjunta nos templos ou a celebração em datas semelhantes do Natal e do Hanukkah ou da Páscoa e do Pesach.

PRIMEIRO GRANDE CONFLITO DA IGREJA                                                   Segundo o Novo Testamento, a ruptura entre o judaísmo e o cristianismo no que se refere à circuncisão ocorreu por volta do ano 50 e teve como protagonistas São Paulo e São Pedro, que tiveram uma forte discussão sobre o assunto.


 CIRCUNCISÃO NO CONTEXTO HISTÓRICO

A remoção do prepúcio, que envolve a retirada da pele do pênis que cobre a glande, é uma prática que não começou com a religião, mas muito antes. É o procedimento cirúrgico mais antigo do mundo e, embora não esteja totalmente claro, acredita-se que tenha se originado no Egito há cerca de 15 mil anos, segundo o livro An Illustrated Guide to Pediatric Urology ("Um guia ilustrado para urologia pediátrica", em tradução livre), do cirurgião pediátrico e acadêmico Ahmed al Salem.

                                   

A FORÇA DA RELIGIÃO ATÉ NA HIGIENE

"Há quem diga que, além do conceito religioso, sua utilidade sanitária e higiênica gerou maior adesão a essa prática, sem podermos determinar se a origem foi higiênica e sanitária e depois houve um acordo sobre a divinização ou religiosidade do evento, ou vice-versa. Mas há uma conjunção inegável entre a prática da circuncisão e saúde e higiene", diz o rabino Daniel Dolinsky.

RITO MOSAICO

A Lei de Moisés estabelece que os judeus do sexo masculino devem ser circuncidados no oitavo dia de nascimento, um rito conhecido como 'brit milá'.

"Entre a população judaica, a dificuldade em manter a prática da circuncisão se tornou um problema particular durante o Período Helenístico, devido à influência da cultura helenística sobre os judeus que desejavam assimilar a cultura dominante", diz Cynthia Long Westfall, professora de Novo Testamento no McMaster Divinity College, no Canadá, em seu livro Paul and Gender ("Paulo e Gênero", em tradução livre).

CIRCUNCISÃO EM NÚMEROS

33% da população masculina do mundo com mais de 15 anos é circuncidada; 6,3 em cada 10 homens circuncidados são muçulmanos;

0,7 de 10 homens circuncidados são judeus;

1,2 em cada 10 homens circuncidados são americanos que não são judeus nem muçulmanos.

Fonte: UNAIDS

HUMANOS NA TERRA

04/02/2023

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CICLOS DE HUMANOS NA TERRA Quantos humanos já viveram e morreram ao longo da história? Cerca de 117 bilhões – contando as 8 bilhões de pessoas vivas hoje. Os demógrafos Carl Haub e Toshiko Kaneda, do Population Reference Bureau, fizeram o cálculo com base em estimativas históricas, partindo de 200 mil anos atrás – data aproximada da ascensão do Homo sapiens, embora estudos recentes joguem essa data 100 mil anos para atrás.

CRESCIMENTO EXPONENCIAL

A população atual representa 6,8% de todas as pessoas que já viveram. 140 milhões nascem e 60 milhões morrem todos os anos. Ou seja: o mundo segue crescendo. Metade da humanidade viveu e morreu nos últimos 2 mil anos. É resultado do crescimento exponencial: quanto mais gente viva, mais rápido a população cresce. Há 10 mil anos, existiam apenas 5 milhões de pessoas vivas na Terra. Em 1800, 1 bilhão. E em 2022 atingimos a marca de 8 bilhões de pessoas.

DOMESTICAÇÃO DE ANIMAIS
Apenas 9 bilhões de humanos viveram antes da chamada Revolução Agrícola, que ocorreu há 12 mil anos. Esse período foi marcado por uma grande virada: a domesticação de animais e a plantação em larga escala em diferentes locais do planeta.

EXPECTATIVA DE VIDA

Antigamente, muitas pessoas não chegavam à idade reprodutiva. Há 2 mil anos, por exemplo, a expectativa de vida ao nascer era de apenas 12 anos, dada a dimensão da mortalidade infantil. Hoje ela ultrapassa os 70

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

[...] "Ainda leva uma cara

Pra gente poder dar risada

Assim caminha a humanidade

Com passos de formiga

E sem vontade" [...] 


REFERÊNCIA                                         super.abril.com.br/coluna/oraculo/quantos-humanos-ja-viveram-e-morreram-ao-longo-da-historia

A ANÁLISE EXISTENCIAL

03/02/2023

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AS TRÊS ESCOLAS
A primeira escola de psicologia foi a de Sigmund Freud, que tem como objeto de trabalho a Psicanálise. A segunda foi a de Alfred Adler, uma escola de pensamento e de clínica que considerava a personalidade como única, indivisível. E por fim, a logoterapia, que é a escola fundada por Viktor Frankl, também conhecida como a “terceira escola de psicologia de Viena”.

AS TRÊS DIFERENTES OPINIÕES Sigmund Freud definia o homem como um ser orientado para o “prazer”. Adler o definia como um ser dirigido para o “poder”. V. Frankl tinha a visão do homem como um ser dirigido para o “sentido”.

VIKTOR FRANKL

Aos 19 anos, ele já havia desenvolvido a suas duas ideias fundamentais. Em primeiro lugar, de que devemos responder à pergunta sobre o sentido de nossas vidas, já que somos responsáveis pela nossa existência. Em segundo lugar, de que esse sentido se encontra além da nossa compreensão e assim deve permanecer. Trata-se de algo no qual devemos ter fé.


"EM BUSCA DE SENTIDO"

Em sua obra “Em busca de sentido”, V. Frankl escreveu sobre suas experiências nos campos de concentração . Ele descreveu os maus-tratos sofridos pelos prisioneiros, mas também escreveu sobre a beleza do espírito humano. Em definitivo, o livro trata de como transcender o horror e encontrar sentido inclusive nas circunstâncias mais terríveis.

PROPOSTA DE SUPERAÇÃO

A logoterapia propõe um método de superação dos conflitos humanos que geram sofrimento.

A logoterapia permite encontrar sentido nas situações difíceis e que causam dor. Desta forma, elas se transformam em oportunidades de crescimento para as pessoas que as vivenciam. Este método, concentrado nas vivências dos valores, nos permite encontrar sentido em todos os acontecimentos da vida, dando-nos a possibilidade, portanto, de viver uma vida plena.

Na logoterapia, as conquistas fazem referência ao “sentido”, ao “significado”, a algo que o ser humano busca sempre diante das circunstâncias do destino. Desta forma, a logoterapia significa terapia por meio do “sentido” ou do “significado”.

SINCRETISMO E RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

02/02/2023

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DIA 2 DE FEVEREIRO

"Chegou, chegou, chegou

Afinal que o dia dela chegou

Dia dois de fevereiro

Dia de festa no mar

Eu quero ser o primeiro

Pra saudar Yemanjá..."

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS           As religiões Afro-brasileiras surgiram após a junção da cultura de diversos povos africanos trazidos entre os séculos XVI e XIX. Elas possuem influências de religiões vindas da Europa, como a Catolicismo e o Kardecismo. Além disso, elas possuem características especificas de cada região do país.

SINCRETISMO RELIGIOSO

No Brasil, o sincretismo é evidente entre as religiões de matriz africana que incorporaram elementos do catolicismo. Importante ressaltar que esta mistura se processou de maneira diferente nos diversos pontos do país. O principal motivo que explica este fenômeno é a forma de poder exercida por Portugal na época da colonização. Como a coroa e a Igreja estavam unidos no projeto de colonização, a conversão ao Catolicismo é imposta aos povos conquistados. Assim como os índios, os negros escravizados foram obrigados a adotar a religião católica.

QUEM É YEMANJÁ

Yemanjá é um orixá (divindade africana) feminino das religiões Candomblé e Umbanda. O seu nome tem origem nos termos do idioma Iorubá (língua nígero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significam “mãe cujos filhos são como peixes”. É considerada a mãe de todos os adultos e a mãe dos orixás.

Iemanjá, na verdade, é a divindade do rio que deságua no mar. Ela é filha de Olokun, o orixá rei dos oceanos. O rio que representa Iemanjá e sua história é o Rio Ogun, localizado no estado de Oxum, na Nigéria.

FESTAS E RITUAIS

No dia 2 de fevereiro é comemorado o dia de Iemanjá. Em Salvador, capital do Estado da Bahia, acontece a maior festa popular dedicada a Iemanjá.

Milhares de pessoas trajadas de branco fazem uma procissão até ao templo de Iemanjá, localizado na praia do Rio Vermelho, onde deixam os presentes que vão encher os barcos que os levam para o mar.

Os devotos levam para o mar vários presentes. Os que não afundam ou que são devolvidos à praia são tidos como rejeitados pela deusa.

Dentre as diversas oferendas para a bela e vaidosa deusa, encontram-se flores, bijuterias, vidros de perfumes, sabonetes, espelhos e comidas.

HOJE É O DIA DE SAUDAR YEMANJÁ [...] "Escrevi um bilhete a ela Pedindo pra ela me ajudar

Ela então me respondeu

Que eu tivesse paciência de esperar

O presente que eu mandei pra ela

De cravos e rosas vingou

Chegou, chegou, chegou."

MITOLOGIA AFRICANA

01/02/2023

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POR QUE SERÁ?

É muito comum falarmos sobre as histórias dos deuses gregos e romanos. Entretanto, a mitologia africana ainda é muito pouco conhecida ou comentada no Brasil. Aliás, a mitologia africana foi trazida para o Brasil pelos escravos importados da África. Além disso, parte dos deuses dessa religião tem relação com a religião nigeriana yorubá.

SEGUNDO A MITOLOGIA IORUBÁ

O criador dos orixás e de todo o mundo é Olorum, o Deus Supremo. Houve um tempo em que o Céu e a Terra estavam juntos, de modo que homens e deuses coabitavam o mesmo espaço.

De acordo com o livro Mitologia dos Orixás, de Reginaldo Prandi, certo dia, cansado da sujeira e do desleixo dos homens, Olorum decide separar definitivamente Orum e Aiê, afastando os deuses do convívio com os seres humanos. A partir de então, os seres humanos ficavam impedidos de ir a Orum, e os deuses de ir à Terra.

RETORNO PERIÓDICO

Depois de um tempo, os deuses ficaram tristes e procuraram Olorum. Eles queriam poder voltar a conviver com os seres humanos e participar das aventuras e brincadeiras de outros tempos.

Olorum então permitiu que os orixás voltassem à Terra de vez em quando, impondo-lhes a condição de que isso fosse feito através dos corpos de seus devotos.

DIVISÃO DAS RIQUEZAS ENTRE OS ORIXÁS

Para entender como ada orixá recebeu a sua parte da natureza, é preciso lembrar o mito de Onilé, um dos mais belos e importantes da mitologia iorubá.

O Deus Supremo, Olorum-Olodumare, preparou uma reunião para distribuir as riquezas do mundo entre todos os orixás. Assim, todos eles deveriam comparecer com suas melhores roupas e ornamentos. E todos compareceram ricamente vestidos, cada um exibindo uma qualidade especial.

O GOVERNO DO PLANETA TERRA Diante da dificuldade da decisão, Olorum resolve acatar as escolhas que cada orixá já havia feito. Assim, Iansã, vestida com o vento e enfeitada com os raios, tornou-se governadora das tempestades. Iemanjá, vestida com a espuma do mar, tornou-se a Rainha do Mar. E foi dessa forma que cada orixá recebeu a sua parte.

Onilé, no entanto, não havia aparecido na reunião. É filha de Olorum, portanto estava no palácio de seu pai. Mas por ser extremamente tímida, escondeu-se numa cova que ela mesma abriu no chão. Por estar vestida de terra, recebeu de seu pai o governo do planeta, que é a casa de toda a humanidade.

A DUALIDADE DE UM "DEUS"

31/01/2023

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"O PORTEIRO CELESTIAL"

Segundo a mitologia romana, mas também etrusca, Jano (do latim Janus ou Ianus) era o porteiro celestial, sendo representado com duas cabeças, simbolizando os términos e os começos, o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas, sendo absoluto somente a Divindade.

Em seu templo, as portas principais ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas em tempos de paz. Jano preside tudo o que se abre, é o deus tutelar de todos os começos; rege ainda tudo aquilo que regressa ou que se fecha.

ESTAMOS NO FINAL DE JANO             Jano (do latim Janus ou Ianus) era um ser mitológico romano com duas cabeças. Simbolizava o passado e o futuro, o dualismo relativo de todas as coisas. No seu templo, as portas ficavam abertas em tempos de guerra e eram fechadas durante a paz. Era o deus tutelar de todos os começos, patrono de todos os finais. 

AS DUAS FACES

O fato de suas faces estarem viradas para lados opostos contribui para a dualidade desse deus, uma representa o novo e a outra, o velho; as transições, o espaço entre dois pontos e o caminho entre os extremos. O filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas, expoente da famosa Escola de Frankfurt, em novembro de 1984, numa palestra no Parlamento espanhol, invocou a imagem de Jano para falar sobre o caráter inacabado da modernidade.

CURIOSIDADES E SIMBOLOGIA
Jano costumava ser cultuado e adorado durante os períodos de colheita. No geral, esses rituais de celebração e homenagem cumpriam o papel de desejar pelo sucesso na renovação de um ciclo de plantio. Ademais, essa divindade romana fazia parte dos rituais de casamentos, nascimentos e outros eventos importantes de transição.
Desse modo, ele ficou popular por representar também a transição entre a vida selvagem e a civilização. Tal como as portas têm dois lados, e um porteiro fica por fora, também este deus era então o porteiro da corte divina, e com as suas duas faces podia então olhar para lugares opostos.

RIVALIDADE HISTÓRICA

30/01/2023

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CONTEXTO HISTÓRICO

Os judeus não se davam com os samaritanos porque eles consideravam os samaritanos um povo mestiço e sincrético. Para entender melhor por que os judeus não se davam com os samaritanos é preciso considerar, primeiramente, o contexto histórico da monarquia em Israel. Após a morte do rei Salomão, o reino de Israel formado por suas doze tribos foi dividido em duas partes; cada qual com seu próprio rei. A parte norte fixou sua capital em Samaria; enquanto que a parte sul continuou tendo Jerusalém como sua capital política e religiosa conforme estabelecido pelo rei Davi.


MOTIVOS ÉTNICOS

Podemos dizer que os judeus não se davam com os samaritanos por causa de sua mistura com outros povos. Os judeus consideravam que os samaritanos não tinham sangue puro. Eram israelitas que se misturaram com outros povos.

Quando a Assíria tomou Samaria, o rei assírio deportou muitos israelitas para outras terras de seu império; e também importou pessoas de outros povos subjugados pela Assíria para viver em Samaria. Os israelitas que continuaram viveram em Samaria acabaram se misturando com os estrangeiros e assimilando os costumes desses povos.

MOTIVOS RELIGIOSOS

Os judeus não se davam com os samaritanos por causa de diferenças substanciais no aspecto religioso. De fato após a queda de Samaria muitos samaritanos misturaram o monoteísmo hebreu com o politeísmo dos povos pagãos que ocuparam aquela região. Mas depois houve um esforço para que os samaritanos fossem instruídos na Lei de Deus; embora muitos deles continuassem a incorporar a adoração ao Senhor em suas práticas idólatras (2 Reis 17:24-41).

Com o tempo os samaritanos edificaram seu próprio templo de adoração no Monte Gerizim e tiveram seus próprios sacerdotes.

MOTIVOS NA RECONSTRUÇÃO Alguns eventos históricos fizeram por aumentar a hostilidade entre os dois grupos. Quando os judeus voltaram do cativeiro babilônico, eles receberam permissão para reconstruir o Templo e os muros da cidade de Jerusalém.

Inicialmente os samaritanos se apresentaram a Zorobabel querendo ajudar os judeus na reconstrução do Templo. Mas quando tiveram sua ajuda negada, tão logo eles começaram a fazer grande oposição contra os judeus e atrasaram a obra (Esdras 4:2-5). Também quando Neemias começou a reconstruir os muros de Jerusalém, um de seus maiores opositores foi Sambalate, o governador de Samaria à época (Neemias 2:10,19; 4:1; 6:1).

AINDA NO TEMPO DE JESUS

No tempo de Jesus os Evangelhos mostram como os judeus não se davam com os samaritanos. Toda aquela rivalidade histórica culminava em comportamentos hostis de ambos os lados. Muitos judeus piedosos da Judeia e da Galileia preferiam adotar uma rota maior em determinado percurso apenas para não passar pelo território samaritano e correr o risco e se contaminar cerimonialmente por causa dos samaritanos hereges.

Também é verdade que alguns samaritanos faziam de tudo para barrar os viajantes judeus. Alguns estudiosos dizem que o ódio por parte de certos samaritanos era tão grande que eles chegavam a assassinar alguns peregrinos judeus.

TODAVIA JESUS...

Mas o Mestre Jesus, por outro lado, em nenhum momento aprovou ou fomentou esse ódio entre judeus e samaritanos. Jesus Cristo também anunciou o Reino de Deus aos samaritanos. Ele esteve em Siquem, uma cidade que reunia muitos samaritanos. Sua hospitalidade para com os samaritanos chegou a impressionar a mulher samaritana junto ao poço de Jacó (João 4:9).

"SER ou NÃO SER, EIS a QUESTÃO."

29/01/2023

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QUEM SOU EU?

A crise existencial é o momento crucial em que o ser humano busca um verdadeiro sentido para a vida.

As crises existenciais são momentos confusos e de alta ansiedade quando uma pessoa está em busca de resposta para esta pergunta: Quem sou eu?

O conceito de crise existencial é derivado de Erikson (1970) que se referiu a ela como uma crise de identidade. Um tipo de crise existencial que provavelmente ocorrerá no início da vida, na vida adulta e na meia-idade, começando na adolescência chamada crise de identidade e medo do futuro.

"CONHECE-TE A TI MESMO"

Sócrates usou para nos ensinar a filosofar, no sentido de conhecermos a nós mesmos, tomando consciência de nossas fraquezas e de nossas potencialidades. Passados mais de 2.500 anos, ele ainda é atual, como forma de autoconsciência do ser humano. Os problemas existenciais acompanham o ser humano. A vida e a morte, a dor e o prazer, a saúde e a doença, a felicidade e a infelicidade são de todos os tempos.

O EXISTENCIALISMO

O termo “existencial” surgiu na segunda metade do século XIX; o existencialismo, entre 1930 e 1950. As duas grandes Guerras Mundiais tiveram grande influência na concepção do existencialismo moderno. Na guerra, um ser humano destrói o outro como se estivesse destruindo um brinquedo qualquer. Daí, deduz-se que o ser humano estava sendo usado como um objeto, como um bem de consumo. Dentro dessa perspectiva, os pensadores existencialistas começaram a vislumbrar um mundo pessimista, negativo, incluindo as noções de morte, angústia, náusea. É a percepção do sentido do absurdo juntamente com a do sentimento trágico da vida. O que antes era dito psicológico ou moral, será dito existencial.

ESSÊNCIA E EXISTÊNCIA

Na tradição filosófica, a essência precede a existência. Sartre inverte esta noção e afirma que a existência precede a essência. Segundo a sua concepção, entendemos que, à medida que os dias se passam, a essência vai se formando. Assemelha-se à folha de papel em branco, a tabula rasa de Locke. A essência é uma folha em branco, que vai sendo preenchida pelas nossas experiências do cotidiano.

Para o Espiritismo, a essência precede a existência, pois a essência, o Espírito, o princípio inteligente do universo, toma um corpo (existência), mas é anterior ao corpo.

A ideia-chave da PSICOLOGIA EXISTENCIAL

A trajetória de vida de uma pessoa é única e determinada pela própria pessoa.

Compreensão e autoaceitação é fato de você ser responsável por seu ser para a existência de si mesmo como pessoa.

Conforme avançamos no caminho da vida ganhamos experiência e acumulamos conhecimentos sobre o mundo e sobre si mesmos, o que suscita reflexões sobre o sentido da vida, seu valor e objetivos.


SÍNDROME DO PENSAMENTO ACELERADO

28/01/2023

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CUIDADOS COM A MENTE E COM O CORPO

A Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), não é uma doença, mas um sintoma associado a um quadro de ansiedade. Quando se fala dessa síndrome, fala-se de uma dificuldade pessoal em relaxar, acalmar e organizar a mente e de uma busca incessante por informações e estímulos, ou seja, ocorre uma inundação por pensamentos acelerados o tempo todo, o que dificulta a concentração, e desgasta a saúde física e mental.


COMO SE MANIFESTA?

O ritmo alucinante dos grandes centros, acaba produzindo um número excessivo de informações, produzindo uma mente hiperpensante, agitada, impaciente, com dificuldades no campo criativo e baixo nível de tolerância. Os principais alvos desta condição são profissionais constantemente avaliados e um ritmo acelerado de trabalho, sem poder relaxar, para evitar o comprometimento de seu rendimento, tais como: executivos, professores, profissionais da saúde, jornalistas, entre outros.


O QUE CAUSA?

Na Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), as causas podem ser originadas de alguns transtornos como: ansiedade, bipolaridade, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), borderline e, como consequência do uso de drogas, como cocaína. Na SPA, os sintomas de inquietação aumentam de forma gradativa ao longo dos anos, o que significa a possibilidade de uma diferença intensa no comportamento do indivíduo. Uma das principais causas da SPA o acúmulo de informação, aliado às questões sociais como: o exagero de estímulos (uso de celulares e tecnologias, redes sociais, rapidez de informação), excesso de brinquedos, etc.

FATORES DE RISCO

O portador da SPA produz uma super construção de pensamentos, em uma velocidade tão alta que acaba por estressar e desgastar o cérebro. Na verdade, tem a ver com a intensidade e o volume de pensamentos e ideias, ou seja, a aceleração do pensamento aumenta a ansiedade e interfere na saúde física e mental. Por não conseguir desligar a mente e apresentar dificuldade em desacelerar o pensamento, o indivíduo acaba sofrendo por antecipação. Uma outra caraterística, é o cansaço físico exagerado e inexplicável. Isso porque os portadores dessa síndrome, ao pensarem demais, tendem a roubar energia do córtex cerebral, que é a camada mais evoluída do cérebro, uma energia que deveria ser utilizada para manter os órgãos do corpo.


RELAÇÃO entre o TDAH com a SPA

O TDAH(Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade) tem origem genética e causa intensos sintomas de ansiedade e por consequência inquietação e agitação. É comum também que essas singularizações da condição apareçam no início da vida, ou seja, na infância e ainda a existência de um histórico familiar com presença da patologia. A SPA, tem origem no momento de vida, em que o indivíduo está inserido. Se dá na vida adulta, como consequência de situações sociais a que o indivíduo está exposto.

MUITOS OS CHAMADOS E POUCOS OS ESCOLHIDOS

27/01/2023

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O QUE SIGNIFICA?

Muitos são chamados, mas poucos escolhidos significa que o convite do Evangelho é anunciado a todo o mundo e alcança a muitos, porém são poucos aqueles que efetivamente respondem com fé verdadeira a esse chamado.

Essa frase foi utilizada por Jesus em uma de suas parábolas, em Mateus 22:14, na conclusão da Parábola das Bodas do Filho do Rei.

O CONVITE DO REI PARA AS BODAS DE CASAMENTO

O que Jesus quis dizer com “muitos são chamados, mas poucos escolhidos”?

Essa frase precisa ser interpreta

UMA LIVRE INTERPRETAÇÃO

Irado, o rei então mandou que seus servos convidassem todos que encontrassem pelo caminho, quer fossem bons ou maus, e os trouxessem as bodas. Um destes, porém, foi as bodas com uma roupa inapropriada, e por isso foi banido pelo rei.

Uma primeira interpretação desse texto aponta especialmente para a situação dos judeus que primeiramente foram chamados como povo da aliança, mas falharam em receber esse chamado, e o convite se estendeu aos gentios.

da dentro do contexto em que ela aparece. Jesus falou em sua parábola sobre um rei que ao celebrar as bodas de seu filho, mandou chamar os convidados para a festa, porém estes não quiseram ir, inclusive, alguns, além de recusar o convite, maltrataram e mataram os servos do rei.

CHAMAMENTO AO VERDADEIRO ARREPENDIMENTO

No entanto, seu significado não se esgota apenas nesse aspecto, mas também se refere a verdade de que muitos são chamados por todas as partes do mundo, mas igualmente falham em atender a esse chamado.

Por que muitos são chamados, mas poucos escolhidos?

Deus chama a muitos ao arrependimento, de modo que esse chamado vem ecoando por todas as partes ao longo dos séculos. Na verdade, é certo afirmar que todos são chamados, conforme o apóstolo Paulo observou em Romanos 1-3.

O CHAMADO DE DIVERSAS FORMAS Algumas delas: Através das obras da criação, ou seja, o universo criado revela as maravilhas de Deus (Salmos 19:1; Romanos 1:20-23);

Através da consciência moral do homem, pois o homem é a imagem e semelhança de Deus, ainda que o pecado tenha desfigurado essa imagem (Romanos 2:14,15);

Através da revelação especial de Deus em sua Palavra com a pregação do Evangelho de Cristo.

O MÉDIUM QUE VENDEU 50 MILHÕES DE LIVROS

26/01/2023

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PSICOGRAFIA UMA FACULDADE MEDIÚNICA

É a escrita feita por médiuns (intermediário entre as dimensões, espiritual e física) ditadas por espíritos desencarnados. Era classificada por Allan Kardec como um tipo de manifestação inteligente. Segundo ele, o mecanismo de funcionamento da psicografia pode ser consciente, semimecânico ou mecânico.

A carta, ou livro psicografado é feita a partir de um médium sob a influência de um espírito desencarnado (fora do corpo físico). Trata-se de uma importante forma de comunicação, só que escrita.

UMA HUMILDE PERSONALIDADE Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier (1910-2002) — Ele morreu (desencarnou) exatamente há 20 anos, no mesmo domingo em que o Brasil venceu a Alemanha na final da Copa do Mundo e conquistou o sonhado pentacampeonato. Ele tinha 92 anos e era uma personalidade amplamente conhecida no país. O filho de um vendedor de bilhetes de loteria e de uma lavadeira, ambos analfabetos, havia se tornado o maior médium brasileiro, tendo escrito mais de 10 mil cartas psicografadas e se consolidado como dono de uma obra de mais de 450 livros.

"PARNASO DE ALÉM TÚMULO" Nascido em Pedro Leopoldo, pequeno município na região metropolitana de Belo Horizonte, Xavier alcançou a notoriedade com a publicação de seu primeiro livro — embora fenômenos mediúnicos já fizessem parte de sua vida desde a tenra idade. Em 1932, quando ele ganhava a vida como vendedor e tecelão e costumava publicar poesias em jornais — sempre atribuindo os textos a autores mortos —, ele lançou a antologia Parnaso de Além-Túmulo, uma coletânea de 60 poemas, assinados por nove poetas brasileiros, quatro portugueses e um anônimo.

O CETICISMO DE MUITOS

"Chico tinha pouco tempo para leitura e para exercícios de escrita", comenta Souto Maior. "O livro foi publicado e provocou uma grande comoção, atraindo a curiosidade dos principais escritores da Academia Brasileira de Letras."

Segundo o biógrafo, "95% dos escritores ficaram impressionados com a qualidade e a versatilidade da escrita", sendo que alguns a comparavam com textos escritos em vida pelos autores ali citados e encontravam muitas semelhanças no estilo, na métrica e na temática.

"Foi um impacto muito forte. E isso levou jornalistas a Pedro Leopoldo, alguns interessados em desvendar aquele enigma, outros querendo 'desmascarar aquela fraude' "PARNASO DE ALÉM TÚMULO".

MARCEL SOUTO MAIOR - JORNALISTA, ESCRITOR, BIÓGRAFO...

Foi essa obra literária mediúnica que atraiu Souto Maior ao universo de Xavier. Ele se recorda que, nos anos 1990, era então subeditor de Cultura do Jornal do Brasil quando ficou curioso para ver uma peça de cunho espírita que estava arrebatando as bilheterias no Rio de Janeiro. Era Nosso Lar, baseada no best-seller homônimo psicografado por Xavier. Xavier costumava dizer que os livros não pertenciam a ele. Que ele não havia escrito nada, mas que eram obras dos espíritos. "Aquilo para mim era muito intrigante. Por isso decidi ir até Uberaba, apesar de muito cético, muito descrente", diz.

REFERÊNCIA bbc.com/portuguese/brasil-61975677. Matéria publicada em junho de 2022

AUTOIMAGEM CORPORAL

25/01/2023

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VOCÊ, SEU CORPO E O MUNDO

É através do corpo que expressamos nossas alegrias, ódios, vergonhas e culpas. É através de um abraço, de um beijo, de um tapa, de uma expressão, de gritos e palavras que nos relacionamos com o outro.

Somos uma combinação de biológico, psíquico e social e a forma como fazemos essa integração varia de acordo com o lugar e o momento em que nascemos.

RETRATO DE UMA OBSESSÃO             A obsessão com a imagem corporal se transformou num dos traços característicos das sociedades desenvolvidas, onde um físico esbelto e musculoso é associado ao sucesso e à atração sexual. Seu resultado extremo é a vigorexia, o fanatismo pelos músculos. Seus vítimas, pessoas que, “levadas pelo modelo social de culto ao corpo, desenvolvem tendências obsessivas-compulsivas e viciantes, experiências negativas com seu próprio físico e baixa autoestima”, diz Luis García Alonso, professora da Faculdade de Psicologia da Universidade

PSICOLOGIA DA AUTOIMAGEM

Você alguma vez avaliou como é a relação que tem com si mesma(o)? A autoimagem é o nome o qual damos a essa visão. Ela inclui as suas capacidades, dificuldades, a sua imagem corporal e como se avalia. Mas como entender tudo isso? A psicologia da autoimagem é a ferramenta para embarcar nesse processo de autoconhecimento.

RELAÇÃO DA AUTOIMAGEM COM AUTOCONHECIMENTO

A autoimagem que você tem de si pode ser realista, positiva, negativa ou idealizada. Tudo depende de como foi construída ao longo da sua vida, da sua história, relações e vivências. Uma imagem realista e positiva resulta em boa autoestima, autoconfiança e autenticidade. Ao conhecer a imagem que você construiu sobre si e seus comportamentos enquanto fruto dessa relação consigo mesma se inicia um caminho onde você pode reconhecer quem é, se gostar e se desenvolver de forma real.

REFERÊNCIAS
brasil.elpais.com/brasil/2016/07/22       Artigo publicado em endocrinologistamilene.med.br

A CRISE DO LIVRE ARBÍTRIO?

24/01/2023

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UM PODEROSO ATRIBUTO                       Todo o nosso ordenamento social, legal, filosófico, religioso e econômico é baseado no axioma do livre arbítrio, a ideia de que as pessoas são agentes autônomos e racionais que fazem o que nós decidimos a todo momento. Você mesmo está lendo este texto por livre decisão, certo? Ou não?

EXPERIMENTO CONFIRMADO E APERFEIÇOADO POR PESQUISAS Um experimento de Benjamin Libet na década de 1980, já um clássico, veio embaralhar nosso conhecimento adquirido sobre essa questão . Libet, neurologista da Universidade da Califórnia, em São Francisco, pediu a um grupo de voluntários que mexessem os pulsos sempre que quisessem. Eles também tiveram que dizer em que momento exato tomaram a decisão de movê-lo. O enxame de eletrodos que Libet havia anexado às suas cabeças mostrou que os neurônios cerebrais responsáveis por mover a boneca foram ativados meio segundo antes da boneca se mover e – aqui vem o estrondo – um quarto de segundo antes que os sujeitos se movessem.

INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA DO CÉREBRO                                               A interpretação dos resultados têm estado no vórtice de um profundo debate científico e filosófico por 40 anos. Porque a leitura mais natural desses dados implica que nossas decisões são produto de processos neurais dos quais não temos consciência. Nossa vida mental, como chamamos eu , seria uma espécie de narração literária, ou justificação moral, daquilo que o cérebro já fazia por conta própria, fora do nosso controle voluntário.

IDEIA DESCONCERTANTE

Parece estranho, não é, mas há muitas outras evidências de que a grande maioria da atividade mental é inconsciente. Alguém cujo nome não me lembro inventou a metáfora inspiradora de que somos passageiros debruçados sobre a proa de um transatlântico cuja operação desconhecemos.

LIVRE ARBÍTRIO É UMA ILUSÃO? Existe até um projeto colaborativo entre filósofos e cientistas chamado Neurophilosophy & Free Will , dedicado a refutar, ou pelo menos qualificar, a teoria de que o livre arbítrio é uma ilusão. “A pesquisa neurocientífica lançou dúvidas sobre se a consciência faz parte da cadeia causal que leva à ação”... “Neste projeto, um grupo de 17 neurocientistas e filósofos uniram forças para entender como o cérebro humano possibilita o controle consciente e causal das ações”. Sua conclusão é que o livre-arbítrio é um conceito útil, embora sua definição precise ser reexaminada.

REFERÊNCIA
Artigo de autoria de Javier Sampedro. Transcrito no jornal El País em 20/01/2023

PCC - Patrimonialismo. Clientelismo e CORPORATIVISMO

23/01/2023

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CORPORATIVISMO ÂNCORA DO BRASIL?

Chamamos de corporativismo, aqui, a defesa exclusiva dos próprios interesses por parte de alguma categoria profissional: é o também chamado espírito de corpo ou de grupo de interesse. Em bom português, é a forte resistência de pessoas reunidas contra mudanças que pareçam ameaçar seus privilégios – independentemente de ser ou não prejudicial ao interesse geral da sociedade.

COLCHA REMENDADA DE RETALHOS Esta tradição secular impede o funcionamento eficiente da democracia. Os políticos veem o país como a arena para suas lutas, em benefício pessoal ou de seu partido. Por isto, para vencer as eleições ou continuarem, muitos governantes são capazes de decisões que no longo prazo desequilibram as contas públicas, concentram renda e enfraquecem o país. O Brasil é uma colcha de retalhos de corporações sindicais, partidárias, religiosas, empresariais, regionais, sem um sentimento de um país de todos e para todos.

SEPARAR O JOIO DO TRIGO

Enfim, há um conjunto enorme de representações e todas estão preocupadas em dois pontos comuns: garantir que os próprios direitos não sejam diminuídos e que as suas obrigações (deveres) não aumentem. Claro que há várias situações legítimas (talvez sejam a maior parte delas), mas o problema se dá quando o conjunto desses direitos e deveres se mostra completamente desbalanceado: quando analisados individualmente, parecem só um pouquinho exagerados; quando se olha para o todo, são muitos exageros somados em detrimento do coletivo.

A CONSOLIDAÇÃO DO CORPORATIVISMO

O Estado que se formou com a vitória da "Revolução de 1930" precisou, para sua afirmação, transacionar apoio dos grupos sociais. A negociação com os profissionais liberais envolveu a expansão dos postos públicos, a regulamentação profissional e a representação de interesses de tipo corporativista.

FINALIZANDO COM GREGÓRIO DE MATOS

Quando em seu poema diz: "O todo sem a parte não é todo. A parte sem o todo não é parte. Mas a parte o faz todo, sendo parte. Não se diga, que é parte, sendo todo..." Talvez isso explique o que falta conceitualmente ao corporativismo.

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A PODEROSA FORÇA DO ESTEREÓTIPO

22/01/2023

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JEAN PAUL SARTRE                             “Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.                                                   A sociedade funciona, desde o início, baseada em estereótipos, quanto mais complexa a sociedade maior o número de estereótipos.                      
Somos intelectualizados, mas a materialidade que nos faz humanos. Somos o que podemos ser, dentro de critérios humanos e o que nos guiam, na maioria das vezes, são os estereótipos.


COMO O ESTEREÓTIPO É CONSTRUÍDO?

O estereótipo é uma construção cultural. Isso quer dizer que as crenças, os costumes, os valores e os hábitos de uma sociedade contribuem para a construção de estereótipos. Por isso que na maioria das vezes ele atua de maneira inconsciente. Estamos tão habituados com esse tipo de comportamento, que muitas vezes o reproduzimos sem perceber. Quantas vezes você já achou estranho ver uma menina brincando de futebol ou um homem usando camisa rosa?

A CARGA DO PRECONCEITO

Isso acontece porque a sociedade criou um modelo de homem e mulher que se diferencia do exemplo citado acima. Esse modo de pensar traz uma carga de preconceito muito grande, porque a partir das inferências preconcebidas do inconsciente, determinamos que tipo de pessoa ela é.

"A SECA DO NORDESTE"

Os estereótipos também ganham força nos meios de comunicação, sendo veiculados pela televisão, rádio, internet. Um exemplo comum que pode ser observado é a visão estereotipada da Região Nordeste, principalmente nos lugares onde o clima é semiárido. Quantas vezes você já ligou a televisão e ouviu falar sobre “A seca do nordeste” e junto com ela a imagem da carcaça de boi e o depoimento de famílias sofridas? Sabe uma das "veladas" razões da rejeição ao presidente Lula?

TIPOS MAIS COMUNS

Estereótipo de gênero

O estereótipo de gênero se refere ao padrão de comportamento feminino e masculino.

Estereótipo de classe social e econômica

Esse tipo de padronização é um dos mais nocivos para a sociedade. A ideia estereotipada de classe social e econômica é extremamente prejudicial, sobretudo quando acompanhada pelo recorte de raça.

Estereótipo da beleza

Esse tópico está relacionado aos aspectos físicos. Ou seja, existe um ideal de corpo, peso, rosto, cabelo, boca, unha, pés, roupa, que se difere de acordo com a cultura de cada país.

Estereótipo cultural

Associado às culturas, etnias e raças. Desenvolvemos uma ideia preconcebida sobre as pessoas e também sobre os lugares de onde elas vêm.

FINALIZANDO

Talvez não somos o que fizeram de nós... Mas, afinal, qual "caixa" você quer ser ou se meter?

DA ECONOMIA POLÍTICA À SOCIOLOGIA CONTEMPORÂNEA

21/01/2023

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OS RUMOS DA VERGONHOSA DESIGUALDADE

Até o final do século XX, a desigualdade econômica ocupava boa parte das discussões nas Ciências Sociais. De lá para cá, as desigualdades passaram a ser vistas como multidimensionais, mas permanece relevante o estudo da distribuição desigual de renda, riqueza e capital. A obra "O Capital no Século XXI", do economista francês Thomas Piketty, publicada em 2013, na França, e em 2014, no Brasil, envereda por esse caminho e ilumina novas indagações sobre a atualidade e os rumos da desigualdade econômica.

PERVERSA DESPROPORÇÃO

Os 10% mais ricos da população global controlam 76% da riqueza mundial em 2021, de acordo com a análise. Em contraste, os 50% mais pobres possuem apenas 2%. Os 40% médios, por sua vez, possuem 22%.

Quando se trata de receita, os 10% mais ricos capturam 52% da receita global, enquanto os 50% mais pobres ganham apenas 8%.

Sobre "O CAPITAL NO SÉCULO XXI"

Com uma narrativa simples e bem articulada, repleta de dados históricos, a obra remonta a história do capitalismo na visão da economia política. O autor argumenta que, no século XX, o fomento de um mundo mais igual consistiu num ponto fora da curva do capitalismo. Deveu-se às grandes guerras, ao sucesso das mobilizações dos trabalhadores e a outros elementos pontuais (Piketty, 2014, p. 233).

RENDA E RIQUEZA

Para dar a largada nos debates sobre desigualdade no capitalismo, trata-se de duas categorias: renda e riqueza. A renda consiste no aspecto que atrai grande parte dos pesquisadores, mas a obra busca investigar os rendimentos gerados pelo capital, e não somente a renda auferida por meio dos salários.

CONCEITUAÇÕES

Renda nacional se define pela medida do conjunto das rendas de que dispõem os habitantes de um país durante um ano. A riqueza nacional se define como o valor total, nos preços de mercado, de tudo aquilo que os habitantes de um país e seu governo possuem num dado momento. O capital, por sua vez, é definido como o conjunto de ativos não humanos que são passíveis de adquirir, vender e comprar em algum mercado. O autor simplifica, no texto, o uso desses termos, definindo "capital", "riqueza" e "patrimônio" no intuito de que sejam vistos como sinônimos (Piketty, 2014, p. 53).

CARTA ABERTA

Um grupo de 206 milionários de 13 países pediu, em carta aberta, aos líderes mundiais presentes no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, que sejam criados mais impostos para os super-ricos. Nenhum dos signatários é brasileiro.

"OS EXTREMOS SÃO INSUSTENTÁVEIS" A carta começa afirmando que vive-se em uma “era de extremos”. Como exemplos, cita o “aumento da pobreza e aumento da desigualdade de riqueza; a ascensão do nacionalismo antidemocrático; clima extremo e declínio ecológico; profundas vulnerabilidades em nossos sistemas sociais compartilhados; e a oportunidade cada vez menor para bilhões de pessoas comuns ganharem um salário digno”.

"OS EXTREMOS SÃO INSUSTENTÁVEIS"

A carta começa afirmando que vive-se em uma “era de extremos”. Como exemplos, cita o “aumento da pobreza e aumento da desigualdade de riqueza; a ascensão do nacionalismo antidemocrático; clima extremo e declínio ecológico; profundas vulnerabilidades em nossos sistemas sociais compartilhados; e a oportunidade cada vez menor para bilhões de pessoas comuns ganharem um salário digno”.

REFERÊNCIAS

Resenha crítica de Bernardo Caprara, do livro "O Capital no Século XXI": da economia política à Sociologia contemporânea. Publicada em janeiro de 2017. Carta do Fórum Econômico Mundial, 2023, em Davos, na Suíça

FONTE "INFINITA" DE ENERGIA

20/01/2023

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MAIOR AVANÇO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

Cientistas do National Ignition Facility no Lawrence Livermore National Laboratory, na Califórnia, conseguiram reproduzir com sucesso uma reação de fusão nuclear. Um experimento pode ter sido um grande passo para a busca de uma fonte infinita de energia.

ASSIM EVOLUI A HUMANIDADE?         O próximo passo para a humanidade evoluir está ligado principalmente às formas de utilização de energia. Quanto mais formas de energia conseguirmos consumir e utilizar para o avanço da tecnologia, mais estaremos evoluindo. O início pode estar próximo, já que cientistas norte-americanos conseguiram produzir uma fusão nuclear, o que pode levar ao uso quase que infinito de energia.

FUSÃO NUCLEAR SOLAR

O sucesso no experimento é um grande passo para uma busca de uma fonte infinita de energia limpa, o que pode acabar com a dependência da utilização de combustíveis fósseis para produção energética. Esse experimento é um resultado de pesquisas, feitas há décadas, para tentar recriar a fusão nuclear que alimenta o sol.

Como funciona a fusão?

A fusão nuclear acontece quando dois ou mais átomos conseguem se fundir em um átomo maior e, durante o processo de fusão, há uma geração enorme de quantidade de energia em forma de calor.

O EQUIPAMENTO "DE PONTA"             Esse acontecimento foi realizado em uma enorme máquina em forma de rosquinha chamada tokamak. Esse maquinário consiste em dois ímãs gigantes, cuja quantidade de energia gerada foi extremamente relevante, porém os cientistas só conseguiram manter por 5 segundos.

UM LONGO CAMINHO

Um cientista de fusão do Reino Unido disse à CNN que o resultado nos EUA é promissor, porém ainda há muito caminho a percorrer para ser possível utilizar plenamente esse tipo de gerador de energia.

REFERÊNCIA

Por Agência Texty Publicado em 29/12/2022

IMAGINE SE UMA DESSAS ÁRVORES CAIR?

19/01/2023

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OUVIRÁS O BARULHO?

Imagine uma vasta floresta repleta de árvores altas, algumas com centenas de anos. Uma delas, mais velha do que as outras, está morta há um tempo. Com a força do vento, começa a se despedaçar e, em pouco tempo, cai.

Mas eis a questão: esta árvore vai fazer barulho ao cair se ninguém estiver lá para ouvir?

CABE UM ESCLARECIMENTO

Stefan Bleeck, especialista em psicoacústica do Instituto de Pesquisa de Som e Vibração da Universidade de Southampton, no Reino Unido, sugere que esclareçamos algo fundamental.

Se a árvore cai na floresta, o que ela produz é uma onda de partículas que vibram no ar.

"Efetivamente", diz ele.

"Se não há ninguém para escutar, não há som, mas isso não significa que não haja ondas sonoras ou acústicas que têm um efeito no meio ambiente."

O interessante, na opinião de Bleeck, é que a pergunta nos faz pensar sobre a relação entre a física e o mundo exterior diante do que acontece em nossas mentes... Não entendeu mas compreendeu, foi?

ILUSÃO AUDITIVA

"O que acontece dentro de nossas cabeças é privado e subjetivo".

Bleeck tem uma maneira surpreendente de mostrar o quão particular é essa relação entre o mundo exterior e o que está acontecendo em nossas mentes. Já ouviu falar na escala contínua de Risset? E na famosa Escada de Penrose? Vale a pena conhecer...

A COMPLEXIDADE DO FUNCIONAMENTO CEREBRAL

"O cérebro cria uma ilusão de percepção que não está realmente conectada aos estímulos físicos. E é muito difícil identificar o que realmente está acontecendo."
É como se nosso cérebro criasse uma história a partir de um conjunto complexo de estímulos e, em alguns casos, como este, não coincide com o que realmente está acontecendo.         CÓCLEA
Isso porque qualquer coisa que percebemos como som se deve a minúsculas células ciliadas no ouvido interno que se movem dentro de um fluido em uma estrutura em espiral chamada cóclea.
Quando as vibrações agitam o líquido coclear, são desencadeados minúsculos impulsos nervosos, pequenos picos de eletricidade que viajam para o cérebro.

A EXISTÊNCIA DO MUNDO EXTERNO Para o propósito do nosso bem-estar mental, vamos seguir o conselho e presumir que o mundo externo existe. No entanto, sabemos que há coisas que só existem em nossas mentes; lembre-se de que o que escutamos é um som subjetivo produzido por um estímulo externo misturado com nossas próprias interpretações e expectativas, por exemplo. Portanto, nem sempre podemos confiar em nossos sentidos para ter uma imagem precisa desse mundo externo.

REFERÊNCIA

Trechos do artigo de uma adaptação do programa If a tree falls in a forest… does it make a sound? ("Se uma árvore cair na floresta… faz barulho?", em tradução livre) da BBC World Service.

O PROFETA - "RETER É PERECER“

18/01/2023

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BREVE BIOGRAFIA

Khalil Gibran (1883-1931) foi um filósofo, escritor, poeta, ensaísta e pintor libanês. Nasceu em Bicharré, nas montanhas do Líbano, no dia 06 de dezembro de 1883. Suas obras refletem a espiritualidade e os princípios que levam a alma humana ao ponto mais elevado da beleza espiritual.

"O PROFETA"

Seu livro mais conhecido é “O Profeta”. Obra mais famosa de ficção espiritual do século XX, O profeta está enraizado na própria experiência de Khalil Gibran como um imigrante e serve de inspiração para qualquer um que se sinta a deriva em um mundo em fluxo. Vejamos a sinopse.

O ENREDO

O profeta Almustafa está prestes a embarcar em um navio para viajar de volta à sua terra natal depois de doze anos no exílio quando é parado por um grupo que pede a ele que compartilhe sua sabedoria antes de partir. Em vinte e oito ensaios poéticos, ele oferece insights profundos e atemporais sobre aspectos da vida como amor, dor, amizade, família, beleza, religião, alegria, tristeza e morte.

PANORAMA GERAL

O livro é para ser lido com calma e reflexão, os temas do livro despertam o interesse humano por sua profundidade e leveza, como temas sobre o amor, o ensino, o casamento, a liberdade, a religião, os filhos, o trabalho, a morte e outros assuntos análogos e presentes em nosso cotidiano, a maneira que ele se refere aos temas é poético e leve, muito pertinente e atual.

​SOBRE O ENSINO(pg.44)
Depois um professor disse, Fala-nos do Ensino.
E ele respondeu:
Ninguém vos poderá revelar nada que já não esteja meio adormecido na aurora do vosso conhecimento.
O professor que caminha na sombra do templo, entre os seus discípulos, não dá a sua sabedoria, mas antes a sua fé e amor.
Se for realmente sábio, não vos convida a entrar na casa da sua sabedoria, mas antes vos conduz ao limiar do vosso próprio espírito.
O astrónomo pode falar-vos do seu entendimento do espaço, mas não vos pode dar o seu entendimento.
O músico pode cantar-vos o ritmo do espaço, mas não vos pode dar o ouvido que faz parar o ritmo, ou a voz que dele faz eco.
E aquele que é versado na ciência dos números, pode falar-vos de pesos e medidas, mas não pode levar-vos até lá.
Pois a visão de um homem não empresta as suas asas a outro homem.
E, mesmo que cada um de vós esteja sozinho no conhecimento de Deus, também cada um de vós deve estar sozinho no seu conhecimento de Deus e na sua compreensão da Terra.

Fica aí a primeira dica literária de 2023

OS OITO E NÃO NOVE DO SISTEMA SOLAR

17/01/2023

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ATUALIZANDO AS INFORMAÇÕES

Ao longo da história da humanidade, nós passamos anos e anos tentando descobrir mais sobre esse universo que nos cerca, desvendando informações diferentes sobre os outros planetas sempre que a ciência dá um novo passo. No entanto, nem sempre estivemos corretos. Veja só pelo menos um equívoco que é cometido a respeito de cada planeta do nosso Sistema Solar!

EXPURGO DE PLUTÃO

Descoberto há 80 anos, Plutão foi considerado o último planeta do sistema solar até 2006. Nesta data, a União Astronômica Internacional definiu novas regras para classificação de planetas: o corpo deve ser esférico; girar em torno do sol; e ter órbita livre, sem outros objetos em seu caminho – neste caso, Netuno, de um lado; e diversos objetos...

MERCÚRIO

Muitas pessoas acreditam que Mercúrio, o pequeno planeta rochoso e o mais próximo do Sol, seria o planeta mais quente do nosso Sistema Solar. Porém, essa informação não é verdadeira. Girando em seu eixo de forma extremamente devagar, um dia em Mercúrio equivale a 176 dias na Terra.

Durante o dia, a temperatura no planeta pode chegar a incríveis 430?°C, enquanto as noites podem atingir a congelante temperatura de -180?°C. Embora seja o segundo planeta do nosso Sistema Solar, Vênus é mais quente do que Mercúrio, tendo temperaturas de superfície ultrapassando a marca dos 475?°C.

VÊNUS

É a irmã gêmea da Terra, principalmente pelo fato dos dois planetas terem mais ou menos o mesmo tamanho e densidade — ambos de superfície rochosa e apresentando uma atmosfera capaz de reter gases e calor. No entanto, as similaridades param por aí. O ar de Vênus é composto majoritariamente por dióxido de carbono, o mesmo gás que polui nossa atmosfera e atrapalha a existência de vida. Sendo assim, a verdade é que os dois planetas não são tão iguais assim como pensávamos.

TERRA - NÃO É REDONDA E MUITO MENOS PLANA

Uma inverdade que sempre foi espalhada por aí é o fato da Terra ser redonda — negacionistas acalmem-se, isso não quer dizer também que ela é plana. Ela é um "elipsoide de formato irregular".

E o que isso quer dizer? Basicamente, nós vivemos em um planeta oval. Além disso, o formato da Terra se transforma constantemente devido a inundações, erupções, terremotos e por aí vai.

FINALIZANDO

Júpiter é de longe o maior planeta do nosso Sistema Solar em termos de circunferência. O segundo maior é Saturno. Urano é um dos planetas menos densos e possui 27 luas, enquanto Netuno é o segundo gigante de gelo no nosso Sistema. Em diversos sentidos, Marte é um planeta muito mais parecido com a Terra.

REFERÊNCIA www.megacurioso.com.br/ciencia

REINO DE DEUS OU REINO DOS CÉUS?

16/01/2023

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DOMÍNIO, REINADO, SOBERANIA?      No Sermão do Monte, por exemplo, Jesus tratou explicitamente sobre a ética do Reino de Deus; bem como em suas parábolas ele ensinou sobre os princípios que caracterizam a natureza desse reino. Grande parte das parábolas de Jesus é introduzida com o objetivo de revelar algum aspecto do Reino de Deus (“E o Reino de Deus é como […]”)

INEXISTE DIFERENÇA

Algumas pessoas tentam aplicar significados diferentes às designações “Reino de Deus” e “Reino dos Céus”. Mas um estudo bíblico básico sobre o tema mostra claramente que não há qualquer diferença entre essas duas expressões.

O SIGNIFICADO DO REINO DE DEUS

O conceito do Reino de Deus pode ser trabalhado tanto de forma mais ampla quanto mais restrita; tanto em seu significado mais geral quanto mais específico. 

No entendimento espírita o Reino dos Céus ou o Reino de Deus, como também é nomeado, indica um estado de alma, um sentimento de plenitude que não é um lugar circunscrito no plano físico ou no plano espiritual.

AS PARÁBOLAS

No capítulo 13 do Evangelho de Mateus, encontramos seis parábolas que fazem referência de forma direta ao Reino de Deus. São elas: do joio e do trigo, do grão de mostarda, do fermento, da rede, do tesouro escondido e da pérola oculta ou de grande valor. Nas parábolas Jesus enfatiza essa felicidade, essa ventura de quem encontra tais riquezas representadas pela pérola e pelo tesouro. E do ponto de vista Dele isso é tão grandioso e tão pleno que leva o homem que os encontra a dispor de todos os bens materiais que possua.

TALENTOS IMPERECÍVEIS

Para o benfeitor espiritual Emmanuel “tesouros são talentos que trazemos, independentemente da fortuna terrestre, a fim de ajudarmos aos outros, valorizando a si mesmo.” Diz ele que cada um de nós, em nossas atividades, mostramos esse tesouro.

HIERARQUIA DOS REINOS

Enquanto para Huberto Rohden, quando o homem descobre o Reino dos Céus, não se interessa mais pelos reinos da Terra. Assim como a pérola que só revela seu esplendor quando exposta ao sol, a conquista da felicidade plena só é revelada na luz da vida diária.

HIERARQUIA DOS REINOS Enquanto para Huberto Rohden, quando o homem descobre o Reino dos Céus, não se interessa mais pelos reinos da Terra. Assim como a pérola que só revela seu esplendor quando exposta ao sol, a conquista da felicidade plena só é revelada na luz da vida diária.

CIRCUITOS DE CONSAGRAÇÃO

15/01/2023

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O QUE PODE-SE INFERIR DA FRASE DITA ABAIXO?

"Os circuitos de consagração social serão tanto mais eficazes quanto maior a distância social do objeto consagrado" Pierre Bourdieu

CURTO-CIRCUITANDO

Entendendo "circuito" como meio, recurso, enquanto "consagração social" como elogio, louvor, reconhecimento de mérito e afins, sendo o objeto o homem ou até um conjunto de pessoas. Em suma, isso significa que o elogio se torna mais eficaz à medida da distância social entre o homem louvado e quem o louva.

CONCEITO ALHEIO

Somos o que somos não apenas por características inatas ou genéticas, mas pelo modo como nos relacionamos com os outros.

Ou seja, só somos nós mesmos através do conceito alheio.

O conceito alheio de forma alguma nos determina, mas a maneira com que lidamos com ele é o que nos repercute.


EGO, PERSONA E CONVIVÊNCIA Assim surge o conceito do ego e da criação da personalidade. Se nascêssemos em uma sociedade de macacos, mesmo com nossa inteligência, nos veríamos através das ocupações de macacos. Ou seja, iríamos construir nossas virtudes, habilidades e ocupações de acordo com a convivência externa, e muito provavelmente mediaríamos nossas capacidades frente a competição de subir em árvores e a sobrevivência na selva.


FINALIZANDO

De volta à frase de abertura de Bourdieu. Quanto a eficácia, o seu significado está muito explícito em razão do contexto, mas para ficar mais claro, se pergunte, qual é a finalidade da consagração social?

Vejamos: Soldados que executaram uma missão heroica ficariam mais felizes se recebessem as honras ao mérito dadas por um "recruta", ou através de um general de 5 estrelas?

“Há os que dão pouco do muito que possuem, e fazem-no para serem elogiados, e seu desejo secreto desvaloriza seus presentes. E há os que pouco têm e dão-no inteiramente”. Khalil Gibran

VENDILHÕES DO TEMPLO

14/01/2023

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INDIGNAÇÃO EXTREMADA DO MESTRE JESUS                                     Uma das cenas bíblicas que quase nunca ganha destaque na fala dos religiosos é a dos "vendilhões do templo" (João 2,13-25). Trata-se da passagem em que Jesus Cristo expulsa os vendedores que ocupavam o templo, que é a Casa do Senhor. Na verdade, Ele fez isso duas vezes.

NÃO CONTEMPORIZOU                       Na primeira vez, alguns meses depois de ser batizado, Jesus foi para Jerusalém, onde havia uma multidão para comemorar a Páscoa, quando o hábito era oferecer sacrifícios de animais, atraindo várias pessoas que aproveitavam a oportunidade para vender animais aos fiéis que chegavam a Jerusalém.
Então, quando Jesus chegou ao templo, logo observou vendedores de ovelhas, bois e pombas, pessoas que estavam lá apenas com o propósito de ganhar dinheiro. O Filho de Deus não contou conversa:  pegou umas cordas e fez um chicote, com o que colocou as ovelhas e os bois para fora do templo. Depois derrubou as mesas dos  vendedores e jogou as moedas deles no chão.

PASSADOS MAIS DE 2000 ANOS...      

Dois mil anos depois, os vendilhões do templo não apenas seguem, como se sofisticaram. Eles além de venderem animais para sacrifícios. Vendem bugigangas, comidas, cartela de bingo. Agora, os próprios pastores vendem também a fé para pessoas desesperadas ou que foram doutrinadas a temer a vinda de Jesus.
Esses religiosos vendilhões adoram explorar a profecia de que Jesus vai voltar e punir os pecadores.

FLASHBACK
Lembram quando a Igreja Católica vendia indulgências, em que pessoas de posse compravam a remissão absoluta dos seus pecados e, por conseguinte, as penas temporais?

PLURALIDADE POLÍTICO-RELIGIOSA

13/01/2023

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ISRAEL, NO TEMPO DE JESUS

No contexto do Novo Testamento, a nação judaica não era homogênea.

Ao contrário disso, ela estava dividida em vários grupos e partidos com

doutrinas, ideologias e tradições distintas, movidos ora por motivações

políticas, ora religiosas.

PLURALIDADE PARTIDÁRIA Saduceus, Fariseus, Essênios, Zelotes e Herodianos formavam os principais partidos políticos e seitas religiosas daquela época. Veremos as características desses grupos, e como Jesus, com sua sabedoria e coragem, conviveu e reagiu a eles, nos deixando o exemplo de como viver dentro de um ambiente de pluralismo religioso como o presenciado nos dias atuais, com respeito e defesa da verdade.

HERODIANOS

Os Herodianos eram os defensores da dominação romana na Palestina. Estavam a serviço de Herodes e eram os mais ferrenhos perseguidores os movimentos subversivos.

Tinham características de agremiação partidária, apoiando a dinastia dos Herodes, que deviam seu poder às forças romanas de ocupação. Os Herodianos se opunham a Jesus por receio que Ele pudesse promover perturbações públicas por meio de seus ensinamentos morais. Eram movidos mais por interesses políticos do que religiosos, tanto que não tinham uma ortodoxia clara.

ZELOTES OU...

Os Zelotas eram membros do partido judaico que se opunha à dominação romana por julgá-la incompatível com a soberania do Deus de Israel. Em períodos mais turbulentos apelavam à violência. Praticavam sequestros e assassinatos de opositores políticos. Os sicários eram uma ala dos Zelotas e eram assim chamados porque carregavam um punhal escondido. Eram um movimento subversivo caracterizado por violentos atentados.

JESUS VEIO COM OUTRO PROPÓSITO

Como podemos observar, Jesus viveu dentro de um contexto de pluralidade religiosa, com a existência de diversas teologias e concepções sobre Deus e espiritualidade. Embora respeitasse a crença de cada grupo e tivesse dialogado com muitos deles (Lc 7,36), ele não deixou de apontar os seus erros e de lhes falar a verdade. Jesus não se apresentou como mais uma opção religiosa entre tantas, mas como o próprio Filho de Deus (Jo 6,57), afirmando a sua exclusividade ao dizer: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida.

A MAGIA DA VIDA

12/01/2023

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PEQUENOS E INCRÍVEIS EVENTOS

Não controlamos tudo, não sabemos de tudo, não entendemos tudo. Porém, quando a sabedoria, a paciência, a persistência e a boa vontade caminham juntas Eventos Surpreendentes podem acontecer.

Quem percebê-los, terá a oportunidades de ajudá-los a crescer. [Poucos eventos incríveis já “nascem grandes”; eles, porém, são os que mais chamam a atenção.]

AGENTES RENOVADORES

Os eventos que crescerem vão transformar a sua vida para melhor. Serão eles que RENOVARÃO sua esperança, sua paz, sua vitalidade e sua disposição.

Se prepare para aproveitar “os presentes da vida”. Eles facilitarão a sua vida. Somente os insensatos desprezam as oportunidades. Não seja um deles.

SABEDORIA MAIOR

Ainda somos imaturos. Pessoas imaturas tomam decisões imaturas, agem de forma imatura. Por outro lado, existe muita sabedoria e maturidade na natureza.

A natureza dificilmente permitirá que seres imaturos tenham controle absoluto de suas vidas.

Assim a natureza poupa o ser humano de muitas tragédias e complicações que ele criaria para si mesmo e para os outros. Ao mesmo tempo, o ser humano tem “na sua frente” várias oportunidades a serem aproveitadas.

EM RESUMO

Pessoas imaturas podem vir a ser inconsequentes. Elas precisam de atenção, precisam de ajuda, precisam de orientação e estímulos positivos.

Essas possibilidades são provas mais que decisivas de que sempre existe ELEVAÇÃO, INSPIRAÇÃO E OPORTUNIDADES te envolvendo e ao seu alcance. Desprezá-las é sinal de imaturidade e pouca visão ativa e proativa.

REFERÊNCIA

Texto baseado no artigo de Regis Mesquita, publicado no portal caminhonobre.com.br em 2022/01/31

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CONSCIÊNCIA E RESPONSABILIDADE

11/01/2023

PROPOSIÇÃO FUNDAMENTAL

A consciência, está além do ato de estar consciente, da simples constatação de que existo que, estou lendo isso. Não existe consciência antes da própria existência, não existe absolutamente nada antes da minha própria existência, e isso implica na primeira proposição fundamental da existência humana.

O DAR SENTIDO

A consciência humana é doadora de sentido. Desde o início da nossa existência, tudo que fazemos é dar sentido a nossa experiência. Isso tudo parece tão natural, como se não fosse dado sentido, todo que existe, as pessoas, as relações sociais, as coisas, a própria vida, geralmente vivenciamos como natural, como se já existisse em nossa essência, na verdade existe porque dou sentido a isso, as pessoas com quem convivo, tem um motivo, estou próximo porque preciso delas, trabalho e convivo com as pessoas que trabalho porque esse é o meio pela qual obtenho o meu sustento, a minha vida está assim por causa das escolhas que fiz...

TOMADA DE CONSCIÊNCIA

Não ocorre mudança sem que passamos por um momento de consciência, e o objetivo de toda psicologia é primeiramente esse: tornar-se consciente, daquilo, que somos, do que nos faz ser assim como somos, consciente de onde estou, o porquê de estar sentido o que estou sentindo nesse momento.

TOMADA DE CONSCIÊNCIA

Não ocorre mudança sem que passamos por um momento de consciência, e o objetivo de toda psicologia é primeiramente esse: tornar-se consciente, daquilo, que somos, do que nos faz ser assim como somos, consciente de onde estou, o porquê de estar sentido o que estou sentindo nesse momento.

NÃO SÓ UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA

Não basta apenas ter consciência, é preciso junto a isso, se responsabilizar pela vida que leva, e por todos a nossa volta, sim somos responsáveis por todos. Responsabilidade é ação, é movimento. Por isso consciência e responsabilidade é essencial para a mudança, seja ela qual for, seja uma mudança de emprego, de cônjuge, de país, de escola, seja a formação escolar, seja fazer de um estudante um psicólogo, sair de uma depressão, das drogas, esses dois elementos tem que estar presente.

CIVILIZAÇÃO - UMA QUESTÃO DE ESCOLHA

10/01/2023

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"AINDA NÃO SOIS CIVILIZADOS"

Com autoria atribuída a Emmanuel, trazemos o texto intitulado "Ainda Não Sois Civilizados", publicado em maio de 2017, no blog, despertardegaia.blogspot.com.br, para uma oportuna reflexão. A conferir.

A QUEM SERVIR

A humanidade terrena passa pelo período das escolhas mais significativas de sua existência, que determinarão se serão direitistas ou esquerdistas do Cristo, se servirão a Deus ou a Mamon.

São escolhas que não fariam sentido em vidas pregressas, em passado muito remoto, porque para espíritos embrutecidos que fostes, a vossa sobrevivência na matéria e a vossa prole eram o que havia de mais importante para vós.

DESENVOLVIMENTO DO INTELECTO Passado esse estado primitivo, entrastes, aos poucos, no estágio das descobertas do intelecto e, de novo, muitos séculos foram necessários para que alinhásseis em vossas mentes um pensamento linear e coerente.

Daí foram surgindo as conquistas materiais e fostes construindo a sociedade com seus graus de status e influência e, mais uma vez, despotismos, guerras, barbáries e, por períodos, descobertas científicas extraordinárias impulsionaram a vida do homem que antes vestia-se de pele e usava um tacape como arma.

FINALIZA O AUTOR                               (...) "Tudo o que viveis em sociedade é o aprimoramento do que fostes em eras passadas. Se hoje ainda vos digladiais por querelas de somenos importância ou se apoiastes a eliminação de vidas é porque a civilidade ainda não chegou ao homem do século XXI...."

EXISTE A ALEATORIEDADE?

09/01/2023

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OLGA CURADO

Em sua coluna de hoje, disse a escritora: "Fazer a engenharia reversa, a cronologia do terrorismo anunciado, invoca uma teoria de Nassim Taleb, o autor de "Cisne Negro", em que descreve a quebra de paradigmas nas relações institucionais e sociais, por meio de eventos "imprevisíveis", e que marcam a nossa contemporaneidade, como a bolha imobiliária de 2008". Assim como, também, o Dia do Terror no Brasil (08/01/2023).

QUEM É NASSIM TALEB

“Essa é a maior ilusão da vida: a aleatoriedade é um risco, que é uma coisa ruim.” A frase é uma das muitas que pode sintetizar a obra de Nassim Nicholas Taleb. Nascido em Amioun, no Líbano, em 1960, ele é um dos maiores especialistas no estudo de probabilidades e incertezas.

"AVANT PREMIÈRE" DO TERROR ANUNCIADO

Protesto e veículos incendiados: noite de terror em Brasília.

Ataques começaram horas após a cerimônia de diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta segunda-feira (12/01/2023); PF e tropa de choque da PM isolaram hotel de Lula após ações violentas...

COMO ENTENDER?

Aleatoriedade: por que nós subestimamos tanto esse conceito tão presente no mundo e que nos ajuda a entender a maioria dos acontecimentos? Por que, apesar de sabermos da importância dele acabamos sendo enganados e ludibriados por ele?

Por que O ALEATÓRIO NÃO EXISTE?

O aleatório não existe, nosso cérebro sempre toma decisões mesmo que ocultas. Um ato aleatório de bondade, por menor que seja, pode ter um tremendo impacto na vida de outra pessoa. Faça a pessoa que você gosta se sentir especial ao invés de só mais uma.

CARÁTER AUTORITÁRIO

“Na psicodinâmica do ´caráter autoritário`, parte da agressividade precedente é absorvida e transformada em masoquismo, enquanto outra parte é deixada ao sadismo, que busca uma saída em direção àqueles com quem o sujeito não se identifica: em última instância, o outgroup.”

VIKINGS (NAVEGADOR)

08/01/2023

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INFORMAÇÃO RELEVANTE

Durante um bom tempo se pensou que o nome viking derivava do nome da região de Viken, que fica ao redor do Fiorde de Oslo, na Noruega. O viking nada mais seria do que o habitante dessa região. Mas isso não é verdade.

A palavra viking vem do nórdico antigo víkingr, termo que designa não uma região, mas uma ocupação ou profissão. No caso, a navegação. O nome vem de vik, que significa "porto". O víkingr é o que se ocupa das atividades relacionadas ao porto.

É o navegador - que faz comércio, promove expedições, mas que também pode saquear e matar. Por isso, o termo víkingr também ganhou ao longo do tempo o significado de "pirata".

CARACTERÍSTICAS

Com base em seu idioma e mitologia, os vikings são considerados povos de origem germânica, originados da Escandinávia, atual região da Noruega, Dinamarca e Suécia. As características dessa região durante a Era Viking foram parcialmente consolidadas em um período anterior conhecido como Era de Vendel, que abrangeu os séculos VII e VIII d.C. É importante ressaltar, no entanto, que a habitação humana nessa região remonta a 8000 a.C.

À medida que os vikings adquiriam habilidades náuticas, realizaram navegações marítimas, que lhes permitiram alcançar locais bastante distantes da Escandinávia.

ESTRATIFICAÇÃO

A sociedade viking era estratificada, ou seja, era dividida em classes sociais. Apesar dessa estratificação muito bem-definida, todos os homens livres nas sociedades escandinavas poderiam participar das tomadas de decisões, que eram realizadas nas assembleias (things).

O REI

Dentro da sociedade viking, o rei estava no topo da pirâmide social, mas esse processo de centralização do poder aconteceu aos poucos. Durante o período da Era Viking, a descentralização do poder era a característica mais comum, inclusive com nobres (jarlar) sendo, muitas vezes, mais poderosos que o próprio rei.

RELIGIÃO

O termo “paganismo nórdico” é usado para se referir à religião praticada pelos vikings. Era uma religião de caráter xamânico e tinha na magia e no êxtase duas características fundamentais. Os vikings eram politeístas e, portanto, acreditavam em mais de um deus. Odin e Thor eram os dois deuses mais famosos da “mitologia nórdica”.

IGUALDADE DE GÊNEROS

Os vikings estavam bem à frente do seu tempo em termos de igualdade de gênero.

Havia divisão de tarefas na sociedade viking, e o papel primordial da mulher era cuidar das crianças e das atividades domésticas. Até aí, nenhuma novidade. Mas não havia diferenças entre homens e mulheres perante a lei. As mulheres podiam se tornar proprietárias de terras e administrar o próprio dinheiro. Além disso, compartilhavam com os homens o direito de solicitar o divórcio.

REFERÊNCIAS www.historiadomundo.com.br/viking www.hipercultura.com/vikings

COMO ELES SURGIRAM?

07/01/2023

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ORIGEM DA PALAVRA ÍNDIO

Índio: A palavra índio deriva do engano de Colombo que julgara ter encontrado as Índias, o “outro mundo”, como dizia, na sua viagem de 1492. Assim, a palavra foi utilizada para designar, sem distinção, uma infinidade de grupos indígenas; Gentio: O coletivo gentio foi utilizado pelos jesuítas.

COMO SURGIRAM NO MUNDO?

Alguns pesquisadores acreditam que os primeiros seres humanos a habitarem nosso país vieram da Ásia para a América do Norte há cerca de 20 mil anos. Eles teriam atravessado o Estreito de Bering – porção do oceano que liga a Rússia ao Alasca (Estados Unidos). Eles teriam surgido na África e se espalhado pela Ásia.

OS ÍNDIOS NORTE-AMERICANOS

Os índios norte-americanos são os povos nativos da América do Norte que vivem na região há muitos séculos. Atualmente existem poucos nativos e raras tribos mantenedoras da cultura original. Os povos nativos da América do Norte ocupavam grande parte do território antes da chegada dos europeus (séculos XVII).

ÚLTIMO ÍNDIO SELVAGEM

O último índio selvagem na América da tribo Yana foi Ishi, que saiu de seu território ancestral perto de Oroville, Califórnia, em 1911. A tribo Yana realizou rituais para trazer boa sorte aos caçadores ou para celebrar que meninos e meninas entraram na idade adulta, mas pouco se sabe sobre seus costumes.

NADA CONCLUSIVO

Existem muitas teorias, algumas até excêntricas, sobre a origem dos índios no continente americano, mas nenhuma comprovada. Ainda hoje, físicos, geólogos, arqueólogos, antropólogos e etnólogos dedicam-se a pesquisas para descobrir de onde vêm os índios, os primeiros habitantes da América.

FILOSOFIA MEDIEVAL

06/01/2023

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QUESTÃO DE DEUS

A Filosofia Medieval foi desenvolvida principalmente — mas não exclusivamente — na Europa durante a Idade Média (séculos V ao XV). Nesse período, iniciado após a queda do Império Romano, ocorreu a consolidação do cristianismo e do poder da Igreja. Por isso, uma das características fundamentais da filosofia medieval é a tentativa de conciliação da razão grega com a fé cristã.

QUESTÃO DE DEUS

Essa perspectiva ficou conhecida como Quaestio Dei (Questão de Deus), que é a busca racional pela verdade que não se contradiz pela fé, mas, pelo contrário, lhe dá um novo sentido.

desafios e contratempos da sua vida, para que você os supere com confiança.

EXISTÊNCIA DE DEUS

Outro ponto importante para a Filosofia Medieval são as argumentações lógicas que têm por objetivo provar a existência de Deus. Para os filósofos medievais, era importante conciliar argumentação racional e revelação divina, pois existe, nesse momento histórico, forte influência da religião cristã e da experiência mística.

ESTRANHAMENTO

Independente de posições religiosas ou filosóficas, quem faz uma análise dos filósofos medievais acaba percebendo a visão de mundo de uma época que é desconhecida pela maioria das pessoas. Estudar a Filosofia Medieval causa estranhamento no homem contemporâneo. Todavia, este estranhamento é um sinal de rompimento com o pensamento reducionista e simplório.

"IDADE DAS TREVAS"

A mera visão de uma Idade Média marcada pela ignorância e exploração do povo, pela inquisição e pelo envolvimento da Igreja com o poder político, corresponde apenas a uma parte da história. Ainda que seja verdade. Grande parte desta má fama se deve aos filósofos iluministas que cunharam o termo Idade das Trevas — uma crítica ao poderio absoluto da Igreja e sua interferência em um mundo que já havia adentrado na Era Moderna.


INVENÇÃO DO HOMEM MODERNO

Os homens a quem nos referimos como “medievais” não se pensavam como “medievais”. Idade Média, para o homem moderno, significa aquilo que está entre a Antiguidade e a Modernidade; ela faz transmissão da tradição ocidental e prepara a atmosfera em que surge a modernidade.

REFERÊNCIAS www.netmundi.org/filosofia/2018/filosofia-medieval www.stoodi.com.br/blog/filosofia

A ÁFRICA EM DOIS CONTINENTES

05/01/2023

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CONTINENTE EM DOIS E UM NOVO OCEANO

Um estudo publicado na Nature Communications descobriu que a microplaca Victoria está girando inversamente à Placa Africana, o que fará com que a fratura que forma o Grande Vale do Rift se separe completamente do resto do continente.

O Rift da África Oriental é uma fratura tectônica que se estende por mais de 4 mil quilômetros. A fenda está causando a separação da placa africana em duas, dando forma às placas núbia e somali.

METAMORFOSE TELÚRICA

A Terra está em constante transformação e todas as paisagens que conhecemos hoje eventualmente desaparecerão.

Isso é evidente na separação da África da América, que ocorreu há 120 milhões de anos. No entanto, outras mudanças tectônicas estão ocorrendo agora, moldando as paisagens do futuro.

ENORME RACHADURA

A interação dessas placas com a microplaca Victoria (que, de acordo com este estudo, está girando no sentido oposto às outras há pelo menos dois anos) causou a formação de uma rachadura de um quilômetro de extensão no sudoeste do Quênia. É apenas uma manifestação do processo que está ocorrendo no subsolo, onde as placas tectônicas estão se separando “rapidamente”.

Esse processo começou há cerca de 25 milhões de anos e continuará a crescer a uma taxa de 7 milímetros por ano, até dividir o continente em dois nos próximos 10 milhões de anos. O resultado da ruptura continental do rift será a formação de uma nova bacia oceânica.

FINALIZANDO

É importante compreender como esses processos funcionam para podermos nos preparar para quaisquer alterações que possam ocorrer no futuro. A ciência da tectônica de placas nos ajuda a entender como a Terra está em constante mudança e como essas mudanças podem afetar a vida no planeta.

A IGREJA CATÓLICA E A ESCRAVIDÃO NO BRASIL

04/01/2023

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​​INTRODUÇÃO
Texto extraído de um artigo científico, de autoria de Tulio Augusto de Paiva. Publicado em junho de 2018. Baseado na revisão bibliográfica de obras que abordam o tema da influência e da participação da Igreja Católica na implantação da escravidão negra no Brasil a partir do século XVI.

POSIÇÃO DÚBIA                   Especificamente, em relação à escravidão negra no Brasil colonial, a primeira grande pergunta a ser respondida se refere ao não envolvimento da Igreja Católica na defesa dos negros africanos, numa posição antagônica ao seu envolvimento na defesa da não escravização do indígena que sempre foi muito dinâmica e fervorosa.

UM CONTRAPONTO AO CRISTO REDENTOR

Contra todos os ensinamentos de Jesus Cristo – criador e inspirador da Igreja – que pregou principalmente a paz, a fraternidade, a igualdade, a justiça e o respeito entre os homens; a Igreja, nesta fase de sua história, se coloca ao lado da exploração, da violência, da desigualdade e do terror sobre pessoas indefesas, caçadas e aprisionadas como animais do outro lado do oceano e trazidas à força para o trabalho escravo, para o cativeiro, para os castigos horrorosos e para a morte em todo o continente americano e, mais especificamente, no Brasil.

​AS EXPLICAÇÕES E AS JUTIFICATIVAS
Diante desta discussão sobre os motivos que levaram à utilização da mão-de-obra escrava africana no processo colonial brasileiro, Moraes (1998, p.211) lança a seguinte questão: “por que a escravidão indígena foi substituída pela dos negros africanos na atividade econômica mais importante da colônia?” O mesmo autor responde afirmando que a historiografia tinha uma “explicação raciológica” que pregava que o índio era “preguiçoso” inapto ao trabalho ao contrário do negro; outra explicação se baseava em critérios econômicos segundo os quais, “os interesses mercantis do tráfico negreiro (oferta) teriam impulsionado a escravidão do negro no Brasil (procura), pois o tráfico era uma atividade econômica altamente rentável e servia como item de acumulação primitiva de capital”.

ENCERRO COM TRECHO DO DISCURSO DE POSSE DE SILVIO ALMEIDA

“Assumo hoje a função de Ministro de Estado de Direitos Humanos e Cidadania. Tenho a consciência de que não o faço só e nem mesmo o faço por mim. Sou fruto de séculos de lutas e resistências de um povo que não baixou a cabeça mesmo diante dos piores crimes e horrores da nossa história”.

ENFATIZA AINDA

“Também trago a luta de Zumbi, de Dandara, dos já citados Luiz Gama e Luíza Mahin, de Abdias, de Guerreiro Ramos, de Lélia Gonzales, de Milton Santos, de Marielle Franco, de Pelé – que foi ministro de Estado, também, deste Brasil. E tantos outros e outras que permitiram que eu estivesse aqui hoje, homem preto, ministro de Estado, à serviço de uma luta que um dia também foi deles”, enfatizou o ministro. “Também trago a luta de Zumbi, de Dandara, dos já citados Luiz Gama e Luíza Mahin, de Abdias, de Guerreiro Ramos, de Lélia Gonzales, de Milton Santos, de Marielle Franco, de Pelé – que foi ministro de Estado, também, deste Brasil. E tantos outros e outras que permitiram que eu estivesse aqui hoje, homem preto, ministro de Estado, à serviço de uma luta que um dia também foi deles”.

Parabéns, Min. Silvio Almeida! Meus cumprimentos.

Parabéns, Min. Silvio Almeida! Meus cumprimentos.

SEMITA

03/01/2023

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UM POUCO DA HISTÓRIA

A origem da palavra semita vem de uma expressão no Gênesis e referia-se a linhagem de descendentes de Sem, filho de Noé. Modernamente, as línguas semíticas estão incluídas na família camito-semítica. Família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais.

MONOTEÍSMO

Historicamente, esses povos tiveram grande influência cultural, pois as três grandes religiões monoteístas do mundo -judaísmo, cristianismo e islamismo- possuem raízes semitas.

Devido a diversas migrações, não podemos falar de um grupo étnico homogêneo.

ANTISSEMITISMO

Antissemitismo é o preconceito ou hostilidade contra judeus baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. Em sua forma mais extrema, "atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem".

ANTISSEMITISMO

Antissemitismo é o preconceito ou hostilidade contra judeus baseada em ódio contra seu histórico étnico, cultural e/ou religioso. Em sua forma mais extrema, "atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem".

ANTISSEMITISMO X ANTIJUDAÍSMO

Para compreender o antissemitismo, é fundamental diferenciá-lo do antijudaísmo.

O antijudaísmo é o ódio à religião judaica como ideologia ou visão de mundo, enquanto o antissemitismo é o ódio aos judeus como nação. Entretanto, aqueles que professam o antijudaísmo acabam sendo antissemitas, uma vez que partem do pressuposto de que a religião judaica contaminou a nação que segue seus preceitos. Por sua vez, o antissemitismo desemboca no antijudaísmo, ao sustentar-se na premissa de que só uma nação racialmente inferior pôde ter criado uma religião tida como a religião do Mal.

DUALISMO

Na Antiguidade, seitas esotéricas conceberam a religião judaica como a religião do demônio e viam os judeus como os agentes na propagação dessa religião do pecado. Essa cosmovisão foi resultado de uma crença dualista, isto é, em dois poderes criadores do universo: o Bem e o Mal, identificando os judeus com o Mal, o que os colocou no papel do mal cósmico e os viu como instrumento do demônio.

"AGENTES DO MAL"

Os judeus, ao rejeitarem Cristo como Messias e ao assassiná-lo, transformaram-se em agentes do Mal, no povo deicida.

Ao longo de toda a Idade Média, essa ideia foi desenvolvida e materializada pela Igreja católica. É de se destacar os cânones adotados no Concílio de Latrão (1215) que confirmavam a condenação dos judeus à servidão perpétua, proibiam sua integração na sociedade com o objetivo impedir a contaminação dos cristãos, obrigavam o uso de signos de diferenciação nas vestes, impediam o acesso dos judeus aos cargos administrativos e os excluíam completamente da agricultura e das corporações.

PUREZA RACIAL

Por sua vez Hitler, compreendeu a História como uma permanente luta entre as diferentes raças, na qual a raça superior devia utilizar todos os meios necessários para manter sua pureza. A essa visão histórica foi acrescentado o mito da “conspiração judaica mundial”, fortemente difundido em toda a Europa que, entre outras falácias, divulgou a ideia do poder econômico do povo judeu e do seu monopólio dos meios de comunicação. Os judeus foram transformados no bode expiatório e culpados de todos os males pelos quais atravessava a Alemanha, fazendo com que sua eliminação se tornasse um imperativo de Estado.

REFERÊNCIAS aumagic.blogspot.com/2012/12/o-que-e-semita-e-anti-semitismo Artigo de Marta Franscisca Topel – Antropóloga e pesquisadora do Programa de Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas da Universidade de São Paulo (USP). Publicado em abril de 2009.

REFERÊNCIAS aumagic.blogspot.com/2012/12/o-que-e-semita-e-anti-semitismo Artigo de Marta Franscisca Topel – Antropóloga e pesquisadora do Programa de Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas da Universidade de São Paulo (USP). Publicado em abril de 2009.

ESTRELAS MUDAM DE LUGAR

02/01/2023

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"Estrelas mudam de lugar

Chegam mais perto só pra ver

E ainda brilham de manhã

Depois do nosso adormecer..."

Paulinha Abelha, Rainha Elizabeth II, Jô Soares, Gal Costa, Elza Soares, Erasmo Carlos, Rei Pelé, e no ultimo dia do ano o Papa Bento XVI, são algumas das estrelas da infinita constelação divina que mudaram de lugar em 2022.

"A REALEZA DE PELÉ"

No dia 26 de fevereiro de 1958, Santos e América-RJ se enfrentaram pela primeira rodada do Torneio Rio-São Paulo. O clube santista venceu o time carioca por 5 a 3. Dos cinco gols do Santos, quatro foram marcados por Pelé. Foi a primeira vez, assinala o jornalista Ruy Castro na biografia O Anjo Pornográfico (1992), que Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, que morreu quinta-feira (29/12) aos 82 anos, foi chamado de "rei do futebol". O jornalista Nelson Rodrigues gostou tanto da atuação do rapaz, então com 17 anos, que lhe dedicou uma crônica inteirinha: "A realeza de Pelé."

ADJETIVANDO AO MÁXIMO

Para descrever o que viu naquela noite de quarta-feira, Nelson abusou dos adjetivos: "grande", "perfeito", "fabuloso", "imbatível", "incomparável'... Ao seu lado na arquibancada, um torcedor americano também não economizou palavras: "Vá jogar bem assim no diabo que o carregue!".

Três meses depois da publicação da profética crônica, a primeira a chamar Pelé de rei, o craque e a seleção brasileira de futebol foram coroados campeões do mundo na Copa do Mundo da Suécia.

"SEGUUUUURA BILÉ"

"Aos quatro anos de idade, Edson e sua família mudaram-se para Bauru, em São Paulo. Nessa época, ele era chamado de Dico pela família e de Edson pelos amigos. Influenciado pelo pai, Dico sempre foi fã de futebol e logo começou a fazer parte dos times de garotos que jogavam nas ruas de Bauru. Ele gostava de atuar no gol, inspirado no goleiro José Lino da Conceição Faustino, o Bilé, amigo de time de seu pai, o Vasco de São Lourenço (Minas Gerais).

Como Edson não conseguia pronunciar o nome Bilé corretamente, durante os jogos com os amigos, ele falava algo semelhante com “Seguuura, Pilééé!”, quando fazia suas defesas. O fato fez com que os amigos passassem a chamá-lo de Pelé. Ele não gostou disso, e foi aí que o apelido pegou entre os amigos."

BRILHE EM PAZ PELÉ!
Apesar das estrelas mudarem de lugar, elas continuam brilhando em outros lugares... "Você é Luz É raio, estrela e luar..."

PREPARADO (A) PARA MAIS 365 DIAS?

01/01/2023

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COMO COMEÇAR A PRIMEIRA "REM" DE 2023?

Queridíssimos Amigos,

Ano novo, velhos desafios, novos propósitos e compromissos reafirmados. E nós, juntos aqui, de novo, no ano novo e de ânimo renovado. Que bom! Gratidão sempre!

E que tema trazer para Reflexão em Movimento do primeiro dia de 2023? Li  uma crônica de Luís Fernando Verissimo, gaúcho de Porto Alegre, escritor, humorista, cartunista, tradutor, roteirista de televisão, autor de teatro e romancista brasileiro. Publicada em 2013, que achei interessante trazer alguns tópicos, que considero mais relevantes, e que tem como título, "Crônica De Ano Novo".

ASSIM COMEÇA

“Existem muitas superstições sobre a melhor maneira de entrar o Ano-Novo. Na nossa casa, por exemplo, nunca falta um prato de lentilha para ser consumido nos primeiros minutos do ano que começa. Dá sorte. Ouvi dizer que na Espanha, ao soar da meia-noite, deve-se comer uma uva para cada badalada do relógio. Este costume chegou à Bulgária mas, por uma falha na tradução, lá se come um melão para cada batida do relógio, e os hospitais ficam cheios no dia 1º. Na Suíça, comem o relógio..."

ONDE FICA A SAÍDA

(...) "Outro costume é fazer previsões na véspera do Ano-Novo. Pode chover. Alguém, em algum lugar do Brasil, está dizendo: “Boas-entradas nada, eu quero saber onde fica a saída…” E a previsão mais fácil de todas…

QUE VENHA 2023!

(...) "O tempo passa e com ele

Caminhamos todos juntos

Sem parar

Nossos passos pelo chão

Vão ficar

Marcas do que se foi

Sonhos que vamos ter

Como todo dia nasce

Novo em cada amanhecer..."

RUMO A UM NOVO COMEÇO?

31/12/2022

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"PASSAGEANDO"

Em seu poema "Passagem do Ano", Carlos Drummond de Andrade, nos presenteia com mais uma pérola, encravada em um diamante, que começa reluzindo assim:

"O último dia do ano
Não é o último dia do tempo.
Outros dias virão..."

PROSSEGUE EM OUTRO VERSO

(...) "O último dia do tempo

Não é o último dia de tudo.

Fica sempre uma franja de vida

Onde se sentam dois homens.

Um homem e seu contrário,

Uma mulher e seu pé,

Um corpo e sua memória,

Um olho e seu brilho,

Uma voz e seu eco.

E quem sabe até se Deus…

Recebe com simplicidade este presente do acaso.

Mereceste viver mais um ano..."

FINALIZA DRUMMOND 

(...) "Surge a manhã de um novo ano.

As coisas estão limpas, ordenadas.

O corpo gasto renova-se em espuma.

Todos os sentidos alerta funcionam.

A boca está comendo vida.

A boca está entupida de vida.

A vida escorre da boca,

Lambuza as mãos, a calçada.

A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia."

O CONHECIMENTO DA ESSÊNCIA DAS COISAS

30/12/2022

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ORIGEM E OBJETOS DE ESTUDOS Metafísica é uma palavra com origem no grego e que significa "o que está para além da física". É uma área da filosofia que busca o conhecimento da essência das coisas.

O fundamento comum de tudo o que existe, a alma, Deus, a finalidade da existência e o ser enquanto ser, por exemplo, são objetos de estudo da metafísica.

A METAFÍSICA NA FILOSOFIA

Ao longo da história, a metafísica assume diversos significados distintos. A ideia surge na filosofia de Platão, se referindo ao seu "mundo das ideias", à verdade, que daria origem a tudo o que conhecemos.

Para Aristóteles, a metafísica é, simultaneamente, ontologia e teologia, enquanto se ocupa do ser supremo na hierarquia dos seres. Esse ser supremo seria a causa de tudo aquilo que existe, o primeiro motor imóvel que pôs o universo em movimento.

ARISTÓTELES E AS QUATRO CAUSAS

Causa material: o corpo está composto de matéria. como sangue, pele, músculos, ossos, etc.

Forma: se por um lado temos matéria, também temos uma forma.

Eficiente: por que existimos? A primeira resposta é porque alguém nos fez. Isto seria uma resposta do campo da “causa eficiente”: existimos porque fomos criados.

Final: existimos para algo. Esta resposta transcende a anterior porque estamos diante de uma finalidade, de uma meta.

ENCERRANDO COM FERNANDO PESSOA

“Tudo em meu torno é o universo nu, abstrato, feito de negações noturnas. Divido-me em cansado e inquieto, e chego a tocar com a sensação do corpo um conhecimento metafísico do mistério das coisas.”

​​Bibliografia:
ARISTÓTELES. Metafísica. Edipro. São Paulo: 2006, 363 p.
– CHAUÍ, MARILENA. Convite à filosofia. Editora Ática. São Paulo: 2006, 424 p.
– CRESPO, LUIS F.; COLOMBINI, ELAINE, A.M. Filosofia Geral – Problemas metafísicos
– GARRET, BRIAN. Metafísica. Artmed. Porto Alegre: 2008, 190 p.
– TAYLOR, RICHARD. Metafísica. Zahar Editores. Rio
de Janeiro: 1969, 141 p.

NÃO ENXERGAR A VERDADE FORTALECE A IGNORÂNCIA

29/12/2022

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PERMANECER OU SAIR DA CAVERNA? Uma questão que atravessa a história desde que os homens se compreendem como homens. É melhor desfrutar de uma realidade fantasiosa, mas confortável ou vivenciar a verdade com toda a sua dureza? Viver como sujeito consciente tem um alto preço psicológico.

O DESCONHECIDO QUE MAGNETIZA O desconhecido magnetiza pelo medo. Dessa forma, na maior parte das vezes, preferimos permanecer onde estamos, por mais adversa que a situação seja, uma vez que o velho goza do benefício do conhecimento e da permanência, o que o torna menos temido do que o novo, o qual ainda não se conhece e não se sabe o que cobrará de nós. Dito de outro modo, ainda que a situação que vivenciamos seja adversa, tendemos ao comodismo pelo medo do que ainda não se conhece e, portanto, pode ser pior do que o já se vivencia.

SERVIDÃO VOLUNTÁRIA

Vivemos em um mundo “fantasioso”, não é possível que a alcunha de “era da servidão voluntária” possa ser exposta de maneira clarividente. É necessário que ela seja transformada, melhor: ressignificada – para usar um termo de Baudrillard, filósofo que tão bem falou sobre a nossa Matrix – e, assim, a servidão voluntária se transforma em admirável mundo novo, lugar em que a técnica, com todo o seu esplendor, consegue suprir todas as necessidades humanas.

SOCIEDADE ADESTRADA

Com um sistema posto para que os indivíduos se sintam “confortáveis” ou, no mínimo, em uma potencial condição de satisfazer as suas “necessidades” e, por conseguinte, sentir-se “confortáveis” e “bem-atendidos”, uma vez que o consumo (pedra angular da satisfação e do controle) está sempre ao alcance das mãos (aliás, nem é preciso sair do lugar para entrar na roda de felicidade do consumo); torna-se extremamente fácil manter a sociedade em ordem.

DISSE ORWELL

“Quanto mais a sociedade se distancia da verdade, mais ela odeia aqueles que a revelam”.

ORIGEM DA HUMANIDADE SEGUNDO A CIÊNCIA

28/12/2022

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UM LONGO PROCESSO

A hipótese científica mais aceita atualmente para a origem da humanidade é de que a espécie humana moderna (chamada de Homo sapiens) surgiu na África, há cerca de 200 mil anos, depois de um processo evolutivo de milhões de anos.

Segundo informações da Human Origins Program (Programa Origens Humanas) do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian (Estados Unidos), antes do homem moderno, outros hominídeos já ocupavam o planeta.

COMO OCORREU A EVOLUÇÃO HUMANA?

Acredita-se que os primeiros hominídeos (linhagem Homo) evoluíram de um ancestral comum entre os grandes primatas de hoje, que viveu entre 8 e 6 milhões de anos atrás, de acordo com o Smithsonian.

ÁRVORE GENEALÓGICA

Cerca de dois milhões de anos atrás, teria surgido, então, o primeiro exemplar dos hominídeos, o Homo habilis. Ele também seria o primeiro da linhagem a ser capaz de usar ferramentas, de acordo com dados da Enciclopédia da Vida, mantida pelo Museu Nacional de História Natural do Smithsonian.

Em seguida na linha evolutiva há o surgimento do Homo erectus, que tinha uma forma de andar e proporções corporais mais próxima a dos humanos modernos.

DA ÁFRICA PARA O MUNDO

Até então, a evolução humana acontece inteiramente no continente africano. Segundo o programa do Smithsonian, todos os fósseis dos primeiros seres humanos, que viveram entre seis e dois milhões de anos atrás, vêm da África.

A migração dos hominídeos pelo planeta começou, provavelmente, entre dois milhões e 1,8 milhões de anos atrás, conta o Programa Origens Humanas. Os primeiros humanos partiram da África primeiramente para a Ásia e, um pouco mais tarde (entre 1,5 milhões e 1 milhão de anos atrás), chegaram à Europa.

SURGIMENTO DO HOMO SAPIENS

Simultaneamente à existência dos neandertais, o Homo sapiens (nome que significa “pessoa sábia” em latim) evoluiu na África, durante uma época de mudanças climáticas dramáticas, há cerca de 300 mil e 200 mil anos atrás, de acordo com o Smithsonian.

RUMO AO SEDENTARISMO

Entre 14 mil e 8 mil anos atrás, os humanos passaram por um grande processo de sedentarização conhecido como "Revolução Agrícola” (ou Revolução Neolítica). Esse processo se dá no momento em que o H. sapiens deixa de ser nômade e passa a se assentar em terras, plantar alimentos e domesticar animais.

​​REFERÊNCIA                                         ​

nationalgeographicbrasil.com/historia/2022/12/qual-e-a-origem-da-humanidade-segundo-a-ciencia

TRAÇOS CULTURAIS

27/12/2022

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PREÂMBULO                                        

A Holanda é um país pequeno, mas conhecido por muitas coisas: pelas enchentes constantes, as bicicletas, o queijo, os "coffee shops", os moinhos de vento e pela população mais alta do mundo.

Um detalhe mais curioso tem a ver com algo que os holandeses raramente fazem: pedir desculpas. E o que vem a ser isso?

ENTENDENDO OS TRAÇOS CULTURAIS

Os traços culturais são as unidades menos significativos e identificáveis que constituem uma cultura particular. São elementos de identificação entre indivíduos que compartilham as mesmas crenças e valores.

Todos os traços culturais compartilham uma única característica em relação ao seu modo de transmissão; Isso é transmitido fundamentalmente pelo comportamento, usando a linguagem primeiro, seguida pela imitação (ou uma combinação de ambas).

​UMA VISÃO ANTROPOLÓGICA             As características culturais têm sido usadas pela antropologia como unidades de transmissão, que refletem especificamente uma série de características comportamentais, individuais ou de grupo, que podem ser classificadas e agrupadas em diferentes níveis ou escalas.
Graças a esses processos, as pessoas desenvolvem tradições e costumes que geralmente são preservados ao longo do tempo e ajudam a moldar a identidade das sociedades.

ESTILOS PRÓPRIOS

Os holandeses são conhecidos por serem diretos, o que quer dizer que suas mensagens são claras e precisas. O estilo dos britânicos, por exemplo, tem muita cortesia, diplomacia e tato. Já nos Países Baixos os valores subjacentes são a transparência, a honestidade e a franqueza.

CARACTERÍSTICAS DA CULTURA MULÇUMANA

A Cultura Muçulmana ou Islâmica é tão heterogênea quanto à quantidade de povos que a mantêm, sobretudo em regiões da África e Ásia.

De partida, vale frisar que alguns alimentos e bebidas são proibidos pela cultura muçulmana. São exemplos as bebidas alcoólicas e a carne de porco, além dos animais mortos em causas naturais ou por outro animal selvagem.

As leis muçulmanas permitem que um homem tenha até quatro mulheres e que somente os homens podem se casar fora da sua religião.

UNIVERSAL OU NÃO

Embora uma característica cultural seja mais reconhecida e usada por mais pessoas, ela se torna mais universal. A saudação, por exemplo, com um aperto de mão, é um traço cultural universalmente reconhecido, aceito e usado, mas é mais identificado com o mundo ocidental.

Ao contrário da reverência ou de inclinar a cabeça para cumprimentar, é considerada uma característica cultural identificável com o leste do mundo.

TAMBÉM É CULTURAL, VIU?

Existem tipos de cumprimentos mais localizados, como beijar na boca, mesmo entre homens heterossexuais.

Não será aceito em todo o mundo, mas em algumas partes da Europa e da Rússia é uma característica cultural .

REFERÊNCIAS                                       Warren Colman (2016). Quais são alguns exemplos de características culturais e complexo cultural? Quora Recuperado de quora.com.
Lee Lyman Michael J. O’Brien (2003). Traços Culturais: Unidades de Análise em Antropologia do Início do Século XX (documento online). The University of Chicago Press – Jornal de Pesquisa Antropológica Vol. 59, No. 2. Departamento de Antropologia, Universidade de Missouri. Recuperado de cladistics.coas.missouri.edu.
Artem Cheprasov. Traços Culturais: Definição e Exemplos. Recuperado do Study.com.

EXISTIA NATAL ANTES DE JESUS?

26/12/2022

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HÁ 7.000 ANOS...

Para a sociedade contemporânea ocidental, parece claro que a origem do Natal é o nascimento daquele personagem, cerca de 2 mil anos atrás, chamado Jesus. Mas há diversos indícios de que as pessoas já comemoravam o Natal cerca de 7 mil anos antes de Cristo, o que faz dessa celebração quase tão antiga quanto o próprio conceito de civilização.

SOLSTÍCIO

A explicação está nos marcos da natureza: afinal, se a ideia de civilização remonta às origens da agricultura, nada mais natural do que celebrar o solstício de inverno como um momento de renascimento, de renovação. Pensando sob a ótica do hemisfério norte o solstício de inverno, que ocorre nessa parte do globo nas proximidades do Natal, indica aquele momento em que a noite chega ao seu máximo — a partir daquele dia, o sol cada dia terá mais tempo para iluminar nosso planeta.

IMPRECISÃO HISTÓRICA

"Não sabemos com precisão nem o ano em que ele nasceu, muito menos o dia. As informações que nos chegaram, dos evangelhos, foram de muito tempo depois [da vida do próprio Jesus], escritas por volta do ano 70 [de nossa era], cerca de 40 anos depois do 'evento Jesus Cristo'. E temos algumas informações ali que não batem historicamente com aquilo que sabemos historicamente", explica o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

QUANDO, NASCEU JESUS?

A verdadeira data de nascimento do Jesus histórico é um mistério que jamais será revelado, acreditam pesquisadores. Não há registros da época e os relatos mais precisos que foram preservados, os evangelhos, não se atentaram — ou não conseguiram atentar — para detalhes deste tipo.

"O que Mateus e Lucas [os dois dos quatro evangelistas que narram o nascimento de Jesus] fizeram foi muito mais um olhar teológico, contando o nascimento de Jesus à luz de paralelos com outros nascimentos divinos".

"Dia 25 de Dezembro NÃO É NATAL".

"Jesus não nasceu nesta data. Essa data é um fruto de uma manobra política, religiosa e pagã de um camarada chamado Constantino, que aproveitou o solstício de inverno e tá aí até hoje", argumenta Rodrigo, especialista em arqueologia bíblica Rodrigo Silva, professor universitário e apresentador do documentário "Evidências", que afirma que há indícios de que Jesus havia nascido em Dezembro, mas não possui uma data exata.

TRANSFORMAÇÕES ATUAIS

Nesse sentido, é possível analisar que o Natal passou por novas ressignificações até chegar ao modelo atual — comercial e não necessariamente religioso.

"Hoje, é uma data consolidada e apropriada pela tradição capitalista. Ou seja: o cristianismo ressignificou o Natal, mas o Natal continua sendo ressignificado".

REFERÊNCIAS www.bbc.com/portuguese/geral-59736586 social-content.sbt.com.br/noticia/234276-arqueologo-biblico-desvenda-mitos-historicos

super.abril.com.br/historia/a-verdadeira-historia-do-natal

A HUMANIDADE DE JESUS

25/12/2022

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A HUMANIDADE E A DIVINDADE DE CRISTO

Jesus é uma só pessoa que possui duas naturezas: a natureza humana e a natureza divina. Realmente nós ainda não temos a capacidade de entender completamente tudo o que envol​ve as duas naturezas de Jesus Cristo. Por isso, costumamos a se referir a essa questão como “o grande mistério da Encarnação”.

​​COMO AS DUAS NATUREZAS SE RELACIONAM?
O maior desafio em entender o ensino bíblico acerca das duas naturezas de Jesus, se concentra no mistério de como essas duas naturezas se relacionam. Por exemplo: sendo plenamente humano, Jesus demonstrou desconhecimentos de certos fatos durante seu ministério terreno (Marcos 13:32; Lucas 8:45-47), enquanto que sendo plenamente evoluído, Ele também demonstrou possuir os atributos divinos, como a onisciência (João 1:48; 16:30; 21:17).

JOÃO 10.1 - 18                                       A humanidade de Jesus gera muita esperança em nossos corações. Pois, aqueles que se encontravam presos, podem ser livres e dispor de uma vida abundante. Jesus nos afirma que Ele é a porta para salvação, e as ovelhas que entrarem pela porta serão supridas, pois encontrarão pastagens.

IDENTIFICAÇÃO COM O HOMEM
Sim! Jesus sabe! De todas as nossas questões, Ele sabe! Nossas lutas internas, tentações, dores. Nossas emoções como seres humanos. Jesus sabe. Ele se identificou conosco quando se despiu de sua glória para se tornar um homem como nós. 
A humanidade de Jesus demonstra tal realidade, pois Ele sentiu fome (Mateus 4.2), sede (João 19.28) e cansaço (João 4.6). Ele chorou pela morte de seu amigo Lázaro (João 11.35) e lidou com rejeição e perseguição. Conheceu a morte ao derramar sua vida na cruz (João 23.46).

UMA OBRA DE REDENÇÃO

Todavia, reconhecer a perfeita humanidade de Jesus é essencial para a fé cristã, de modo que se negarmos a humanidade de Jesus também estaremos negando a salvação provida por sua obra redentora na cruz. O escritor da Epístola aos Hebreus tratou desse assunto de forma bastante detalhada, enfatizando, inclusive, que a realidade da humanidade de Cristo é fundamental na realidade da nossa salvação (Hebreus 2:14,15).

FINALIZANDO COM HEBREUS

Assim, a doutrina acerca da humanidade de Cristo é fundamental para nossa fé e significa um grande conforto para nós, pois em Cristo, sendo plenamente homem, temos a garantia de que Ele pode nos auxiliar em nossas aflições e sofrimentos, e interceder por nós diante do Pai (Hebreus 2:17,18; 4:15,16; 5:2-9; 7:25).

REFERÊNCIAS                                       estiloadoracao.com/jesus-cristo-homem                                                   fhop.com/serie-natal-a-humanidade-de-jesus

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OS APÓCRIFOS DO NOVO TESTAMENTO

24/12/2012

O QUE A IGREJA TENTOU ESCONDER

Em 1945, um pastor encontrou um jarro de cerâmica numa gruta próxima a sua aldeia no Egito. Ao abri-lo, achou vários livros escritos em idiomas que ele não compreendia. Algumas folhas amareladas serviram alimentaram o forno a lenha de sua casa. As restantes caíram nas mãos de um religioso local, circularam no mercado de antiguidades e foram resgatadas por um funcionário do governo egípcio. Mais tarde, descobriu-se que a “lenha” era um tesouro de valor incalculável: a coleção de Nag Hammadi, 13 livros com 1 600 anos e histórias que a Igreja tentou abafar durante todo esse tempo. Mas não conseguiu.

TESOURO DOS PRIMEIROS CRISTÃOS

A maioria dos escritos de Nag Hammadi foi produzida entre os séculos 1 e 3 e seus autores faziam parte das primeiras comunidades cristãs. Nesse acervo, é possível conhecer livros que ficaram de fora do Novo Testamento, como evangelhos de Tomé e Tiago. O interessante desses relatos é que destoam bastante do que aparece na Bíblia. Neles, Jesus tem um lado humano, Madalena é uma grande líder, Deus é um princípio masculino e feminino...

EMPODERAMENTO DAS MULHERES Um dos grupos mais influentes do cristianismo primitivo foi o dos gnósticos, que adotavam uma vida ascética, negavam a matéria e acreditavam que o conhecimento era o caminho para a salvação. Algumas facções também defendiam que Deus possuía um princípio masculino e outro feminino. De fato, as mulheres desses grupos atuavam como mestras, líderes e profetisas – uma ideia ainda hoje "indigesta" para a Igreja.

VERSÃO OFICIAL

As igrejas maiores e mais influentes tentaram impor seus textos, o que as menores não aceitavam. Havia debates e acusações mútuas de heresia entre elas. A peleja continuou até o século 4, quando tudo indicava que o cristianismo apostólico iria prevalecer sobre os outros cristianismos. Seus 4 evangelhos já eram populares naquela época e, desde o século 2, eram elogiados pelos pensadores da Igreja. Mas faltava tornar esses livros oficiais.

UM GOLPE IMPERIAL

Foi quando o imperador de Roma, Constantino, entrou em cena e interveio no impasse. Na época, com o império em crise, ele precisava de uma bandeira para justificar a expansão e convencer outros povos a aceitarem seu domínio. E a solução estava numa aliança com os cristãos, que por sua vez desejavam espalhar a mensagem de Jesus mundo afora. “Constantino percebeu que era uma grande oportunidade e decidiu fazer do cristianismo a religião oficial do império”.

PERSEGUIÇÃO AOS DISSIDENTES

Os cristãos deixaram de ser perseguidos em 313 e apenas 12 anos depois seus bispos foram convocados para o Concílio de Nicéia, primeiro passo dado para a criação do Novo Testamento. Na reunião, os evangelhos de Marcos, Lucas, Mateus e João foram escolhidos para narrar a biografia de Jesus por uma razão simples: expressavam a visão dominante na Igreja. E todos os demais foram considerados apócrifos, falsos e perigosos para o estabelecimento do novo livro.

Começou, então, a perseguição a todos que ousavam discordar da recém-formulada Escritura Sagrada.

EXCOMUNHÃO. HERESIA E ATÉ MORTE

Os gnósticos, docetas, ebionitas e ofitas foram acusados de heresia. Os que insistiam em desrespeitar o cânon eram punidos com a excomunhão ou a morte. Dezenas de livros – ou centenas, já que ninguém sabe ao certo quantos eram – foram destruídos ou queimados. Foi nessa época que alguém decidiu esconder 13 volumes numa gruta, na aldeia de Nag Hammadi, no alto Egito – talvez um cristão perseguido ou um monge do Mosteiro de São Pacômio, que ficava ali perto. Eram evangelhos, cartas e atos dos apóstolos escritos em copta, língua falada pelos cristãos do Egito.

UM GOLPE IMPERIAL

Foi quando o imperador de Roma, Constantino, entrou em cena e interveio no impasse. Na época, com o império em crise, ele precisava de uma bandeira para justificar a expansão e convencer outros povos a aceitarem seu domínio. E a solução estava numa aliança com os cristãos, que por sua vez desejavam espalhar a mensagem de Jesus mundo afora. “Constantino percebeu que era uma grande oportunidade e decidiu fazer do cristianismo a religião oficial do império”.

REFERÊNCIAS                                       super.abril.com.br/historia/a-historia-secreta-do-cristianismo
historiadomundo.com.br
História-do-Cristianismo-Bruce-Shelley

​ASSASSINATO POR FOME

23/12/2022

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HOLODOMOR

Holodomor é uma palavra ucraniana composta por dois termos: “holod”, que significa fome, e “mor”, que significa praga ou morte. Juntas, elas significam aproximadamente “assassinato por fome”. Grosso modo, o holodomor, assim como o holocausto nazista contra os judeus, consistiu em um genocídio contra a população da Ucrânia empreendido pelo comunismo soviético, que era liderado por Stalin.

"REQUISIÇÃO COMPULSÓRIA"

A atrocidade de holodomor remonta às políticas econômicas que Stalin passou a empregar logo que assumiu o poder, em 1928. Uma das medidas empregadas consistia em controlar a produção de cereais dos países da União Soviética por meio da “requisição compulsória”, isto é, um artifício burocrático que obrigava os camponeses a fornecerem grande parte do excedente produzido para o Estado a baixos custos.

RESISTÊNCIA UCRANIANA                   A Ucrânia foi o país da URSS que mais demonstrou resistência a tais medidas. A autonomia cultural ucraniana e sua forte identidade nacional tornavam-na intolerável aos anseios dos soviéticos russos. A insurreição dos camponeses ucranianos contra as medidas de coletivização forçada e requisição compulsória de cereais obrigou Stalin a impingir medidas ainda mais drásticas do que aquelas que foram executadas em outras regiões.

CANIBALISMO "ACEITÁVEL"

No início de 1933, uma rebelião em larga escala sabotou a linha de produção da Ucrânia. O governo central viu o evento como o início de uma contrarrevolução, destruindo-a com severidade: cerca de 100.000 pessoas acabariam presas e enviadas aos gulags, os campos de trabalhos forçados soviéticos. No auge da fome, em meados do ano, 30.000 pessoas morreriam por dia na Ucrânia, embora a União Soviética continuasse a negar oficialmente que esse fosse o caso enquanto continuava a exportar toneladas de comida para o exterior. De acordo com relatórios soviéticos, na época tornou-se aceitável consumir carne humana na Ucrânia.

OUTRA GRANDE MÁCULA DA CIVILIZAÇÃO

Após cerca de 15 milhões de mortes, o Holodomor apenas cessou após o programa econômico que levara à coletivização da agricultura ter sido ajustado. O evento em si só seria admitido com ressalvas pela União Soviética em 1987, durante o governo de Mikhail Gorbachev. Em 2006, a Ucrânia aprovou uma lei reconhecendo o Holodomor como um evento genocida.

REFERÊNCIAS

http://holodomorct.org/

https://incrivelhistoria.com.br/holodomor-grande-fome-ucrania/

https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-foi-o-holodomor-a-grande-fome-na-ucrania-5xpymhbalmfy55q2aqbiggezq/

https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2017/11/27/holodomor-ou-como-stalin-matou-de-fome-milhoes-de-ucranianos.htm

https://pt.euronews.com/2013/11/22/holodomor-um-caso-de-genocidio www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/holodomor.h

"VANITATE" (o que é vão)

22/12/2022

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VAIDADE EXACERBADA

"Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos."

CONCORDA OU SEM CORDA?

Dizem que a vaidade é o cuidado exagerado com a aparência. Você concorda com isso?

Os menos vaidosos dizem que o exagero em cuidar da aparência física tem como único objetivo atrair a atenção, a admiração e, por conseguinte, os elogios dos outros. É como se o vaidoso quisesse ostentar orgulhosamente sua beleza, suas posses, suas roupas, sua inteligência, enfim, suas qualidades e quantidades.

DOENÇAS DA BELEZA: quando a vaidade se transforma em obsessão

A linha que separa você ser "saudável" de ter uma compulsão por algo é tênue - mas esse transtorno é cada vez mais comum e nos adoece. Quantas vezes você se olhou no espelho e ficou descontente com o que viu?

TRANSTORNOS ALIMENTARES

ANOREXIA

O surgimento da anorexia se dá após algumas tentativas de dieta, onde a pessoa passa a considerar o alimento um inimigo, que só a destrói e estraga seu corpo engordando a imagem no espelho.

BULIMIA

A bulimia é uma doença coadjuvante, muita vezes, da anorexia. “Depois de dias sem se alimentar ou se alimentando muito pouco, a pessoa pode ter um ataque compulsivo alimentar e depois se valer de algum comportamento compensatório como provocar o vômito ou tomar uma dose exagerada de laxante para se livrar da comida.

A VIGOREXIA

Também conhecida por Síndrome de Adônis ou Transtorno Dismórfico Muscular, é uma doença psicológica caracterizada pela insatisfação constante com o corpo, em que a pessoa se enxerga muito magra e fraca quando na verdade é forte e possui músculos bem desenvolvidos, por exemplo.

A ORTOREXIA

Chamada de ortorexia nervosa, é um transtorno caracterizado pela preocupação excessiva com a alimentação saudável, em que a pessoa consome apenas alimentos puros, sem agrotóxicos, contaminantes ou produtos de origem animal, além de também apenas consumir alimentos com baixo índice glicêmico, baixo teor de gordura e açúcar.

VAZIA X EXAGERADA

A vaidade é vazia quando o indivíduo só se preocupa com ele, e se compara aos outros através do seu conceito extremista de vaidade. Enquanto o vaidoso exagerado se preocupa constantemente com o que os outros pensarão sobre ele. Esse tipo de indivíduo precisa sempre estar com a melhor roupa, o sapato mais bonito, o relógio mais caro, o perfume mais sensual. Sente medo da rejeição, se angustia com isso.


FINALIZANDO COM FRANÇOIS LA ROCHEFOUCAULD

“O que nos torna insuportável na vaidade dos outros é que ela colide com a nossa.”

​REFERÊNCIAS                                       psicologiadialetica.com                         encenasaudemental.com

​clinico-psicologo.com                             eusemfronteiras.com.br                         psicologiamsn.com

VIKTOR E. FRANKL

21/12/2022

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PREÂMBULO                                           Na obra  "A  presença  Ignorada  de  Deus", Frank fala de uma espécie de ‘fé’ inconsciente e de um ‘inconsciente transcendental’ que inclui a dimensão religiosa. Frankl discorda de Freud, que considerou a religião como  a sublimação  dos  acometimentos  sexuais,  denominando-a  de  “neurose  obsessiva  da humanidade”. Frankl valoriza a religião como um fenômeno humano a ser considerado pela psicologia.  Para  ele  o  fim  da  psicoterapia  é  a  saúde  mental,  enquanto  o  da  religião  é  a salvação das almas.

A ESSÊNCIA DA ANÁLISE EXISTENCIAL

Arthur Schnitzler legou-se um ditado segundo qual existem apenas três virtudes: objetividades, coragem e senso de responsabilidade. A psicanálise passar a existir como uma resposta a tudo isso - uma reação sem duvida reacionária, visto que hoje muitos desses aspectos estão superados. Além do atomismo (doutrina dos pensadores Leucipo e Demócrito), a psicanálise também defende a teoria da energia psíquica.

O INCONSCIENTE ESPIRITUAL

O inconsciente não se compõe unicamente de elementos instintivos, mas também espiritual. Desta forma, o conteúdo do inconsciente fica consideravelmente ampliado, diferenciando-se em instintividade inconsciente e espiritualidade inconsciente. Agora surge a necessidade de incluir o espiritual no inconsciente, o que precisamente chamamos de inconsciente espiritual. De qualquer maneira, Freud viu no inconsciente apenas a instintividade inconsciente; para ele, o inconsciente era primordialmente um reservatório de instintividade reprimida.

UM SER QUE DECIDE

O ser humano pode assim ser “verdadeiramente ele próprio” também nos seus aspectos inconsciente. Por outro lado, ele á “verdadeiramente ele próprio” somente quando não é impulsionado, mas responsável. O ser humano propriamente dito começa onde deixa de ser impelido e cessa quando cessa de ser responsável. Os seres humanos propriamente ditos manifestam-se onde não houver um id a impulsioná-lo, mas onde houver um eu que decide.

A TRANSCEDÊNCIA DA CONSCIÊNCIA

Para poder explicar melhor essa transcendência da consciência, deve-se partir dos seguintes fatos: toda liberdade tem um “de que” e um “para que”. O ‘de que’, do qual o ser humano pode se libertar está em seu ser impulsionado; seu eu, então, tem liberdade diante de seu id. O ‘para que’ da liberdade humana é sua responsabilidade. A liberdade da vontade do ser humano é, portanto, a liberdade ‘de’ ser impulsionado ‘para’ ser responsável, para ter consciência.

RACIONALIZAÇÃO

20/12/2022

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DEFESA DA MENTE

A Racionalização como mecanismo de defesa da mente. Significa que o processo racional está sendo usado pelo ego (nossa estrutura psíquica responsável pela autopercepção e pela relação com a realidade externa) com o objetivo de manter o ego como está. Por isso, uma defesa.

NÃO A IRRACIONALIDADE

É importante, logo de início, que não tomemos um sentido pejorativo na Racionalização, nem entendamos que o texto defenda a irracionalidade. Outra ressalva é que não entendamos como tão distantes assim a Racionalização-Defesa e a Razão-Ciência: provavelmente sejam similares em muitos de seus procedimentos.

O FUNCIONAMENTO DO MECANISMO

Se uma pessoa tem um quadro de distimia (uma “depressão” leve), entenderíamos que a mente agiria para justificar que tudo continue assim. Desta forma, adquire-se um bloqueio no sentido de prevenir que o problema seja visto por uma outra ótica e “corra o risco” de ser superado. Claro, isso não é feito intencionalmente.


RACIONALIZAÇÃO como DEFESA Apresentada a ideia geral dos mecanismos de defesa, vamos falar da Racionalização, que é um dos mais importantes destes mecanismos. É fundamental entender este conceito de racionalização e estar atento a como a racionalização se apresenta em clínica psicanalítica. De certa forma, ao entendermos a racionalização estamos também entendendo a dinâmica dos assim chamados mecanismos de defesa, num sentido amplo.

A RACIONALIZAÇÃO EXGERADA

É preciso entender que os mecanismos de defesa do ego são importantes para manter uma vida saudável e com menos conflitos. O problema pode aparecer quando a pessoa está muito envolvida dentro desse mecanismo a ponto de não ser capaz de enxergar a vida e as situações mais conscientemente. Quando frente às diversidades da vida a pessoa não lida com os problemas e tem neles uma resposta pontual e racional que a impede de progredir, podemos pensar em uma racionalização que foge ao funcionamento esperado do ego.

REFERÊNCIA                                       www.psicanaliseclinica.com


INVALIDAÇÃO EMOCIONAL

19/12/2022

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EXEMPLOS RECORRENTES

Você já ouviu frases do tipo “meninos não choram” ou “sentimentalismo é coisa de gente fresca”? Ou já viu mamães e papais que ao repreenderem seus filhos por algo errado, terminaram mandando a criança “engolir o choro”. Pois bem, se você conhece casos assim, então você já se deparou com algum tipo de invalidação emocional.

QUANDO ACONTECE

A invalidação emocional acontece quando sentimentos e emoções de uma pessoa são embargados por outros que fazem julgamentos e tratam essa manifestação emocional como incorreta, descabida, inadequada. A pessoa que sente o que sente passa a desmerecer e talvez até desacreditar de suas emoções, reprimindo-as, o que acarreta numa dificuldade posterior para lidar com as mesmas.

UM ERRO SUTIL

Muitas vezes as pessoas invalidam emocionalmente sem querer e sem ter a intenção de fazer isso. Quando dizemos coisas parecidas com “você não precisa ter medo” estamos de algum modo negando algo que está acontecendo e que precisa ser acolhido.

CONSEQUÊNCIAS IMPREVISÍVEIS

Geralmente a invalidação emocional provoca marcas mais importantes na infância e na juventude. A criança e o adolescente estão descobrindo o mundo e a si mesmos e ter pessoas de extrema importância em suas vidas, como os pais, dizendo que o que sentem não é real, necessário, certo ou oportuno, leva a muita confusão mental, problemas com a autoafirmação e, em casos mais sérios, transtornos de personalidade.

VAZIO EMOCIONAL...

Estudos têm mostrado a relação existente entre a invalidação emocional na infância e o desenvolvimento de transtorno de personalidade histriônica, borderline, narcisista e antissocial (Custer B), por exemplo.  O vazio emocional, a sensação de abandono, a postura rígida e os relacionamentos pessoais conturbados típicos destes transtornos, podem ser provenientes de experiências de invalidação na infância, entre outros motivos.

ESTRATÉGIAS ADEQUADAS​

O grande desafio é poder ajudar a pessoa a sentir, mostrar que compreende suas sensações mesmo que precisa e deva mudar algum comportamento. Quando agimos dessa maneira, permitimos que os pequenos, e até adultos, a nossa volta lidem melhor com a vida emocional encontrando as estratégias adequadas de comportamento.


DO LIVRO A CABANA

“As emoções são as cores da alma”.

REFERÊNCIAS

Artigo da Dra. Silvia Queiroz – Psicóloga clínica, Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e Mestre em Teologia institutodepsiquiatriapr.com.br vidainovadora.com.br

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VIVER O PROPÓSITO

18/12/2022

VIRTUDE

Do Latim VIRTUS, “força moral, valor, hombridade”, de VIR, “homem, varão”.   Disposição constante do espírito que nos induz a exercer o bem e evitar o mal. Conjunto de todas ou qualquer das boas qualidades morais.

EGO ESTRUTURADO                             A estrutura da personalidade compreende, entre outros elementos psicológicos, um conjunto de virtudes que tornam o indivíduo mais elevado, íntegro, humanitário. Uma virtude representa retidão moral, probidade, excelência moral. As pessoas podem ser avaliadas pela riqueza de suas virtudes.

CLASSES VIRTUOSAS

Existem duas classes de virtudes: as virtudes teologais e as virtudes humanas ou morais.

 As teologais são três: fé, esperança e caridade. As morais, que chamam-se também virtudes humanas ou cardeais, são quatro: prudência, justiça, fortaleza e temperança.

AS VIRTUDES DE JESUS

E repousará sobre ele o Espírito do SENHOR, o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.  (Isaías 11:2)

COMENTÁRIO

O Espírito de Deus estava sobre Ele e lhe dava virtudes, no texto de Isaias vemos que as virtudes de Jesus que permaneciam sempre nEle eram: O Espírito de Deus, o Espírito de sabedoria, de entendimento, de fortaleza, de conhecimento e o de temor (respeito e reverência), perfazendo um número de sete(7).

O PROPÓSITO

Ao praticar virtudes você atinge o que chamou de eudaimonia. Esse é um termo grego que refere-se a bem-estar e felicidade. Em outras palavras, levar uma vida virtuosa é o caminho para uma vida de bem-estar e felicidade segundo Aristóteles. O propósito é se tornar bom, não apenas ter conhecimento e sabedoria.

“Não crie sofrimento, pratique virtude, seja o senhor de sua mente”.

 Sidarta Gautama - Buda


​REFERÊNCIAS
Artigo de Marcelo Johann - Virtudes Virtudes
As Virtudes na visão de Buda - www.eusemfronteiras.com.br
A Prática das Virtudes como Objetivo de Vida - plenitude.com.br                       

                      

O MUNDO ESPIRITUAL

17/12/2022

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UMA REALIDADE COMPLEXA

A realidade além da vida física é de uma complexidade muito maior do que a conhecida através dos livros e relatos mediúnicos. Tais escritos e depoimentos se circunscrevem a nichos palidamente percebidos pelos espíritos e médiuns que se dedicam a educar o ser humano quanto à vida fora da matéria. A diversidade de situações, ambientes e estilos de vida é infinitamente maior do que se imagina. Isso não quer dizer que se trate de falsas informações ou de mistificação dos médiuns. São considerações importantes que, embora esclarecedoras, sofrem o filtro da linguagem e da cultura dos médiuns.

UMA EDUCAÇÃO QUE TRANSCENDE O mundo espiritual construído no imaginário humano difere daquele real e existente após a morte. A grande maioria das informações espirituais sobre a vida fora da matéria é trazida com o objetivo de educar os que se encontram na dimensão mais densa. Esta educação é um preparo para uma vida equilibrada na sociedade material e para uma vida espiritual sem surpresas.

UM UNIVERSO A SER DESBRAVADO

Há muitas regiões espirituais inóspitas, bem como outras a serem desbravadas, à espera do espírito humano para lhes dar movimento e sentido transcendente. Em tais regiões podem vigorar princípios e modos de convivência muito diferentes dos adotados em outras, pois o Universo é livre para todos. Esta liberdade toda estará condicionada ao princípio divino existente em cada ser do Universo.

DESCONSTRUINDO IDEIAS FIXAS

É possível que a grande maioria venha a se surpreender com o que a espera. Uma visão menos pesada e menos culposa é necessária, pois Deus não é carrasco, para ter criado um sistema tão hermético e fechado, quase inacessível ao ser humano comum.

Um mundo espiritual mais livre e destituído de punições faz-se necessário à consciência humana, tão violentada pelas crenças medievais existentes.

REFERÊNCIA

Fragmentos do artigo postado em 15/02/2011 por Adenauer Novaes no portal se-novaera.org.br

A PONTE COM A FONTE

16/12/2022

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"Quando o coração estiver doendo insuportavelmente, destranque o peito. Permita-se calmaria e alivie-se de todos os pesos e medidas que não te levam adiante. Descanse, mas não pare no tempo quando a vida te chamar para dar uma volta. Se o seu coração pede ajuda, ouvi-lo é a mais sincera opção, pois estará fazendo a conexão com a Fonte."

ÓRGÃO QUE TRANSFORMA E CONECTA

É no interior do coração que as intenções são transformadas em vibrações capazes de se comunicar com a Fonte. O que ele vibra, ele emite; o que ele emite chega na Fonte e retorna até você com a mesma força e intensidade emitidas.

FANTÁSTICA E PODEROSA COMUNICAÇÃO

O coração conversa com a Fonte, pois ambos são Sóis. A Fonte é o gigantesco Sol. Isso significa que seu coração é um Sol miniaturizado, uma réplica perfeita do Grande Sol que tudo sustenta, e ambos falam o mesmo idioma, através das altas vibrações, comunicação direta e poderosa capaz de avançar no tempo 27 vezes mais rápido do que a velocidade da luz.

VIBRAR EM ALTA FREQUÊNCIA

A alquimia do universo é imensa e desconhecida. Conhecer isso abre portais extraordinários. Quanto mais o coração vibra em alta frequência, mais perfeita é a comunicação.

INCIDÊNCIA QUASE ZERO

O coração é o primeiro órgão desenvolvido pelo feto dentro do ventre da mulher, o único órgão com raríssima incidência de câncer, pois é feito de pura LUZ e seu tecido muscular encerra o ciclo de divisão celular muito cedo na vida. Sem divisão celular, é quase zero a chance de haver uma multiplicação desordenada de células, o que caracteriza o câncer.

ENERGIA DO CORAÇÃO

O coração tem um campo eletromagnético centenas de vezes maior do que a do cérebro, isso é cientificamente comprovado, o sentimento gerado pelo coração é algo inexplicável, é a força motriz do universo e tem sido assim desde de que tudo foi criado.

REFERÊNCIAS

A Energia do Coração. Por Joeverton Rodrigo, Terapeuta Quântico Trechos do livro “MEMÓRIA DAS CÉLULAS: A SABEDORIA E O PODER DA ENERGIA DO CORAÇÃO”

de Paul Pearsall

AUTOIMPORTÂNCIA E BAIXA AUTOESTIMA

15/12/2022

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TRANSTORNO DE PERSONALIDADE NARCISISTA

Ego inflado e necessidade de bajulação constante são algumas características do Transtorno de Personalidade Narcisista. Mas é importante salientar que o transtorno vai muito além e pode atrapalhar a vida de todos ao redor.

PERSONALIDADE NARCISISTA

O narcisismo, nome dado ao transtorno de personalidade narcisista, é caracterizado por um padrão de comportamental em que o indivíduo acredita ser único e superior frente aos demais a partir de fantasias irreais de sucesso. A pessoa narcisista superestima a própria capacidade, exagera suas realizações e, normalmente, tende a subestimar a capacidade das pessoas ao seu redor.

O SIGNIFICADO DE NARCISISMO

O termo "narcisismo" faz referência ao mito de Narciso, personagem da mitologia grega que representa a vaidade e a insensibilidade. Segundo o mito, Narciso era um jovem tão belo e tão vaidoso que, após desprezar várias pretendentes por achar que nenhuma era tão boa quanto ele, acabou se apaixonando pelo próprio reflexo.

Obcecado com a própria imagem, refletida em uma fonte de água, Narciso faleceu de sede e fome, pois não conseguia fazer outra coisa que não admirar a si mesmo.

O QUE É TPN, E OS SUBTIPOS A psicologia explica que o TPN - Transtorno da Personalidade Narcisista é caracterizado por um padrão generalizado de grandiosidade. Ou seja, o paciente tem a necessidade de adulação e falta de empatia.

“Segundo Pincus, et al. (2009), existem dois subtipos gerais de narcisistas, o grandioso e o vulnerável. O narcisista grandioso lida com uma desregulação da autoestima apresentando fantasias de grandiosidade e superioridade. Estes indivíduos são manipuladores, arrogantes e exibicionistas”.

Esses narcisistas apresentam falta de empatia, inveja intensa e agressividade.

“Já o narcisista vulnerável é introvertido, revela-se inseguro e defensivo, apresentando sentimentos de inadequação e incompetência. Também lidam com desregulação da autoestima, apresentando sentimento intenso de vergonha, evitando relações interpessoais devido à hipersensibilidade à rejeição e à crítica”.

CAUSAS

A causa do narcisismo patológico ainda é escasso. Entretanto, está claro que há o envolvimento direto dos componentes da personalidade habitual: constituição corporal, temperamento e caráter.

Fatores genéticos e ambientes podem contribuir para o surgimento do transtorno de personalidade narcisista. 

PORTA DE SAÍDA

“A psicoterapia pode ser usada para ajudar o sujeito a se perceber como realmente é, sem as ilusões de grandeza e a aprender como se relacionar melhor com os outros, a fim de estimular relacionamentos interpessoais mais funcionais e obter uma melhor compreensão de suas emoções Neste sentido, o psicólogo deve acompanhar e compreender o movimento do cliente no mundo a partir das situações que o levam para a psicoterapia..."

Um NOVO OLHAR para a VIDA

14/12/2022

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NÓS DAMOS O SIGNIFICADO

A vida acontece como a enxergamos. Somos nós que classificamos a vida. Ela depende de nós para ter significado em nossas vidas. A vida, em verdade, é perfeita e maravilhosa, porém, em virtude da necessidade de evolução humana, podem acontecer situações não tão agradáveis. Esses são aqueles momentos difíceis para que haja a superação. Mesmo superando, as pessoas não gostariam de vivenciar.

E A VIDA, E A VIDA O QUE É?

A vida é o sentido da existência. Todos nós temos tarefas importantes para serem realizadas e precisamos executar com excelência, pois isso é cumprir a missão. A vida tem o significado próprio que é o grande viver bem no aqui e agora. Por esse motivo ela se mostra no presente e não fica presa nos acontecimentos do passado e tampouco atropela o futuro.

UMA GIGANTESCA E BELA OPORTUNIDADE

A vida é uma oportunidade. A vida é a melhor oportunidade. É ela que faz com que você adquira o crescimento necessário para o progresso e a evolução. Independentemente de como as situações irão se apresentar, é necessário esforçar-se para manter a visão positivada da vida.

OBSERVADOR E CONTEMPLADOR

A vida é um presente para quem está profundamente presente nela.- Esse olhar pleno para a sua vida faz de você um grande observador. E para que você seja um grande mestre de si mesmo, é necessário um olhar de contemplação. Esse é o começo da jornada da integração de toda a sua essência com a fonte da vida.

UMA ESCOLHA COM SABEDORIA

O olhar para a vida é você que escolhe como será. É a visão que você quer ter da vida, e, então, você terá em seu viver o que for compatível com essa visão. Viver a vida com toda a intensidade pelas emoções enobrecidas e pelo coração repleto de gratidão é a dádiva que faz de você um ser que visualiza o verdadeiro sentido da vida, sem precisar de gurus, mestres, padres e pastores.​

​​​REFERÊNCIA                                         www.eusemfronteiras.com.br por Karina Schuler

...E MITOS

13/12/2022

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IDEIAS CRISTALIZADAS

Quando se solidifica as ideias, tornando-as inabaláveis, perde-se a chance de ampliar os pensamentos; e com isso abrir o leque de possibilidades; ter outra visão sobre determinado assunto ou até mesmo, modificar ou desconstruir o que antes parecia uma verdade absoluta.

NEGAÇÃO DA HISTÓRIA

Na Idade Média na Europa, quando predominava uma forma extremista de cristandade católica, a quantidade de dias feriados, além dos domingos, era enorme, superava em muito os cem dias. A ideia de que os avanços tecnológicos dos últimos 200/300 anos vieram liberar todos os humanos, e não apenas alguns, das pesadas tarefas diárias é, no mínimo, questionável.

UMA REVISÃO NECESSÁRIA                 Com todas as dificuldades de mensuração, há estimativas de que no século XIV os trabalhadores, no Ocidente, trabalhavam cerca de 1.400 horas/ano, enquanto hoje, nos mesmos países, trabalha-se (sem contar o deslocamento) cerca de 1.700 horas!

MITOS da transformação DIGITAL

Existem muitas ideias equivocadas relacionadas com transformação digital, vejamos alguns mitos associados a esta nova realidade, para que possa eliminar agora as ideias preconcebidas que não fazem sentido! A saber.

​​VAI ROUBAR POSTOS DE TRABALHO A transformação digital não vem roubar postos de trabalho mas sim aprimorar os que já existem, uma vez que os recursos humanos ficarão mais disponíveis para a realização de tarefas de valor acrescentado.                           AS PEQUENAS NÃO PRECISAM SE PREOCUPAR                                         A transformação digital, quando bem implementada, pode ajudar as pequenas empresas a crescerem significativamente, uma vez que melhora os processos e reduz os custos.                                                   TODAS SERÃO BEM-SUCEDIDAS         Esta nova forma de trabalhar não é uma receita standard que pode ser seguida por todas as empresas e por isso é fundamental avaliar os impactos que esta transformação terá para o negócio, avaliando riscos e investimentos.                                         PROCESSO QUE TERMINA APÓS A IMPLEMENTAÇÃO                                 A implementação é apenas o início de uma viagem pelas vantagens do mundo digital. A transformação digital deve ser encarada como um processo contínuo.

REFERÊNCIAS psicologaginafabre.com/las-ideas-preconcebidas www.recantodasletras.com.br/ brainly.com.br www.linkedin.com/pulse/mitos-da-transformação-digital-ideias-pré-concebidas

CONSUMO INFINITO, NUM MUNDO FINITO

12/12/2022

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ÁGUA NO MUNDO
Estima-se que 97,5% da água existente no mundo é salgada e não é adequada ao nosso consumo direto nem à irrigação da plantação. Dos 2,5% de água doce, a maior parte (69%) é de difícil acesso, pois está concentrada nas geleiras, 30% são águas subterrâneas (armazenadas em aquíferos) e 1% encontra-se nos rios. Logo, o uso desse bem precisa ser responsável e sustentavelmente consumido para que não prejudique nenhum dos diferentes usos que ela tem para a vida humana.

CONSUMO INSANO

O consumo descontrolado dos recursos gera diversos impactos, como por exemplo o desaparecimento dos habitats essenciais para a fauna e flora, ou seja, a extinção de espécies. Existem cerca de 30 milhões de espécies animais e vegetais diferentes no mundo e, dessas, aproximadamente 26 mil estavam ameaçadas de extinção, segundo pesquisa de 2018 da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

O PRINCÍPIO DO CONSUMO MASSIVO

A fim de entender como se dá o esgotamento dos recursos naturais, é necessário antes compreender como se mantém esse mecanismo, que é pautado exatamente neste princípio de consumo massivo. Desde muito cedo o fetichismo das mercadorias e as artimanhas capitalistas inserem no imaginário humano, o desejo de consumir, isto não se limitando apenas aquilo necessário para sobrevivência, mas principalmente transferindo aos objetos sensações de prazer, e status social.

OS CICLOS INTERMINÁVEIS DOS DESEJOS

Pensando que as tendências são cíclicas, aquilo que faz sentido no hoje, não serve mais no amanhã, logo criando novos desejos, que tornam inúteis os anteriores. Diferente dos desejos de consumo que são intermitentes, os recursos naturais, porém, são impermanentes.

UMA PRÁTICA E UM DISCURSO

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), nove em cada dez pessoas no mundo respiram ar com altos níveis de poluição e sete milhões de pessoas morrem anualmente por conta da contaminação. Atualmente, muitas empresas incorporam em seus discursos o vocabulário ecológico, promovendo o discurso de políticas de imagem verde. Entretanto, ocultam e banalizam os danos e as contradições ocasionados por elas mesmas, de modo que o discurso capitalista – que visa somente o crescimento e os interesses do mercado - contribui para desviar a atenção dos conflitos ecológicos gerados.

REFERÊNCIA

Artigo de Catharina Morais e Sophia Raze                                                                                                                  Título - Consumo Infinito, Em um mundo Finito: NÃO HAVERÁ PLANETA POSSÍVEL NESTA LÓGICA

FRANÇA, SÉCULO XIX

11/12/2022

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PRÓLOGO DA OBRA                                 [...]"enquanto os três problemas do século — a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância — não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis.”

O ENREDO

A história se passa entre os anos de 1815 e 1832 e é contada por um narrador-observador que de tudo sabe, que também opina, reflete e conversa com o leitor. E se desenrola a partir da figura de Jean Valjean, condenado a 19 anos de trabalho forçado após o roubo de um pão e sucessivas tentativas de fuga.

É tendo esse acontecimento como ponto de partida que Victor Hugo apresenta contundentes críticas ao direito e sobre ele nos faz refletir.

OS MISERÁVEIS NO BRASIL

Os Miseráveis chegou no Brasil recém independente, com fortes influências francesas e ideais libertários, e aqui encontrou solo fértil para se propagar entre os intelectuais da época. Sabe-se que escritores como José de Alencar, Castro Alves e Machado de Assis.

EXERCÍCIO DA EMPATIA

Os Miseráveis continua sendo uma obra assustadoramente atual. Por isso, se torna ainda mais importante o seu poder de promover dentro do leitor o sentimento de empatia, chamando a atenção para a existência de uma realidade distante da nossa privilegiada.

UMA OBRA GIGANTE

Obra prima de Victor Hugo, grandiosíssima, não apenas pelo seu tamanho (1510 páginas na edição brasileira da Martin Claret), mas por todo o seu conteúdo e reflexões que proporciona. Vai encarar o desafio das 1510 páginas? Eu ainda não...

REFERÊNCIA

Texto extraído da resenha de Luíza Cipriani

UM TREM CROATA PASSOU PELA ESTAÇÃO BRASIL E NÃO PAROU. E AÍ?

10/12/2022

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GANHAR É MASSA!

E perder? Sabemos que é de extrema importância saber ganhar, mas quantos de nós não temos a percepção clara do aprendizado e das lições que a derrota nos traz? Básico é isso, com os erros é que se aprende.

Se vivermos só ganhando, ganhando e ganhando, nunca iremos saber como errar e o prazer de vencer consertando nossos erros! Ganhar é legal, todos sabemos, mas e perder? As vezes perder é até mais educativo, quando temos humildade e grandeza de propósito para identificar as fraquezas e buscar as devidas correções, visando o crescimento.


O QUE DIZER QUANDO O BRASIL É ELIMINADO

"Segue a Copa!" Essa é uma das frases mais tradicionais para se dizer quando o seu time, a seleção brasileira, não apresentou o desempenho ideal para continuar na competição com as outras equipes, principalmente no que diz respeito ao seu preparo tático, técnico e emocional.

TRAUMA DE 1950 E O COMPLEXO

A expressão complexo de vira-lata surgiu com o escritor Nelson Rodrigues quando falava de um trauma brasileiro no futebol de 1950. Na ocasião, a Seleção brasileira foi vencida pelo Uruguai na Copa do Mundo dentro do Maracanã.

TRAUMA RECENTE                               É fato que muitos ainda se apresentam sequelados devido ao resultado da última eleição presidencial no Brasil. Vide os refratários plantonistas, que ainda bloqueiam estradas e tomam chuvas acampados em frente aos quartéis. Interessante as mensagens que circularam ontem nas redes sociais, a saber:                                     "Fora Tite comunista"; "Abaixo Globolixo"; "Ainda bem que perdeu"; "Saímos no lucro"; "Hoje, gritam gol, mas amanhã, não se arrependam de não terem ido ás ruas."...chuvas acampados em frente aos quartéis. Interessante as mensagens que circularam ontem nas redes sociais, a saber:

"Fora Tite comunista"; "Abaixo Globolixo"; "Ainda bem que perdeu"; "Saímos no lucro"; "Hoje, gritam gol, mas amanhã, não se arrependam de não terem ido às ruas."...

É COPA QUE SEGUE

E no seguir da Copa, caberia uma reflexão quanto aos erros da seleção brasileira? O reconhecimento dos méritos e acertos da Croácia? Recordando Pierre de Courbertin, "O importante não é vencer mas competir... com dignidade."

E aí galera, o que poderia acompanhar o substantivo dignidade?

PROPAGANDA ENVIESADA

09/12/2022

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A MANIPULAÇÃO DAS MASSAS
Com venda de produtos de forma enviesada, Bernays mudou hábitos sociais sem que a sociedade se desse conta da sutil manipulação.

BREVE BIOGRAFIA

Quando Edward Louis James Bernays faleceu aos 103 anos, em 9 de março 1995, seu obituário publicado no jornal The New York Times o chamou de “O Pai das Relações Públicas”. Nascido em 22 de novembro de 1891, em Viena, então capital do Império Austro-Húngaro, Edward Bernays . Era um “duplo sobrinho” do psicanalista Sigmund Freud.

A PROPAGANDA POR TRÁS DE UM APELO FEMINISTA

Bernays foi fundamental para tornar aceitável para a sociedade que as mulheres fumassem em público, patrocinando, em nome dos cigarros Lucky Strike, da American Tobacco Company, demonstrações em que mulheres se reuniram nas esquinas para iluminar. Com apelo feminista, os cigarros foram chamados de “tochas de liberdade”.

COMUNISTA "ENVIESADO"

Um dos trabalhos mais polêmicos de Bernays foi para a empresa United Fruit, quando ele foi encarregado de executar uma campanha contra o presidente da Guatemala, Jacobo Árbenz, na mídia norte-americana. Ele convenceu a imprensa a executar histórias que descreviam Árbenz como uma séria ameaça comunista para os EUA. O objetivo final do envolvimento de Bernays e a campanha anticomunista da United Fruit era influenciar o presidente Eisenhower para intervir em Guatemala.

AS SOCIEDADES MANIPULADAS

"A manipulação inteligente e consciente dos hábitos e opiniões organizados das massas é um elemento importante na sociedade democrática. Aqueles que manipulam este mecanismo dissimulado da sociedade constituem-se como um governo invisível que é o verdadeiro poder que dirige o nosso país. Somos governados, as nossas mentes são moldadas, os nossos gostos formados, as nossas ideias sugeridas, largamente por homens de que nunca ouvimos falar."

REFERÊNCIAS
www.newsmuseum.pt
revistapress.com.br

Minha história como coach

Experiente. Reconhecido. Solidário.

Consultor

Sou um(a) Coach de desenvolvimento pessoal certificado(a) desde 2000, e ajudo meus clientes em São Paulo a alcançarem seus objetivos pessoais e profissionais. A essência do meu trabalho é facilitar o desenvolvimento pessoal ajudando você a identificar os principais desafios e contratempos da sua vida, para que você os supere com confiança. Especializei-me na criação de planos personalizados e no fornecimento de ferramentas para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

UM CLÁSSICO LIBERTÁRIO

08/12/2022

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SINOPSE                                               As veias abertas da América Latina, faz um inventário lírico e amargo da submissão, miséria e espoliação de que a América Latina tem sido vítima, desde que aqui aportaram os europeus no final do século XV. Em seu texto Galeano sabe ser suave e duro, transmitindo uma mensagem que transborda humanismo, solidariedade e amor pela liberdade e pelos desvalidos. ferramentas para ajudá-lo a alcançar seus objetivos.

LINHA DO TEMPO

Com detalhes, ele vai descrevendo a forma como a América Latina foi sendo ocupada pelos europeus e como se instalaram por aqui. Apesar de ter sido escrito há quase 50 anos, o livro é impressionantemente atual. E infelizmente, podemos perceber isso com os últimos acontecimentos na Venezuela, Equador, Chile e por último, na Bolívia, que recentemente teve seu presidente exilado por meio de um golpe militar.

TEORIA DA DEPENDÊNCIA

As Veias Abertas da América Latina começa com uma frase que resume a essência da Teoria da Dependência. “A divisão internacional do trabalho consiste em que alguns países se especializam em ganhar e outros em perder. Nossa comarca no mundo, que hoje chamamos de América Latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os tempos remotos”

MEMÓRIA DO OPRESSOR

O livro resgata essas tradições de luta popular, destacando como a história oficial dilui a visibilidade destas resistências. Lembra que essa operação de ocultação muitas vezes leva o próprio oprimido a assumir como sua “uma memória fabricada pelo opressor”.
Galeano não apenas detalha como a América Latina foi estruturada durante séculos pela exploração dos índios e a escravidão dos negros. Ressalta também que os sujeitos afetados por esta espoliação reagiram com revoluções e revoltas. Essas sublevações abriram um horizonte alternativo de libertação.

FICA MAIS UMA DICA

Em Veias Abertas há um apelo repetido à construção de uma sociedade não capitalista de igualdade, justiça e democracia. Desperta o interesse de todos aqueles interessados em mudar a realidade opressora da região.

Veias abertas é um verdadeiro emblema dos ideais transformadores.

O PENSAMENTO DIFERENTE (DO OUTRO)

07/12/2022

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"Cada pessoa é aquilo que crê. Fala do que gosta. Retém o que procura. Ensina o que aprende; tem o que dá. E Vale o que Faz."
Chico Xavier

O GRANDE DESAFIO

O pensamento exige que disponibilizemos habilidades e recursos para o enfrentamento de situações novas, e isso muitas vezes se constitui um desafio. Lidar com o diferente exige uma complexa articulação cognitiva.

A PARTIR DA PSICOLOGIA

O pensamento interior

Em nossas comunicações internas também podemos passar pela via da gentileza. Em oposição a criticar, acolher: nesta via é importante treinar o olhar com autocompaixão, à medida em que observamos pensamentos que podem nos impulsionar. "Estou validando aquilo que sinto?”.  

DIVERSIDADE COGNITIVA

Chegou a hora de dar um novo passo para garantir outro tipo de diversidade: a cognitiva, que depende de um ambiente em que opiniões contrárias sejam debatidas, refutando-se polarizações — tão comuns nos dias de hoje. É daí que vem o verdadeiro ganho com a questão da diversidade: extrair a melhor solução a partir de olhares divergentes.

UMA OUTRA REALIDADE

Em um país como o Brasil, com um dos maiores índices de desigualdade do mundo, a diversidade cognitiva precisa fazer parte de uma política ampla de busca por representatividade. “Uma coisa é tratar a questão cognitiva por si só na Suécia, onde quase não há desigualdade de renda. Mas nossa realidade não está pronta para contemplar apenas a diversidade de pensamento”, diz Liliane Rocha.

NECESSÁRIOS "CONFLITOS"

Os autores do livro The Best Team Wins (“O melhor time ganha”, numa tradução livre, ainda sem edição em português), os americanos Adrian Gostick e Chester Elton dedicaram um capítulo para tratar conflitos após estudarem 850.000 profissionais de empresas de diversos setores e chegaram à seguinte conclusão...

CONCLUINDO

A conclusão foi que em grupos onde inexistem contestação e divergências os resultados são menos inovadores e produtivos. Para evitar que tudo seja feito sempre da mesma forma, é preciso que as equipes discordem — e, como mágica, novas ideias surgem.

REFERÊNCIA

Extraído do artigo, "Como lidar com o pensamento diferente a partir da psicologia" de Bruno Oliveira Mazoti

BERÇO DA HUMANIDADE

06/12/2022

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MAMA ÁFRICA

A África é o berço da humanidade, qualquer estudo realizado até hoje confirma isso, por toda a sua carga étnica e cultural e por meio de sua história milenar, ela é capaz de contar a história de toda a humanidade, isso é inegável, porém a desvalorização de toda essa carga é gigante, transformando o que devia ser a base de toda a história do mundo em uma simples parte isolada.

ENTENDENDO A HISTÓRIA

A história de todos os outros continentes pode ser explicada a partir da História da África, assim como a história da humanidade, considerando que o continente africano foi o primeiro a ser habitado por humanos, e a partir desses grupos, dessas pequenas sociedades, houve uma expansão não só dentro do continente, como também em todo o seu entorno.

EU NASCI HÁ 200.000 MIL ANOS ATRÁS

O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.

O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estados foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro.

UM ANTIGO IMPÉRIO

A África é um grande continente do nosso planeta. Lar de diversas paisagens, biomas, fenômenos naturais e culturas. Na antiguidade, havia o Egito antigo, um grande império em solo africano, com raízes no Saara e no Rio Nilo, símbolos deste grandioso pedaço de terra. A tecnologia e cultura dos egípcios eram incríveis, tais quais são estudadas até os dias de hoje, sendo sempre digno de admiração.

E POR FIM

A África é um grande continente do nosso planeta. Lar de diversas paisagens, biomas, fenômenos naturais e culturas, teve essencial importância na origem do homem e no seu desenvolvimento, já que o ser humano surgiu lá. Na antiguidade, havia o Egito antigo, um grande império em solo africano, com raízes no Saara e no Rio Nilo, símbolos deste grandioso pedaço de terra. A tecnologia e cultura dos egípcios eram incríveis, tais quais são estudadas até os dias de hoje, sendo sempre digno de admiração.

​FONTES
www.sogeografia.com.br
hemetec.wordpress.com
revista galileu.globo.com

O SUPERCONTINENTE

05/12/2022

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O SIGNIFICADO

Pangeia é uma palavra de origem grega que significa “Toda a Terra” e, em termos geográficos, significa uma massa sólida e conjunta que formou um só continente durante a última Era do Período Paleológico, a cerca de 300 milhões de anos.

LAURÁSIA E GONDWANA

O Pangeia se fragmentou há 130 milhões de anos em Laurásia (América do Norte e Eurásia) e Gondwana (América do Sul, África, Índia, Austrália e Antártida) e, há 84 milhões de anos, houve a separação entre a América do Norte e Eurásia e entre a América do Sul, África, Oceania e Índia, que se tornou uma ilha no oceano Índico. Por fim, a Índia colidiu com a Ásia, juntando-se ao continente.

PLACAS TECTÔNICAS

Hoje sabe-se que a superfície terrestre não é fixa, e sim estamos sobre placas (continentes) que flutuam sobre o magma.

Portanto a teoria de Tectônica de Placas ou da Translação dos Continentes, é que explica a movimentação dos continentes flutuando sobre o magma. A Teoria afirma que continentes ou terras emersas flutuam sobre magma ou astenosfera.

UM POUCO DE GEOLOGIA

A Terra tem a idade geológica calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos.

No início a Terra apresentava sobre a sua superfície um material derretido quente, muito quente, formado em grande parte por ferro, níquel e outros metais pesados, que com o decorrer do tempo foram se concentrando em seu núcleo.

Há cerca de 3,9 bilhões de anos, o resfriamento permitiu a solidificação das rochas, dando origem a uma camada sólida externa sobre a superfície terrestre, que é a crosta.

STATUS ATUAL

A superfície do planeta Terra se divide hoje em seis grandes continentes, que são África, América, Ásia, Europa, Oceania e Antártida. A sua formação e a atual disposição dos continentes são explicadas por meio da teoria da deriva continental.

FONTES E REFERÊNCIAS revistagalileu.globo.com www.significados.com.br educacao.uol.com.br meioambiente.culturamix.com super.abril.com.br/coluna/deriva-continental

​MITOLOGIA GREGA

04/12/2022

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O QUE FOI

A mitologia grega foi o conjunto de mitos narrados pelos gregos na Antiguidade, sendo parte da cultura e da religiosidade desse povo. Esses mitos eram transmitidos de geração a geração oralmente, mas foram registrados pela escrita por Homero e Hesíodo. Também estavam presentes em outras formas de arte grega, como o teatro.

RELIGIOSIDADE. HERÓIS E SERES MÍTICOS

A religiosidade dos gregos era politeísta porque existiam nela vários deuses, e nela eles eram retratados com sentimentos compatíveis aos dos seres humanos. Zeus foi o principal deles, pertencendo ao grupo divino mais importante, o dos olímpicos. A mitologia grega também era marcada pela existência de seres míticos e heróis.

CONDUTORES DA MORALIDADE

Os mitos narravam histórias envolvendo os deuses gregos, mas também explicavam fenômenos da natureza, justificavam tradições e estabeleciam lições de moral a fim de determinar comportamentos como bons ou ruins.

Essas histórias traziam explicações de fenômenos como o nascer do Sol, as estações do ano e os terremotos, além da origem da Terra e dos humanos. Do ponto de vista religioso, tratavam sobre as origens dos deuses, suas qualidades e atributos, e relacionavam habilidades humanas com a bondade divina.

FONTES DE TRANSMISSÃO DE CONHECIMENTOS

A princípio, os mitos eram transmitidos pelas gerações por meio da oralidade, mas, a partir do século VIII a.C., começaram a ser registrados de maneira escrita. As grandes fontes de conhecimento sobre a mitologia grega, foram Homero e Hesíodo. Eles escreveram obras consideradas clássicos da cultura grega, e acredita-se que o trabalho deles tenha sido o de compilar histórias que eram narradas por gerações na Grécia.

OS PRINCIPAIS DEUSES

Os deuses gregos se estabeleceram com a ajuda de Zeus, filho de Cronos e Reia. Cronos tinha o hábito de devorar os próprios filhos, temeroso de que eles se rebelassem contra ele, mas Zeus foi salvo por sua mãe. Zeus cresceu em segurança e retornou para libertar seus irmãos de dentro do ventre de Cronos. Os principais deuses da mitologia grega foram: Zeus; Hera; Poseidon; Atena; Ares; Deméter; Apolo; Ártemis; Hefesto; Afrodite; Hermes; Dioniso; e Hades

OUTROS SERES

A mitologia ainda era marcada pela existência de inúmeros outros seres, como gigantes, centauros, ciclopes, sereias, górgonas, cavalos alados, hidras, esfinge, entre outros. Havia também os heróis, filhos de deuses com mortais e conhecidos por realizarem proezas sobrenaturais.

"DESCENDÊNCIA DIVINA"

Por fim, é importante citar que os heróis, frequentemente, eram auxiliados pelos deuses nos mitos gregos, mas, por terem uma descendência divina, eles tinham a capacidade de realizar ações extraordinárias. Eles eram alvo de veneração entre os gregos e só estavam abaixo dos deuses.

FONTES
www.culturagenial.com
www.hipercultura.com
BR.menphistour.com

O MITO DA CAIXA DE PANDORA

03/12/2022

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COMO TUDO COMEÇOU

A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo.

HISTÓRIA INTRIGANTE

Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão de Prometeu.

Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de algum plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo.

ATENÇÃO, NÃO ABRA! Desconhecedor do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese. Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas barulhentas.

NÃO RESISTIU A TENTAÇÃO Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para espiar o seu conteúdo.

PRESERVA-SE A ESPERANÇA Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que atormentariam a existência do Homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra Prometeu.

Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança.

FECHANDO A CAIXA

Dessa forma, o mito da Caixa de Pandora explica como o Homem é capaz de manter-se perseverante mesmo quando as situações se mostram bastante adversas.

​Os mitos de verdade servem para isso: nos fazer refletir, extrapolar o nosso umbigo, nos apresentar uma verdade maior do que a mera verdade factual, retratar toda a complexidade que há ao nosso redor e ao mesmo tempo, em nós mesmos.

MADRES DE MAYO

02/12/2022

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UMA TRISTE E DRAMÁTICA HISTÓRIA     Primeiro, em 1977, sequestraram o seu filho mais velho, Jorge, depois o outro, Raúl. Um ano depois, os militares levaram a nora, María Elena. Nenhum deles voltou a aparecer com vida.

A MAIS DESTACADA

Hebe de Bonafini, era, aos 48 anos, “apenas uma dona de casa” argentina, para quem “a situação econômica e política no meu país era indiferente”. “Mas desde que o meu filho desapareceu, o amor que senti por ele, a ânsia de o procurar até o encontrar, de exigir que me fosse entregue, o encontro e o desejo partilhado com outras mães que sentiam o mesmo desejo que o meu, puseram-me num mundo novo, fizeram-me saber e valorizar muitas coisas que eu não sabia e que antes não me interessava saber”.

MULHERES EXTRAORDINÁRIS E DESTEMIDAS

Hebe de Bonafini morreu no dia 20 p.p.. Tinha 93 anos e foi a mais destacada dessas mulheres extraordinárias que, denunciando os sequestros e assassínios perpetrados pela ditadura argentina (1976-83), ajudaram à queda desta e foram decisivas para se conseguir o julgamento dos seus responsáveis.

EXEMPLO A SER SEGUIDO

Foi graças a ela, Hebe de Bonafini, e às Madres de la Plaza de Mayo que a Argentina se tornou o caso mais notável, e mais digno de uma democracia, de uma justiça transicional que procurou efetivamente apurar as responsabilidades na violação de direitos humanos. Nem no Chile ou em Espanha, no Brasil ou em Portugal, tal foi feito. Consegui-lo foi, em grande medida, produto da coragem em desafiar o poder de umas dezenas de mulheres que, partir de abril de 1977, todas as quintas-feiras, lenço branco na cabeça, se reuniram na Plaza de Mayo de Buenos Aires, em frente ao palácio da presidência, para exigir saber dos seus filhos e familiares desaparecidos.

UMA SOBREVIVENTE DA IMPIEDOSA REPRESSÃO

Trinta anos depois, as Madres de Mayo podiam orgulhar-se de ter criado um movimento social incomparável que obrigara o presidente Kirchner a revogar a anistia e os indultos que Alfonsín e Menem haviam decretado para os perpetradores e forçar à reabertura dos processos. Bonafini, que, ao contrário de outras que a ditadura também sequestrou e matou, sobreviveu à repressão e a todos os processos que a direita argentina lhe moveu.

PALAVRAS QUE VÃO ALÉM “Vencemos a morte, queridos filhos. Vencemos o verdugo!”. “E isto é vida pura, cheia de amor e de abraços.” Apesar dessa vitória, “ainda há muito que fazer. Ainda há fome, desemprego, falta de casas”. Disse ela aos desaparecidos.

REFERÊNCIA

Texto extraído do artigo intitulado "Vencer a Morte" (por Manuel Loff). entreasbrumasdamemoria.blogspot.com/2022/11

​​A IDEOLOGIA DO MEDO

01/12/2022

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UMA PODEROSA IDEOLOGIA

Os cidadãos e cidadãs contemporâneos, empreendendo inúmeras tentativas de obter garantias de felicidade e proteção contra o sofrimento, se encontram submetidos a uma poderosa ideologia ocidental, materializada pela linguagem dos que detêm o poder: a ideologia do medo.

UMA ARMA DE DOMINAÇÃO

A linguagem do medo se transformou em uma arma de dominação política e de controle da sociedade, como uma construção não só social, mas também ideológica. Trata-se do enraizamento de uma desconfiança e de um conflito com o ‘outro’, em que é atribuído a esse ‘outro’ a culpa pelo que aconteceu ou que pode acontecer. Isso gera, portanto, uma necessidade de proteção.

OS MANIPULADORES EM AÇÃO

O medo é a melhor arma de todos os grandes manipuladores. Pode induzir as pessoas a fazerem qualquer coisa, não importa o quão absurdo seja. Fomos ensinados a desconfiar da mente, entretanto, não de nossos pensamentos. Isso foi intencionalmente e perpetuado introjetado pela elite deste mundo que entende o poder do pensamento e a natureza da mente. Na verdade, a maioria de nós passou por um longo período de programação mental desde que nascemos para separar nossa mente de si mesma, de modo que ela não conheça ou experimente essa verdade.

INIMIGO IMAGINÁRIO

A criação artificial de uma atmosfera de medo é vivenciada cotidianamente, obrigando o sujeito a tentar se proteger contra diversos contextos sociais. Por exemplo, por que o brasileiro ainda tem tanto medo do comunismo? Cioccari, cientista político, destaca que discursos anticomunistas estão no imaginário coletivo dos brasileiros desde a época do golpe militar contra João Goulart. Conforme a especialista, a aversão ao comunismo atravessa diferentes governos, afinal de contas, “todo governo precisa criar um inimigo comum para sobreviver”, destaca.

O MEDO DO "OUTRO"

As estratégias ideológicas de contenção e erradicação do ‘outro usurpador’ incluem uma constante luta contra uma ameaçadora ‘sombra virtual’, através de discursos e iniciativas políticas, de medidas de combate especificamente projetadas para combater essa rede de ‘outros’.

​​Um mantra Budista:
"Eu liberto minha mente de toda a energia estagnada e que aprisiona. Liberto meu coração de todas as formas de medo".

FONTES E REFERÊNCIAS www.imparcial.com.br diegobayer.jusbrasil.com.br brainly.com.br

periodicos.fclar.unesp.br

A MENTE DE UM FANÁTICO

30/11/2022

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ADORAÇÃO CEGA

Fanáticos são pessoas que defendem suas causas com mais fervor que a própria vida. Aquele que fica impossibilitado de ouvir argumentos diferentes do seu, que aliás, não são vistos como diferentes, e sim como errados.

Em suma, se torna concebido como fanatismo um estado psíquico de adoração cega, seja à uma figura, causa ou movimento.

EXTREMISMO DELIRANTE

De uns tempos para cá, as pessoas estão manifestando opiniões cada vez mais radicais, seja sobre política, sexualidade, direitos humanos, religião, etc. E as redes sociais parecem facilitar a dispersão desse tipo de mensagem, que acaba encontrando eco entre outros usuários e se retroalimentando. Trata-se de discursos cheios de extremismo, de uma obsessão descontrolada por um conceito, um personagem ou uma pessoa; algo que acaba sendo prejudicial, tanto ao fanático como para quem convive com ele.

​​PRISÃO EM LUGAR DE LIBERTAÇÃO    A psicologia social já analisava o comportamento fanático e das massas há pelo menos dois séculos, olhando com preocupação para todas aquelas convicções que serviam para aprisionar ao invés de libertar. Para tentar entender como funciona o cérebro das pessoas fanáticas, várias disciplinas se dispuseram a investigar o tema.

UMA OUTRA PERSPECTIVA

No século XIX, o psicólogo e sociólogo Gustave Le Bon chamou a atenção para as diferenças de comportamentos populares, sobretudo a determinados grupos políticos, principalmente os “extremos”: Fascistas e Comunistas.

Da mesma forma, em seu livro “Psicologia das Multidões“, Le Bon escreveu: “Nas grandes multidões, acumula-se a estupidez, em vez da inteligência. Na mentalidade coletiva, as aptidões intelectuais dos indivíduos e, consequentemente, suas personalidades se enfraquecem”.

​​ESCUDO DE PROTEÇÃO                      

Para muitos especialistas, o fanatismo é uma resposta à insegurança e o medo ao julgamento dos demais, funcionando como um escudo de proteção. A pessoa se encerra em convicções absolutistas e inquestionáveis para não ter que lidar com a sua própria fragilidade.

UMA OPORTUNA PERGUNTA

Diante do exposto, você identifica algum movimento fanático no Brasil atualmente?

REFERÊNCIAS factual900.com.br/como-funciona-a-mente-de-um-fanatico br.mundopsicologos.com/artigos/o-que-esta-por-tras-do-fanatismo

Artigo A Psicologia do Fanatismo, por Hamilton Carvalho

O NOSSO ASPECTO INDESEJÁVEL

29/11/2022

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LADO SOMBRIO

Segundo o psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Jung, o lado sombra, também chamado do “lado obscuro” é aquela parte do inconsciente que desprezamos, escondemos ou rejeitamos.

A grande maioria de nós desconhece esse lado. Isso significa que escondemos nossas características negativas, não apenas dos outros, mas de nós mesmos. Ou ao menos, tentamos não as enxergar ou vê-las como um problema.

PROJEÇÃO DA SOMBRA

A sombra é frequentemente projetada em outra pessoa. Para fazer isso nós as criticamos e as condenamos para garantir que o foco não recaia sobre nossos próprios defeitos ou tendências destrutivas.

Com efeito, vivemos a vida com um falso ar de superioridade moral. Acreditamos que, enquanto as outras pessoas agem de maneira imoral, atiética e destrutiva, nós somos virtuosos e estamos sempre certos.

QUANDO ELA NASCE

O nascimento da nossa sombra ocorreu quando éramos crianças e de alguma forma, assimilamos que de havia algo errado conosco.

Toda vez que recebíamos uma crítica ou punição insensata, inconscientemente nos separamos do nosso “eu autêntico” para assegurar nossa sobrevivência emocional. Assim, nascia a nossa sombra que nos acompanha desde essa época.

RECONHECIMENTO DA SOMBRA

Esse lado pode incluir tudo que esteja fora da luz da consciência. Assim essa parte não desejável de nós mesmos, diferente da concepção freudiana, pode se manifestar de forma negativa ou positiva.

Para Carl Jung todos carregamos uma sombra que pode se manifestar de duas maneiras:

a) Positiva: a pessoa fica hipersensível, facilmente apaixonada, possessiva, obcecada, excessivamente atraída por algo ou alguém.

b) Negativa: reações vingativas, agressivas, invejosas, mesquinhas, raivosas ou reativas.

FINALIZA A PROFA. DRA. YEDA OSWALDO (Doutora em Psicologia, Mestra em Educação)

"É preciso muita energia para esconder constantemente de nós mesmos os nossos aspectos indesejáveis".

FONTES

isiinfinity.com.br/lado-sombra www.psicanaliseclinica.com institutocuidar.com

CRISE EXISTENCIAL?

28/11/2022

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CRISE DE IDENTIDADE

O conceito de crise existencial é derivado de Erikson (1970) que se referiu a ela como uma crise de identidade. Um tipo de crise existencial que provavelmente ocorrerá no início da vida, na vida adulta e na meia-idade, começando na adolescência chamada crise de identidade e medo do futuro. As crises existenciais são momentos confusos e de alta ansiedade quando uma pessoa está em busca de resposta para esta pergunta: Quem sou eu?

DIFERENTES EM CADA FAIXA ETÁRIA

A versão adulta de uma crise existencial geralmente começa em meados dos 20 anos. A crise existencial adulta também busca soluções para questões de identidade, mas as questões são mais complexas.

Crises existenciais da meia-idade lidam com questões relacionadas à mortalidade, legado e realizações.

INSATISFAÇÃO CONSIGO MESMO

A baixa autoestima pode prejudicar as ideias de uma pessoa sobre o seu não cumprimento do nível desejado, que pode ser expressa em uma visão negativa de sua própria aparência.

Insatisfação com o seu presente:

Personifica a rejeição emocional, rejeição e insatisfação com a situação atual em várias áreas da vida, por exemplo, no campo das relações íntimas e pessoais, atividade de trabalho, renda financeira.

A IDEIA-CHAVE DA PSICOLOGIA EXISTENCIAL

A trajetória de vida de uma pessoa é única e determinada pela própria pessoa.

Compreensão e autoaceitação é fato de você ser responsável por seu ser para a existência de si mesmo como pessoa.

Conforme avançamos no caminho da vida ganhamos experiência e acumulamos conhecimentos sobre o mundo e sobre si mesmos, o que suscita reflexões sobre o sentido da vida, seu valor e objetivos.

Isabela Rocha - Psicóloga Clínica

FONTE

blog.psicologiaviva.com.br/a-crise-existencial

A TAÇA DO MUNDO É NOSSA?

27/11/2022

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HISTÓRIA DO TROFÉU

A taça que conhecemos atualmente nem sempre foi dessa forma. Desde o começo da competição em 1930, o país campeão colocava em sua estante a Taça Jules Rime. Entretanto, após o Brasil conquistar o tricampeonato em 1970, a Fifa optou em trocar o design do troféu para Copa do Mundo de 1974, realizada na Alemanha.

O IDEALIZADOR E O OBJETIVO

Jules Rimet foi o presidente da FIFA que organizou a primeira Copa do Mundo de futebol da história. Tinha por objetivo unir os povos dos dois hemisférios em torno do esporte bretão. Tal objetivo decorria do caráter do francês. Rimet, nascido em 1873, atuava em sua juventude contra as desigualdades sociais, sendo politicamente ligado à democracia cristã.

PRIMEIRA COPA DO MUNDO

Entre os países que disputaram a eleição para ser o país-sede, estavam Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Uruguai (o escolhido). Pesou a favor do Uruguai principalmente o fato de ter sido bicampeão olímpico em 1924 e 1928 e por estar comemorando, em 1930, o centenário de sua independência.

CARACTERÍSTICAS DA TAÇA

O troféu, é oco por dentro, possui 36,5 centímetros de altura com um peso total de 6,175 kg, sendo que, 5kg são de ouro 18 quilates. Analisando a cotação atual do ouro, seu preço gira em torno de R$ 1,1 milhão.

Todavia, seu valor total passa de R$1,1 milhão, em virtude de sua simbologia e do design. Especialistas avaliaram a taça em US$ 17 milhões, ou o equivalente a quase R$ 90 milhões.

CURIOSIDADES

Os únicos países que já foram sede mais de uma vez foram o Brasil, o México, a Itália, a França e a Alemanha

A taça da Copa do Mundo tem um espaço reservado para gravar o nome das seleções campeãs de cada ano e o espaço restante atualmente é o suficiente para mais cinco edições

A copa de 2022 foi marcada excepcionalmente para novembro e dezembro porque a temperatura no país-sede, o Catar, pode chegar a mais de 40 °C durante o mês de junho, quando a competição normalmente acontece.

REFERÊNCIAS www.historiadomundo.com.br www.cnnbrasil.com.br http://www.educacaofisica.seed.pr.gov.br aventurasnahistoria.uol.com.br

FATO ou OPINIÃO?

26/11/2022

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EXEMPLO SIMPLES DA DIFERENCIAÇÃO

Uma caneta vermelha – Fato

A escrita com caneta vermelha é mais bonita – Opinião

COMO SEPARAR O JOIO DO TRIGO Atualmente, mais do que antes, é muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando analisamos um texto dissertativo. Em época de beligerância política-ideológica que o país vive, se torna imprescindível esse olhar crítico e diferenciado.

POR QUE só DADOS e FATOS NÃO MUDAM a opinião das pessoas?
Olhar para dados e tentar extrair algo significativo que vá contra nossas crenças pessoais é algo novo e desafiador na história da humanidade. Visões de mundo estão associadas diretamente aos nossos valores morais e a rejeição está vinculada ao medo de falhar com princípios fundamentais.

VÍCIOS COGNITIVOS

O trabalho de mudar opiniões utilizando fatos é mais difícil e demorado do que deveria ser.

Nossa natureza nos traz vícios cognitivos que precisam de estratégia e empenho para serem contornados, mas a boa notícia é que é possível mudar crenças e que, apesar disso tudo, dados segue sendo importantes norteadores de opiniões.

DEVERAS MUITO PREOCUPANTE 67% dos jovens brasileiros de 15 anos não sabem distinguir fatos de opiniões. O dado alarmante faz parte de um novo relatório divulgado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em suma, os jovens brasileiros não conseguem diferenciar fatos de opiniões porque essa é, hoje, uma dificuldade de todos nós. Ninguém foi preparado para o que estamos vivenciando.

APESAR DA SUA OPINIÃO...

Em termos mais precisos, um fato é tudo aquilo que acontece por ação do homem ou em decorrência de eventos exteriores ou naturais, que independem da vontade humana, enquanto a opinião é uma visão pessoal, que representa a perspectiva de um indivíduo, que pode ou não se basear no fato.

FATO - Auditorias atestam integridade, segurança e auditabilidade das URNAS ELETRÔNICAS. A propósito, qual é a sua OPINIÃO sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas?

REFERÊNCIAS

papodehomem.com.br

educamidia.org.br

recantodasletras.com.com.br

institutounibanco.org.br

UMA PODEROSA PSICOLOGIA

25/11/2022

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PREÂMBULO

Em Busca de Sentido é o livro mais famoso do psicólogo Viktor Frankl, onde ele ensina que a busca pelo sentido é o que movimenta o homem.

BREVE RETROSPECTO

Viktor Frankl, era judeu, foi médico psiquiátrico austríaco, fundador da escola da Logoterapia, que explora o sentido existencial do indivíduo e a dimensão espiritual da existência. Foi professor nas áreas de neurologia e psiquiatria. Viktor Frankl já era psiquiatra quando foi capturado na Segunda Guerra Mundial. Ficou vários anos preso e passou por quatro campos de concentração. Perdeu a mãe, pai, irmãos e esposa.

A INIMAGINÁVEL CAPACIDADE DO ESPÍRITO

Em seu livro ele relata como o ser humano foi levado a situações extremas, sub-humanas, e o que se passa na cabeça do prisioneiro. O próprio Viktor Frankl nos diz em seus livros não se dedicar a descrever os horrores dos campos de concentração, pois outros autores já o fizeram melhor. Mesmo tendo vivido nas piores circunstâncias possíveis e inimagináveis, Frankl mantém a firme crença de que o espírito do homem pode se elevar acima das piores circunstâncias.

O SOFRIMENTO JAMAIS PODE SER EM VÃO

Viktor Frankl argumenta que é a “vontade de sentido” do homem em face ao sofrimento e da dor sem sentido – a vida é sofrimento e, para ter qualquer esperança de sobreviver ou prosperar, devemos encontrar sentido no sofrimento. Para isso, segundo Frankl devemos ter em mente o senso de responsabilidade do nosso sofrimento para que ele não seja em vão.

A FASE INICIAL

Viktor Frankl começa a contar como foi entrar em um campo de concentração, o primeiro contato, o choque. Ele ilustra com exemplos não só exemplos pessoais, mas de outros prisioneiros, centrando-se nos problemas de desespero e a conduta correta daqueles que superaram a brutalidade infligida sobre eles.

E POR FIM

Em seus relatos, o que chama a atenção é a diferença com que cada um lidava com a situação: enquanto uns mostravam o pior lado, outros continuavam com a sua fé, tornando-se pessoas ainda melhores do que eram antes do campo. Os desafios pela sobrevivência eram colocados em prova todos os dias, e às vezes a morte era a única forma possível para se libertar de tanto sofrimento.

A COPA E OS ABUSOS DE DIREITOS

24/11/2022

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EVENTO DE MAGNITUDE PLANETÁRIA

A Copa do Mundo é um dos acontecimentos que movem todas as nações do globo terrestre, tanto pela emoção de torcer quanto pela paixão pelo futebol. O propósito desta reflexão é provocar questionamentos diante das constantes violações de Direitos Humanos que o Estado do Qatar praticou durante a sua preparação para sediar a Copa do Mundo, e o que está acontecendo ao longo da realização do evento.


VAMOS CATAR OS DIREITOS

Conforme descreve Norberto Bobbio, em sua fantástica obra “A Era dos Direitos” desde seu primeiro aparecimento no pensamento político dos séculos XVII e XVIII, a doutrina dos direitos do homem já evoluiu muito, ainda que entre discriminações, refutações e limitações. A concretização dos Direitos Humanos foi obra do constitucionalismo do final do século XVIII que organizou a esfera pública com base na liberdade e na isonomia entre os cidadãos. As revoluções liberais, inglesa, americana e francesa impulsionaram a primeira afirmação histórica dos direitos humanos. Os Direitos Humanos sofreram uma ruptura preocupante com o advento da Copa do mundo no Catar...

FLAGRANTES VIOLAÇÕES

As Nações Unidas identificaram diversas violações cometidas pelo Catar dentre elas: violações ao direito a vida; a liberdade; a segurança; ao devido processo legal; liberdade de ir e vir; liberdade de associação e o direito a condições favoráveis e justas de trabalho (REGUEIRO, 2020). Devido a pressões internacionais, como a da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Catar promoveu a flexibilização do sistema kafala com reformas legislativas, autorizando os trabalhadores imigrantes a trocarem de emprego sem necessidade de autorização dos patrocinadores.

SERÁ?

“O Catar, a FIFA e os patrocinadores ainda têm a oportunidade de resgatar o legado da Copa do Mundo, remediando os abusos dos direitos dos trabalhadores migrantes relacionados à Copa do Mundo e adotando reformas para melhorar a proteção de mulheres, pessoas LGBT e grupos migrantes".

REFERÊNCIAS
relaçoesexteriores.com.br
www.hrv.org/pt/news
www.cnnbrasil.com.br

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RECALQUE OU RESSENTIMENTO?

23/11/2022

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"COMPLEXO DE VIRA -LATA" na Psicologia e Psicanálise

Por que nós, brasileiros, temos o costume de menosprezar nossa própria cultura e valores, e na maioria das vezes nem percebemos isso? Convidamos você a entender melhor o significado de complexo de vira-lata, suas características e as sutilezas desse comportamento.

ORIGEM DO COMPLEXO

A expressão complexo de vira-lata surgiu com o escritor Nelson Rodrigues quando falava de um trauma brasileiro no futebol de 1950. Na ocasião, a Seleção brasileira foi vencida pelo Uruguai na Copa do Mundo dentro do Maracanã. Somente em 1958 que esse choque foi superado com a primeira conquista do Brasil de uma Copa.

NARCISISMO REVERSO
Embora tenha aplicado o conceito inicialmente no futebol, Nelson Rodrigues afirmou que a expressão poderia ser usada em qualquer área. Segundo ele, a síndrome de vira-lata é uma inferioridade voluntária sobre tudo aquilo que vem do mundo. Ela acaba por criar um narcisismo reverso, fazendo com que a pessoa valorize o outro antes dela mesma.

A MISCIGENAÇÃO E A SUPOSTA INFERIORIDADE

A ideia dos brasileiros como inferiores surgiu no século XX quando Arthur de Gobineau desembarcou aqui em 1845. Segundo o conde francês, os cariocas eram “verdadeiros macacos”. Além dele, Oliveira Viana, Nina Rodrigues e Monteiro Lobato defendiam a supremacia branca, afirmando que a miscigenação era a causa dos nossos males.

AS CARACTERÍSTICAS

Baixa autoestima

Quem possui a síndrome de vira-lata não consegue enxergar valor em si mesmo, de modo a sempre valorizar outras pessoas.

Vontade de aceitação

Esse complexo de inferioridade leva uma pessoa a buscar constantemente a aprovação dos outros para ser aceita.

Valorização do externo

Tudo aquilo que vem de fora e não faz parte do complexado é imediatamente abraçado, em detrimento de si mesmo. Dependência da aprovação externa

De acordo com estudiosos, a dependência de aprovação externa é consequência do período pós-colonial.

CONQUISTA IDENTITÁRIA

Segundo a ótica psicológica e psicanalítica, a maioria dos brasileiros não quer sair do lugar objetificado e se tornar possuidor de algo. Caso o fizessem, poderiam ter autonomia para agir de acordo com suas próprias características em vez de usar cultura externa.

REFERÊNCIA
psicanaliseclinica.com/complexo-de-vira-lata

A MELHOR EDUCAÇÃO NA EUROPA

22/11/2022

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EXCELÊNCIA NA EDUCAÇÃO

Educação de qualidade é um sonho de muitos brasileiros. Nós ainda estamos longe de conseguir um ensino de excelência para toda a nossa população. Mesmo sendo um dos países mais pobres da União Europeia, a Estônia tem o melhor ensino educacional europeu e está na terceira posição na classificação mundial, segundo relatório do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), realizado pela OCDE.

COMO É O SISTEMA EDUCACIONAL NA ESTÔNIA

A Estônia é um destaque na educação desde 2012, quando o país ficou entre os mais bem colocados no Pisa. Aqui no Brasil pouca gente se lembra desse país no Leste Europeu na hora de fazer um intercâmbio e nem sabe que esta é uma das poucas nações em que todas as fases de ensino, incluindo as universidades, são totalmente gratuitas.

OS TRÊS PILARES

A Ministra da Educação da Estônia diz que sucesso do país na área da educação se baseia em três pilares: acesso universal e gratuito, valorização da educação pela sociedade e autonomia para investimento no setor da educação.

ESTABELECENDO UM PARALELO

É claro que entre o Brasil e o pequeno país europeu as discrepâncias são inúmeras, indo do tamanho territorial a contextos políticos. Mas o fato é que mesmo com uma população muito menor que a brasileira, o governo estoniano investe mais na educação. Só para efeitos de comparação, na educação básica, o investimento anual, por aluno, chega a R$ 26 mil (na União Europeia a média é de R$ 37 mil). Já no Brasil o investimento é de R$ 6,6 mil por estudante.

ENQUANTO AQUI... ATÉ MERENDA ESCOLAR FALTA

A qualidade da educação no país é ainda mais impressionante quando consideramos que a Estônia é uma nação que conseguiu sua independência apenas em 1991. Foi nesse momento que os estonianos pensaram em uma educação voltada ao desenvolvimento tecnológico e econômico. Por lá, todas as escolas são equipadas com computadores conectados à internet.

FONTES

www.bbc.com mercadoeducação.com.br revistaeducação.com.br teretallinn.com brasilescola.uol.com.br

epocanegocios.globo.com/mundo

A FORÇA E A MENSAGEM DO RAP

21/11/2022

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O PORQUÊ

Convidado a ouvir o podcast "Mano a Mano" em que Mano Brown (Racionais MC's) entrevista o professor Silvio Almeida, me aguçou a curiosidade em conhecer um pouco sobre esse universo musical, RAP, olhado de forma enviesada por muitos... Razão pela qual, a REM de hoje, traz como tema de abertura para mais uma nova semana cheia de reflexões.

O RAP E A SUA ORIGEM

Segundo consta, surgiu na Jamaica durante a década de 60, e foi levado para os EUA, na década de 70. Mais propriamente para os bairros pobres de Nova Iorque, onde os jovens de origem negra e espanica, que em busca de uma sonoridade diferente, deram assim um novo impulso e um novo significa ao Rap.

O FENÔMENO CULTURAL NO BRASIL Foi no correr dos anos 1980 que o rap aterrissou em solo brasileiro, sendo apropriado, especialmente, por jovens negros e moradores de periferia que logo passaram a desenvolver uma produção local, sintonizada com questões de seu contexto.

Daí que o rap brasileiro – uma prática musical que faz parte do universo cultural hip-hop, composto também de outros elementos como o break e o grafite – já tem mais ou menos 30 anos de uma trajetória que ainda não foi contada de maneira consistente e sistematizada. A riqueza e a complexidade desse fenômeno cultural, porém, já é reconhecida em uma bibliografia considerável. 


 O QUE É RAP?

A palavra Rap, tem como significados, ritmo e poesia. Ou seja, é uma mistura de ritmos intensos, com rimas poéticas, integrando o contexto social, cultural e político onde está inserido.

A música Rap em si, se lhe podemos chamar assim, tem uma batida rápida e bem acelerada, e a própria letra vem em forma de discurso, com muita informação e com pouca melodia. E por norma, as suas letras falam das dificuldades e dos problemas dos habitantes dos bairros pobres das grandes cidades. 

EM SUMA

O Rap seria então, segundo alguns de seus músicos e representantes, a canção da reflexão, da luta e da tomada de consciência.

​REFERÊNCIAS                                       aecarvalho.sesisp.org.br/noticia/historia-do-rap-no-brasil                                 www.geledes.org.br/a-forca-do-rap       Livro Rap e Política: Percepções da vida social brasileira, de Roberto Camargos.

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

20/11/2022

QUANDO E COMO SURGIU

O Dia da Consciência Negra ganhou visibilidade pela primeira vez em 1971, quando o grupo pioneiro realizou um ato evocativo à resistência negra na noite do dia 20 de novembro no clube Marcílio Dias, em Porto Alegre. O evento valorizava "o herói Zumbi dos Palmares"

DEIXA QUE DIGA

Há quem diga que é mimimi,

Há quem diga que cota racial é injustiça e humilhação.

Há quem diga que Dia da Consciência Negra é vitimização...

Há quem diga que a nossa unidade de medida de peso é arroba...

Ainda, há quem diga que, "quando negro não suja na entrada... Imagina só".

(...) "Que mentira danada, iê

Iô, iô, iô..."

Diga o que quiser, o fato é, quem é NEGONA e NEGÃO, sofre discriminação, e luta incansavelmente por tardia e justa REPARAÇÃO. Não só hoje, 20 de novembro, mas enquanto houver racismo, preconceito e negação.


"A MÃO DA LIMPEZA"

O cantor Gilberto Gil, mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, usou sua página no Instagram, para refletir sobre a canção ‘A Mão da Limpeza’, composta por ele e lançada no ano de 1984. Na música, Gil discute sobre o preconceito e racismo contra os negros.

OS VERDADEIROS SUJADORES “Ocorria-me com muita nitidez os quão acionados e importantes são os negros para o trabalho de limpeza em geral que é feito na vida, e também com tamanha nitidez o quão sujadores são exatamente os que têm mais recursos, os mais ricos, os mais beneficiados da sociedade que, em sua grande maioria, correspondem à classe mais clara, a faixa mais branca”, iniciou o artista.

O CONCEITO ASQUEROSO DE "SUJEIRA"

O que se tenta considerar como sujo no negro é sua existência, sua pessoa, sua condição humana. Nesse sentido é muito mais terrível”, continuou Gil.

ASSIM CONCLUI O MENESTREL GIL “Ou seja, sujos na verdade são vocês, de corpo e alma. Pelo menos, mais sujos que os negros vocês são. Há muito mais sujeira a apurar ao longo do processo da civilização de vocês do que da nossa. É o que a música diz. E ela diz o que tem a dizer, com contundência e eficácia".

"Não sou descendente de escravos. Eu descendo de seres humanos que foram escravizados". Makota Valdina

CIÊNCIA COGNITIVA

19/11/2022

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NEUROCIÊNCIA O QUE É

A neurociência é o estudo da realização física do processo de informação no sistema nervoso humano animal e humano. O estudo da neurociência engloba três áreas principais: a neurofisiologia, a neuroanatomia e neuropsicologia.

INTERDISCIPLINAR

Historicamente, as ciências que se devotam ao estudo do sistema nervoso abrangem diferentes disciplinas: medicina, biologia, psicologia, física, química e matemática. A revolução das neurociências ocorreu quando os cientistas perceberam que a melhor abordagem para o entendimento da função do encéfalo vinha da interdisciplinaridade, a combinação das abordagens tradicionais para produzir uma nova síntese, uma nova perspectiva.

MEMÓRIA- A HUMANIDADE E A NEUROCIÊNCIA

Memória: a humanidade e a neurociência caminham lado a lado.

A memória forma um grande acervo com nossas alegrias, melancolias e traumas. A soma das memórias compõe quem somos, compõe a nossa essência.

REMINISCÊNCIA QUE VIRÃO

Existe uma questão pertinente sobre o ano de 2020 que muitos de nós já se detiveram. Como será que lembraremos de todo o período de enfrentamento da pandemia quando a vivência ocupar o passado? Como contaremos para os nossos filhos e netos sobre o enfrentamento e as consequências da Covid-19?

TUDO COMEÇA NELE

​​O cérebro é um dos mais poderosos órgãos do nosso corpo. Influenciado por ambiente e vivência, ele atua – entre as suas diversas funções – no registro e na formação de memórias. É daqui que surge a alegria de relembrar ou a melancolia de algo que não voltará. Ou até mesmo traumas e problemas psíquicos.

FINALIZANDO

A leitura reflexiva muda a química, a física, o funcionamento e a anatomia do nosso cérebro.

A questão é o quanto o ato de ler criticamente consegue transformá-lo. Para o neurobiólogo espanhol Francisco Mora, isso depende do texto conseguir despertar nossa curiosidade e, sobretudo, as emoções.

FONTES

amentemaravilhosa.com.br

congresso meucerebro.com.br

ensino.einstein.br

fronteirasdopensamento.com

 

COP: CONFERÊNCIA DAS PARTES DAS NAÇÕES UNIDAS


18/11/2022

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COP: o que é, como surgiu, qual a importância?

Dia 6 de novembro deste ano, começou o principal evento mundial sobre as mudanças climáticas. no balneário de Sharm El-Sheihk, Egito, palco da COP27, a Conferência das Partes. O encontro, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), é realizado desde 1995 e reúne os líderes de praticamente todos os países do mundo. Nos últimos anos, os encontros resultaram em alguns dos acordos mais importantes da história, como o Acordo de Paris, na COP21, e a criação do mercado global de carbono, na COP26, ano passado.

SUSTENTABILIDADE DE LONGO PRAZO

​O evento é decisivo para se compreender o futuro do planeta, e as medidas que devem ser tomadas para a contenção de danos ao meio ambiente, debatendo temas fundamentais para o conhecimento pelas empresas comprometidas com a agenda ESG (Environmental, Social and Governance) um assunto que foi colocado no centro da consciência coletiva como um guia que as empresas precisam seguir, se quiserem continuar ativas no longo prazo. 

POLÍTICA DE JUSTA COMPENSAÇÃO

Na primeira semana da Conferência, a pauta de “perdas e danos” foi destacada, com os delegados tendo concordado em discutir se os países ricos devem compensar as nações mais pobres e mais vulneráveis às mudanças climáticas. Foi a primeira vez que o tema entrou oficialmente na agenda da COP.

OS REFUGIADOS DA CRISE CLIMÁTICA

Outra pauta fundamental na atualidade, o tema dos refugiados também esteve presente, com um alerta para o crescente número de pessoas obrigadas a deixar suas casas devido à crise climática, assim como o não cumprimento da destinação, pelos países ricos, dos US$ 100 bilhões prometidos até 2020, o que foi destacado pelos líderes africanos.

SEM GRANA, NADA FEITO

Um relatório produzido a pedido da presidência da COP-27 e a presidência da COP-26 afirmou que os países em desenvolvimento e emergentes - exceto a China - precisarão de mais de US$ 2 trilhões por ano para financiar o combate à mudança climática.

DESACELERAR E FREAR

"As emissões de gases de efeito estufa continuam crescendo. As temperaturas globais continuam subindo. E nosso planeta está se aproximando rapidamente dos pontos de inflexão que tornarão o caos climático irreversível. Estamos numa rodovia rumo ao inferno climático com o pé no acelerador."

António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas  

E AÍ, GIL, "COLÉ A DI MERMO"?

​(...) "O governador promete
Mas o sistema diz "não"
Os lucros são muito grandes
Mas ninguém quer abrir mão
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão..."

FONTES

Canção "Nos Barracos da cidade"

www.metropoles.com/mundo/cop27

planetacampo.com.br

blog.sansuy.com.br

"UBUNTU", O QUE A ÁFRICA TEM A NOS ENSINAR

17/11/2022

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VOCÁBULO DAS LÍNGUAS ZULU E XHOSA

Ubuntu é uma palavra falada na África do Sul, que exprime um conceito moral, uma filosofia, um modo de viver que se opõe ao narcisismo e ao individualismo tão comuns em nossa sociedade capitalista neoliberal. Pode ser uma alternativa ecopolítica para uma convivência social e planetária pautada pelo altruísmo, fraternidade e colaboração entre os seres humanos. Exprime também a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade.

A FÁBULA

Conta uma antiga história africana que um cientista visitou um povoado no sul do continente e, para fazer amizade com os nativos e conhecer sua maneira de ser, fez uma brincadeira com as crianças. Colocou um cesto de frutas perto de um aloé, uma árvore africana enorme, e disse o seguinte:

- O primeiro que chegar à árvore ficará com o cesto de frutas.

A GRATA SURPRESA

Mas, quando o homem deu o sinal para que começasse a corrida em direção ao cesto, aconteceu algo inesperado: todas as crianças deram as mãos e começaram a correr juntas. Ao chegarem ao mesmo tempo, todos desfrutaram do prêmio. Sentaram-se embaixo da árvore e repartiram as frutas.

A SÁBIA RESPOSTA E O GRANDE ENSINAMENTO

O cientista não conseguia entender o gesto das crianças. Perguntou por que tinham feito isso, quando somente um poderia ter ficado com todo o cesto de frutas. Uma delas respondeu:

- Ubuntu. Como um de nós poderia ficar feliz se o resto estivesse triste?

O homem ficou impressionado pela resposta do pequeno aborígene.

FINALIZANDO

Do ponto de vista político, o conceito de ubuntu é usado para enfatizar a necessidade da união e do consenso nas tomadas de decisão. É a síntese de um conhecido provérbio xhosa da África do Sul que diz o seguinte: “Umuntu Ngumuntu Ngabantu“, que significa “Uma pessoa é uma pessoa por causa das outras pessoas “.

REFERÊNCIAS                                       SBARDELOTTO, Moisés. Ubuntu, uma “alternativa ecopolítica” à globalização econômica neoliberal. Revista do Instituto Humanitas Unisinos On-Line., ed. 33, 6 dez 2010. RAMOSE, Mogobe B.  A ética do ubuntu. (tradução para uso didático). NASCIMENTO, Alexandre do. Ubuntu como fundamento. Ujima. Revista de Estudos Culturais e afrobrasileiros, 2014. DE VASCONCELOS, Francisco Antonio. Filosofia Ubuntu. Logeion: Filosofia da Informação, v. 3

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SOMOS 8 BILHÕES DE HABITANTES

16/11/2022

MAIOR LONGEVIDADE

O planeta Terra atingiu nesta terça-feira (15) a marca de 8 bilhões de habitantes, segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU). O mundo chega ao patamar com tendência de diminuição no ritmo de crescimento e expansão das populações idosas de diferentes nações.

De acordo com o relatório World Population Prospects 2022 da ONU, a expectativa de vida no mundo atingiu 72,8 anos em 2019, o que representa um aumento de quase nove anos desde 1990.


INVERSÃO DA PIRÂMIDE 

Um dos fatores que tem contribuído para a inversão da pirâmide etária –com encolhimento da população jovem e expansão do número de idosos– é a redução da taxa de fecundidade em diversos países.

Segundo informações das Nações Unidas, em 2021, a fecundidade média da população mundial era de 2,3 nascimentos por mulher ao longo de uma vida. Em 1950, o número era de 5. 

CARGA INSUPORTÁVEL?

Para o demógrafo, “o meio ambiente não está aguentando essa capacidade de carga” e estamos em uma situação em que “é insustentável o tamanho da população e o tamanho da economia”. Eustáquio, no entanto, ressalta que vê com otimismo a tendência de diminuição populacional, porque assim “você pode cuidar da qualidade de vida das pessoas”.

EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA

O Museu de História Natural dos Estados Unidos fez uma linha do tempo, transformada em vídeo, onde mostra a evolução da população mundial desde o ano 100 mil antes de cristo, até os dias atuais.

É impressionante constatar a evolução da população mundial nos últimos dois séculos. A explosão demográfica fez a Terra passar de um bilhão, para sete bilhões de habitantes. Isso se torna ainda mais significativo quando percebemos que, para atingir o primeiro bilhão de pessoas, o planeta levou 200 mil anos.

COMO JÁ DIZIA O POETA GIL

"O melhor lugar do mundo é aqui

E agora

Aqui onde indefinido

Agora que é quase quando

Quando ser leve ou pesado

Deixa de fazer sentido..." 

FONTES

ofuturodascoisas.com

veja.abril.com.br

www.ufjf.br/a transicao-demografica

www.cnnbrasil.com.br/internacionalofuturodascoisas.com

veja.abril.com.br

www.ufjf.br/a transicao-demografica

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VIBRAÇÕES DA INTELIGÊNCIA UNIVERSAL

15/11/2022

LEIS NATURAIS E IMUTÁVEIS

O que é a vida senão a ação permanente da força sobre a matéria. A composição do universo está repleta de força e matéria, a força é ativa, transformadora e inteligente, enquanto a matéria é passiva e plasmável, uma compõe a outra decompõe. Sua ação é mecânica; composição e decomposição, agregação e desagregação.

ENSAIOS DE FILOSOFIA DE VIDA

Segundo Darcy de Mendonça Uchôa, "a matéria inerte não pode perceber por si mesma, ela é acionada por energia de vida e por algo que lhe dá sentido e significação. O conceito de significação transcende os de matéria e energia, parecendo já estar aí a categoria da inteligência, do intelectual, do espírito enfim".

PODEROSAS FORÇAS CÓSMICAS

As leis naturais e imutáveis excedem a tudo que conhecemos e também são descritas por alguns autores como forças cósmicas, ou fluídos cósmicos. Então, pode-se dizer que é a ação do potencial de cada elemento da química, somada as energias naturais, ou seja, a força somada ao calor, à luz, ao som, à eletricidade, ao magnetismo, a umidade e aos ventos, gera transformação da matéria. Essas forças estão presentes em todo o universo, são partes da "força criadora", é o reino mineral que passa para o reino vegetal e atinge o reino animal, projetando-se no hominal, com a premissa da evolução para alcançar o reino espiritual, libertando-se definitivamente das leis da matéria.

ONDAS VIBRATÓRIAS

Como a força caminha por ondas vibratórias em frequência definida para cada plano, e, no plano físico é pela vontade, ou pelo atrito, que se vai apurando conhecimentos, gerando a evolução, quer seja, e nas tentativas do fazer, do aprender, ou pelo sofrimento, principalmente quando o homem estuda por soluções para minimizar os sofrimentos, individual ou coletivo, passo a passo, assim o homem vai conquistando conhecimentos, gerando a evolução da humanidade.

LEI ETERNA

A sua configuração espiritual é a mesma em todos os tempos, em todos os mundos. Ela não muda com as mudanças humanas. Somente a Lei do Criador não obedece ao progresso, porque é ela que rege a todos e a tudo, inclusive o próprio progresso.

O que se passa diante dela é o nosso despertamento espiritual. Cada vez que vamos crescendo, a encontramos na feição dos nossos valores.

VIBRAÇÕES DA INTELIGÊNCIA UNIVERSAL

Assim, no Universo tudo se configura pela vibração, desde essa mais ínfima e incipiente parcela até a máxima Inteligência do Universo, onde só há uma verdade, a essência da verdade absoluta e perfeita.

"No Universo nada está estático, isto é, tudo está vibrando, há uma cadeia infinita de vibrações em sintonia. E, é uma sintonia harmônica que estabelece toda a sinergia do Universo." Valdir Aguilera

FONTES

Aguilera, Valdir. As Vibrações da Força, Gazeta do Racionalismo Cristão, 2007

Aguilera, Valdir. Planos Astrais, Gazeta do Racionalismo Cristão, 2007

Candeias, Wilson. Corrente Fluídica – Um marco na humanidade, Vida Eterno Crescimento

Chauí, Marilena. Filosofia, 2001 Couto, José Gonzalo Villaverde. Introdução ao estudo da Composição do Universo, Gazeta do Racionalismo Cristão

Couto, José Gonzalo Villaverde. Introdução ao estudo da Composição do Universo, Gazeta do Racionalismo Cristão

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A FREQUÊNCIA VIBRACIONAL

14/11/2022

TUDO É VIBRAÇÃO

Tudo no universo é composto por uma energia que vibra em diferentes frequências e isso inclui todos nós. Do ponto de vista científico e metafísico, todos os indivíduos são formados por diferentes níveis de energia, que são: física, mental, emocional e espiritual.

ALTA E BAIXA FREQUÊNCIA

Cada um desses níveis tem uma frequência vibratória diferente e, por isso, todos os seres são únicos, cada qual com a sua energia e a forma com a qual ela vibra.

E elas podem operar em frequências altas e baixas, dentro de cada um e ao seu redor. Quando a vibração de uma pessoa está baixa, a vida parece não fluir.

Mas, quando a vibração está alta, tudo ao seu redor se torna mais bonito e positivo, há energia para levantar da cama todos os dias e transformar sonhos em realidade.

CORPO QUÂNTICO

Sabemos que tudo é energia e vibração. Segundo os especialistas em física quântica, somos mais do que apenas corpos e todos temos um campo de energia à nossa volta. Nosso corpo é quântico, pois, é formado por pequenas partículas, e as partículas são onda que ocupam lugar no espaço, levando massa e energia enquanto se movem, e as ondas se espalham pelo espaço, levando energia à medida que se movem, sem massa.

A FORÇA DA ATRAÇÃO

Você atrai o que você vibra! somos energia invisível vibrante, atraímos a mesma frequência que vibramos. E sempre nossa vibração estará relacionado com o que pensamos, sentimos e falamos.

FINALIZANDO COM JAMES JEANS, físico britânico pioneiro na imaterialidade do universo:

"O fluxo de conhecimento está caminhando em direção a uma realidade não-mecânica; o Universo começa a se parecer mais com um grande pensamento do que com uma grande máquina. A mente já não parece ser um intruso acidental no reino da matéria, devemos saudá-la, como se fosse o governador do reino da matéria".

FONTES

​eusemfronteiras.com.br
drquantico.com
ascensaohumana.com
contelacaoclinica.com

GLÂNDULA PINEAL (TERCEIRO OLHO)

13/11/2022

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FISIOLOGIA DA GLÂNDULA

A glândula pineal também chamada de epífise, é uma glândula endócrina diminuta que alberga o nosso cérebro e se encarrega de produzir melatonina. A melatonina é o hormônio que regula os ciclos do sono do nosso corpo. É também conhecida como “terceiro olho” devido à sua localização – na parte central do cérebro, entre as sobrancelhas – e também pela sua sensibilidade à luz. Além disso, a glândula pineal é considerada por algumas tradições esotéricas um meio de contato com o mundo espiritual, “o olho que tudo vê”.

INFORMAÇÕES EXTRASSENSORIAIS

A comunidade científica quanto a espiritual concorda que o "terceiro olho" funciona como um poderoso centro transmissor e receptor de informações.

Depois de anos de estudos, cientistas constataram que essa glândula é formada por pequenos cristais de um minério chamado apatita, que também pode ser facilmente encontrado na natureza.

A principal propriedade da apatita é a captação de campos eletromagnéticos e é justamente dessa forma que ocorrem as interações com o plano espiritual. 

O OLHO POLIVALENTE

Os yogues da Índia asseguram que a glândula pineal é a janela de Brahma, o Olho de Diamante, o olho da polivalência que mediante um treinamento especial nos dá a percepção do ultra. 

DIFERENTES VISÕES

Os gnósticos dizemos que na glândula pineal está o átomo do Espírito Santo. Os orientais afirmam que na glândula pineal se acha o lótus de mil pétalas. Não há dúvida que essa é a Coroa dos Santos. Os homens de gênio têm a glândula pineal muito desenvolvida. Nos cretinos descobriu−se que ela se encontra atrofiada.

RITMOS CIRCADIANOS

A glândula pineal é uma estrutura sensível à luz, por isso uma de suas principais funções biológicas é secretar melatonina. Esse hormônio é derivado da serotonina e molda nossos padrões de vigília e sono (os ritmos circadianos) e regula nossa entrada na puberdade.

Além disso, sabe-se que ela atua como um afiado relógio biológico e que sua atividade é muito intensa até os 7 ou 8 anos, momento em que a produção de melatonina começa a cair e aos poucos começam a entrar em ação os mecanismos da maturidade sexual.

FONTES

​amenteemaravilhosa.com.br/glandula-pineal-enigma-mente/                            br.psicologia-online.com                        bbc.com/portuguese/geral-56722714

christianefujii.com.br   

   

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MISTÉRIO SOBRE OS IRMÃOS DE JESUS

12/11/2022

A CONTROVÉRSIA SOBRE OS IRMÃOS DE JESUS

O tema é especialmente delicado para a devoção católica a Virgem Maria: se Jesus tinha irmãos, sua mãe obviamente não se manteve sempre virgem. “Mais controverso é o episódio do Evangelho de Mateus que alude aos ‘irmãos de Jesus’. No fim do século IV, São Jerônimo, autor da “Vulgata” – a tradução latina das Escrituras que por séculos foi a única autorizada pela Igreja Católica –, cravou a ideia de que a palavra grega seria vaga e, assim, poderia designar ‘primos’".

MISTÉRIO AINDA SEM SOLUÇÃO

​​Em várias passagens dos evangelhos há menções diretas ou indiretas a irmãos e irmãs de Jesus, todos filhos de Maria. Ao contar como Jesus nasceu, Lucas diz, no evangelho que leva seu nome, que Maria deu à luz seu filho primogênito. Se Jesus fosse o único filho de Maria, não haveria por que referir-se a ele como o primogênito, isto é, o primeiro entre outros. 

"VIRGINDADE TEOLÓGICA"?

O culto a Maria é posterior. Ela só foi declarada virgem no século 4 d.C., quando o patriarca Cirilo fez valer sua tese de que Maria era mãe de Deus, o Deus Jesus, e não do homem Jesus – tornando, assim, possível (ao menos no plano teológico) sua virgindade carnal.

(MARCOS, CAPÍTULO 3:31)

O Evangelho de Marcos diz explicitamente: “Chegaram sua mãe e seus irmãos e, tendo ficado do lado de fora, mandaram chamá-lo. Muita gente estava sentada ao redor dele, e lhe disseram: Olha, tua mãe, teus irmãos e tuas irmãs estão lá fora, à tua procura”.

Os nomes dos irmãos de Jesus mencionados nos textos bíblicos são: Tiago, José, Judas e Simão. E quem seriam as irmãs?

REGRA DE SUCESSÃO

A sucessão de Jesus seria um problema sério se ele fosse o único filho de Maria. Felizmente, para o cristianismo, não era. O escolhido foi Tiago – o que pode parecer estranho, porque Jesus diz no Evangelho de Mateus (Mt 16, 18) que seu eleito para construir sua Igreja era Pedro. Mas Tiago foi escolhido porque era irmão de Jesus.

CONCLUI O ARTICULISTA

É preciso lembrar que o substrato cultural dos evangelhos é o mundo semítico e não o mundo greco-romano. Em hebraico e aramaico o termo ’āḥ possui uma extensão maior, podendo significar tanto irmão de sangue como parente próximo, primo e até tio (cf. Gn 13,8; 29,15; Lv 10,4). E pouco tem a ver com a “Vulgata de Jerônimo” que manteve, coerentemente, “frates eios” para a tradução de ἀδελφόςem Mt 12,46 e 13,55. O fato dos evangelistas não usarem o termo “parente” (συγγενής), como em Mc 6,4; Lc 1,58; 2,44; 14,12; 21,16; Jo 18,26 ou “primo” (ἀνεψιὸς), única ocorrência em Cl 4,10, não tira o mérito do uso mais extenso do termo ἀδελφός, mas evidencia ainda mais os laços humanos de Jesus adquiridos pela sua Encarnação no seio virginal de Maria: tornou-se Irmão por excelência de toda a Humanidade.

​FONTES

revistaplaneta.com.br
bibliaon.com
estiloadoracao.com

SISTEMAS DE CASTAS

11/11/20222

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COMO SURGIRAM AS CASTAS

O sistema de castas da Índia está entre as formas mais antigas de estratificação social que sobreviveram ao longo dos anos. Esse sistema que divide os hindus em rígidos grupos hierárquicos baseados em seu karma (trabalho) e dharma (a palavra hindu para religião, embora aqui signifique dever) tem mais de 3 mil anos e é muito complexo.

COMO FUNCIONA O SISTEMA

Durante séculos, a casta ditou quase todos os aspectos da vida religiosa e social hindu, com cada grupo ocupando um lugar específico nessa hierarquia complexa. As comunidades rurais estão organizadas há muito tempo com base nesse sistema. As castas superiores e inferiores quase sempre viviam em colônias segregadas, poços de água não eram compartilhados, os brâmanes não aceitavam a bebida dos shudras e só se podia casar dentro de sua própria casta.

A PIRÂMIDE HIERÁRQUICA

O sistema de castas divide os hindus em quatro categorias principais: Brahmins, Kshatriyas, Vaishyas e Shudras. No topo da ordem hierárquica estavam os brâmanes, que eram principalmente professores e intelectuais; acredita-se que eram descendentes de Brahma.

Então, vieram os Kshatriyas ou os guerreiros e governantes, supostamente de seus braços. Em terceiro, os Vaishyas, ou mercadores, que foram criados a partir de suas coxas. E, os Shudras, que vieram dos pés de Brahma e faziam todos os trabalhos braçais. Fora desse sistema de castas hindu estavam os Achhoots, os Dalits ou os Intocáveis.

APESAR DA ABOLIÇÃO...

A Constituição indiana aboliu o sistema de castas em 1940 e rejeita qualquer discriminação com base nelas, em consonância com os princípios democráticos que fundamentam o país. Entretanto, a divisão entre castas permanece na sociedade como um aspecto cultural relevante, especialmente em vilas e cidades menores.

 FONTE
 Matéria publicada pela BBC News em 26 de dezembro de 2020

MAHATMA GANDHI TINHA O LADO B?

10/11/2022

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HAVIA PRECONCEITO E MISOGINIA POR TRÁS DO ÍCONE?

Vale falar do homem quando é um ícone, um mito? Um símbolo que inspirou gerações na luta por direitos? Muito foi escrito sobre esse mito. Mas isto foi a respeito do homem. Como escreveu George Orwell, em seu ensaio de 1949 Reflexões sobre Gandhi, “os santos sempre devem ser julgados culpados até serem provados inocentes”.

RACISMO NA ÁFRICA DO SUL

Segundo matéria do The Washington Post, Gandhi entendia que brancos e indianos eram superiores aos negros, a quem considerava “selvagens”, “crus”.

Várias declarações de Gandhi, por conta da defesa da comunidade indiana na África do Sul, consideram que os indianos não devem ser tratados como os negros pelo fato dos primeiros serem superiores aos nativos.

PRONUNCIAMENTOS "INFELIZES"

  • Em um discurso de 1896, Gandhi declarou que os europeus queriam “degradar [os indianos] ao nível dos negros, cuja ocupação é a caça e cuja única ambição é coletar um número de gados para comprar uma esposa para passar a vida na indolência e na nudez”.

  • Em 1908, Gandhi escreveu sobre a experiência de ter sido preso – com a “dificuldade” de ter sido classificado na área dos negros. “Podíamos entender não sermos classificados com os brancos, mas para ser colocado no mesmo nível com os nativos parecia muito para suportar”.

VOTOS DE POBREZA E CELIBATO

​Durante 1893 e 1914, Gandhi trabalhou como advogado na África do Sul, lugar em que declarou seus votos de pobreza e celibato e arquitetou o estilo de vida não-violento, que o caracteriza até hoje.

O LIVRO E A PASSAGEM

A passagem pelo país africano, entretanto, esconde outra verdade do líder: Gandhi era racista. Esta é a tese defendida pelo professor de Sociologia da Universidade de Joanesburgo Ashwin Desai e pelo professor associado de História da Universidade de KwaZulu Natal Goolam Vahed.

NÃO VIOLÊNCIA E AS CASTAS

Essa revisão histórica da personagem de Gandhi é muito polêmica. Tanto que o site Aventuras na História tentou conversar com muitos professores e historiadores indianos especializados em Gandhi, mas pouquíssimos aceitaram falar sobre os aspectos negativos de quem consideram o maior indiano de todos os tempos. Mas nem todos. Segundo a escritora e ativista indiana Arundhati Roy, “a doutrina da não violência de Gandhi camuflou a ideia da aceitação de uma das formas mais brutais de hierarquia social: a casta”.

CONTEXTUALIZANDO NO FINAL

É claro que sob alguns aspectos, ele, Gandhi, ainda era filho do seu tempo, tendo nascido na Índia do século 19. Também tinha que enfrentar uma sociedade onde as castas eram muito enraizadas.

​​REFERÊNCIAS

www.mulher.com.br/atualidades/noticias/por-tras-do-martir-e-verdade-que-gandhi-era-preconceituoso www.mulher.com.br/atualidades/noticias/por-tras-do-martir

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SUBTERFÚGIOS DE AUTOPRESERVAÇÃO

09/11/2022

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PREÂMBULO

John Powell (1925-2009) - padre jesuíta, escritor e professor - esquematiza algumas das principais máscaras que constituem os padrões comportamentais dos diferentes tipos de personalidades e que se revelam sob papéis e posturas adotadas face aos medos, inseguranças, autopreservação e rejeição às quais todos estão sujeitos, ou melhor, é válido supor que a possibilidade de julgamento torna os indivíduos covardes.

SEM FÓRMULAS MÁGICAS

O livro em questão não é um manual como muitos textos de autoajuda pretendem ser, mas uma obra que pretende ser "insights a respeito do autoconhecimento, do crescimento pessoal e da comunicação interpessoal”, ademais, percorre abordagens mais realistas e estratégias que estão aquém de falsas fórmulas e receitas de felicidade, em suma, o leitor depara-se com lições e ensinamentos da psicologia aplicada em vez de fórmulas mágicas.


A COMUNICAÇÃO HUMANA

A comunicação como ponto de partida, afinal, este é um dos principais pilares da obra, considerando que a comunicação é o "processo pelo qual alguém ou alguma coisa torna-se comum a duas ou mais pessoas, ou seja, é compartilhada" (POWELL, 1997, p. 09). Em outras palavras, frisa-se a importância de comunicar-se ao outro, superando a mera representação dos papéis que disfarçam e escondem a pessoa "real", aquilo que se é verdadeiramente, isto é, a pessoa real refere-se ao "que penso, julgo, sinto, valorizo, honro, estimo, amo, detesto, temo, desejo, espero, acredito e me comprometo com" . Assim sendo, a revelação da pessoa “real”, supondo-a despida de suas máscaras, encontra-se na comunicação dessa carga de forças que forma e constitui uma pessoa em sua totalidade, as coisas que definem a pessoa em seu processo de mudança permanente, dia após dia. 

DORES E CICATRIZES

O ente humano, segundo o autor, é determinado por um problema que pode ser considerado universal e compreendido a partir da condição humana, em outros termos, a condição humana determina-se a partir das dores e “cicatrizes humanas  que bloqueiam o caminho para o verdadeiro amor'' e “são as mesmas cicatrizes, as mesmas dores e medos que bloqueiam o caminho para a verdadeira comunicação, sobre a qual o amor é construído”. Consequentemente, esta construção se dá desde a infância pela interação entre os indivíduos, de modo que se forma os primeiros e principais papéis da personalidade de cada pessoa, a isto, Powell chama de análise transacional, constituindo-se em "estados de ego" que consistem nos papéis adotados para cada interação e diferentes situações, tornando difícil a interpretação e a compreensão dos mesmos. 

RESUMINDO PARA FINALIZAR

Portanto, a obra em questão é um precioso agrupamento de informações e análises sobre a condição humana e suas implicações de cunho individual e coletivo, o que a tor​na substancial àqueles que desejam saber mais sobre a própria constituição psicológica e, isto posto, sobre as relações interpessoais como um todo. Fica mais uma ótima dica de leitura da REM.

​FONTE

Texto extraído da resenha da referida obra, publicada no site epifaniaurbana.com.br por Gilmar Guimarães


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100 anos da QUEDA do IMPÉRIO OTOMANO

08/11/2022

FIM DO SUPER IMPÉRIO

Em 1º de novembro de 1922, a Grande Assembleia Nacional da Turquia aboliu o cargo de sultão, dando um golpe final no já moribundo Império Otomano, uma das maiores superpotências já conhecidas da humanidade.

Naquele dia, se encerravam aproximadamente 600 anos de história, e nascia a república da Turquia que conhecemos hoje.

DINASTIA EM TRÊS CONTINENTES

A dinastia Osmanli — a família governante do império desde sua fundação em 1299 até sua dissolução — chegou a se expandir ao longo de três continentes, governando o que hoje é Bulgária, Egito, Grécia, Hungria, Jordânia, Líbano, Israel, os territórios palestinos, Macedônia, Romênia, Síria, partes da Arábia Saudita e a costa norte da África.

ANATÓLIA (TURQUIA)

A Casa de Osman começou com uma oportunidade que Osman 1º, que era o líder do Império Seljúcida, não perdeu. Ao perceber a fraqueza de seu império e do vizinho Bizâncio, Osman decidiu em 1299 fundar seu emirado na Anatólia, território hoje conhecido como Turquia. O Império de verdade começaria a tomar forma com a queda de Constantinopla em 1453.

PRETENSÃO DE SER O IMPÉRIO UNIVERSAL

O título de "imperador do Oriente e do Ocidente" também mostra que o Império Otomano se via e se considerava o único, sem outro igual ou sequer parecido.

"Aos olhos dos sultões otomanos, não havia outro imperador além do sultão otomano", explica o historiador Olivier Bouquet.

Segundo ele, a ideia de um império universal vem da herança bizantina e do islamismo.

O DECLÍNIO

A derrota na Batalha de Lepanto em 1571 foi um golpe devastador para o Império Otomano

A sorte do império mudou ali, e começou um longo e progressivo declínio nos séculos que se seguiram.

Vários erros de cálculo somados à instabilidade política e econômica de Istambul no início do século 20 acabaram por desmoronar um império cujo brilho já estava ofuscado. 

FINALIZANDO

​"O Império Otomano desapareceu, mas há um neo-otomanismo que se desenvolveu (...) há muito mais referências ao Império Otomano hoje do que havia no final do século 20", conclui Bouquet.

REFERÊNCIA

Este texto é fragmento do que foi publicado originalmente em https://www.bbc.com/portuguese/geral

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QUAL A DIFERENÇA?

07/11/2022

FUNCIONAMENTO E A ORGANIZAÇÃO DA MENTE

Freud ao estudar o funcionamento e a organização mental do homem percebeu que existem três elementos funcionais que atuam de diferentes formas. Aos elementos, nomeou como: Id, Ego e Superego.

​ID                                                             Freud apresentou o id como a única parte da nossa personalidade que é totalmente inconsciente, onde se escondem nossos pensamentos mais ogros. Assim como um vilão de história em quadrinhos, o id não conhece freios morais nem dá bola para a ética da sociedade. Só quer buscar satisfação.

EGO ou EU

Enquanto o id é guiado pelo princípio do prazer, o ego se baseia no princípio da realidade. É uma espécie de mediador entre a impulsividade do id e as condições externas, fazendo a interação entre a sua personalidade e as leis do seu país, a cultura do seu tempo, as regras de etiqueta e as normas do bom convívio.

SUPEREGO

O superego se baseia nos valores da sociedade e nas regras de conduta que herdamos dos nossos pais para agir como um juiz das nossas intenções – um tipo de árbitro de futebol cheio de cartões vermelho no bolso. Essa é a parte moral da nossa personalidade, a fonte dos nossos pensamentos de autocontrole que vão servir para empatar o jogo contra os impulsos “vamos que vamos” do id.

Diferentemente do ego, que tenta adiar a gratificação do id para momentos e locais mais adequados, o superego tenta barrar mesmo qualquer satisfação. Vê sempre o lado vazio do copo.


SACO DE PANCADAS

Sim, o conflito entre essas três instâncias é um verdadeiro MMA no nosso ringue psíquico. E quem toma porrada é sempre o ego. De um lado, precisa dar uma chave de braço no id para conter seus impulsos agressivos e sexuais –, mas não com tanta força que o impeça de aliviar a tensão que um desejo impõe. De outro, precisa suportar os cruzados do superego, que quer construir o indivíduo mais certinho da humanidade, criado à base de leite com pera.

​CONCLUSÃO

​​Apesar da leitura de Freud, é evidente que Skinner não concorda com a construção teórica da psicanálise. Entre muitos outros motivos, há a ideia fundamental para a sua psicologia comportamental de que é o meio ambiente – e não a psique (o interior do homem) – que controla e molda o comportamento:
“A análise de Freud pareceu convincente por causa da sua universalidade, mas são as contingências ambientais, mais do que a psique, que são invariantes” (Skinner, p. 131).

​REFERÊNCIAS​

​super.abril.com.br/especiais
www.psicologiamsn.com
psicoactivo.com/2016/05

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XENOFOBIA REGIONAL: preconceito entre pessoas de um mesmo país

06/11/2022

ALVOS NORDESTINOS

Os nordestinos são os principais alvos de preconceito dentro do Brasil.

É comum associar o termo “xenofobia” com situações em que imigrantes ou refugiados são discriminados. No entanto, este tipo de preconceito pode acontecer com pessoas de um mesmo país, principalmente em países de vasta extensão territorial, como é o Brasil.

​​O QUE VEM A SER?

O professor de Geografia do Curso Anglo, Sebastian Fuentes explica o que isso significa, na prática: “A xenofobia é uma aversão ao não nativo. Ou seja, um preconceito com o que não é do seu local de origem”.

A GÊNESE DO PRECONCEITO

​Um dos fatores determinantes no surgimento dos estigmas ao povo nordestino se deve ao pensamento intolerante de parte da população do Sul/Sudeste do país, a qual teve um comportamento negativo em relação a estes, porém, foram sempre dóceis e amistosos com imigrantes estrangeiros, salvo casos de atritos isolados. Mas, como ou quando surgiram esses comportamentos repulsivos intolerantes em face do povo nordestino?

NÃO QUALIFICADOS

​A maior parte dos migrantes nordestinos não possuíam qualificação profissional, indo ocupar as atividades mais desqualificadas, gestou um outro preconceito, que atinge, inclusive, os setores médios e intelectualizados da população da região, ou seja, a ideia de que o nordestino somente é capacitado para realizar trabalhos braçais e não atividades intelectuais. 

​​​TRAÇO RACISTA

“Em São Paulo, por exemplo, havia todo um projeto de branqueamento da sociedade com a vinda de imigrantes europeus, e a chegada em massa de migrantes, em sua maioria baianos negros, abortou esse projeto. Daí o surgimento do estereótipo do baiano. Era justamente porque os baianos enegreceram novamente a sociedade paulista, trazendo, inclusive, manifestações culturais de matriz africana que até hoje são motivo de perseguição e encaradas como um declínio civilizatório na sociedade paulista”.

FINALIZA O Prof. DURVAL

“O preconceito é um discurso arrogante e simplificador, mas é um discurso que funciona muito, porque oferece uma imagem prévia de alguma coisa sem que seja preciso fazer muito esforço para realmente conhecer e se informar. Então, o que combate o preconceito é a educação e a informação”.

REFERÊNCIAS

​ACUNHA, Fernando José Gonçalves. O combate à discriminação regional no Brasil: limites e possibilidades do direito. - Rio de Janeiro: Lumen Iuris, 2014.
ROLNIK, Raquel. Viva São Paulo, a maior cidade nordestina do Brasil! Yahoo. 09 de out. de 2013. Disponível em: Acessado em 24 de jul. de 2016.
SÃO PAULO.sp.gov.br. Migrantes. Disponível em: Acessado em: 15 de mai. de 2016.
VILLA, Marco Antônio. Quando eu vi-me embora: história da migração nordestina para São Paulo - Rio de Janeiro: Leya, 2017.

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MEDIOCRIDADE NO PENSAR

05/11/2022

QUEM FOI HANNA ARENDT?

Hannah Arendt nasceu em Hannover, na Alemanha, no dia 14 de outubro de 1906 e morreu nos Estados Unidos em 4 de dezembro de 1975. Estudou filosofia na Universidade de Marburg, formando-se em 1929.

E em 1932, publicou na revista História dos judeus na Alemanha o artigo intitulado O Iluminismo e a questão judaica, onde expõe suas ideias sobre a independência do judaísmo.

PÓS PREÂMBULO

​Refletir à luz do pensamento de Hannah Arendt no que se refere à Banalização do Mal, torna-se oportuno e inadiável considerando a escalada de episódios de insanidade, incivilidade, intolerância, desrespeito às diferenças e ao estado democrático que grassa pelo país afora.
Matar o aniversariante por estar comemorando seu aniversário com uma temática não simpática a um intruso assassino. Invadir um ônibus e espancar adolescentes. Quase matar uma criança de 7 anos por ter feito o L do candidato vencedor. Assassinar uma criança e um adulto por comemorarem a vitória de um presidenciável. Atirar e jogar granadas em policiais que cumpriam a execução de uma ordem de prisão, tudo isso e muito mais é BANALIZAÇÃO DO MAL!

BANALIDADE DO MAL

Hannah Arendt, foi chamada para assistir e escrever sobre o julgamento de Adolf Eichmann, um dos responsáveis pelas atrocidades cometidas pelos nazistas. Foi nesse grande momento que ela escreveu sobre a Banalidade do mal, o mal banal do indivíduo.

E NA ATUALIDADE?

A falta de reflexão crítica sobre determinados assuntos gera a falta de compromisso ético em grandes proporções. É na banalização do que é antiético que deixamos o juízo de lado e seguimos a massa.

O problema é que essa ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal. A paixão pela instrumentalidade é a consequência de pensamentos vazios e das diversas formas banais apresentadas nas sociedades do mundo todo.

Vivenciamos na época de grandes movimentos que estimulam o ódio contra grupos religiosos e étnicos. Esses grupos agem em nome de uma nação, ameaçando as instituições democráticas.

A BANALIDADE DO MAL E A COVID-19

Podemos analisar a pandemia e fazer várias comparações sobre o conceito da banalidade do mal. A ideia mostrada por Hannah Arendt apresenta a falta de análise e estudo sobre determinados assuntos e seus raciocínios políticos.

Na pandemia do coronavírus, vimos a falta de informação de pessoas que desrespeitaram o distanciamento social.

Vimos, no mundo todo, manifestações que desrespeitaram o grande número de infectados e todas as pessoas que morreram. As políticas de isolamento não foram respeitadas e não foram desempenhadas de maneira correta.

Aqui no Brasil, por exemplo, tivemos vários questionamentos do governo federal sobre a pausa nas atividades econômicas e como isso traria uma piora para o sistema financeiro. As políticas de isolamento falharam, pois, não foram aplicadas e seguidas como deveriam.

FRASEAR PARA FINALIZAR

“Uma vida sem pensamento é totalmente possível, mas ela fracassa em fazer desabrochar sua própria essência — ela não é apenas sem sentido; mas não é totalmente viva. Homens que não pensam são como sonâmbulos”. Hannah Arendt

REFERÊNCIAS

​ARENDT, Hannah. Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal. 1ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo: Antissemitismo, imperialismo, totalitarismo. Edição de Bolso. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012.
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 13ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2016.
CORREIA, Adriano. Hannah Arendt (1906-1975). Revista Ética & Filosofia Política, tomo 9, número 1, junho de 2006.      A BANALIDADE DO MAL E A COVID-19







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SOBRECOMPENSAÇÃO NA ÓTICA DA PSICOLOGIA

05/11/2022


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AINDA SOBRE VIÉS COGNITIVO

04/11/2022

MAIS RACIONAIS?

Ao longo de milhares de anos de evolução, é de se supor que o cérebro humano tenha se tornado ainda melhor em pensar. Contudo, a realidade é que provavelmente a seleção natural não tenha mais sido mais tão eficiente em fazer dele mais racional. Afinal, atualmente, todos são capazes de sobreviver – mas não necessariamente de se tornar mais racionais do que já são.

O QUE ISSO SIGNIFICA?

Se a raça humana foi capaz de sobreviver e evoluir até a atualidade, demonstra que o cérebro foi eficiente em detectar predadores, fugir do perigo e avaliar possíveis amigos e inimigos rapidamente. Apesar disso, o problema é que evitar animais famintos não é mais a principal tarefa para a qual o cérebro tem sido usado. Contudo, hoje em dia o esperado é que ele tome decisões racionais.

ALGUNS VIESES

Selecionamos os vieses cognitivos mais frequentes à mente humana. Ao identificá-los, é muito provável que o seu cérebro esteja preparado para evitar determinados atalhos. A saber.

VIÉS DE DISPONIBILIDADE

O cérebro humano conta com um atalho que procura estimar a probabilidade de determinados fatos. Acontece que, para isso, são utilizadas informações armazenadas (disponíveis) por cada um – e não, por exemplo, um banco de dados isento de parcialidade.

VIÉS DE ANCORAGEM

Surgidos há cerca de 30 mil anos, os numerais também têm forte influência nos vieses do cérebro humano. Neste caso, é comum que muitas pessoas se apeguem a números e não a um raciocínio lógico. Exemplo: “pague dois e leve três”. Observe a quantidade de pessoas que necessitam de apenas um produto, porém optaram por levar o triplo apenas por conta do gatilho numérico.

​​FONTES

​​portalinsights.com.br  

​institutoconectomus.com.br

​raciocinioclinico.com.br                                                                                                                                                           

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VIÉS DE CONFIRMAÇÃO (FATO OU CRENÇA)

03/11/2022

PREAMBULANDO

O viés de confirmação geralmente ocorre quando queremos que certas ideias sejam verdadeiras. Isso leva as pessoas a pararem de coletar informações quando as evidências encontradas confirmam seus próprios pontos de vista, o que pode levar a ideias preconcebidas que não são baseadas na razão ou no conhecimento real. Os indivíduos então selecionam partes da informação que confirmam seus conceitos prévios. Isso também significa que as informações que não apoiarem suas ideias ou crenças são desconsideradas.

ATALHO COGNITIVO

De modo simplista, ele pode ser entendido como um erro sistêmico de pensamento que ocorre quando nosso cérebro, em busca de economizar energia, simplificar e agilizar a tomada de decisão, interpreta de maneira tendenciosa as informações que recebe.

Este tipo de viés funciona como um atalho cognitivo que usamos ao coletar e interpretar informações. Avaliar evidências leva tempo e energia, então nosso cérebro procura atalhos para tornar o processo mais eficiente.

O QUE ENVOLVE?

  • portamento teimoso e insistente em situações indevidas;
  • tendência a ver o mundo sob o olhar do preconceito;
  • mente fechada para o novo;
  • dificuldade em inovar e sair da zona de conforto;
  • desinteresse na busca pelo conhecimento.

    O que envolve o viés de confirmação?

    O viés de confirmação pode gerar uma série de efeitos negativos para a vida de uma pessoa. Entre eles:

    • comportamento teimoso e insistente em situações indevidas;
    • tendência a ver o mundo sob o olhar do preconceito;
    • mente fechada para o novo;
    • dificuldade em inovar e sair da zona de conforto;
    • desinteresse na busca pelo conhecimento.

VIÉS DE CONFIRMAÇÃO E FAKE NEWS

A desinformação vem ganhando cada vez mais espaço nos últimos tempos pela propagação de notícias falsas via internet. Um exemplo claro de que as fake news podem ser perigosas é que pais estão deixando de dar vacinas a seus filhos. Isso, inclusive, tem resultado na volta de doenças que julgávamos estarem erradicadas.

FINALIZANDO

O mundo todo sofre à medida que as pessoas passam a crer em mentiras em vez de se informarem e buscarem dados que possam ser comprovados para, então, tomarem decisões. Deve-se combater a tendência não só porque ela faz cair em armadilhas do ponto de vista individual, mas também por trazer prejuízos coletivos incalculáveis.

FONTES

​oxfordbraxilebm.com
alexandrespada.com.br
psicologiadockhorn.com
www.psicanaliseclinica.com

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DO PERGAMINHO À (IM)PRENSA

02/11/2022

UM POUCO DE HISTÓRIA

A história da escrita começou no período da pré-história, quando os homens faziam desenhos na parede das cavernas como uma forma de se comunicar. O pergaminho foi criado em Pérgamo, no século II a.C. Durante milênios a escrita restringia-se a modos de réplica muito limitados, como as tabuinhas com escrita cuneiforme dos povos sumérios, os papiros egípcios, os ideogramas chineses, entre outras variadas formas de reprodução, cujo acesso era restrito a pequenos grupos de pessoas, geralmente escribas.

MESOPOTÂMIA

Sabe-se que a história da escrita começou na antiga civilização mesopotâmica (atual Iraque) por meio dos povos sumérios. Essas pessoas desenvolveram a escrita cuneiforme por volta de 4.000 a.C. Eles iniciaram o processo da escrita usando argila e a cunha (uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma).

INVENÇÃO DA IMPRENSA

A invenção da imprensa por Johann Gutenberg, no século XV, por volta de 1430, foi um dos acontecimentos que mudaram a história da leitura e da circulação de ideias em escala planetária.

MEGA REVOLUCIONÁRIA

O historiador francês Roger Chartier, um dos grandes estudiosos da história do livro e da leitura, destacou que a invenção de Gutenberg foi tão revolucionária que só pode ser comparada à invenção do computador e da reprodução digital da escrita.

 

PRODUÇÃO DE LIVROS EM ESCALA

Apenas com a invenção de Gutenberg a propagação de livros passou a ficar mais intensa, como o caso da Bíblia – o primeiro dos livros inteiros publicados pela técnica da imprensa. Isso se dava, fundamentalmente, em razão da facilidade que havia na reprodução dos textos.

FONTES E REFERÊNCIAS

​​ebiografia.com.br
segredosdomundo.r7.com.br
wikipedia.com.br

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POR QUE a Guarda do Vaticano É SUÍÇA?

01/11/2022

A HISTÓRIA DA GUARDA SUÍÇA DO PAPA

Por que o Papa tem aquela guarda suíça usando uma farda característica?

A história vem do século XVI, quando o Papa Júlio II (1503-1513) pediu ao rei católico da Suíça que lhe mandasse um grupo de soldados para a sua segurança pessoal. Alguns acusam Júlio II de ser mais general do que Papa; com firmeza governava o território pontifício.

A ORIGEM

Os Guardas Suíços são o último exército de mercenários suíços, uma figura que atingiu grande popularidade entre os séculos XV e XVIII por sua especial eficácia. O corpo foi criado em 21 de janeiro de 1506, três anos depois que o Papa Júlio II ocupasse a cadeira de São Pedro e pedisse os nobres suíços, soldados para sua proteção, formando uma companhia de 150 homens.

O GRANDE COMBATE

Durante o pontificado de Clemente VII (1523-1534), esses soldados suíços da guarda do Papa tiveram que enfrentar um grande combate em 06 de maio de 1527, quando o imperador Carlos V invadiu Roma. Os guardas suíços do Papa lutaram bravamente e 108 deles morreram no combate. Além disso, fizeram um cordão de isolamento em torno do Papa Clemente VII, levando-o em segurança até o Castelo de Santo Ângelo, que era o refúgio dos Papas quando atacados. A partir deste fato histórico e heroico, os guardas suíços ficaram sendo até hoje os guardiões do Papa.

ATRIBUIÇÕES

Os Guardas Suíços se encarregam da vigilância, segurança e proteção do Papa dentro do Palácio Apostólico, como assim também dos serviços honoríficos em cerimônias, audiências e recepções.

Encarregam-se também do controle de acessos ao Vaticano e nos períodos de sede vacante protegem o Colégio Cardinalício.

UNIFORMES E ARMAS

O uniforme da Guarda Suíça tem uma origem recente (século XX) apesar de estar inspirado em um modelo atribuído a Miguel Ângelo feito em 1505, à moda da época, e com as cores da Casa do Papa Júlio II.

Como curiosidade, os guardas estão armados com alabarda e espada rapieira, mesmo que ao prestar serviço portem armas modernas (revólver, metralhadoras, espingardas e pistolas de assalto) para cujo uso estão treinados, ao máximo nível.

FONTES


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RAÍZES NO EGITO

31/10/2022

SOCIEDADES SECRETAS - DOUTRINAS - TEOSOFIA

​​Doutrina divulgada por Helena Petrovna Blavatsky, significando a sabedoria divina e tendo por lema que não existe religião superior a verdade. Contudo, vemos vários ensinos de filosofias religiosas, em especial de budismo esotérico e de gnose cristã, bem como neoplatonismo e cabala. Fato é que nas Sociedades Secretas existe em grande parte a teosofia, e entre seus estudos senão diretamente, em revistas e palestras complementares há essencialmente essa doutrina.

​​ROSACRUZ

A irmandade mística que pode ter suas raízes no Egito antigo e se espalhou pelo mundo pregando a busca do conhecimento, a tolerância religiosa e a harmonia entre os homens de bem. Poucas sociedades precisaram tanto do segredo para sobreviver como a Rosacruz. Na Idade Média, enquanto a Inquisição jogava na fogueira quem ousasse questionar os dogmas católicos, os integrantes da confraria se reuniam a fim de penetrar nos mistérios religiosos mais profundos.

ESTUDO DE RELIGIÕES COMPARADAS

Das doutrinas da teosofia fica bem clara a influência indiana e seu misticismo. Divide de início a ala em várias partes, diferente do espiritismo que acaba concentrando no espírito todo seu enfoque. A Blavatsky por sinal teria sido antes espírita e se decepcionado. Por exemplo, o Eu superior seria visto como Atma-Manas-Budhi, o que para cristãos seria o Cristo. Mas a noção de um Cristo não seria um homem, mas algo muito superior. Entramos assim na gnose e no neoplatonismo, que parece ser outra fonte de saber de Helena.

JUNTAS COM A CIVILIZAÇÃO

Apesar de poucos saberem, as sociedades secretas nasceram praticamente juntas com a civilização. Tudo começou nas sociedades da Babilônia, do antigo Egito, da Pérsia e da Síria, onde os primeiros grupos de homens começaram a ter interesse em conhecer os mistérios esotéricos e utilizá-los com o propósito político.

AMBIGUIDADES E DUBIEDADES

Essa busca pelo conhecimento esotérico poderia ser ambígua, poderia os levar para o céu, ou para o inferno; para a luz ou para a escuridão; para a bondade ou para a maldade; das descobertas de conhecimentos para se alcançar as verdades divinas ou para manipular forças espirituais no plano físico. Nessa ambiguidade, ou dubiedade de propósitos é que reside uma das principais razões das sociedades secretas.


FONTES E REFERÊNCIAS

​​​​super.abril.com.br (rosacruz:guardiães do saber oculto)
www.recantodasletras.com.br(sociedades secretas)
Texto de Pedro Augusto Rezende

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[...] "Quero assistir ao sol nascer" [...]

30/10/2022

“PRECISO ME ENCONTRAR”

Existem músicas que tocam fundo na alma. Dizem muito. Reverberam na acústica do coração. Uma delas que adoro ouvir na voz e interpretação de Marisa Monte é “Preciso me encontrar”.

O COMPOSITOR

Candeia compôs “Preciso Me Encontrar” a pedido do jornalista e escritor Juarez Barroso, falecido em 1976. A canção ficou conhecida na voz de Cartola, em 1976, e depois gravada com grande sucesso pela cantora Marisa Monte em seu disco de estreia em 1989.

A TRAGÉDIA

Candeia ingressou na Polícia Civil, assumindo o cargo de investigador. Sua carreira como policial terminou de modo trágico em 1965. Ao se envolver em uma batida de trânsito, o motorista que lhe desferiu cinco tiros, um deles alojou-se na medula óssea e o deixaria sem movimento nas pernas. Aposentou-se por invalidez e passou a se locomover em cadeira de roda. A limitação física o levou a mergulhar em uma profunda depressão.

A MÚSICA

"Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir pra não chorar

Deixe-me ir

Preciso andar

Vou por aí a procurar

Rir pra não chorar

Quero assistir ao sol nascer

Ver as águas dos rios correr

Ouvir os pássaros cantar

Eu quero nascer

Quero viver..."

COMENTANDO

​A necessidade de ir precisar andar, se faz sempre presente e imperiosa em nossas vidas. A própria dinâmica da vida nos impele a avançar, a procurar o sol nascer e a contemplar as águas dos rios correr para o mar. Para renascer no querer viver quando o pássaro cantar. E aí voltaremos sempre após o desejado reencontrar.

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BASÍLICA DE SÃO PEDRO

29/10/2022

UM POUCO DA HISTÓRIA DA BASÍLICA

​​A história da Basílica de São Pedro começa no século IV, quando o imperador Constantino decidiu construir uma basílica no local onde o apóstolo tinha sido enterrado. A sua construção foi concluída em 329. A igreja era utilizada tanto para celebrar o culto, como um cemitério coberto e também como um salão de banquetes fúnebres. Durante o início da Idade Média era o principal destino de peregrinação do Ocidente.

DE ARQUITETO EM ARQUITETO...

Em 1506, Júlio II iniciou a construção de uma nova basílica para substituir a existente, encomendando a obra ao arquiteto Donato Bramante. Bramante propôs uma planta em cruz grega (quatro braços iguais), como as igrejas bizantinas do século IX. Quando Bramante morreu em 1514, o trabalho passou para Raffaello Sanzio e uma série de propostas foram discutida até 1521. Raffaello morreu em 1520 e a construção foi continuada por Antonio da Sangallo, o Jovem, que terminou o seu projeto para a basílica em 1538.

Em 1546, após a morte de Antonio da Sangallo, o arquiteto escolhido foi Michelangelo Buonarroti, que deu a forma final ao projeto, simplificando a planta e eliminado as sacristias com torres nas esquinas da praça desenhada por Bramante; transformou a fachada externa em uma parede circular contínua, dando unidade e coerência ao tamanho do edifício.


A BASÍLICA NA ATUALIDADE

A Basílica de São Pedro é um dos maiores edifícios do mundo e é a maior basílica papal.

Atualmente a Basílica de São Pedro é um edifício de 218 metros de comprimento, 136 metros altura até a cúpula e uma área de 23.000 m2. Essa Basílica foi considerada uma obra arquitetônica de grande importância tanto pela grandiosidade da fachada, quanto pela qualidade do seu trabalho.

CURIOSIDADES

Sabia que Michelangelo tinha penas 24 anos de idade quando esculpiu a Pietà que está na Basílica de São Pedro? Um trabalho que merece ser visto de perto para poder apreciar a genialidade desse artista em sua tenra idade. Após os ataques de 1972 à Pietà, a escultura foi protegida por um cristal.

Você sabia que Michelangelo desenhou o uniforme atual da Guarda Suíça que protege a Basílica de São Pedro? É o que conta a lenda...

DESPEDINDO-SE DA BASÍLICA

A Basílica de São Pedro fica na cidade do Vaticano e é a sede universal da Igreja Católica, além de ser a residência do Papa. A Basílica atual, construída em cima daquela de Constantino, é a expressão da vontade dos Papas do Renascimento que, apoiando-se em grandes artistas como Bramante, Michelangelo, Bernini e Maderno, hoje nos levam em uma viagem através da arte, fé e espiritualidade.

FONTE

ensinarhistoria.com.br

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ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA

28/10/2022

UM CLÁSSICO DE SARAMAGO

​O livro "Ensaio sobre a Cegueira" é um dos clássicos da literatura portuguesa e foi escrito por José Saramago, que nos apresenta a uma história forte, repulsiva e nos dá um soco no estômago. É uma obra que nos leva a uma profunda e estonteante reflexão.

CEGUEIRA EPIDÊMICA

A obra retrata a história de uma sociedade em sua rotina normal que, de repente vivencia uma epidemia de cegueira contagiosa.

O primeiro personagem da história nos apresenta à situação quando, no meio do trânsito, se vê tomado por uma cegueira repentina e completamente branca – o que é diferente do que os cegos normalmente relatam, que veem uma cegueira preta. Sem saber do que se tratava, o Primeiro Cego (é assim que o autor passa a identificar o personagem a partir de então) procura um médico oftalmologista para compreender e resolver seu problema, mas a cegueira começa a contagiar a todos.

QUARENTENA

Como uma forma de controle, o Governo decide instaurar uma quarentena para os cegos. Todos que cegaram ou pessoas que entraram em contato com os cegos são mandados para um manicômio antigo e inutilizado, isolado.

A parte interessante da história é que há uma única mulher que não foi acometida pela cegueira: a mulher do médico oftalmologista. Ela mantém sua visão intacta durante a epidemia e por isso ela é tão essencial para compreender a mensagem que José Saramago quer passar no livro.

O CAOS SE ESTABELECE

Com uma cegueira contagiosa e tão fácil de se alastrar, a sociedade basicamente abandonou os cegos como lixo, em um local com péssima estrutura de saneamento básico, comida racionada poucas vezes ao dia e cada vez mais cegos lutando pelos dormitórios.

QUEM SOMOS NÓS QUANDO NINGUÉM NOS VÊ?

Nessa situação de escassez de recursos e abandono pelo Estado, o autor nos apresenta à dolorosa realidade de quem os ser humanos são verdadeiramente, o quão cruel podemos ser quando não há julgamento ou consequências para nossos atos.

AO FIM DA HISTÓRIA...

Nos surpreendemos com a mensagem passada por Saramago. Quando toda a cidade já está tomada pelo caos e não há mais separação entre doentes e sãos, pois estão todos cegos, é que a sociedade retratada passa a se tornar um pouco mais humana.

As disputas por território dão espaço ao respeito pelo lar do outro e mesmo que cada um siga em busca de sua própria sobrevivência, as pessoas passam a compreender que não há mais motivo de uma hierarquia de poderes e brigas sem motivos.

E assim compreendemos que toda a história se trata de uma cegueira de espírito, de alma, de uma cegueira que criamos para nós mesmos como forma de nos confortarmos e distanciarmos das reais brutalidades de ser humano.


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PARA QUE SERVE?

27/10/2022

SIGNIFICADO

Pela etimologia, essa palavra é formada por dois vocábulos gregos: “Apó”, preposição ‘além de’, e “metron”, substantivo ‘medida’.

Apometria significa, pois, além do que é medido. O que é medido é a matéria ou que tem corpo. A apometria ganhou a classe médica que, de tanto estudar e examinar o corpo humano, vem descobrindo que ele tem, de fato, enquanto está vivo, algo mais, ou seja, o espírito, que sai do corpo que morre.

VIAGEM ASTRAL

A saída do espírito, com seu perispírito, do seu corpo, geralmente, quando a pessoa dorme ou está em estado alterado de consciência como quando está sob o efeito de anestesia geral, desmaiada e na meditação profunda. Essa saída do corpo Kardec denominou de emancipação (Livro dos Espíritos capítulo 8: questões 422-438). Os espiritualistas a chamam de viagem astral.

TRATAMENTO ENERGÉTICO

A apometria quântica é um novo tratamento energético de doenças, pois, ela lida com os espíritos com pulsos energéticos através dos átomos e, também, com espíritos de outras dimensões, tendo uma certa semelhança com a Medicina Holística.

BENEFICIOS

1) ampliação e aguçamento da sensibilidade e das faculdades psíquicas, ao consagrar o desdobramento magnético como método e condição regular de trabalho;

2) facilidade no deslocamento de objetos e barreiras no plano extrafísico, bem como dos próprios sensitivos nele projetados;

3) catalogação, diagnose e tratamento de um conjunto de patologias espirituais mais ou menos desconhecidas, que as pesquisas apométricas descortinaram;

BENEFICIOS CONTINUADOS

4) estímulo ao emprego do magnetismo por meio de técnicas adicionais às de passe, já difundidas, propiciando a revitalização da equipe e o ajustamento da sintonia vibratória com relativa agilidade, a fim de favorecer as comunicações medianímicas, entre outras medidas;

5) estreitamento da relação e dos laços com os benfeitores espirituais, uma vez que os médiuns são levados até hospitais do astral superior e passam a atuar junto com eles, fortalecendo o senso de parceria entre os dois lados da vida;

6) exame do consulente em três esferas amplas, a saber: nível espiritual, concernente às questões de ordem obsessiva; âmbito energético ou fluídico, que abrange a fisiologia dos corpos extrafísicos; e aspecto anímico, associado aos conflitos inerentes à alma do espírito imortal ora reencarnado e submetido ao protocolo apométrico.

FICA A DICA

Para saber mais, recomendamos os livros de apometria do médico gaúcho, doutor José Lacerda de Azevedo: “Espírito e Matéria” e “Energia e Espírito” dentre outros.

FONTES E REFERÊNCIAS

Artigo de José Reis Chaves publicado no www.otempo.com.br Matéria publicada no portal guardioesdahumanidade.org com o título: Apometria - o que é? Artigo publicado no Jornal Mundo Espírita eusemfronteiras.com.br

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FANATISMO 

26/10/2022

ETIMOLOGIA DA PALAVRA

O termo fanático, que data de 1796 em português, é uma adaptação do adjetivo latino fanaticus, ligado ao substantivo fanum, “lugar sagrado, templo”. Na origem, todo fanático era religioso. No entanto, faz tempo que a expansão semântica da palavra a tirou do templo para o mundo. […]

A palavra fanático é hoje maciçamente carregada de conotações negativas, associada a intolerância, preconceito, irracionalidade e beligerância. 

CRESCIMENTO EXPONENCIAL

De uns tempos para cá, as pessoas estão manifestando opiniões cada vez mais radicais, seja sobre política, sexualidade, direitos humanos, religião, etc. Traduzindo: os casos de fanatismo vêm ganhando proeminência.

E as redes sociais parecem facilitar a dispersão desse tipo de mensagem, que acaba encontrando eco entre outros usuários e se retroalimentando. Trata-se de discursos cheios de extremismo, de uma obsessão descontrolada por um conceito, um personagem ou uma pessoa; algo que acaba sendo prejudicial, tanto ao fanático como para quem convive com ele. 


À BEIRA DO RADICALISMO

DELIRANTE

Por mais distinta que possa ser a personalidade de um fanático por futebol, de um esquerdista ou de extrema direita, por exemplo, há algo que os une: em todos os casos, existe uma adesão incondicional à "causa" pela qual advogam. Essa adesão não tem matizes, nem limites; a pessoa perde a perspectiva e está disposta a fazer o que for preciso para defender suas ideias. Por mais distinta que possa ser a personalidade de um fanático por futebol, de um esquerdista ou de extrema direita, por exemplo, há algo que os une: em todos os casos, existe uma adesão incondicional à "causa" pela qual advogam. Essa adesão não tem matizes, nem limites; a pessoa perde a perspectiva e está disposta a fazer o que for preciso para defender suas ideias.

QUEBREMOS OS GRILHÕES

Devemos ter muito cuidado com o fanatismo. Qualquer forma de extremismo demonstra desequilíbrio dos envolvidos. Não podemos nos deixar levar pelo fanatismo religioso, político, por esportes e por tantos outros motivos. O fanatismo nos leva à cegueira, ou seja, não conseguiremos enxergar a realidade, passando a viver num mundo à parte e irreal. Fanatismo é doença grave que pode acometer milhões de pessoas no mundo. Como nos disse nosso Divino e querido Mestre Jesus: “Orai e vigiai”. Além da oração e da vigilância dos pensamentos, palavras e ações, se faz imperativo a reflexão crítica e desapaixonada, que por certo, nos deixarão livres das amarras ilusórias e alienantes do fanatismo.

FONTES

br.mundopsicologos.com/artigos
www.gotasdepaz.com.br
embeta.com.br
revistagalileu.globo.br

"Do fanatismo à barbárie não há mais do que um passo". Denis Diderot

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OS ESSÊNIOS

25/10/2022

ORIGENS OCULTAS DO CRISTIANISMO

Sabemos, através de escritores como Plínio, o Velho, Fílon e Josefo, que os essênios constituíram uma seita secreta judaica, situada historicamente entre os séculos II a.C. e I d.C.

Segundo Fílon de Alexandria e José Flávio, esta seita contava com mais de 4.000 adeptos, entre homens e mulheres, subdivididos em pequenas coletividades espalhadas por toda a Palestina.

ORIGEM E SIGNIFICADO

A seita judia dos essênios é a mais antiga, hermética e mística das seitas, surgiu durante o cativeiro no Egito onde teria sido fundada por um mago egípcio. A denominação Essênio vem da palavra egípcia kasai, que significa “secreto”.

ERAM VEGETARIANOS E OUTRAS COISITAS...

O objetivo principal dessa fraternidade era o de conservar e manter restrito aos iniciados todo o conhecimento das ciências ocultas e esotéricas como a alquimia, reencarnação, comunicação com os espíritos, exorcismo e manter pura a doutrina da cabala, sem imolações e sem uso de imagens ou de símbolos.

Os essênios eram vegetarianos, pregavam os renascimentos sucessivos, o batismo, o arrependimento e a pluralidade dos mundos habitados. A confraria era formada por grupos de doze pessoas. Além disso, se dedicavam aos estudos e práticas das ciências médicas, como cirurgias, cura pela imposição de mãos e a prestar auxílio aos doentes e necessitados.


JESUS FOI ESSÊNIO?

Apesar da controvérsia, por ser o essenismo uma sociedade secreta, afirmam que, só João Batista, também iniciado, sabia que Jesus pertencia a essa ordem. Por isso, embora tenha anatematizado todas as outras seitas judias, Jesus nunca atacou os Essênios, e nem os apóstolos nem os evangelhos falam deles.

PONTOS EM COMUM

São encontrados vários pontos em comum entre os essênios e o cristianismo. Por exemplo, a denominação dos seus eleitos, pois utilizavam a palavra hebraica “Messias”, que equivale a “o ungido”, o “Cristo” para os gregos. Eles falavam do “ungido” que há de vir, referência que também o cristianismo faz quando fala da segunda vinda de Jesus Cristo.

UMA PROFUNDA MUDANÇA

Os essênios falavam de uma mudança profunda que viria a ocorrer no mundo, e essa profecia foi feita precisamente quando Roma estava no seu esplendor. Falavam de um jardim que iria ser fecundado quando, aparentemente, não havia nada mais que um deserto. Efetivamente, essa visão de uma projeção futura teve lugar. Tanto é assim que, com a aparição do cristianismo, a história modificou-se por completo e já não se pode falar da História da humanidade sem fazer referência à religião cristã em toda uma era.

E PARA FINALIZAR, ALGUÉM DISSE:

“Para construir um mundo novo e melhor, o homem precisa encontrar propostas alternativas que o satisfaçam pessoalmente e que se possam considerar boas para os outros. O homem do nosso tempo necessita de uma Nova Aliança com o BEM.”

FONTES

recantodasletras.com.br (artigo de Jhon Macker em 10/11/2017) nova-acropole.pt/os-essenios

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SOB A ÓTICA DE TEILHARD de CHARDIN

24/10/2022

BREVE BIOGRAFIA

​Teilhard de Chardin (1881-1955), padre jesuíta francês, filósofo, teólogo e paleontólogo, teve uma sólida formação intelectual. Demonstrando desde muito jovem um grande potencial como cientista, teve grande paixão pela Terra, só não maior que o seu amor à Deus, inclusive, retirando daí sua síntese: não há separação radical entre o mundo material e o mundo espiritual, já que todo o Universo nos apresenta Deus.

A HUMANIDADE EM BUSCA DO PONTO DE EQUILÍBRIO

​A vida, o pensamento e a espiritualidade de Pierre Teilhard de Chardin é um permanente flagrante do quão íntimo Deus é de toda a sua Criação, de como se faz urgente levarmos às últimas consequências o que este grande místico cristão nos legou: “O Deus, que fez o homem para que este o encontre é tão espalhado e tangível como a atmosfera em que nós somos banhados. Ele nos envolve por todos os lados”. De fato, Teilhard de Chardin tem muito a nos dizer neste momento em que a humanidade anseia reencontrar seu ponto de equilíbrio.

PONTO E CONTRAPONTO

  • A religião não é apenas uma, são centenas.

A espiritualidade é apenas uma.

  • A religião é para os que dormem.

A espiritualidade é para os que estão despertos.

  • A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.

A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.

  • A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.

A espiritualidade te convida a raciocinar sobretudo, a questionar tudo...

AINDA NO PONTO E NO CONTRAPONTO

  • A religião é humana, é uma organização com regras.

A espiritualidade é divina, sem regras.

  • A religião é causa de divisões.

A espiritualidade é causa de União.

  • A religião lhe busca para que acredite.

A espiritualidade você tem que buscá-la.

  • A religião segue os preceitos de um livro sagrado.

A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

  • A religião se alimenta do medo.

A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.

  • A religião faz viver no pensamento.

A espiritualidade faz Viver na Consciência. 

COLOCANDO PONTO FINAL NO "PONTO E CONTRAPONTO"

  • A religião sonha com a glória e com o paraíso.

A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.

  • A religião vive no passado e no futuro.

A espiritualidade vive no presente.

  • A religião enclausura nossa memória.

A espiritualidade liberta nossa Consciência.

  • A religião crê na vida eterna.

A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.

  • A religião promete para depois da morte.

A espiritualidade é encontrar Deus em nosso Interior durante a vida.

"Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual... Somos seres espirituais passando por uma experiência humana..." 

​​Teilhard de Chardin


FONTES E REFERÊNCIAS

www.blissnow.com.br
artecult.com
recantodasletras.com.br 


                                 

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O FENÔMENO DE LÁZARO

23/10/2022

RESSUSCITAR E REENCARNAR EXISTE DIFERENÇA?

Existe diferença entre o conceito de ressurreição e reencarnação, apesar de ambas indicarem um retorno à existência, enquanto na ressurreição a pessoa retorna com a mesma vida que possuía até a morte, supostamente no mesmo corpo. Na reencarnação a pessoa retorna em outra existência, outra vivência, até em outro plano, em outras palavras, em um novo ser, em novos corpos físicos. Religiões como o Hinduísmo, Budismo e a Doutrina Espírita têm em sua base de prática a reencarnação.

DESDE A ÉPOCA MEDIEVAL

A possibilidade de os mortos voltarem à vida tirou o sono dos humanos desde a época medieval até o início do século 19. A arqueologia revelou testemunhos de rituais funerários grotescos, como enterros com o rosto para baixo ou foices colocadas sobre a garganta de mortos para evitar que ressuscitassem no túmulo. Literatura científica tem relativamente poucos casos documentados de pacientes que recuperaram sinais vitais após interrupção das manobras de reanimação cardiopulmonar, mais de 30% de pessoal de equipes de emergência testemunhou casos de auto ressuscitação.

ESTARIA LÁZARO REALMENTE MORTO?

A Ressurreição de Lázaro é um dos milagres de Jesus, relatado em João 11:1–46, no qual Jesus traz Lázaro de Betânia de volta à vida depois de quatro dias de sepultamento.

É possível que uma pessoa DECLARADA MORTA "RESSUSCITE"?

Caberia pensar que tal afirmação corresponde ao mundo da lenda ou do cinema. Mas quando, na última década, esta pergunta foi feita a uma amostra de profissionais de saúde, 45% dos médicos de emergência na França, 37% dos intensivistas canadenses e 37% dos holandeses responderam que, durante suas carreiras, haviam testemunhado pelo menos um caso de autor ressuscitação de um paciente na ausência de manobras de reanimação cardiopulmonar.


CATALEPSIA E LETARGIA

Na letargia, as forças vitais são dissipadas e o corpo adquire a aparência da morte, num sono profundo.

Na catalepsia, essa suspensão das forças vitais, às vezes, fica localizada.

Os letárgicos e catalépticos em geral observam o que acontece em derredor. O espírito tem consciência de si, mas não pode comunicar-se.

O corpo não está integralmente morto, mesmo quando se inicia a decomposição.

TERIA SIDO O OCORRIDO COM LÁZARO?

“A letargia e a catalepsia derivam do mesmo princípio, que é a perda temporária da sensibilidade e do movimento, por uma causa fisiológica ainda inexplicada. Diferem uma da outra em que, na letargia, a suspensão das forças vitais é geral e dá ao corpo todas as aparências da morte; na catalepsia, fica localizada, podendo atingir uma parte mais ou menos extensa do corpo, de sorte a permitir que a inteligência se manifeste livremente, o que a torna inconfundível com a morte. A letargia é sempre natural; a catalepsia é por vezes magnética.”.

FONTES E REFERÊNCIAS revistasenso.com.br
literatura cientifica www.em.com.br
catalepsia e letargia - jornal mundo espírita

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TODO EVANGÉLICO É PROTESTANTE NEM TODO PROTESTANTE É EVANGÉLICO

22/10/2022

REFORMA E DESDOBRAMENTO

O protestantismo é um movimento cristão que surgiu com a Reforma Protestante no século XVI.

Uma de suas principais características é o rompimento com determinadas doutrinas da Igreja Católica, como a venda de indulgências, a autoridade do papa e a veneração aos santos.

Já o movimento evangélico surgiu no século XVII como um desdobramento do protestantismo. Ou seja, o movimento evangélico faz parte do protestantismo, porém tem crenças mais bem definidas. 

PROTESTANTISMO

Essa palavra, no seu sentido negativo, foi dada para aqueles que protestavam contra a chamada “corrupção” que Roma promoveu com o Evangelho. É a partir daí que o termo protestante ganhou um sentido polemista, mas também uma referência ao ato de resistir diante do status quo estabelecido.

Ainda que a Reforma conhecida como “luterana” seja a mais evidente, é bom frisar que antes de Lutero já havia outros “Protestantismos”, ou seja, movimentos fora da Alemanha que reivindicavam pautas parecidas com as de Lutero, com algumas diferenças pontuais.

DE PROTESTANTES PARA EVANGÉLICOS

​Já o termo evangélico tem duas maneiras de ter sua origem verificada. Num primeiro momento aparece na Alemanha como um termo positivo, ou seja, no sentido teológico de adequação da doutrina com o Os protestantes seguem os princípios das “Cinco Solas”, que são os pontos onde divergem da Igreja Católica Romana.

PROTESTANTES E EVANGÉLICOS NO BRASIL

Quando procuramos identificar o grupo, ou grupos, de cristãos que não são católicos no Brasil, a partir dos termos protestante e/ou evangélico, temos algumas dificuldades quanto à localização desses termos em seus devidos contextos denominacionais. Um exemplo pode ser dado facilmente. As Igrejas Luteranas, como já citamos, se identificam como Igreja Evangélica no nome. O mesmo pode ser visto na identificação de uma das maiores igrejas pentecostais no Brasil, que traz em seus templos “Igreja Evangélica Assembleia de Deus”.

Isso demonstra que, mesmo havendo diferenças significativas entre as denominações, há uma espécie de modus operandi entre as igrejas evangélicas em termos de conteúdo teológico, importado dos Estados Unidos, para a grande maioria das igrejas fruto de missão estadunidense, e uma certa “coerência” litúrgica em termos do uso da Bíblia e dos cânticos que são comuns entre as denominações. 

FINALIZANDO

Como vimos, o termo usado no início da Reforma para os diversos grupos polemistas foi protestante(s). No caso do Brasil, esse termo não foi um consenso no seu sentido de grupo, isso porque o termo protestante foi visto no seu aspecto individual, ou seja, um certo indivíduo que professa a sua fé a partir de uma interpretação direta e pessoal da Bíblia, sendo, desse modo, identificado como protestante quem era contrário aos ensinamentos da Igreja Católica, principalmente os missionários que viam para o país fazer missões.

FONTES E REFERÊNCIAS

DREHER, Martin N. “Protestantes-evangélicos: buscando entender”. In: DIAS, Zwínglio M.; RODRIGUES, Elisa; PORTELLA, Rodrigo (Orgs.).

HILL, Christopher. A Bíblia inglesa e as revoluções do século XVII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

MENDONÇA, Antonio Gouvêa. “O protestantismo no Brasil e suas encruzilhadas”.

OLIVEIRA, Zaqueu Moreira de. “Protestantismo”. In: BORTOLLETO, Fernando (Org.).

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OS MITOS DE HOJE SÃO DIFERENTES?

21/10/2022

ELES AINDA EXISTEM EM PLENO SÉCULO XXI?

Sim, eles existem, por meio das crenças, temores e desejos, mas o mito não tem tanto poder quanto tinha antigamente, pois com o pensamento crítico racional o indivíduo é capaz de encontrar explicações mais lógicas para os acontecimentos. Os mitos de hoje podem ser divididos em mitos autênticos e em mitos fabricados pelos meios de comunicação de massa e pela mídia.

FAKE MITO

​A oposição entre "verdade ou mito" tornou-se muito comum e se dá pela tradição fantástica das histórias míticas e sua falta de coerência com a realidade. O significado de mito também se relaciona com algum aspecto que possa parecer sobre-humano ou sobrenatural.

A partir da produção de conhecimentos baseados na lógica, os simbolismos dos mitos foram sendo abandonados e seus relatos passaram a ser compreendidos como uma ficção. Hoje em dia, mito pode ser sinônimo de falsidade ou mentira. 


HISTÓRIAS E SIMBOLISMOS 

A mitologia como se conhece hoje em dia tem origem na Grécia antiga. A cultura grega, politeísta (crença em muitos deuses), possibilitou a criação de um modelo complexo de interpretações sobre a origem do mundo e a relação dos seres humanos com a natureza e esses deuses.

Os mitos cumprem o papel de ensinar através de histórias repletas de simbolismo, que relacionam elementos sobrenaturais com a vida dos seres humanos, dando lições sobre como se deve viver.


CONTRAPOSIÇÃO AO PENSAMENTO CIENTÍFICO

O pensamento mítico, como já referido, é aquele que se contrapõe ao pensamento científico, pois não requer comprovação. Ainda assim, até mesmo nas sociedades contemporâneas, o mito se impõe como ferramenta de poder, enquanto forma determinada de fora para dentro de interpretar a realidade. Ao mesmo tempo, nas sociedades antigas, o pensamento mítico está presente como elemento de organização da sociedade.

MITO E FILOSOFIA

Com o passar do tempo, as narrativas fantásticas dos mitos foram perdendo força, os gregos passaram a necessitar de explicações melhores.

O pensamento mítico foi gradativamente sendo substituído pelo pensamento lógico-filosófico. As explicações dadas pela mitologia não possuíam uma coerência lógica, baseavam-se na crença e não podiam ser questionadas.

A filosofia surge como forma de produzir um conhecimento racional, que deve ser baseado na lógica e ser constantemente questionado com o objetivo de alcançar a verdade.

FINALIZANDO COM NARCISO ACHA FEIO O QUE NÃO É ESPELHO

No mito grego, Narciso é um jovem belíssimo, mas fútil e orgulhoso, a quem todos amam, mas que não ama ninguém. Um dia, Narciso aproxima-se de um lago (a versão de Ovídio aponta que essa foi uma condenação da deusa Nêmesis, pela frivolidade do rapaz) e, ao ver o próprio reflexo, apaixona-se perdidamente por si mesmo, ao ponto de nunca mais conseguir sair de lá. Assim, definha e morre.

​​FONTES E REFERÊNCIAS

​​sublime filosofia.com.br
periodicosufac.com.br
branlyn.com.br
www.fe.unicamp.br
www.mitografias.com.br

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FÁBULA DE ESOPO

20/10/2022

A GALINHA DOS OVOS DE OURO

​​“Certo dia, um pobre fazendeiro descobre um ovo de ouro em um dos ninhos de suas galinhas. Ele não podia acreditar na sorte que teve. Porém, ganancioso e impaciente para ficar logo milionário, decide matar a galinha para obter todos os ovos de uma só vez, sem ter que esperar um dia após o outro. Mas, para sua decepção, ao abrir o corpo da ave, não havia nada além do que é comum em toda galinha. Nada de ovos de ouro.”

TEORIA DA EFICÁCIA

Foi com base nessa fábula que Stephen Covey formulou a teoria da eficácia. Em outras palavras, o equilíbrio entre a produção dos ovos de ouro e a capacidade de produção. E esse equilíbrio só será contínuo e sequencial se houver saúde e bem-estar da galinha. A harmonia produz a eficácia que, no caso da fábula, é a riqueza.

AUTODOMÍNIO

​Os 7 hábitos estão em harmonia com essa lei natural. Não são um conjunto desconexo de fórmulas milagrosas destinadas a estimular as pessoas.
Os 3 primeiros hábitos falam do seu autodomínio. São os que dependem exclusivamente de você, não envolvendo outras pessoas. Eles buscam aprimorar a personalidade para obter a sua independência.


​INTER-RELACIONAMENTO

​​Os 3 hábitos seguintes tratam das relações com os outros. Ou seja, trabalho em equipe, cooperação e comunicação. Estão orientados a conseguir a interdependência.


​​​RENOVAÇÃO CONTINUADA

​O 7º hábito só diz a respeito de você mesmo. Finalmente, esse último hábito trata da sua renovação contínua que o levará a compreender e alcançar o sucesso desejado.

PROATIVIDADE E POSITIVIDADE

O seu maior poder é a liberdade de escolha. Para desenvolver sua proatividade, tente o seguinte:

Tenha um objetivo e atue dia após dia para alcançá-lo.

Preste atenção nas palavras que usa, há sempre uma forma positiva de encaminhar sua vida. Lembre-se: tudo nasce primeiro na mente, para depois se tornar real.

Portanto, você precisa saber aonde quer chegar, o que quer conquistar e em quem quer se transformar. 


FONTE

​endeavor.org.br/desenvolvimento-pessoal 

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INVERDADES FRUTO DO PRECONCEITO RELIGIOSO

19/10/2022

PREÂMBULO

A REM - Reflexões em livre Movimento, traz para reflexão uma entrevista feita ao Professor Dr. Sidnei Barreto Nogueira, babalorixá da CCRIAS – Comunidade da Compreensão e da Restauração Ile Axé Xangô São Paulo. Confira!

NÃO JOGUEM PEDRAS NO CANDOMBLÉ

Inverdades muitas vezes cruéis e impiedosas, são disseminadas sobre o Candomblé, refletem a lógica do opressor, que ainda coloniza mentes invigilantes, objetivando a segregação e a dizimação de algo que o seu preconceito julga impuro e inferior.

É VERDADE QUE NO CANDOMBLÉ NÃO SE ACREDITA EM DEUS?

"Crença e cultura são fenômenos sociais intrínsecos; o fato de a nossa crença voltar-se a divindades 'negras', 'africanas", 'míticas' e da 'natureza' não quer dizer que não acreditamos em Deus".

AFIRMAM: “CANDOMBLÉ É COISA DE GENTE SEM CULTURA”

'A pergunta/resposta é: como alguém sem cultura conseguiria praticar, a um só tempo, uma “Fé”, “Ciência”, “Filosofia”, “Cultura”, “Medicina” e, de quebra, manter a África Ancestral no Brasil, mesmo diante de sua negação e diante do Racismo'?

As pessoas estão no CANDOMBLÉ por AMOR ou pela DOR?

"A dor é das pessoas [sim, somos humanos] e as divindades clamam pela nossa aproximação para que possam nos proteger e cuidar de nós; as divindades foram designadas pelo Criador – “pré-existente” para criar o mundo, cuidar de nós e nos manter vivos e felizes".

NO CANDOMBLÉ TEM ESPAÇO PARA O IMORAL E O ANTIÉTICO?

"A moral é um princípio cristão e tem bases no culto ao medo e à culpa, ela não empodera o outro, apenas o aprisiona e controla. O Candomblé é o lugar de uma ética do empoderamento, ou seja, estamos em família e, ao empoderar o outro, todos se empoderam. A visão de mundo do Candomblé é afrocentrada e, por isso, fala-se em ética do empoderamento. Há valores, há disciplina, há um código de ética e muitas lições ancestrais. Mas deve ser sempre um convite, nunca uma convocação".

O CANDOMBLÉ É APENAS UMA RELIGIÃO?

"Não, não somos apenas “isso”, no sentido ocidental da palavra – creio que nenhuma religião o seja “só isso” conceitualmente; somos um Quilombo Urbano, Quilombo Contemporâneo, somos guardiões dos saberes ancestrais africanos, somos negros, somos seres-humanos unidos para resistir à segregação que se apresenta por meio dessas mentiras, somos homens, mulheres, jovens e crianças, somos um espaço privilegiado que reproduz valores ancestrais da África Negra; somos o lugar do corpo e da palavra, somos o amor e a vida que se volta ao criador por meio da natureza e da humanidade".

FONTE

Trechos relevantes da entrevista realizada pelo site geledes.org.br em 12 de março de 2015, com o Professor Dr. Sidnei Barreto Nogueira

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COMO ERA A ALIMENTAÇÃO NA IDADE MÉDIA?

18/10/2022

SINAL DE STATUS E PODER

Na Idade Média, a comida era um sinal importante de distinção social. Os protagonistas indiscutíveis da dieta medieval eram os cereais. Pães, aveia, polenta e macarrão eram os elementos básicos desse tipo de dieta. Os cereais preparados com legumes, enquanto a carne, por ser mais cara, era prerrogativa dos nobres. Este último consumia principalmente carne de porco e de frango, enquanto a carne bovina era mais rara, pois mais terras eram necessárias para sua criação.

ALIMENTOS CODIFICADOS POR NORMAS SOCIAIS

A culinária medieval, ou seja, durante a Idade Média, época que se estende do século V ao século XVI (de 476 a 1492), nas várias áreas da Europa, sofreu menos mudanças do que as que ocorreram na era moderna, mudanças essas que lançaram as bases da culinária europeia moderna.

Feita essa premissa, é necessário dizer que, na Idade Média, a comida era um sinal importante de distinção social, sem precedentes. Por exemplo, a comida da classe trabalhadora tinha que ser menos refinada.

O REINO DO TRIGO

O trigo foi o personagem principal da culinária medieval, juntamente com o óleo, o queijo e o vinho. Isso se devia tanto à cultura cristã que permeava a Europa, onde a Eucaristia era celebrada através do uso de pão, quanto ao fato de que 3/4 da dieta medieval se baseavam no uso de cereais. O uso do trigo era limitado apenas no norte da Europa, em vista do clima mais severo. A Igreja, com a Quaresma, o jejum e vários feriados, influenciava bastante o estilo alimentar da época.

PADEIRO MEDIEVAL

O forno como um instrumento comum de cozinha somente será encontrado no século XVIII, tanto que na Idade Média encontrava-se apenas nas casas dos mais ricos ou nas padarias. Inicialmente, a cozinha era o cômodo principal da casa, e somente a partir do século XIII se tornaria um ambiente separado do resto, a fim de manter os odores, a confusão e a fumaça longe dos convidados.

PARÂMETRO SOCIAL, ONTEM E HOJE

A comida sempre teve um papel central nas sociedades ao longo da História. Na Idade Média servia como parâmetro social, pois identificava qual camada uma pessoa pertencia pelo alimento que consumia. Era também um elemento político, pois era nos banquetes que selavam aliança e acordos importantes. A mesa refletia diversos componentes importantes da vida medieval: a política, a religião, a saúde, o cerimonial e os sentimentos.

OS SEM COMIDA

Segundo o relatório “O Estado da Insegurança Alimentar e Nutrição no Mundo de 2021”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), estimou que cerca de um décimo da população global estava subalimentada em 2020. O relatório diz que a fome pode ter atingido até 811 milhões de pessoas em todo o planeta. Enquanto a população do mundo conhecido, no início da Idade Média era próxima de 200 milhões de pessoas.

FONTES

www.cnnbrasil.com.br/internacional maisminas.org/coluna/nutricao oriundi.net/idade-media

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MACUNAÍNA - ANTOLOGIA DO FOLCLORE BRASILEIRO

17/10/2022

"HERÓI DE NOSSA GENTE"

Macunaíma é um dos romances modernistas mais importantes da literatura brasileira, escrito pelo poeta brasileiro Mário de Andrade e publicado em 1928. "Macunaíma, “herói de nossa gente”, nasceu no “fundo do mato-virgem”. Ele era “preto retinto e filho do medo da noite”. Assim é apresentado o herói no início do livro.

ALÉM DE PREGUIÇOSO...

Macunaíma nasceu em uma tribo indígena amazônica às margens do mítico Rio Uraricoera. Tinha particularidades que o caracterizavam e o diferenciavam das demais pessoas como, por exemplo, suas muitas travessuras e uma exacerbada preguiça. Uma de suas falas mais emblemáticas é “Ai, que preguiça!”. Outro ponto bastante destacado na obra é a sexualidade precoce do protagonista; desde muito cedo teve relações sexuais, chegando, inclusive a se envolver sexualmente com Sofará, esposa de seu irmão Jiguê.

"BRINCADEIRA" QUE NÃO É DE CRIANÇA

Após o falecimento da mãe, Macunaíma decidiu ir embora para a cidade com seus irmãos Maanape e Jiguê. Eis que, no percurso, conhece a índia Ci (chamada de “Mãe do Mato”), por quem acaba se apaixonando e que vem a se tornar seu único amor. Com a ajuda de Maanape e Jiguê, Macunaíma consegue dominar Ci e, assim, “brinca” com a índia. (o verbo “brincar” é utilizado na obra com o sentido de “ter relações sexuais”).

PÉ DE GUARANÁ E AMULETO

Do envolvimento sexual nasce um filho que posteriormente vem a óbito. No dia seguinte ao falecimento, no local onde antes estava o corpo do bebê, havia nascido uma planta: um pé de guaraná.

Desgostosa com o falecimento do filho, a índia Ci acaba por subir aos céus e virar uma estrela. Antes de partir, no entanto, deixa a Macunaíma um amuleto: a pedra muiraquitã.

PERDA DO AMULETO

Na continuidade da trama, Macunaíma trava uma batalha com a cobra gigante Capei e, como consequência disso, acaba por perder o tão estimado amuleto.

AS TRÊS ETNIAS DO BRASIL

Macunaíma parte para a cidade de São Paulo, com o objetivo de reaver o seu amuleto. Assim, juntamente com seus irmãos, segue em uma expedição rumo à recuperação do muiraquitã.

Durante o percurso, os irmãos atravessam um lago mágico. Quando banhou seu corpo nas águas do lago, Macunaíma, que assim como seus irmãos tinha a pele negra, notou que tinha ficado branco e loiro. Em seguida, foi a vez de Maanape. Ao passar pelas águas já turvas em consequência à passagem de Macunaíma, ele percebeu que seu corpo havia ficado com um tom avermelhado.

O DESFECHO FINAL

Macunaíma conseguiu recuperar o amuleto. No fim da vida, ele foi contaminado com a malária e passou boa parte do seu tempo deitado em uma rede e na companhia de um papagaio que ouvia suas histórias. Por fim, deixou de ter vontade de viver, subiu aos céus e se transformou na constelação Ursa Maior.

REFERÊNCIAS

História Concisa Da Literatura Brasileira, Alfredo Bosi.
Tipos e Mitos do Pensamento Brasileiro, Octávio Ianni.
Macunaíma, Mário de Andrade

POLÍTICA E FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO

16/10/2022

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CRUZAMENTO INDIGESTO

Dois assuntos indiscutivelmente polêmicos, política e religião que geram opiniões divergentes e explosivas quando se cruzam. Fomentar o debate saudável de pontos de vista distintos é essencial, mas será que deve se misturar algo público com um assunto de esfera individual e interesses diametralmente distintos e tão caro às pessoas?

PLURALISMO

O pluralismo da sociedade é espelhado também nas posições políticas e ideológicas diferentes presentes dentro das próprias religiões. Relacionar diretamente conservadorismo com grupos de viés religioso pode ser equivocado. “É no confronto e no debate respeitoso entre as diferenças que se abre espaço a mudanças. Por isso, a presença de grupos religiosos abertos aos avanços na afirmação de minorias e em interação com as mais diversas frentes sociais deve ser valorizada e visada, em especial pelas mídias”, diz a professora Magali, jornalista e doutora em Ciências da Comunicação, da Universidade Metodista de São Paulo

NUVENS CARREGADAS NO HORIZONTE

A pesquisadora Tayná Louise De Maria, doutoranda em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acredita que a intolerância religiosa vai ficar mais forte depois das eleições deste ano.

Para ela, discursos e posturas da campanha do presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro, incentivam a perseguição aos seguidores de religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a umbanda.

FUNDAMENTALISMO CRISTÃO

Até a Segunda Guerra Mundial, o fundamentalismo cristão nos Estados Unidos atacava principalmente a ciência e o ensino da teoria de Darwin nas escolas, porque enxergava esses elementos como uma ameaça ao cristianismo. A partir da década de 1960, com a influência da Guerra Fria, ele muda sua pauta para um combate ao comunismo, que vira o principal inimigo.

FINALIZANDO COM UM PARALELISMO

Citando uma série da Netflix chamada The Family, que conta como fundamentalistas religiosos chegaram ao poder nos Estados Unidos. Esses fundamentalistas acreditam que um político 'escolhido por Deus' é humano e pode errar. Então, sempre há posturas que são deixadas debaixo do tapete porque os benefícios são considerados maiores do que os erros.
Há também a construção de narrativas fantasiosas para desvirtuar a história também aqui no Brasil...

REFERÊNCIAS

Matéria de Tayná Louise para o www.bbbc.com

Artigo de Zwetsch intitulado "Teologia e política: uso e abuso do nome de Deus"

Documento do Conselho Indigienista Missionário quando do evento paralelo do Conselho de Direitos humanos da ONU

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A CEPA DA VIDEIRA - E A DOUTRINA ESPÍRITA

15/10/2022

SÍMBOLO DO ESPIRITISMO

O ramo da videira, parreira ou cepa, pode representar a Doutrina Espírita.
Isso porque esse símbolo foi reproduzido por Allan Kardec, o codificador da doutrina, conforme orientação recebida por ele dos espíritos que o tinham desenhado.
Assim, de acordo com a obra, cada parte da parreira representa algo:
Ramo - representa o corpo
Seiva - representa o espírito
Bago da uva - representa a alma

HISTÓRICO 

A história da civilização nos mostra uma plêiade de grandes homens, vítimas da perseguição implacável de seus semelhantes.

Lembremo-nos de Jesus Cristo, condenado à morte (na cruz), porque se dizia o Messias, filho de Deus.

Acrescentemos: Empédocles, Aristóteles, James Joyce (recusado nos Estados Unidos), Giordano Bruno, Galileu, Rousseau e Voltaire. Sócrates (470/399 a.C.), filósofo grego da antiguidade, obrigado a beber cicuta por ser acusado de corromper os jovens e desobedecer aos deuses do Estado.

Refratários ao Novo Conhecimento

Disto resulta que a grande, a principal oposição que o ser humano faz é a respeito do conhecimento, pois todas as sociedades em todos os tempos perseguiram os indivíduos que trouxeram um pouco mais de conhecimento. E não foi diferente com a Doutrina Espírita.

FUNDAMENTOS DA DOUTRINA

Vejamos os princípios fundamentais em cinco: 1. Existência de Deus; 2. Imortalidade da alma; 3. Pluralidade das existências; 4. Pluralidade dos mundos habitados; 5. Comunicabilidade dos espíritos.

A existência de Deus é a base do Espiritismo, sua pedra angular, sendo Deus a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Deus é eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom, criou o Universo, que abrange todos os seres animados e inanimados, materiais e imateriais.

A TRÍADE

O CORPO ou ser material; a ALMA ou ser imaterial (espírito encarnado no corpo) e o PERISPÍRITO ou envoltório semimaterial, o laço que prende o corpo ao espírito (elemento intermediário), não sendo os Espíritos iguais nem em poder, nem em inteligência e nem em saber ou moralidade, havendo várias graduações de evolução entre os Espíritos.

DESVELANDO LEIS NATURAIS

Embora o Espiritismo tenha se iniciado com as mesas girantes, não ficou restrito. A partir dessas manifestações, leis naturais que regem as relações do mundo físico com o espiritual foram deduzidas na descoberta de uma nova dimensão da vida, despertando o homem para a realidade espiritual.

FINALIZANDO

Allan Kardec procurava edificar a doutrina dentro de uma lógica científica, onde os argumentos, a observação criteriosa e o tempo de maturação tinham mais importância do que opiniões dos incrédulos, que agem mais por precipitação do que por conhecimento de causa.

REFERÊNCIAS

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.

dicionariodesimbolos.com.br

revistaespíritaasseama.org.br

KARDEC, Allan. O Que É O Espiritismo

                                                                                                                                                                                                                                                                                                   

O POVO BRASILEIRO E O PROCESSO CIVILIZATÓRIO

14/10/2022

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O BARROCO E O GÓTICO

Dois estilos de colonização se inauguram no norte e no sul do Novo Mundo. Lá, o gótico altivo de frias gentes nórdicas, transladado em famílias inteiras, que vinham sendo excluídas pela nova agricultura. Cá, o barroco das gentes ibéricas, mestiçadas, que se mesclavam com os índios, não lhes reconhecendo direitos.

AS GIGANTESCAS DISTORÇÕES

No plano histórico-cultural, os nórdicos realizam algumas das potencialidades da civilização ocidental. A evolução de uma e outra dessas formações dá lugar, nas mesmas linhas, de um lado (norte), ao amadurecimento de uma sociedade democrática, fundada nos direitos de seus cidadãos. Do lado oposto (sul), uma feitoria latifundiária, hostil a seu povo condenado ao arbítrio, à ignorância e à pobreza.

ATUALIZAÇÃO HISTÓRICA

Estamos diante do resultado de um processo civilizatório. No caso, esse passo se dá por incorporação ou atualização histórica – que supõe a perda da autonomia étnica dos núcleos engajados, sua dominação e transfiguração -, estabelecendo as bases sobre as quais se edificaria daí em diante a sociedade brasileira.

PLANO ADAPTATIVO

Plano esse relativo à tecnologia com que se produzem as condições materiais de existência. Tendo como base: a incorporação da tecnologia europeia aplicada à produção, ao transporte, à construção e à guerra, com uso de instrumentos de metal e de múltiplos dispositivos mecânicos; a navegação transoceânica que integrava os novos mundos em uma economia mundial; o engenho de cana, baseado na aplicação de complexos procedimentos para a produção de açúcar; e a mineração de ouro e diamante. 

 PLANO ASSOCIATIVO 

No que concerne aos modos de organização da vida social e econômica graças à:

Substituição da solidariedade elementar fundada no parentesco, característica do mundo tribal; introdução da escravatura indígena, logo substituída pelo tráfico de escravos africanos; estrutura sócio-política única, que teria uma classe dominante cujas funções eram tornar viável e lucrativa a empresa colonial e defendê-la da insurgência dos escravos, dos ataques indígenas e das invasões externas.

NO PLANO IDEOLÓGICO

E finalmente, relativo às formas de comunicação, ao saber, às crenças, à criação artística e à autoimagem étnica -, a cultura se plasma sobre os seguintes elementos: à língua portuguesa; um minúsculo estrato social de letrados que orienta as atividades mais complexas e opera como centro difusor de conhecimentos, crenças e valores; e a uma Igreja oficial, associada a um Estado salvacionista.

REFERÊNCIA

O resumo da obra de Darcy Ribeiro. "O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil" por Rolf Amaro.

AFINAL, O QUE É A MAÇONARIA?

13/10/2022

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MITOS E VERDADES

Ordem secular virou assunto nas redes sociais. A maçonaria deixou de ser secreta há muito tempo. Hoje existem livros, séries e até vídeos no YouTube que detalham muitos aspectos dessa ordem secular. Foi criada na Inglaterra, em 1717, a ordem ainda desperta a curiosidade e a imaginação de muita gente.

SIMBOLOGIA

Um dos símbolos mais conhecidos da maçonaria é o compasso e o esquadro. Juntos, eles formam um triângulo com a letra G ao meio que se refere ao Grande Arquiteto do Universo, reconhecido como Deus.

RELIGIÃO?

Considerada uma ordem, a maçonaria reúne religiosos de diferentes credos. No ambiente maçônico existem pessoas que professam as mais diversas religiões do mundo. Há muçulmanos e judeus, por exemplo. Mas em todo início de trabalho e reunião, a bíblia, considerada livro sagrado, precisa estar presente. Por desconhecer os ritos, muitos confundem a maçonaria com uma religião.

CLUBE DO BOLINHA?

A maçonaria tradicional não abre espaço para as mulheres. Apesar de existirem grupos "para-maçônicos" que aceitam mulheres, ainda hoje é mantida a essência da ordem.

"Na época medieval não era aceito que homem e mulher convivessem juntos se não fossem casados. A maçonaria foi fundada por homens e mantemos essa tradição".

FINALIZA GUILHERME ALEXANDRE

(...) "Apesar do breve conhecimento adquirido sobre essa organização, sem dúvida ainda ficam muitas questões em aberto, o que nos permite de forma segura afirmar que sim, a Maçonaria é misteriosamente encantadora, não há motivos para medo, e sim para mergulhar em mundo de descobertas que nos permitirá quebrar ainda mais tabus. Assim, acreditamos que esta pode não ser uma religião, mas apresenta valores que demostram a garantia de uma sociedade igualitária".

REFERÊNCIAS

revista galileu.globo.com

CORDEIRO, Tiago. Decifrando a Maçonaria. 2016. In: Revista Super Interessante.
HALL, JAMES MARTIN. A organização da Maçonaria Inglesa. 2010. 
ISMAIL, Kennyo Marmud Soares Oliveira. Desmistificando a Maçonaria. Ed. 
Universo dos Livros, São Paulo, 2012.                                                                                                                  SPOLADORE, Hercule. Maçonaria Contemporânea

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TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

12/10/2022

UMA MUDANÇA QUE ENVOLVE TODA A VIA LÁCTEA

A transição planetária envolve uma mudança energética sem precedentes. Isso quer dizer que toda a galáxia e seus multiuniversos estão experienciando esta alteração no campo vibracional. Assim, estamos chegando ao final da quarta dimensão, cuja vibração é mais densa por sua proximidade com o material, e entrando na quinta dimensão.

NOVA ERA 

Enquanto a terra vibrava nas dimensões 3D e 4D, a humanidade estava condicionada a um mundo de expiações e provas. A entrada na 5D proporciona aos ascencionados vibrarem energeticamente um campo mais elevado, adentrando a Nova Era, ou seja, uma era de regeneração.

VIBRAÇÃO EM NÍVEL MAIS ALTO

Desde 2012, a terra e seu sistema solar estão adentrando a 5D, alcançando um alargamento exponencial da consciência humana. Durante este período e até 2019, as mudanças na vibração energética planetária mudou, acelerando o tempo.

Conforme Chico Xavier, em 2019 todos os sistemas solares atingiram o ápice desta transformação. Foi um ano marcado por mudanças drásticas e catástrofes. Isto demonstra que estamos dando um salto quântico em função da carga energética liberada no espaço. Ou seja, os elétrons formadores da matéria passam a vibrar em um nível mais elevado.

O TRÂNSITO ENTRE DIMENSÕES

As dimensões são espectros energéticos que têm uma faixa muito larga de vibração. Conforme os espiritualistas, existem sete corpos astrais e, consequentemente, sete dimensões onde estes corpos vibram. A mudança de uma dimensão para outra depende, principalmente, do estado de expansão da consciência.

Para se ter uma ideia, a quinta dimensão é onde estão os seres ascencionados e é onde estamos entrando agora. Ainda segundo os espiritualistas, a transição planetária é coletiva, mas a mudança na faixa vibratória é individual. Somente a partir da sexta dimensão é que será possível expandir a consciência coletiva.

O SOL PLANETÁRIO E O SOL GALÁCTICO

Estamos atravessando um período de grandes transformações e mudanças que tem sido considerado como o encerramento de um ciclo e o início de uma nova era. Neste contexto, o sol planetário, que nos ilumina, é, na verdade, um portal estelar que liga a Terra ao centro da Galáxia, onde está o Sol Central Galáctico.

Considerado o coração de toda a Via-Láctea, o Sol Central Galático emana energia vital para todos os integrantes deste sistema.

A QUINTA DIMENSÃO - O MUNDO DE REGENERAÇÃO

Após sair da terceira e passar pela quarta dimensão, a Terra começa agora a experienciar um ciclo de 1000 anos de regeneração. Isso está sendo possível porque ao entrar no Cinturão de Fótons, a Terra está se libertando das grades energéticas que a prendiam e evitavam a entrada das Forças Galácticas.

Assim, a quinta dimensão é considerada de altíssima vibração energética, onde não há mais nenhum recanto sombrio. Aqui não existe o mal, a doença e a dor. A quinta dimensão é, na verdade, uma frequência energética de regeneração e não necessariamente depende de um corpo físico para a sua evolução.

SEM MEDO DA TRANSIÇÃO

Ao contrário do que muitos pensam, a transição planetária não significa a “morte” da Terra, mas sim uma evolução. Este salto quântico é necessário para que o planeta entre na 5D. Poderíamos comparar a transição planetária com a passagem de uma criança para adolescência. Ou seja, sair da condição de um planeta propício para espíritos em estágio probatório e adentrar uma nova era, onde a nossa consciência não estará mais sob o véu do esquecimento, mas será sim, plena. Portanto, a transição planetária não precisa ser temida.

FONTE  

Texto extraído do artigo de autoria de Louise Costa Lage, publicado em novembro de 2021, com o título: "O que é transição planetária? Dimensões, salto quântico e mais!"   

TEORIA DE MAQUIAVEL

11/10/2022

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TIRANIA NUNCA MAIS?

Na sua teoria, Maquiavel defendia que os valores que eram impostos pela fé e pela moral social não deveriam restringir a ação do governante. Dessa forma, o rei teria como papel equilibrar Virtude e Fortuna, mas sem se tornar tirano e sendo justo, inclusive com seus traidores.

CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO POLÍTICO

Seu pensamento político entende a política como um fim em si mesma. A avaliação das ações de um governante toma por base os fatos que se apresentam e não valorações de qualquer âmbito. É direto quanto ao objetivo de seu príncipe: conquistar e manter o poder.

Para Maquiavel a real tarefa da política é levar os homens a viver na mesma comunidade de forma organizada e se possível em liberdade. O príncipe político busca estabilidade do cargo, busca manter-se no poder. O que denota o viés absolutista do autor que era defensor de ações duras e austeras por parte de um governante.

A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR MAQUIAVEL

Para o filósofo Luiz Felipe Pondé, “Maquiavel continua causando horror porque continua atual”. Para ele, a política é ainda mais idealizada e mentirosa do que na época Renascentista e, por isso, ainda é necessário trazer Maquiavel para os debates democráticos e contemporâneos. Justamente, porque estudar esse autor ajuda a sociedade a compreender e discernir melhor entre a prática e a teoria política. 

O PASSADO QUE PODE EDUCAR

A relevância da obra O Príncipe deve ser interpretada como a experiência de fatos passados que podem ajudar a educar e ampliar nosso olhar da realidade mesmo depois de 400 anos. Evitando assim, que novos "príncipes" virem sapos ou vice-versa...

FONTES

culturagenial.com  

todamateria.com.br/maquiavel   

todoestudo.com.br/filosofia

brasilparalelo.com.br

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PSICOLOGIA DAS MASSAS E ANÁLISE DO EU

10/10/2022

Essencialmente, a psicologia social trata de compreender como o comportamento individual de cada pessoa é influenciado pelo ambiente social em que esse comportamento ocorre. Você, provavelmente, já percebeu que outras pessoas podem ter uma grande influência em seu comportamento e nas escolhas que você faz.

O LIVRO E AS PREOCUPAÇÕES

Ao escrever esse livro, Freud estava preocupado com o fanatismo, ele estava refletindo sobre o que havia feito as massas se moverem nas guerras. Ele também estava assistindo o movimento comunista e tinham 2 anos e meio que o nazismo havia nascido. Ele está preocupado com os movimentos de massa de longa duração.

PODER INVENCÍVEL?

Nas guerras, um exército que é muito menor acredita que pode vencer um muito maior.

As pessoas dentro das massas se sentem extremamente poderosas, as pessoas perdem o medo. A massa é mais irresponsável, age em um módulo mais solto. As massas são movidas pelos oradores. O que a massa exige de seus líderes é força. Alguém já ouviu por aí: "O povo armado jamais será escravizado"?

COMPORTAMENTO DA MASSA

É possível identificar como a massa se comporta: através do comportamento individual que se pode tornar coletivo, dependendo da situação em que se encontram.

A massa é regida por indivíduos que automaticamente, ao se agruparem, formam um comportamento prático igual ou semelhante entre os indivíduos que habitam um mesmo meio social.

A ANÁLISE DO EU

Idealizado por FREUD, o tema é o estudo da estrutura mental, em uma teoria dos lugares, o que se torna importantíssimo para refletir sobre a massa e análise do EU.

É a diferenciação de partes do aparelho psíquico em sistemas dotados de características e funções diferentes e dispostos em uma determinada ordem. Na teoria psicanalítica, o tópico revela as relações entre as três instâncias de Id, do Ego e do Superego, bem como todos os fenômenos que aí ocorrem.

UMA METÁFORA

Que possibilita individualizar os lugares psíquicos. Data da ciência dos sonhos, entre 1900 e 1915. Existem então três sistemas (o Inconsciente, o Pré-Consciente e o Consciente) cada um tendo sua função, seu tipo de processo, sua energia de investimento e seus contornos representativos.

FINALIZANDO

Por fim, Freud destaca a principal contribuição da psicanálise para a compreensão do fenômeno de massa: 1) a diferença entre o Eu e o Ideal de Si Mesmo; 2) Tipo de conexão dupla para isso: Definir e colocar um objeto em vez de minhas ideias aperfeiçoa o texto que busca desenvolver uma hipótese de separação entre o ego ideal e o ego ideal, que receberá a partir da entrada do sujeito na sociedade, e suas consequências no desenvolvimento psicológico pessoal.

FONTES

passeidireto.com                livrozilla.com

cadenodatata.com.br

wikipedia.org


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A ILUSÃO DO PSEUDOACONTECIMENTO

09/10/2022

DANIEL BOORSTIN

Ele foi um precursor da crítica da sociedade midiática, inventando a definição de "pseudoevento" e "celebridade". Foi também um historiador, autor premiado, diretor da maior biblioteca do mundo e figura polêmica na política americana.

THE IMAGE

Dentro da disciplina de teoria social, o livro de Boorstin de 1961, The Image: A Guide to Pseudo-events in America, é uma descrição inicial de aspectos da vida americana que mais tarde foram denominados hiper-realidade e pós-modernidade. Em The Image, Boorstin descreve mudanças na cultura americana - principalmente devido à publicidade - onde a reprodução ou simulação de um evento se torna mais importante ou "real" do que o próprio evento.

DEBATES (PURA ENCENAÇÃO)

Boorstin assistiu aos debates entre John Kennedy e Richard Nixon nas presidenciais de 1960. Esses debates tiveram um resultado curioso: quem os ouviu na rádio achou que Nixon tinha ganho; mas quem os viu na televisão (a maioria) achou que Kennedy tinha levado a melhor. Para Boorstin, isso era prova de que a forma tem primazia sobre a substância num mundo dominado por imagens. Os debates televisivos eram para ele "pseudoeventos": acontecimentos encenados que não têm valor intrínseco e serviam apenas para criar notícias.

PRAGMATISMO

Os europeus pensam; os americanos agem. Explicava assim a quase ausência de combate ideológico na vida política americana, por oposição aos enormes debates doutrinários na Europa. O pragmatismo era para ele a principal característica da alma americana, longe de uma matriz europeia mais filosófica; a sua análise continua válida nos dias de hoje.

FINALIZANDO

"É um lugar comum de nosso tempo afirmar que esta nação precisa de cidadãos bem-informados. (…) Eu, pelo contrário, proponho que precisamos - em qualquer país verdadeiramente livre - de cidadãos que tenham conhecimento". — Daniel Boorstin

FONTE

www.publico.pt/2004/03/05

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OS VALORES DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA

08/10/2022

UM GIGANTESCO LABORATÓRIO

O poder cada vez maior do dinheiro, do capital e dos recursos monetários estão gerando grandes transformações no indivíduo, mudando hábitos, costumes e comportamentos, causando constrangimentos, medos e desesperanças, mas ao mesmo tempo, criando um grande laboratório para que se compreenda os seres humanos, seus valores e sua natureza.

A DINÂMICA COMPLEXA DAS EXISTÊNCIAS

A Doutrina Espírita nos mostra, claramente, que somos frutos de uma constante evolução, estamos sempre progredindo, uns acumulam mais conhecimento, outros se elevam moralmente, outros evoluem em seus desprendimentos, mas estamos evoluindo, esta é a lei criada por Deus. A evolução é estimulada pelas leis naturais, em alguns momentos acreditamos que tudo está perdido, que estamos regredindo e andando para trás, tudo não passa de uma visão limitada e enganosa.

AO SABOR DOS VENTOS

A maioria dos indivíduos vive por viver, acorda sem refletir, se alimenta por se alimentar, trabalha por trabalhar e não se questiona o significado de todas estas atividades cotidianas, estes indivíduos tendem, ao desencarnar, não compreenderem sua situação no mundo imaterial, vivendo na ignorância, no desconhecimento e na escuridão, são indivíduos que sempre viveram atrelados a matéria, aos valores do dinheiro e não se preocuparam com a grandeza da existência humana.

DUBIEDADE

Na contemporaneidade vivemos um discurso preocupante sobre valores morais e éticos, nos colocamos sempre do lado do bem e degradamos todos aqueles que agem de uma forma equivocada, muitas vezes os agredimos para mostrar nossa superioridade moral, alardeando os valores cristãos, mas no íntimo agimos sempre de acordo com nossos interesses e deixamos de lado os valores mais sólidos e consistentes, lembremos sempre dos ensinamentos de Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundície. Assim também vos exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade”.

FINALIZANDO

A melhor forma de progredirmos espiritualmente neste mundo marcado pelo atraso moral e pelos valores do dinheiro, é nos vigiarmos e mantermos sempre a disciplina, o comportamento reto e a vigilância de nossos pensamentos. Controlar os nossos sentimentos não é algo fácil e imediato, para que consigamos devemos entender que tudo deve ser visto como um grande processo, devemos exercitar estes sentimentos e pensamentos, devemos fazer caridade, devemos cultivar o hábito da oração, devemos compreender que a natureza não dá saltos, tudo acontece ao seu tempo, mas devemos nos dedicar, estudar, refletir e compreender que evoluímos paulatinamente nas várias oportunidades que a espiritualidade nos concede, entendamos tudo isso e, com certeza, viveremos melhor e seremos luzes para o progresso de todos que nos ladeiam, o progresso individual leva a comunidade a um progresso coletivo e o indivíduo a progredir para mundo melhores, onde a violência se reduz, a solidariedade aumenta e a proximidade com o progresso se faz mais evidente em cada ser humano.

Por Ary Ramos da Silva Júnior. Mestre e Doutor em Sociologia

O QUE É CRISTIANISMO

07/10/2022

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MONOTEÍSTA

O cristianismo é uma religião monoteísta que há cerca de dois mil anos se derivou do judaísmo na região do Oriente Médio. Sua figura central é a de Jesus. Alicerçado nos seguintes pontos: a fé em que Deus se revelou em Jesus de Nazaré e que, por meio deste, a humanidade é presenteada com a possibilidade de viver em plena comunhão consigo mesma, com o mundo e com Deus.

CRISTÃOS PRIMITIVOS

Os primeiros cristãos eram provenientes do judaísmo e as comunidades cristãs primitivas eram formadas pelos judeus e pelos gentios convertidos ao judaísmo, que confessaram a fé em Jesus Cristo como Messias, “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Cornélio, o Centurião, é considerado o primeiro gentio convertido.

IMPÉRIO ROMANO

Os primeiros cristãos foram inicialmente perseguidos pelas autoridades romanas, pois se negaram a oferecer sacrifícios e homenagear os imperadores. Os principais líderes cristãos foram Pedro e Paulo, assim como um pequeno grupo formado por Estevão, Barnabé, Priscila, Jaime e Tito.

DEBATE TEOLÓGICO

Após a morte de Jesus não havia uma liderança definida entre seus seguidores. Paralelamente, a crucificação de Jesus supôs um aviso para todos aqueles que quisessem conhecer sua doutrina. Por outro lado, a figura de Jesus como o verdadeiro Messias gerava todo tipo de controvérsia e debate teológico entre judeus e cristãos.

REINO DE DEUS

Havia diversas correntes na nova religião: o judaico-cristianismo, o cristianismo paulino e o cristianismo sinóptico. Apesar de tudo isso, os cristãos se organizaram porque acreditavam que seu líder era o autêntico Messias e que traria o reino de Deus para este mundo.

PRINCIPAIS CRENÇAS DO CRISTIANISMO

Trindade

Sem dúvida, a doutrina nuclear do cristianismo, que o distingue até mesmo das demais religiões monoteístas – sendo, portanto, determinante ao investigarmos o que é cristianismo –, é a afirmação de que a essência de Deus é trina.

Para o cristianismo, Deus não é uma substância autocentrada, mas, antes, uma Família, uma eterna comunhão interpessoal. Assim, ao mesmo tempo que é um ente uno (pois de outro modo se trataria de politeísmo), Deus subsiste em três diferentes Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

FONTES

erealizacoes.com.br/blog

significados.com.br/cristao

historiadomundo.com.br

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SERÁ QUE OS FINS JUSTIFICAM TODOS OS MEIOS?

06/10/2022

VALE TUDO?

“Os fins justificam os meios”, essa é uma citação bastante conhecida que é utilizada por algumas pessoas para justificar suas atitudes, colocando o objetivo acima de qualquer coisa. Trata-se de uma ideia um tanto quanto perigosa, pois pode abrir espaço para atitudes antiéticas e uma postura de quem acredita que vale tudo para alcançar o que se deseja.

A FRASE NÃO É DE MAQUIAVEL

É uma frase proferida pelo poeta romano Ovídio na sua obra "As Heroides". Esta frase é habitualmente atribuída de forma equivocada a Nicolau Maquiavel. Significa que os governantes devem estar acima da ética dominante para manter ou aumentar seu poder. Popularmente, a frase é também usada como justificativa do emprego de expedientes desonestos ou violentos para a obtenção de determinado fim, supostamente legítimo.

CONTRAPONTO À DOUTRINA CRISTÃ

A afirmação seria também oposta à doutrina cristã, que diz exatamente o contrário: "Não se pode justificar uma ação má com boa intenção. O fim não justifica os meios." Do ponto de vista bíblico, é claro, o que está faltando nessa discussão é o caráter de Deus, a lei de Deus e a providência de Deus. Porque sabemos que Deus é bom, santo, justo, misericordioso e reto, quem tem o Seu nome deve refletir o Seu caráter (1 Pedro 1:15-16). Assassinar, mentir, roubar e todos os tipos de comportamentos pecaminosos são a expressão da natureza pecaminosa do homem, não a natureza de Deus. Para o cristão cuja natureza tem sido transformada por Cristo (2 Coríntios 5:17), não deve haver a justificação do comportamento imoral, não importa a sua motivação ou resultado. Deste Deus santo e perfeito, temos uma lei que reflete os Seus atributos (Salmo 19:7; Romanos 7:12).

FINALIZANDO SEM QUEBRAR A LEI

Então, claramente, do ponto de vista de Deus, não há fins que justificam os meios de quebrar a Sua lei. Vale à pena salientar, no entanto, que muitas pessoas cometem o erro de dizer que o mandamento da Bíblia, “Não matarás”, aplica-se à guerra. No entanto, a Bíblia na verdade diz que não devemos assassinar. A palavra hebraica significa literalmente “o assassinato intencional, malicioso e premeditado de outra pessoa”.

FONTES

super.abril.com.br/cultura  

obra "O Príncipe" de Maquiavel

DE ONDE VIERAM?

05/10/2022

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PERO VAZ DE CAMINHA

“E dali avistamos homens que andavam pela praia, uns sete ou oito [...]. Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas.” Escrito por Pero Vaz de Caminha, em sua famosa carta em que comunica ao rei de Portugal, dom Manuel I, a “descoberta” do Brasil, este é o primeiro relato do encontro entre os portugueses e os povos que aqui viviam. 

DE ONDE SE VEM

Os pesquisadores acham que os índios são descendentes de asiáticos, que vieram através do Estreito de Bering, sendo esta a migração mais importante para o povoamento da América. Estima-se que os primeiros habitantes chegaram ao continente americano há 40 mil anos passados, na última idade glacial.

PONTE DE GELO

Há cerca de 20 mil anos, as Américas eram a última fronteira para a ocupação do planeta pelos humanos modernos (Homo sapiens). Então, uma ponte de gelo e terra uniu o Nordeste da Ásia ao Alasca, na região do atual Estreito de Bering, criando um caminho que permitiu aos primeiros colonizadores chegarem ao nosso continente. 

NOVAS PESQUISAS

Duas novas pesquisas divulgadas pelas prestigiadas revistas científicas “Nature” e “Science” vêm complicar ainda mais este cenário do povoamento das Américas. Embora o estudo na “Science” corrobore em grande parte o chamado “modelo paleoamericano”, ele fornece uma cronologia mais precisa e indica uma importância maior da corrente migratória inicial dos siberianos na formação dos povos indígenas das Américas. Já o estudo na “Nature”, que contou com a participação de cientistas brasileiros, porém, identificou pela primeira vez uma contribuição genética significativa de uma população “fantasma”, desconhecida, mas relacionada aos atuais aborígenes australianos e nativos da Nova Guiné e das Ilhas de Andamã.

LUZIA

Entre 11 mil e 8 mil anos atrás, as grutas de pedra calcária que se espalham pela região do atual município de Lagoa Santa, a cerca de 50 quilômetros de Belo Horizonte, eram frequentadas por uma gente muito especial. A mais famosa representante desse grupo é a mulher apelidada de Luzia, cujo esqueleto foi descoberto na década de 1970 e que é considerada o mais antigo habitante do continente americano.

E FINALMENTE

O mais provável, é que os paleoíndios de Lagoa Santa sejam descendentes de populações que compartilhavam ancestrais comuns com os aborígenes da Austrália, mas que acabaram migrando rumo ao norte da Ásia e chegando ao continente americano pelo estreito de Bering.

FONTES

coletivoleitor.com.br

super.abril.com.br/mundo-estranho

portal.sescsp.org.br/online/artigo/6324                                                                                                                                                                                                                                                               

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SONHANDO UM SONHO SONHADO

04/10/2022

MAIS UM BELO POEMA DE DRUMMOND

"Sonho de um Sonho" é um poema de Drummond, contido no livro 'Claro Enigma', de 1951, talvez o livro mais sério do grande poeta. E eis que, inspirado pela beleza da composição, Martinho da Vila em parceria com Rodolfo de Souza, cria, em 1980, o magistral samba-enredo para a escola Vila Isabel. Foi como tivessem lapidado um diamante.

O SONHO "REALIZÁVEL" DO POETA

O sonho (realizável) do poeta: Um dia vai haver um mundo sem classe ou imposto... Sem mar nem derivativo! Carlos Drummond de Andrade

POR MARTINHO DA VILA

"Sonhei

Que estava sonhando um sonho sonhado

O sonho de um sonho

Magnetizado

As mentes abertas

Sem bicos calados

Juventude alerta..."

Que as mentes abertas e libertas se materializem no pós-sonho. Magnetizem o presente e o futuro com poderosos influxos transformadores e alvissareiros. E que não tenhamos os bicos calados diante da extrema e perversa desigualdade, do racismo estrutural e da hedionda e nefasta concentração de poder.

SONHO UTÓPICO OU SIMPLES DEVANEIO?

(...) "Sonhei

Que eu era o rei que reinava como um ser comum

Era um por milhares, milhares por um

Como livres raios riscando os espaços

Transando o universo

Limpando os mormaços

Ai de mim

Ai de mim que mal sonhava (...)

MAS SONHEI...

(...) "Na limpidez do espelho só vi coisas limpas
Como uma lua redonda brilhando nas grimpas
Um sorriso sem fúria, entre réu e juiz
A clemência e a ternura por amor da clausura
A prisão sem tortura, inocência feliz
Ai meu Deus
Falso sonho que eu sonhava
Ai de mim
Eu sonhei que não sonhava
Mas sonhei".

FINALIZANDO, MAS AINDA SONHANDO

O contexto do samba, claramente, é a ditadura militar. o sonho era o fim dos bicos calados, da censura, "mas sonhei", reafirma o último verso, seria ele, o sonho, uma possibilidade? Naquele momento, 1980, ainda se sonhava em sair do regime de exceção em que vivia o país.

FONTE

literaturapretensiosa.com

MUSICANDO

https://youtu.be/UWhH9OQWgRo


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PLANETA TERRA UMA MORADA PROVISÓRIA?

03/10/2022

“Estamos experienciando a febre do planeta.” É o que afirma Ailton Krenak e que, aparentemente, uma parcela significativa da humanidade não está percebendo – ou, então, está negando. 


UMA ESPÉCIE EM EXTINÇÃO  

O escritor e líder indígena acredita que a Terra é um organismo vivo e que, se a humanidade continuar no ritmo predatório que vive, entrará na lista de espécies em extinção.    


DIVÓRCIO E USURPAÇÃO

O aumento da temperatura do planeta vem como uma reação; mostra que o organismo Terra está reagindo às ações predatórias e destrutivas dos seres humanos, mas estamos tão centrados em nós mesmos que somos incapazes de ouvir esse descompasso. “Nos descolamos do corpo da Terra”, diz Krenak. Fizemos um divórcio, acreditando que poderíamos viver por nós mesmos. Com uma condição: extrair, dominar, explorar tudo o que vem de Gaia. Nos divorciamos desse organismo que nos abriga, mas estamos a todo instante a usurpá-lo. 

DESCONEXÃO COM O ECOSSISTEMA

Em 2019, Krenak escreveu o livro Ideias para Adiar o Fim do Mundo, um dos mais lidos no país no ano passado. Nas 88 páginas, propõe uma nova forma de consumo e de existência, guiada por uma visão cósmica do mundo. Mais próxima da natureza, menos sedenta por dinheiro, poder e domínio. Já em 2020, lançou A Vida Não É Útil, um compilado de entrevistas e lives dadas por Krenak e transformadas em texto já no período da pandemia. No livro, destaca a ideia da profunda desconexão do ser humano com o organismo Terra, provocando reflexões sobre a centralidade da espécie humana e a forma como estamos nos relacionando com o planeta.

O PAPALAGUI - A HUMANIDADE EM CAIXINHAS

É a história desses humanos que esqueceram que podem andar na terra, mexer na terra, viver na terra e que, então, decidiram viver em caixinhas. A caixinha é a moradia, o meio de transporte. Você se transporta em uma caixinha que é o carro, que é o avião, que é o metrô. Como esse autor sempre viveu em uma Ilha do Pacífico Sul e sempre viveu no sentido do corpo em liberdade, com o vento, com o mar, ele achou muito escandaloso quando o missionário o levou à Holanda na década de 1960.

FINALIZANDO POETICAMENTE COM KRENAK

"A vida é um organismo. A Terra é uma materialidade dessa vida. Nosso corpo, assim como o de uma formiga ou de uma borboleta, é a materialidade da vida. A vida passa na gente e vai para outro lugar. Ela não fica parada em lugar algum. Esse sonho da terra é essa vida. A vida maravilhosa. E ela não tem fim".

                                                         

LUGAR MUITO REMOTO

02/10/2022

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NOS IDOS DOS ANOS 50

Vila dos Confins é o romance de Palmério, que escrito nos anos 50 e tratando dos processos eleitorais das primeiras décadas do Século XX no Brasil, é mais necessário - e contemporâneo - do que deveria ser. Um retrato de um país à mercê do autoritarismo, das pequenas e grandes corrupções e de um sistema eleitoral viciado e podre desde o seu nascimento onde a inocência está morta para quaisquer dos lados que se olhe.

LUZES SOBRE O PRESENTE E O FUTURO

O romance trata dos processos e comportamentos eleitorais de um país marcado pelo autoritarismo, pela violência e pela disputa do poder e as diferentes relações que isso tudo provoca. Acaba nos legando uma das mais lúcidas e realista análise da política nacional, mais próxima da realidade que muitas obras da própria ciência política aliás. Vila dos Confins em todas as suas denúncias e contradições constitui-se como importante ferramenta não só para analisar o passado, mas para também nos jogar luzes sobre o presente.

PERSONAGEM CENTRAL

O Deputado Paulo Santos é a figura central no romance e de interessante simbologia. Trata-se de um homem que embora bem-sucedido na política, volta ao interior mobilizando suas bases política na primeira eleição de Vila dos Confins em permanente contraste com a angústia de um homem que sentisse aprisionado pelo poder, alguém que desejaria estar pescando, mantendo e preservando as amizades em vez da política.

A FARRA DA CONTAGEM MANUAL DO PASSADO

Longe da festa da democracia, a eleição não passa de um baile de hipocrisias movido a vendas de voto, que se na época retratada vendia-se o título, ainda hoje permanece mesmo com as mudanças nos sistemas de votação, pois sim, pessoas ainda vendem votos, candidatos compram votos.

POR DOUGLAS ERALLDO

São muitos os elementos interessantes nesta obra. Uma porta para diferentes leituras, da força de certa herança naturalista que permeia a literatura brasileira desde Aluísio de Azevedo a sua prosa que talvez encontremos diálogos com a obra de Guimarães Rosa. Aliás, o sertão de Palmério conversa com o sertão de Rosa, assim como a riqueza com que desenham suas paisagens e suas gentes. Vila dos Confins é dos romances que dá força às estórias, à oralidade, e capaz de ler a sociedade com uma estética capaz de tornar ainda mais potentes nossas cruezas e vilanias.

FONTE

listasliterarias.com

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“TIRA primeiro a TRAVE do TEU OLHO”

01/10/2022

A (IN)CONVENIENTE PARCIALIDADE

Indignação seletiva é nome dado ao processo ou comportamento de se manifestar, reclamar, protestar, criticar ou atacar algumas formas específicas de males em nossa sociedade, e intencionalmente ignorar outros, por puro interesse pessoal.
Indignação seletiva é a pessoa se indignar, por exemplo, com a corrupção de um partido e não se indignar com a corrupção em outro partido.

DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

Não se deve pesar de dois modos, nem medir de dois modos, conforme seja a situação que apareça. A expressão ‘dois pesos, duas medidas’ é para designar reações diversas diante de um mesmo fato ou situações análogas. Há muitos interesses em jogo e, atualmente, o maior deles é o de enfraquecer a democracia, o Estado, as instituições democráticas e as conquistas sociais.

MATEUS 7:3,4

A frase “tira primeiro a trave do teu olho” é um apelo contra a hipocrisia. Isso fica claro nas duas perguntas precedentes: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?”

Jesus usa uma ilustração com base na figura do olho para denunciar o comportamento hipócrita que leva ao juízo errado. O olho é uma das partes mais sensíveis do corpo humano. Um pequeno cisco no olho já é suficiente para causar um grande incômodo.

MATEUS 7:1-6

A frase “tira primeiro a trave do teu olho” é um apelo contra a hipocrisia. Isso fica claro nas duas perguntas precedentes: “Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?”

Jesus usa uma ilustração com base na figura do olho para denunciar o comportamento hipócrita que leva ao juízo errado. O olho é uma das partes mais sensíveis do corpo humano. Um pequeno cisco no olho já é suficiente para causar um grande incômodo.

INDIGNAÇÃO SELETIVA NÃO QUERO UMA PRA VIVER

Acredito que nós não estamos impedidos de julgar e de se indignar com o comportamento de alguém que é contrário aos princípios, digamos, éticos-morais ou que causa escândalo e indignação. Na verdade, não devemos fazer é o julgamento hipócrita, seletivo por conveniência, que é apoiado em sua própria, parcial e tendenciosa justiça; isso porque, em si mesmo, não somos melhores que o faltoso.

JOÃO 7:24

Em outra ocasião o Senhor Jesus diz: “Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça” (João 7:24). Portanto, o versículo que diz “tira primeiro a trave do teu olho” é, antes de tudo, um convite ao auto-exame à luz da Palavra de Deus e da imparcial justiça.

FINALIZANDO COM CAZUZA

(Para aqueles que tomam partido sem justa causa)

"Meu partido
É um coração partido
E as ilusões
Estão todas perdidas
Os meus sonhos
Foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito..."

FONTES

https://estiloadoracao.com/tira-primeiro-a-trave-do-teu-olho/
falandoverdadesbr.wordpress.com

DE ONDE VEM A ELITE BRASILEIRA

30/09/2022

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FORMAÇÃO EUROPEIA

As elites brasileiras, até pelo menos em meados do século 19, eram formadas, quase em sua totalidade, em instituições de ensino superior europeias. Assumiam, assim, não só uma perspectiva de mundo forjada no exterior, mas também, ao retornar, continuavam sempre atentas aos eventos e ideias ligadas ao velho mundo. 

OS PRIMÓRDIOS COM OS SENHORES DE ENGENHO

Na obra "O Escravismo Colonial" de Jacob Gorender, encontramos: "Nas propriedades rurais que fundaram o país, a organização política e social era definida e gerida pelos interesses particulares dos grandes proprietários de terras: as noções de moral, justiça e a organização social eram privadas e definidas exclusivamente pelo "senhor de terra", reforçadas pela inexistência de qualquer institucionalidade da esfera pública que limitasse seus "podres poderes". Assim nasce a sociedade brasileira, com os senhores do engenho definindo todas as regras do jogo da organização social e política do país".

RAÍZES COLONIAIS

A elite/burguesia nacional brasileira tem seu repertório ideológico em lugares concretos. Estão enraizados na colônia (com seus feitores, senhor do engenho, forma de organização socioeconômica de exploração…); no sistema escravocrata (proprietário de pessoas a serem escravizadas, luxo a partir do sofrimento alheio…) e na ditadura militar (democracia sequestrada, silenciamento de vozes, rua como propriedade da elite e seu aparato militar…). É a partir desse cenário que o discurso da elite toma corpo e se transforma em práticas sociais opressivas em sociedades contemporâneas.

AMBIGUIDADES

A elite brasileira alicerça-se numa ambiguidade: ao mesmo tempo que admira o que vem dos países ricos e despreza seu próprio povo, recebe suporte dentro das fronteiras do País – basicamente por meio de suas relações com o Estado e dos rendimentos de um grande mercado interno. Por isso, no ensaio “Os três ciclos da sociedade e do Estado”, publicado na revista Perspectivas, Luiz Carlos Bresser-Pereira, professor emérito da FGV-EAESP, define as elites burguesas, políticas e intelectuais do País como “nacional-dependentes”.

PROTECIONISMO

Há, também, muitos fatores que marcam o lado “nacional” das elites: "o interesse dos empresários no mercado interno, a existência de um Estado para proteger os interesses das elites diante dos países ricos, um passado de lutas e a força da identidade cultural". Diz, Bresser.

VIDE MATÉRIA A SEGUIR

https://exame.com/economia/elite-brasileira-esta-entre-as-que-menor-geram-valor-no-mundo/

FONTES (referências)

Texto produzido pelo (NEB FGV-EAESP)
biblioo.info/a-elite-brasileira
Artigo de Luiz Carlos Bresser: "As Elites Brasileiras são Nacional-Dependentes"

OS TEMPLÁRIOS

29/09/2022

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PODERES SOBRENATURAIS E LENDAS

Os mitos criados em torno dos Templários permaneceram vivos. Muitos europeus acreditavam que os cavaleiros remanescentes tinham poderes sobrenaturais e tesouros escondidos pelo mundo. Uma das lendas diz que esse dinheiro teria financiado a descoberta da América e do Brasil.

COMO SURGIRAM

A história dos Cavaleiros Templários começou em 1099, quando exércitos católicos da Europa tomaram Jerusalém do controle muçulmano durante a primeira Cruzada.

AS LENDAS OCULTAS DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Os templários ficaram marcados na história da Idade Média, principalmente por conta das conspirações que se formaram a respeito de seus rituais secretos.

Era o ano de 1118 quando, em meio as famosas expedições das cruzadas promovidas pela Igreja Católica, nove cavaleiros da França se reuniram para combater os infiéis que ocupavam a Terra Santa, que naquele momento estava sob domínio dos muçulmanos, e ainda defender por conta própria os cristãos que peregrinavam à Jerusalém.

OLHA A CONCENTRAÇÃO DE RIQUEZA AÍ, GENTE!

A ordem de elite dos cavaleiros sediada no sagrado Monte do Templo de Jerusalém começou a acumular uma grande fortuna, com peregrinos gratos enchendo-os de riquezas em troca de sua proteção.

(CRESCIMENTO EXPONENCIAL)

O poder dos Cavaleiros Templários cresceu exponencialmente em 1139 e se espalhou muito além de Jerusalém, quando o Papa Inocêncio 2º emitiu uma bula papal que dava à ordem proteções extraordinárias, incluindo a isenção do pagamento de impostos ou dízimos em qualquer lugar do mundo e a retenção de todos os presentes que eles recebessem de peregrinos gratos viajando pela Terra Santa.

QUARTEL GENERAL

Dez anos depois de atuação da Ordem dos Pobres Cavaleiros, a Igreja legitima esse grupo de nobres franceses guerreiros criando um quartel-general oficial dentro da Mesquita de Al-Aqsa, onde ficava o Templo de Jerusalém, mencionado na Bíblia e destruído pelos romanos no ano de 70 d.C.

O FIM - 1291

Fim da Ordem dos Templários Após a perda definitiva de Jerusalém, em 1291, os Cavaleiros Templários perderam sua razão de existir. Eles se reúnem em Chipre para eleger o novo grão-mestre da Ordem e decidem partir de volta para suas casas-religiosas nos seus respectivos países de origem.

FONTES

aventurasnahistoria.uol.com.br

bbc.com/portuguese/internacional

hipercultura.com/templarios                                                          

                                                                                                                                       

E AGORA JOSÉ ?

28/09/2022

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O POEMA

O poema “José” de Carlos Drummond de Andrade foi publicado originalmente em 1942, na coletânea Poesias. Ilustra o sentimento de solidão e abandono do indivíduo na cidade grande, a sua falta de esperança e a sensação de que está perdido na vida, sem saber que caminho tomar.

O POEMA VIROU MÚSICA

Pois é, Zé, o famoso poema E Agora, José, ("Vige como tem Zé..."), também já virou música! O texto foi musicado e gravado na íntegra, sem alteração na letra.

E assim nasceu outra obra prima: a música E Agora, José?, do cantor Paulo Diniz.

O POEMA TAMBÉM É UMA MÚSICA?

Dizem por aí que todo poema é uma música em potencial. Isso porque o texto poético já tem como característica um ritmo e uma certa musicalidade nos versos. A música pode se inspirar em qualquer coisa, literalmente. Não é incomum vermos por aí canções que foram inspiradas em livros, filmes, novelas — e é claro que com os poemas isso não é diferente.

INTERPRETANDO

José é um homem banal, “que é sem nome”, mas “faz versos”, “ama, protesta”, existe e resiste na sua vida trivial.

Agora, que os bons momentos terminaram, que “a festa acabou”, “a luz apagou”, “o povo sumiu”, o que resta? O que fazer?

NADA DE BOM RESTOU?

Observem que: “a noite esfriou”, “o dia não veio”, como também não veio “o bonde”, “o riso” e “a utopia”, todas as possibilidades de contornar o desespero e a realidade não chegaram, nem mesmo o sonho, nem mesmo a esperança de um recomeço. Tudo “acabou”, “fugiu”, “mofou”, como se o tempo deteriorasse todas as coisas boas.

E AGORA, JOSÉ? E AGORA?

Quando da publicação do poema, Drummond estava de acordo com o espírito da época, produzindo uma poesia política que expressava as dificuldades diárias do brasileiro comum e as suas dúvidas e angústias, assim como a solidão do homem do interior perdido na cidade grande. Algo diferente de agora?

FONTES

letras.mus.br/blog/poemas culturagenial.com

oficinadoescritor.net

MUSICANDO

https://youtu.be/CK3Jo27n5Vc

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A VIDA PODE TER SURGIDO EM OUTROS PLANETAS

27/09/2022

HÁ MUITAS MORADAS...

“Na casa de meu pai há várias moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos um lugar.”

Ao confortar seus discípulos que estavam perturbados com a ideia de sua partida iminente. Esta frase faz parte do discurso com as últimas instruções de Jesus aos discípulos antes de ser traído e preso. Esse discurso está registrado em João 14:2. 


MUNDOS HABITADOS – O PENSAMENTO DE EMMANUEL

No que se refere aos argumentos científicos, perguntaríamos:

Por que haveria de ser a Terra o centro do Universo, quando nem o é do sistema planetário solar pelo pouco ou

quase nada que representa diante de milhões de fabulosos astros que navegam, equilibrados pela mecânica celeste, no Espaço incomensurável?

DADOS RELEVANTES

O Sol — centro do nosso sistema — é 1.300.000 vezes maior que a Terra, mas é alguns milhões de vezes menor

que Antares.

O brilho de Canopus é 80.000 vezes superior ao brilho do Sol.

UM TURBILHÃO DE LUZ

Urano é 70 vezes maior que a Terra, pequenina laranja dentro de nosso sistema. Capela é 5.800 vezes maior que o Sol. Júpiter, que maravilha — 12 satélites conhecidos!… A Via Láctea é um turbilhão fabuloso de sóis, de todas as dimensões e claridades, que a moderna Astronomia não consegue contar, mas que avalia em mais de 200.000.000…

SOB O PONTO DE VISTA FILOSÓFICO

Sob o ponto de vista filosófico, transitam as almas por vários mundos, purificando-se, cada vez mais, e adquirindo
a sabedoria que as tornará realmente perfeitas. O espírito reencarnado, hoje, na Terra, poderá, amanhã, estar em Marte ou Vênus, em Saturno ou Júpiter, para citar, apenas, quatro dos nove componentes do nosso sistema
planetário. O aprendizado, a colheita de experiências, o acúmulo dos valores eternos não se verifica tão somente na Terra, mas em diversas “moradas do Pai”, conforme o ensino de Jesus quanto à pluralidade dos mundos habitados.


ARGUMENTO RELIGIOSO E MORADAS MENTAIS 

“Tenho outras ovelhas que não são deste redil”. Os departamentos da mente são, a nosso ver, outras

tantas “moradas individuais”, como repositório das reações mais ou menos felizes das inteligências encarnadas ou

desencarnadas.

FONTES (referências)

cnnbrasil.com.br

canaltech.com.br www.resilienciamag.com

O ACASO EXISTE?

26/09/2022

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SEGUNDO VOLTAIRE

"O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa".

Em um tom poético, Alda Santos nos traz esta pérola: "O acaso é aquele que chega e faz acontecer

Expõe o que estava brincando de esconder

Não importa se te fará feliz ou sofrer

Ele chega e faz bagunça no seu viver..."

O ACASO NÃO EXISTE

Muitas correntes de pensamento são peremptórias ao afirmar a frase em epígrafe. "A Harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. Atribuir a formação primária ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. Um acaso inteligente já não seria acaso".

A VISÃO ESPÍRITA

O Espiritismo, embora aceitando também a lei de causa e efeito, admite a existência de finalidade. Essa doutrina não pode ser de modo algum determinista no sentido mecanicista. Também não pode ser indeterminista, pois estaria aceitando o acaso, eliminando a intervenção de Deus na ordenação geral do Universo.

EPITÁFIO

Uma das melhores músicas dos Titãs, a música Epitáfio conta sobre uma pessoa que faleceu e que se mostra bastante arrependida diante da vida que viveu. E tem um trecho que diz: (...) "O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar distraído

O acaso vai me proteger

Enquanto eu andar..." Seria mesmo o "Acaso" a proteger?

POSIÇÃO (IN)CÔMODA

Quem acredita no acaso costuma creditar uma série de acontecimentos bons ou não à sorte ou ao azar e assim se desliga da responsabilidade em cuidar de si mesmo ou de sua própria vida. Afinal, se tudo é mesmo fruto do acaso, por que se importar se nosso esforço pouco influiria?

RESPONSABILIDADES PELAS ESCOLHAS

Por sua vez, quem acredita que nada ocorre ao acaso e procura tirar proveito de cada experiência vivenciada em seu dia a dia, acaba bebendo o néctar da renovação sem fazer muito esforço. Simplesmente o fato de abraçar a ideia de que há algo maior que interfere nos acontecimentos de nossa vida por si só já abre um caminho enorme para que nos sintamos mais conectados e responsáveis por nossas escolhas.

REFERÊNCIAS (Fontes)

www.harmoniaespiritual.com.br  

www.eusemfronteira.com.br

 espirito.org.br                                                                                                                                                                                                                                                             

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PROSÉLITO?

25/09/2022

ETIMOLOGIA

Na Bíblia um prosélito é alguém que saiu de uma religião pagã e aderiu ao Judaísmo; pelo menos esse é o significado em seu sentido religioso. Mas é preciso fazer uma observação quanto ao significado de prosélito. 

RECÉM-CHEGADO

A palavra “prosélito” tem origem grega e significa “recém-chegado”, “visitante” ou “forasteiro”. O termo grego transliterado em português como prosélito é uma das palavras usadas na Septuaginta, tradução grega da Bíblia Judaica, para traduzir o hebraico ger.  

NOVO TESTAMENTO

Foi somente depois que esse termo passou a ser empregado na literatura rabínica para definir uma pessoa convertida ao Judaísmo. Já no Novo Testamento, a palavra prosélito também assume esse significado religioso, diferentemente do Antigo Testamento com o uso do hebraico ger.

Mas isso não significa que no tempo do Antigo Testamento não havia prosélitos no Judaísmo; significa apenas que o termo hebraico traduzido pelo grego proselytos não possuía essa conotação. No entanto, havia muitos casos de pessoas estrangeiras que passavam a adorar o Deus de Israel.

PROSÉLITO É O OUTRO

Nenhuma religião, por mais vigorosa que seja em converter, assume-se como proselitista. Proselitista é sempre o outro, o vizinho. E como poucas religiões rejeitam conversões*, o campo vai continuar aberto para a troca de acusações. 


NÃO AO EXCLUSIVISMO

O propósito da religião judaica nunca foi o de ser uma religião exclusivista. A Bíblia deixa muito claro que a vontade de Deus sempre foi que os estrangeiros participassem das bênçãos da salvação (Gênesis 22:18; Êxodo 12:49; Levítico 19:34; 1 Reis 8:41-43; Esdras 6:21; Salmo 72:8-17; Isaías 54:2,3; 56:3-8; 60:1-3; Jeremias 39:15-18; Joel 2:28-32; Amós 9:11,12; Zacarias 8:23; Malaquias 1:11).

TIPOS DE PROSELITISMOS

Nem todos que eram definidos como prosélitos pertenciam à mesma categoria. Na verdade, existiam prosélitos em diferentes graus. Isso acontecia porque nem todas as pessoas aderiam à religião judaica de forma completa e absoluta.


PALAVRA USADA PELO PAPA

Bento XVI usou o conceito três vezes durante a visita ao Brasil.
Termo tem conotação negativa e é usado para descrever o comportamento dos outros.

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CAMPOS DE EVOLUÇÃO DA VIDA UNIVERSAL

24/09/2022

A CRIAÇÃO UNIVERSAL

Gênese Cap.VI – Item 19 - (Espírito Galileu Galilei): “Aos que desejem religiosamente conhecer e se mostrem humildes perante Deus, direi... o seguinte: O Espírito não chega a receber a iluminação divina, que lhe dá, simultaneamente com o livre-arbítrio e a consciência, a noção de seus altos destinos, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização. Unicamente a datar do dia em que o Senhor lhe imprime na fronte o seu tipo augusto, o Espírito toma lugar no seio das humanidades.”

O PRINCÍPIO ESPIRITUAL

No livro “UNIVERSO E VIDA”, pág.42 observa-se: “O Princípio Espiritual é o gérmen do Espírito, a protoconsciência. Uma vez nascido, jamais se desfará, jamais morrerá. Filho de Deus Altíssimo, inicia então a sua lenta evolução, no espaço e no tempo, rumo ao principado celeste, à infinita grandeza crística. Durante milênios vai residir nos cristais, em longuíssimo processo de auto-fixação, ensaiando aos poucos os primeiros movimentos internos de organização e crescimento volumétrico, até que surja, no grande relógio da existência, o instante sublime em que será liberado para a glória orgânica da Vida.”

Os REINOS Da NATUREZA

No decorrer da escala evolutiva, os seres transferem-se de um reino a outro. Em cada um deles, desenvolvem qualidades e passam por aprendizagens específicas. Cada reino tem funções e metas precisas e inter-relaciona-se com os demais, complementando-os. O termo reino pode também referir-se a certos grupos que possuem características próprias, como o reino das árvores, reino das abelhas, o dos pássaros, entre outros.


CONSCIÊNCIA, INTELECTO e CAPACIDADE DE ARBITRAR

O reino humano desempenha uma função determinada na corrente evolutiva: por ter intelecto, corresponde ao nível consciente do planeta. À medida que a percepção interna dos membros do reino humano intensifica-se, seu relacionamento com os outros reinos torna-se mais criativo e pauta-se mais fielmente pela lei da harmonia, permitindo saber, então, que existe uma só meta, geral e não fragmentada, para todos os seres.


“IMPULSOS CRIATIVOS DA EVOLUÇÃO”

O Princípio inteligente vegetal, mais vivido e experiente de sua fase, despontará nas formas animais, buscando novas afirmações nos instintos. Como os minerais e os vegetais estariam na dependência de um condutor e orientador nas suas expressões planetárias, os animais possuiriam o princípio inteligente, mais avançado e evoluído, como uma alma-grupo de seu reino.

O EU INCIPIENTE

À medida que as espécies vão perdendo o contacto de colônia, próprio das formas mais simples, vão adquirindo relativa Individualidade e, com isso, o vórtice dinâmico, ... já consegue lapidar, um verdadeiro núcleo (pequeno EU). Desse modo a alma-grupo...que dirige colônias minerais, vegetais e primeiros animais, iria apresentando em seu seio, por maturação evolutiva, início de afirmações individuais, porém, que ainda não ousam nem podem viver fora da colônia dinâmica que lhe deu origem e donde se nutrem.

FINALIZANDO SEM INTERROMPER A EVOLUÇÃO

“À medida que o princípio espiritual avança na evolução é como se fosse afastando dos determinismos cósmicos e adquirindo diretrizes próprias que o livre-arbítrio pode conceder. Quanto mais evoluído mais livre e mais responsável; quanto menos evoluído mais limitado pela Lei e menos responsável”.

Por André Luiz

"AGRO é TUDO". Mas nem TUDO é POP

23/09/2022

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APESAR DE TODA PUJANÇA 

O agronegócio brasileiro não para de bater recordes. As últimas estimativas do IBGE mostram que a safra de 2021 deve ficar 4,2% acima do recorde histórico, com quase 265 milhões de toneladas. Direta e indiretamente, o agro responde por quase um quarto do PIB do país. Apesar de tudo isso...


RECORDES no agronegócio e RECORDES na FOME

E como isso pode acontecer ao mesmo tempo?

Especialistas explicam que a produção brasileira é focada em itens para exportação, como soja e milho. Por outro lado, a remuneração pelo cultivo de alimentos da cesta básica caiu para o produtor por causa do empobrecimento da população.

Com o desemprego, a renda da população caiu. Em paralelo, o preço dos alimentos subiu, dificultando o acesso pelos mais pobres, que carecem de programas sociais mais estruturados.

BRASIL das “COMMODITES” e dos  ANIMAIS

A fome em um país que é grande produtor de alimentos como o Brasil não é considerada um paradoxo para o agrônomo e pesquisador Paulo Petersen, integrante do Núcleo Executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA).

Ele explica que a forma com a qual o Brasil produz não é voltada para a alimentação, mas sim para commodities, principalmente o cultivo de grãos usados em ração para animais.

O AGRO É UMA AMEAÇA?

Raoni Rajão, professor em Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia no Segundo Departamento de Engenharia de Produção da UFMG e membro do Observatório do Código Florestal: 

“O agronegócio brasileiro é uma ameaça. Somos o país que mais desmata no planeta – 6.600 quilômetros quadrados na Amazônia só no ano passado, e 50% mais do que isso no cerrado. Em 2016, o país foi o sétimo maior emissor dos gases que causam o aquecimento da Terra. O setor agropecuário foi responsável por 74% das 2,3 bilhões de toneladas de CO2 e outros gases que lançamos no ar. Também é o setor que torna o Brasil recordista mundial em violência no campo – 65 assassinatos apenas em 2017, segundo a Comissão Pastoral da Terra – e alimenta a corrupção, com mais de R$ 600 milhões pagos em propina a políticos em 2014 somente pela JBS”.

DE VOLTA ÀS ORIGENS ENRAIZADAS

As raízes da fome brasileira encontram-se no processo histórico-político da formação da economia, tendo suas origens no período colonial, nos séculos XVI até o XIX, relacionadas com a prioridade do mercado exportador de matéria-prima, como açúcar, tabaco, ouro, diamante, algodão e café sobre o mercado interno.

FONTES (Referências)

www.brasildefato.com.br                       www.lagesa.org

Prof. Raoni Rajão e Carlos Ritti para valor econômico

ohs.coc.fiocruz.br                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

                                                                                                                    

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OS PILARES DE UMA SOCIEDADE CIVILIZADA

22/09/2022

PREÂMBULO

Quando o homem vê no outro um objeto a explorar, um inimigo a eliminar e um instrumento a escravizar, a sociedade começa a ruir e despencamos vertiginosamente os degraus da civilização. Pois falta a tolerância, o respeito às diferenças, a lealdade, a fraternidade, a empatia, o apreço, a solidariedade. Enfim, faltam os fundamentos basilares, os pilares de sustentação de uma sociedade justa, pacificada e pacificadora.

ESCRAVIDÃO MODERNA

 A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Já, na Antiguidade, o código de Hamurábi, conjunto de leis escritas da civilização babilônica, apresentava itens discutindo a relação entre os escravos e seus senhores.

Não se restringindo aos babilônios, a escravidão também foi utilizada entre os egípcios, assírios, hebreus, gregos e romanos. Assim, podemos perceber que se trata de um fenômeno histórico extenso e diverso, e, que se perpetua em pleno século XXI.

ORIGEM do SISTEMA ESCRAVAGISTA

O trabalho escravo é uma prática que permeia a história mundial. Sua origem está relacionada às guerras e às conquistas de territórios, onde os povos vencidos eram submetidos ao trabalho forçado pelos conquistadores.

Pelo que se sabe, os primórdios da escravidão vêm do Oriente Médio, mas povos nas Américas, como os maias, também se serviram de cativos.

Tal atividade fez parte de todas as civilizações da antiguidade, como os assírios, hebreus, babilônios, egípcios, gregos e romanos, variando as suas características dependendo do contexto de cada lugar.

O ÍNDICE GLOBAL DE ESCAVIDÃO                                         

Utiliza pesquisas de referência no mundo para estimar a prevalência da escravidão moderna em mais de 160 países. Pela primeira vez, o relatório se baseia também em dados comerciais sobre produtos em risco de ser produzidos pela escravidão moderna.


ESCRAVIDÃO MODERNA [+ DE 40 MILHÕES]                                              Maioria das vítimas da escravidão moderna se encontra na África e na Ásia. Coreia do Norte é o país com maior taxa de pessoas em condições análogas à escravidão. Em números absolutos, Brasil lidera na América Latina, enquanto Índia encabeça a lista mundial.

PRODUTOS QUE CONSUMIMOS

A maioria das grandes empresas que fabricam o chocolate obtém cacau das mesmas fontes, na Costa do Marfim e, por lá, há trabalho escravo e infantil. Na Libéria, na África, seringais usam seus trabalhadores sob um regime violento similar à escravidão. A fabricante de pneus Firestone compra matéria prima de lá.


FINALIZANDO Com “Boa Sorte”

 [...] “Tudo o quer me dar. É demais. É Pesado. Não há paz...”   


REFERÊNCIAS [Fontes] 

Índice Global da Escravidão – Fundação Walk Free 

catracalivra.com.br 

www.bbc.com.br  

50forfreedom.org                                                                                                                                                                                                                                                                                                          

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“É FÁCIL PERSUADIR o povo de algo, DIFÍCIL é MANTER essa persuasão” – Maquiavel

21/09/2022

Quantas vezes em sua vida você disse: “EU NÃO GOSTO DE POLÍTICA”

Talvez você não saiba, mas não gostar de política é o mesmo que:

  • não querer saber o que fazem com o dinheiro público, o seu dinheiro;

  • não querer saber como é conduzida a educação e segurança;

  • não querer saber como são investidos os recursos para a saúde.

  • Enfim, é não dar a mínima para as políticas públicas que determinam a sua qualidade de vida.

IDEIA de POLÍTICA por Norberto Bobbio

A conceituação de política, segundo Norberto Bobbio, envolve a ideia de poder. O poder político, por sua vez, diz respeito ao poder que um homem exerce sobre outro.

 "Norberto Bobbio (1909-2004) foi um dos maiores politólogos do século XX. Dentre sua extensa obra, deixou uma importante contribuição à Ciência Política: seu livro Teoria Geral da Política: a filosofia política e as lições dos Clássicos. 


ETIMOLOGIA

 A palavra política deriva de politikós, do grego, e diz respeito àquilo que é da cidade, da pólis (na Grécia Antiga), da sociedade, ou seja, que é de interesse do homem enquanto cidadão. Já na Grécia Antiga, um dos primeiros a tratar da política como uma prática intrínseca aos homens foi Aristóteles, com seu livro A Política. 


POLÍTICA (Aristóteles) 

Aristóteles mostra os ensinamentos que aprendeu de seu mestre, questiona alguns deles e fornece valioso conhecimento para compreendermos debates políticos. 

Apesar da idade avançada da obra, o livro Política de Aristóteles fornece valiosos princípios a respeito da forma como uma sociedade pode melhor funcionar. Não obstante a importância do livro para a formação e consolidação das democracias ocidentais, é uma leitura que coloca o leitor a refletir sobre pontos relevantes e atuais, pertinentes ao debate político.


NECESSÁRIO ENTENDIMENTO

Portanto “política” pode ser definida como a atividade que organiza a sociedade. Quando um grupo de pessoas empreendem esforços para organizarem-se entre si ou liderarem a organização de um grupo maior.  


SER POLÍTICO NATO 

Toda e qualquer atitude humana em meio a um grupo de dois ou mais é essencialmente política. Desde a infância, em brincadeiras de grupos, em escolhas pessoais e reações perante o outro, qualquer indivíduo expressa sua personalidade e suas características políticas. Alguns têm o dom da liderança, outros da organização, outros da rebeldia e outros da criatividade. Em diferentes situações e medidas, as pessoas participam e interagem com seu meio social de acordo com seus interesses. Articulam situações, ou são articulados pela iniciativa de líderes natos. Defendem seus interesses pessoais a qualquer custo ou compartilham interesses coletivos, zelando por eles. Usam a habilidade do discurso e persuasão ou se submetem e apoiam alguém que o faz. Independentemente da forma e do objetivo, qualquer interação social consiste em atitudes políticas. Como já disse o poeta Bertolt Brecht em O Analfabeto Político.


Referências

"Ideia de Política em Norberto Bobbio"                                                  Texto “Fundamentos Básicos para Entender Política” por Alan Carvalho velhaeconomia.com.br 

“A Política” de Aristóteles

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                           

AMBIÇÃO, PODER E DINHEIRO SEM LIMITES

20/09/2022

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DOS PAPAS À GUERRA DO VIETNÃ
A historiadora estadunidense Barbara Tuchman é autora de um livro clássico, A Marcha da Insensatez. Na obra, a autora descreve o governo da Igreja exercido pelos Papas dos fins do século XV e início do XVI, a atitude da aristocracia inglesa frente às colônias americanas e, por fim, a insistência da elite político-militar dos EUA na guerra do Vietnã. 

ESTRANHOS PARADOXOS

Ela analisa também um dos mais estranhos paradoxos da condição humana: a sistemática procura, pelos governos, de políticas contrárias aos seus próprios interesses. Através de exemplos históricos, Barbara estabelece a distinção entre insensatez e outros tipos de desgoverno, identificando sua característica: o ato autodestrutivo não considera a existência de uma alternativa viável e reconhecida.

A ESTUPIDEZ E A INSENSATEZ
Dá como exemplos, entre outros, a dispersão das dez tribos de Israel (930 a.C.), a inexplicável submissão do imperador Montezuma (1520) e o ataque japonês a Pearl Harbour (1941). A partir daí, expõe quatro pontos decisivos no turbilhão da História.

NUMBER ONE
O primeiro deles é a guerra de Tróia, a mais remota luta simbólica do mundo antigo, cujo desenrolar demarca o protótipo da insensatez no governo. A autora demonstra como os troianos rejeitaram tanto os presságios quanto as advertências explícitas. Acolhendo o cavalo dentro de suas muralhas e fazendo, assim, a livre escolha de um rumo que os levaria ao desastre total.

E O NUMBER TWO?
O segundo ponto diz respeito às seis décadas de desgoverno dos papas, período que coincide com o auge da explosão da Renascença, em toda sua pompa e florescimento artístico. Contra esse fundo, perscruta as vidas dos seis papas que não apenas trouxeram má reputação à Santa Sé, como também romperam a união da cristandade e perderam metade dos fiéis para a secessão protestante.

NA SEQUÊNCIA
A série de acontecimentos mediante os quais, durante quinze anos, o rei Jorge III da Inglaterra e seu governo envenenaram o relacionamento com as colônias americanas, criando rebeldes, fazendo-se de surdos às críticas do Parlamento e da população. Como resultado, perderam o controle que exerciam sobre seu império na América.

E POR FIM
Os trinta anos de envolvimento dos EUA no Vietnã até a embaraçosa retirada dos americanos. O que emerge dessa impressionante análise é a crônica da auto-hipnose, do cinismo e da perda de confiança dos cidadãos em seu governo.

CONCLUINDO A RESENHA

O livro é uma obra-prima que revela a causa fundamental do desatino nos governos: a impotência da razão ante os apelos da cobiça, da ambição egoísta e da covardia moral, numa época que a marcha da insensatez parece acelerada no universo em que vivemos.

REFERÊNCIAS
A Marcha da Insensatez (www.ufrgs.br)
disparada.com.br
travessa.com.br
www.recantodasletras.com.br

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SE O TEMPO NÃO PARA, A REM TAMBÉM NÃO!

19/09/2022

E COMO O TEMPO NÃO PARA...
A música "O Tempo Não Para", integrada no álbum com o mesmo nome, de 1988, é um dos temas mais famosos do cantor Cazuza. A letra da canção, da autoria de Cazuza e Arnaldo Brandão, faz um retrato do seu tempo. Fala das contradições da sociedade brasileira que, já livre da ditadura, permanecia moralista e conservadora.

ANÁLISE DA MÚSICA
"O Tempo Não Para" parece ser um desabafo, um grito de revolta do sujeito que, como se falasse sozinho, se dirige a uma sociedade que o rejeita, expondo a sua hipocrisia. Se mostrando pronto para a luta, está convencido de que um dia as coisas irão mudar.

PRIMEIRA ESTROFE 
“Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas...”
A primeira estrofe começa com uma imagem de raiva e violência: um tiro. Disparar contra o sol é um ato de pura revolta, pois é inútil, não tem propósito. O sujeito reconhece a sua própria força e afirma que é "por acaso", ou seja, não é movido pela razão ou pela lógica. 
Dispara a sua "metralhadora cheia de mágoas": sua arma para enfrentar o mundo é a tristeza, as suas dores, os sofrimentos que passou e carrega nos ombros.

MAIS UM CARA
(...) “Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara...”
Se descrevendo primeiro como "um cara" e, em seguida, como "mais um cara", transmite a ideia de que é só um homem, alguém banal, sem nada de notável.
É apenas mais um indivíduo "cansado de correr na direção contrária", uma pessoa que vive fora das normas socialmente impostas, o que resulta num inevitável cansaço e desgaste.
Não tem amor, não tem um relacionamento estável (ou, pelo menos, dentro dos padrões vigentes), nem vitórias ou reconhecimento dos seus esforços.

A DINÂMICA DAS TRANSFORMAÇÕES 
(...) “Mas se você achar
Que eu tô derrotado
Saiba que ainda estão rolando os dados
Porque o tempo, o tempo não para...”
A partir do início da terceira estrofe, o sujeito começa a falar diretamente com o seu ouvinte, "você". Num tom de desafio, provoca aqueles que pensam que ele é um perdedor, dizendo que nada está decidido porque "ainda estão rolando os dados". Ninguém sabe do futuro, tudo está em aberto.
Aqui surge, pela primeira vez, o verso que será repetido ao longo de toda a canção, sendo também o seu título: "o tempo não para". As coisas estão sempre mudando, em constante transformação, nada fica como está no momento presente. Mesmo quem está na pior situação, não pode se dar por vencido, porque a vida é imprevisível.

INCÔMODA CARIDADE
(...) “Dias sim, dias não
Eu vou sobrevivendo sem um arranhão
Da caridade de quem me detesta...” 
Fala sobre as dificuldades que enfrenta cotidianamente, a sua luta diária, expressa através do verbo "sobreviver". Apesar de todas as vicissitudes, o sujeito afirma que sobrevive "sem um arranhão", não se machuca mais, se mantém forte, segue em frente.
De novo num tom provocatório, declara que se mantém através "da caridade" de quem o detesta, ou seja, a sua sobrevivência depende daqueles que não gostam dele.

RATOS NA PISCINA 
(...) “A tua piscina tá cheia de ratos
Tuas ideias não correspondem aos fatos
O tempo não para...”
Se dirige, mais uma vez, ao seu ouvinte (a sociedade brasileira), através do uso dos pronomes possessivos "tua" e "tuas". Uma piscina é um sinal exterior de posses, de luxo, que contrasta com a presença de ratos, normalmente associados à sujeira, ao esgoto. A piscina cheia de ratos parece metaforizar a vida das classes sociais endinheiradas cujos recursos financeiros não conseguem disfarçar a podridão, os segredos encobertos, os episódios escandalosos. 
Além das falsas aparências, menciona também as contradições e os preconceitos. Declara que as ideias do interlocutor "não correspondem aos fatos", que ele está enganado e a realidade não é do jeito que ele acredita.

FONTE (Referência)
www.culturagenial.com

FILOSOFIA, EU QUERO UMA PRA VIVER

18/09/2022

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FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA   
A filosofia contemporânea é definida como o pensamento filosófico construído do século XIX até os dias atuais, como consequência dos marcos históricos da Revolução Francesa e da Revolução Industrial. O pensamento filosófico contemporâneo é caracterizado principalmente pela fenomenologia e hermenêutica (ou estudos da significação).

CORRENTES FILOSÓFICAS
Dentre as correntes filosóficas mais importantes também estão o positivismo, o materialismo histórico-dialético, a filosofia analítica, o niilismo de Nietzsche, o existencialismo, a teria crítica da escola de Frankfurt e o pós-estruturalismo.

Não há consenso entre os estudiosos sobre quem seriam os principais filósofos desse período.
Essa falta de consenso acontece, principalmente, devido à diversidade de pensamentos desenvolvidos na contemporaneidade, com escolas e correntes filosóficas distintas coexistindo e ainda se expandindo.

POSITIVISMO
A filosofia contemporânea é iniciada com o positivismo de Comte e o materialismo histórico-dialético de Marx no século XIX. Esses dois conceitos dão o pontapé inicial para o que viria depois na construção do pensamento filosófico atual.
No positivismo, o pensamento científico é o único considerado válido. Comte abandonou completamente as noções anteriores da filosofia, que ainda adotavam pensamentos sobre a metafísica e o transcendentalismo. Inspirando-se no iluminismo.

MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO
A industrialização das sociedades conduziu Marx e Engels a refletir sobre o que seria o materialismo histórico-dialético. Com o materialismo-histórico, os filósofos se opuseram às crenças iluministas, vendo a sociedade como resultado do seu nível de produção e da sua economia.

A FILOSOFIA ANALÍTICA
Tem como base as teorias da significação. Um dos seus nomes mais importantes foi Russel. Com a filosofia analítica, parte-se do princípio de que as pessoas são seres linguísticos, e que é por meio da linguagem que se transmite e se constrói conhecimento. Portanto, essa corrente de pensamento propõe uma análise lógica da linguagem.

NIILISMO DE NIETZSCHE
O niilismo é uma filosofia que afirma não existir nenhum tipo de certeza na qual se possa basear o conhecimento. A partir do niilismo de Nietzsche, tem-se as concepções de morte de Deus e da libertação do sujeito.
Nesses conceitos, o ser humano deixa de ser regido pela moral, pela cultura ou pela religião. Afinal, no niilismo, nenhuma dessas crenças podem ser consideradas uma certeza na qual se deve seguir ou construir conhecimento sobre.
Dessa forma, o ser humano passa a ser livre, pois a vida não teria qualquer tipo de sentido ou essência. Essa é a base do pensamento existencialista.

EXISTENCIALISMO
O existencialismo tem como nomes importantes Sartre, Beauvoir e Camus. Esse pensamento filosófico declara a falta de sentido para a vida humana. Assim a vida não teria qualquer significado maior, o indivíduo simplesmente existe e cabe unicamente a ele construir e guiar a sua existência. Construindo a sua condição humana.

TEORIA CRÍTICA
Com base marxista, a Escola de Frankfurt sugeria uma nova leitura dos conceitos de Marx. Os pensadores de Frankfurt se opunham ao positivismo e ao iluminismo, pois consideravam que com a ascensão dos movimentos fascistas e nazistas na Europa havia acontecido uma severa regressão social.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
•    CHAUI, M. Convite à filosofia. Ed. Ática, São Paulo. 2000
•    FOUCAULT, M. Arqueologia do saber. Editora Forense Universitária, Rio de Janeiro, 2008.
•    FOUCAULT, M. A ordem do discurso. Edições Loyola, São Paulo, 1996.
•    PORTO, M. A Filosofia a partir de seus problemas. Edições Loyola. 3d. São Paulo, 2007
•    RUSSEL, B. História da filosofia ocidental. Ed. Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2015.

MONARQUIA

17/09/2022

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MONARQUIA FEUDAL
Surge então, após a Antiguidade, a Idade Média e com ela o Feudalismo, o que fez com que a monarquia sofresse com algumas alterações. Neste cenário o Rei já não detinha poder divino e dependia dos senhores feudais que tinham tanto ou até mais poder que o próprio monarca.

O PODER ABSOLUTISTA 
A monarquia surgiu na Europa da Idade Média, sendo que o poder absoluto ficava nas mãos de um rei ou imperador. Está figura só deixava a posição quando morria, sendo substituído pelo filho mais velho.

MONARQUIA NA BÍBLIA
Quando a legitimidade era considerada como provinda de um direito divino sobrenatural, a soberania era exercida como um direito próprio. O mito do "direito divino" dos reis assentava na ideia de que Deus escolhia o rei para estar no poder, e este só era responsável perante Ele.

A DEUSA DO SOL
Diz a lenda que a monarquia do Japão existe desde o ano 600 a.C., quando Jimmu, filho de Amaterasu, a deusa do sol, se transformou em imperador.
Os imperadores que vieram depois mantiveram a tradição de se serem considerados divindades e de serem descendentes de Amaterasu.

Monarquia Constitucional Parlamentarista
O rei ou imperador tem seu poder restringido pela constituição e será somente Chefe de Estado – ou seja, o Rei reina, mas não governa –– cabendo normalmente ao Primeiro Ministro a Chefia de Governo. Sendo assim, quem governará e administrará o país será o Primeiro Ministro, escolhido dentre os representantes do Legislativo. São exemplos de Monarquias Parlamentaristas:  Reino Unido, Noruega, Japão, a Dinamarca entre outros.

IDADE MODERNA
A tirania, o autoritarismo, a violações aos direitos das pessoas, crueldade e egoísmo dos monarcas, muito presente na Idade Moderna degradou a sociedade de inúmeras formas.
Ideias foram surgindo, entre elas o parlamentarismo, que pregava a eleição de representantes para governar o Estado e defender assim os interessas da sociedade, garantindo melhores condições de vida para os indivíduos.

MONARQUIA ELETIVA
A escolha do monarca é feita através de uma eleição entre famílias ou de um Colegiado. Exemplo: Vaticano e Malásia.

AINDA PREVALECENTE
Atualmente, 44 países têm a monarquia como forma de governo, e diferentes tipos de monarquia são adotados neles. Outra forma de governo muito comum no mundo é a república, sistema que o Brasil adota desde 1889. Nesse sistema, o presidente ocupa a posição de chefe de Estado e de governo.

FINALIZANDO COM JOAQUIM NABUCO
“O Brasil, quanto mais civilizado, mais tenderá para a monarquia; quanto mais bárbaro, mais se desinteressará dela”.

REFERÊNCIAS
significados.com.br
todamateria.com.br
politize.com.br
mundoeducação.uol.com.br

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A EXPRESSÃO DAS EMOÇÕES NO HOMEM E NOS ANIMAIS

16/09/2022

O QUE É EXPRESSÃO DAS EMOÇÕES?
A expressão emocional envolve expressar sentimentos abertamente, seja de forma escrita ou verbal. Em nossas interações com os outros, estando ou não cientes disso, enviamos, constantemente, mensagens de nível emocional.

ANTICRIACIONISMO
"O livro mais acessível e humano de Darwin, repleto de belíssimas descrições, teorias provocativas e ilustrações notáveis." - Oliver Sacks
Ao publicar A origem das espécies, Charles Darwin trazia ao mundo sua arrojada teoria da evolução pela seleção natural. Preocupado com a aceitação que teriam suas teses anticriacionistas, publicou nos anos seguintes livros fundamentais para sustentar a teoria que lançara, entre eles, A expressão das emoções no homem e nos animais. Nesta obra, lançada originalmente em 1872, Darwin demonstra que os animais também sentem raiva, medo, ciúme, manifestados por meio das expressões.

VERTENTE DA NEUROCIÊNCIA
Ele defende que algumas de nossas expressões são resquícios herdados de antepassados primitivos, comuns ao homem e a outros animais. Mais: Darwin sustenta que muitas de nossas expressões são inatas e não aprendidas, já que se repetem em homens das mais variadas culturas. É nesse ponto que o livro ultrapassa em muito o projeto inicial de sustentar a teoria da evolução e inaugura o estudo dos aspectos biológicos do comportamento, uma das vertentes das neurociências.

CONCEPÇÃO "DARWINIANA" DE EMOÇÃO
Cada emoção seria caracterizada por um comportamento específico, bem como um conjunto de mudanças fisiológicas específicas, apesar de na época os naturalistas não contarem com muitos meios para medir parâmetros fisiológicos.
Darwin também estabelece que cada emoção pode ser manifestada em diferentes graus de intensidade. Em relação a raiva, por exemplo, ele descreve uma série de gradações: fúria, ódio, raiva, indignação e desafio.

O QUÃO SOMOS PARECIDOS COM OS ANIMAIS
A comparação com outras espécies é outro ponto instigante em A Expressões das Emoções nos Homens e nos Animais, mostrando bem sugestivamente o quanto somos parecidos. A comparação entre cães e gatos por exemplo também é bem pertinente. O naturalista inglês observa que além das expressões faciais parecidas, numa situação ameaçadora ou em posição de ataque ambos os animais eriçam seus pelos e se fazem parecer maiores do que são. Quando em momentos sem ameaça, relaxados, digamos, eles abaixam a postura, mantendo a causa levantada e a parte dianteira do corpo abaixada, com orelhas em pé

FINALIZANDO
As provocações e verificações de Darwin fundaram as bases da atual etologia, mostrando que a herança entre espécies está para além da mera anatomia de seus corpos. A funcionalidade dessas estruturas anatômicas e padrões motores de comportamento também mostram-se herdáveis, apesar de isso de forma alguma excluir os efeitos do aprendizado e da cultura. No entanto, como o próprio naturalista escreve, seu legado vai além da biologia, tocando também na psicologia humana, colocando o estudo de nosso comportamento e emoção em novas e revolucionárias bases.

REFERÊNCIAS
https://ibralc.com.br/
ecclesiae.com.br
revistas.usp.br
mostradarwin.com.br

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VIVER E TER O PRAZER DE REFLETIR

15/09/2022

PROPÓSITO DA REM
Para a física, Reflexão é: Ação ou efeito de refletir (-se); repercussão. Enquanto para a filosofia... É uma observação atenta e profunda, oral ou escrita, sobre alguma coisa, resultado de intensa meditação, questionamento e entendimento. Dito isso, sigamos com o nosso propósito. O propósito das Reflexões em Movimento (crítico , opinativo e também seletivo) é provocar, estimular o refletir para um novo despertar.

A IMPORTÂNCIA DE UMA REFLEXÃO
Temos a premente necessidade de parar para pensar, reavaliar atitudes, ponderar, ver o que e como estamos fazendo para determinar novas posições e conceitos, sem esquecer de  mitigar os preconceitos que nos assombram. Entendendo que sempre será indispensável e sensato, momentos de reflexões em nossas vidas. E para tanto, é preciso "fechar para balanço", imergir no interior do interior, e consultar o mais íntimo da alma.

DESENVOLVER O PENSAMENTO CRÍTICO
Desenvolver o pensamento crítico é o meio de criar sujeitos autônomos, capazes de pensar de maneira independente e conviver ativamente em sociedade. 
Você já se perguntou para que serve o pensamento crítico? Essa é uma ótima questão! Em linhas gerais, podemos defini-lo como uma avaliação voluntária que uma pessoa tem diante de um fato, de uma experiência ou de um comentário. Essa avaliação aplica argumentos à situação para chegar até uma conclusão.
Trata-se de uma avaliação que não é uma ação impulsiva ou automática, já que a reflexão que parte de um senso crítico envolve uma observação inicial e a busca por referências e argumentos que sustentem uma opinião.

LEITURA E INTERPRETAÇÃO CRÍTICA-REFLEXIVA
O contato com a leitura é fundamental para a construção de um pensamento crítico. É por meio dos textos que teremos acesso às ideias desenvolvidas de uma maneira sistemática, com início, meio e fim. Por isso, é importante estimular a leitura e a interpretação textual, não só das publicações das redes sociais, que na sua maioria têm profundidade de um pires, mas também de referências das ricas obras literárias disponíveis em profusão.

BUSCA DA AMPLIAÇÃO DO REPERTÓRIO
Um dos pré-requisitos para a capacidade de reflexão crítica é o entendimento de que sempre há diversas perspectivas em jogo. Quanto menor é nossa visão de mundo, mais tendemos a acreditar que o que nos é dito só pode ser de uma maneira, o que leva à formação de ideias fixas e que não podem ser questionadas.
Por outro lado, um amplo repertório cultural favorece o pensamento crítico sobre a realidade que nos cerca. O hábito da leitura é certamente um dos melhores caminhos para isso, pois, por meio da Literatura, temos contato com culturas e experiências totalmente diferentes daquelas que temos em nossa vida.

FINALIZANDO
Aquele que não se permite refletir, por certo, não terá um pensamento crítico, e será refém de qualquer falácia, "fake news" e dos embusteiros de plantão.

Referências
recanto dasletras.com.br
jrmcoaching.com.br
kumon.com.br
educação.imaginie.com.br

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O NOME DA ROSA

14/09/2022

O INFINITO PODER DAS PALAVRAS
Em que contexto se passa o romance O Nome da Rosa?
A narrativa se passa na Itália no período medieval. O cenário é um mosteiro beneditino, onde um frei é chamado para fazer parte de um concílio do clero que investiga crimes de heresia. Entretanto, assassinatos misteriosos começam a ocorrer.
Além do título do romance de Umberto Eco: "O Nome da Rosa" era uma expressão usada na Idade Média para denotar o infinito poder das palavras.

A MORAL DO ENREDO
“O Nome da Rosa" sugere um ambiente no qual as contradições, oposições, querelas e inquisições, no início do século XIV, justificam ações humanas, as virtudes e os crimes dos personagens, monges copistas de uma abadia cuja maior riqueza é o conhecimento de sua biblioteca.

UM CLÁSSICO
Essa história se tornou um clássico, mesclando romance investigativo com inspiração em Sherlock Holmes, religião, erotismo, violência e um toque de humor em plena Idade Média.
A obra alcançou enorme reconhecimento e projetou Umberto Eco como um célebre escritor.

IMPORTANTE TRANSIÇÃO
A história se passa em um momento crucial da humanidade quando se dá a transição do pensamento medieval para o raciocínio renascentista.
Assim, o personagem Guilherme de Baskerville representa o humanismo, o pensamento lógico, as novas ideias, a valorização da ciência e do ser humano. Ao passo que os outros religiosos simbolizam o pensamento atrasado e místico que envolveu toda a Europa durante o período medieval.
Podemos comparar também frei Guilherme com a personagem de Sherlok Holmes, um astuto detetive inglês, criado pelo escritor Sir Arthur Conan Doyle.

OS SEGREDOS NOS LIVROS
A hegemonia da Igreja Católica, cujo apogeu se deu durante o período medieval, estaria em risco se fossem reveladas as contradições e a hipocrisia existentes no mosteiro. Adso e seu mestre descobrem os autores dos assassinatos que impediam o acesso à biblioteca dos monges pois os livros continham informações que os incriminavam. As pessoas, ao manusearem um livro que esclarecia os acontecimentos, eram envenenadas por uma substância mortífera.
O ponto forte para a solução do mistério foram as manchas pretas na língua e no dedo dos monges causado pelo veneno posto na obra.

O EPÍLOGO
- Hahaha, acha que vou contar? Cante você Gil!

"Mistérios sempre há de pintar por aí..."

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SACRIFÍCIO DE ANIMAIS
EM RITUAIS RELIGIOSOS

13/09/2022

DA ANTIGUIDADE AOS TEMPOS ATUAIS
Na antiguidade eram vidas humanas ceifadas em favor de deuses ou espíritos – atualmente, são vidas de animais que são oferecidas em imolação, não só no candomblé e outras religiões Afro-brasileira. No judaísmo, a Torá exige que bovinos e frangos sejam abatidos num ritual chamado Shechita. Enquanto no islamismo o “Halal” (legal em árabe) determina os fundamentos para o abate de animais.

REGISTROS HISTÓRICOS
Os antigos Astecas, na América Central, ceifavam vidas humanas, oferecendo em sacrifício à divindade, para ajudar o sol a nascer diariamente e em homenagem ao grande Templo de Tenochtitlán.  Eram mortos em torno de 14 mil seres humanos por ano.
Os Incas que habitaram boa parte da América do Sul, no século XVI, seu verdadeiro auge, praticavam tais tenebrosos sacrifícios, com crianças, guerreiros prisioneiros e animais.   
A Civilização Maia não fugia à regra de assassinatos em nome de espíritos ou divindades.    
Também, há registros históricos que no século XXIV a.C., em Ur na Caldéia, havia cultos ao deus Molok, quando crianças eram sacrificadas, ou seja, eram queimadas vivas para aplacar a ira dos deuses.

NO BRASIL – IMOLAÇÃO ANIMAL AOS ORIXÁS
No Brasil a religiosidade de origem africana também aceita rituais com animais em oferendas aos Orixás. Curiosamente a Umbanda Esotérica não pratica esse rito, diferentemente de quase todos os terreiros de Candomblé e Quimbanda que praticam tais rituais.

SEGUNDO OS CANDOMBLECISTAS
De acordo com lideranças religiosas, o abate funciona como uma troca de energia e vitalidade entre a pessoa iniciada na religião e seu orixá.

PARECER DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
“A oferenda dos alimentos, inclusive com a sacralização animal, faz parte indispensável da ritualística das religiões de matriz africana. Impedir a sacralização seria manifestar claramente a interferência na liberdade religiosa”. A fala foi dita pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após um debate feito em 2018 sobre o sacrifício animal.

RITUALÍSTICA NÃO ACEITA CRUELDADE
Segundo o Babalorixá Daniel Pereira, os animais abatidos nas comunidades tradicionais de terreiro são aqueles que fazem parte da cadeia alimentar humana: cabritos, galinhas e galos, por exemplo. Não são abatidos animais domésticos ou silvestres. Ele explica também que geralmente há um sacerdote preparado para a realização do ritual: o ogã (título sacerdotal masculino) Axogum. Na ausência deste, a sacralização animal poderá ser realizada pelo próprio babalorixá ou ialorixá.

TEMPO REI
(...) "Tempo rei, ó tempo rei, ó tempo rei
Transformai as velhas formas do viver
Ensinai-me, ó, Pai o que eu ainda não sei..."

Fontes:

amaerj.org.br
almapreta.com
www.infoescola.com

Gilberto Freire - O Escravo Nos Anúncios de Jornais Brasileiros do Século XIX

Uma História da ESCRAVIDÃO no BRASIL

12/09/2022

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"PORTA DO NÃO RETORNO"
"Ajudá", litoral da República do Benim, a quarenta quilômetros da fronteira com o Togo. Lá, existe um monumento que simboliza uma "Porta do Não Retorno". Existem dezenas delas, em vários países africanos, marcando e sinalizando os antigos pontos de embarque de escravos para a América.

BANCO DE DADOS
Segundo o banco de dados Salve Voyages, foram catalogadas 36 mil viagens dos navios negreiros ao longo de três séculos e meio, registrando 188 portos de partida de 
cativos no continente africano.

DIÁSPORA
Em termos gerais, a palavra diáspora tem designado a dispersão forçada de um povo. O surgimento deste conceito foi originalmente tirado da bíblia a partir das traduções gregas.

IDA SEM VOLTA
A Porta do Não Retorno de Ajudá se destaca pelo número de cativos que por ali passaram: mais de um milhão de homens, mulheres e crianças embarcados à força nos navios do tráfico para uma viagem sem volta no outro lado do oceano. Quase a totalidade dos 12,5 milhões de cativos embarcados jamais teve a oportunidade de voltar às suas origens. Pelo menos 1,8 milhão morreu na travessia do Atlântico.

CORPO na América. ALMA na África
Maior território escravocrata do hemisfério ocidental, o Brasil recebeu cerca de 5 milhões de cativos africanos, 40% do total de embarcados para a América ao longo 350 anos.... Nenhum outro assunto é tão importante e tão definidor da nossa identidade nacional. Estudá-lo ajuda a explicar o que fomos no passado, o que somos hoje e também o que seremos daqui para a frente. Laurentino Gomes - autor da obra

BERÇO DA HUMANIDADE E BRASIL TÃO DESIGUAL
(...) "África de história milenar, berço da humanidade, de cultura riquíssima, complexa diversa permanece como um desafio também para nós brasileiros, especialmente os de ascendência branca e europeia, que mantêm em nossa raiz africana uma relação contraditória, marcada por duas atitudes extremas: de um lado, o mais cru preconceito racial,; de outro, a celebração ufanista e irreal das heranças africanas, como os festejos  do Carnaval, sem reconhecer, entretanto, que os responsáveis por ela - os negros e seus descendentes - nunca tiveram o mesmo tratamento e as oportunidades usufruídas por brasileiros de outras origens." (...)

IMPACTO DA ESCRAVIDÃO NA FINALIZAÇÃO
"Experiência mais determinante na história brasileira, a escravidão teve um impacto profundo na sociedade, na cultura e no sistema político-econômico que deu origem ao país após a independência".
Laurentino Gomes autor da trilogia "Uma História da Escravidão no Brasil".

CONQUISTAS DA HUMANIDADE

11/09/2022

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CONTRAPONTO AO PODER ABSOLUTISTA
O embrião da forma democrática de governo surgiu em Atenas no século V a.C. Não se tratava da democracia com o conceito de “um ser humano, um voto”, pois as mulheres e os escravos não podiam participar. Aliás, nos dias atuais, ainda há críticas a este conceito de democracia. Contudo, os gregos tiveram o mérito de tentar cercear o poder absoluto do líder, conquistado pela astúcia e força bruta, que se transformava, na maioria dos casos, em um déspota bárbaro. Outras instâncias de poder criadas moderavam o poder absoluto.

PERDA DE PRIVILÉGIOS
Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade da Revolução Francesa vieram, a partir de 1789, para modificar a organização social e política do Ocidente. Começou com a sociedade francesa, que passou por uma transformação gigantesca, com a perda de privilégio dos aristocratas e religiosos, que foram despojados, em grande parte, do seu poder e riqueza, por ataques de grupos políticos, das massas nas cidades e de camponeses. Esta revolução talvez tenha proporcionado um dos maiores avanços da condição humana da nossa espécie.

OPOSIÇÃO A COLONIZAÇÃO
Os Pais Fundadores dos Estados Unidos da América defenderam o direito de um povo ter a liberdade de constituir sua nação e de buscar o seu crescimento. Com isso, opuseram-se à dominação de povos por outros povos, ou seja, opuseram-se à colonização.

EMBRIÃO DA ATIVIDADE SINDICAL
Durante a revolução industrial na Inglaterra, no século XVIII, trabalhadores das indústrias têxteis iniciaram ações de amparo aos mais necessitados, inclusive aos desempregados, e aceitaram eleger lideranças para representá-los em negociações com os patrões. Foram iniciadas, assim, as atividades dos sindicatos, que, com toda a imperfeição do modelo de representatividade, já ajudou enormemente os trabalhadores na luta contra a ganância de alguns dos representantes do capital.

DIREITOS HUMANOS
O documento mais lindo da luta por igualdade, fraternidade e liberdade, no meu julgamento, é a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Escrita em 1948, mostra muito daquilo que o fascismo, o autoritarismo, o capitalismo exacerbado, o liberalismo econômico, a experiência comunista do século passado e alguma eventual alternativa de organização política e social esquecida, não garante aos humanos.

CICLOS DE MELHORIAS
O homo sapiens está na face da Terra há cerca de 300 mil anos. Pode-se dizer que o “período de atividade generosa” de alguns membros de cada geração dura em média 25 anos. Obviamente, alguns passam bem mais que este tempo lutando contra arbitrariedades. Então, já ocorreram em torno de 1.200.000 períodos de contribuição de nossos semelhantes para a “melhoria da humanidade”.

REFERÊNCIA
monitormercantil.com.br
Livro: As Grandes Conquistas da humanidade - Sérgio Yamasaki

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CASA BRANCA do ENGENHO VELHO

10/09/2022

ENGENHOS DE CANA
No período da escravidão no Brasil, os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana. Na Bahia, princesas, na condição de escravas, vindas de Oyó e Keto, fundaram um centro num engenho de cana. Depois se agruparam num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Nagô Ilè Asé Airá Intilè também conhecida como Candomblé da Barroquinha, que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência, dentro do perímetro urbano de Salvador.

A SOCIEDADE QUE PERSEGUIA
No início, as atividades do Ilé Axé sofreram perseguições da Sociedade e por parte da Polícia. Já no período da República, o candomblé fora proibido de exercer as suas atividades e os Terreiros ficaram subjugados à Delegacia de Jogos, Entorpecentes e Lenocínio

TOMBADO PELO PATRIMÓNIO HISTÓRICO
O Ilé Axé Iya Nassô é o 1º Templo de Culto Religioso Negro no Brasil - Casa Branca do Engenho Velho. É o primeiro Monumento Negro considerado Patrimônio Histórico do Brasil desde o dia 31 de maio de 1984 (Tombamento do Terreiro do Engenho Velho).
Antes disso, em 1982, o Terreiro já havia sido tombado como Patrimônio da Cidade do Salvador 1ª Capital do Brasil.

TERREIRO MAIS ANTIGO
Somente no atual local, o Terreiro da Casa Branca tem cerca de 250 anos, de acordo com o antropólogo Ordep Serra, presidente da Sociedade Beneficente São Jorge do Engenho Velho da Federação. "Não temos como precisar a data em que o terreiro foi criado, mas, só para se ter uma idéia, terreiros tradicionais como o Gantois e o Ilê Axé Opô Afonjá foram criados a partir da Casa Branca".

TOTAL DE TERREIROS DE CANDOMBLÉ
Segundo a Federação Nacional do Culto Afro, existem na Bahia cerca de 7.000 terreiros de candomblé 4.000 apenas em Salvador.

Fonte(s):
Saravá! Candomblé é patrimônio nacional, disponível em: http://desafios.ipea.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2568:catid=28&Itemid=23
Casa Branca do Engenho Velho, disponível em:
http://arquivo.geledes.org.br/patrimonio-cultural/artistico-esportivo/manifestacoes-culturais/2586-casa-branca-do-engenho-velho
VELHO, G. Patrimônio, negociação e conflito, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, 2006.
SERRA,Ordep. Terreiro da Casa Branca: patrimônio do Brasil, 2008, Salvador.

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CRESCIMENTO GEOMÉTRICO (EXPONENCIAL)

09/09/2022

DE FATO, O ESTADO BRASILEIRO NÃO É LAICO

Denominações religiosas neopentecostais exercem hoje grande influência na política e na sociedade brasileiras. Elas contam com seguidores em todo o país, veículos de mídia e representantes em cargos executivos e legislativos. É uma influência que vem a reboque da expansão das religiões evangélicas no Brasil, seguidas por 31% dos brasileiros, segundo pesquisa do Datafolha de 2019. O neopentecostalismo, porém, tem suas particularidades, conforme o "Nexo" explica abaixo.


O QUE É O NEOPENTECOSTALISMO?

O neopentecostalismo, assim como anteriormente o pentecostalismo, é um movimento dissidente do protestantismo. Foi iniciado por líderes religiosos dos Estados Unidos nos anos 1960, quando passaram a ser chamados de neocarismáticos ou evangélicos carismáticos. No Brasil, o movimento neopentecostal teve início com Edir Macedo e sua Igreja Universal do Reino de Deus no fim dos anos 1970.


PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

•             Prega a Teologia da Prosperidade, segundo a qual Deus reserva sucesso financeiro, saúde e realizações na vida para os cristãos

•             O dízimo e a oferta conduzem à prosperidade. A lógica é: quanto mais se doa à igreja, mais sucesso está por vir

•             É descentralizado e sectário, com independência entre as igrejas, sem uma figura hierárquica central, como o papa católico

•             Enfatiza uma constante guerra espiritual contra a figura do Diabo e seus representantes na Terra, da cultura à política

•             Propõe uma abordagem menos severa em relação ao uso de roupas pelos fiéis do que nas pentecostais mais antigas

•             Usa meios de comunicação de massa, como rádios e programas de TV, para pregar sua fé e obter novos fiéis


PRINCIPAIS IGREJAS NO BRASIL

•             Igreja Universal do Reino de Deus, conhecida pela sigla Iurd, fundada por Edir Macedo em 1977

•             Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada pelo pastor R.R. (Romildo Ribeiro) Soares (ex-Iurd), em 1980

•             Igreja Renascer em Cristo, fundada pelo casal de bispos Estevam Hernandes e Sônia Hernandes, em 1986

•             Sara Nossa Terra, fundada pelos bispos Robson Rodovalho e Maria Lúcia Rodovalho, em 1992

•             Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo pastor Valdemiro Santiago (ex-Iurd), em 1998


QUAL O TAMANHO DO NEOPENTECOSTALISMO

“Em termos absolutos, o Brasil foi o país que registrou o maior crescimento da população evangélica, em todo o mundo, nos últimos anos”, afirma o historiador e antropólogo Paul Freston. Estima-se que 31 % dos brasileiros sigam essa vertente religiosa.


REFERÊNCIA

Fragmentos da matéria publicada no "Nexojornal", por Camilo Rocha em19 de abril de 2020 (atualizada em 26/08/2022).

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O CONCLAVE

08/09/2022

O PAPA (AUTORIDADE MÁXIMA)
Dentro da Igreja Católica, enquanto instituição, existe uma organização hierárquica, na qual estão organizados por nível de responsabilidades e espiritualidade os componentes do clero católico (leigos, padres, bispos, papa). O ocupante do mais alto lugar nessa hierarquia recebe o título de papa. Sobre ele pesam as responsabilidade de tomar decisões morais, religiosas e espirituais que guiam o povo católico submetido à sua autoridade.

A RENÚNCIA OU A MORTE
Existem duas formas gerais pelas quais deverá acontecer uma eleição para novo papa. São elas a renúncia ou a morte do papa em exercício. Mas a morte é a principal forma de sucessão de um Papa. Existe todo um procedimento que vai desde a confirmação médica da morte do papa até a eleição de um novo Pontífice.

O PROCEDIMENTO
Quando há a percepção que o papa atual faleceu, reclama-se a presença de um médico, caso não haja um junto. O profissional, então, verifica os sinais vitais e quando percebe que já não existem, anuncia aos presentes. O cardeal carmelengo (camareiro) chama o papa por seu nome de batismo por três vezes, caso não haja reação alguma e seja confirmada a morte, o cardeal carmelengo retira primeiramente o Anel do Pescador , que é um acessório usado pelo papa para representar sua missão de pescador de almas e sucessor de Pedro, que era pescador. O anel é incinerado, pois deve ser particular a cada papa. Logo em seguida é anunciada formalmente a morte do Bispo de Roma.

O ESCRUTÍNIO E A FUMAÇA
Para ser eleito papa, o cardeal deve ter dois terços dos votos mais um. Depois de todos votarem, os votos são lidos em voz alta por três representantes, caso nenhum cardeal receba o número suficiente de votos, as cédulas de votação são queimadas e o processo reinicia. Nesse momento, sai pela chaminé uma fumaça preta e o mundo sabe que não houve um escolhido. Quando há a escolha e o eleito aceita a missão, imediatamente, ele revela por qual nome deseja ser chamado. Sai então da chaminé, uma fumaça branca, sinal de que foi feita a escolha.

“HABEMUS PAPAM!” (Nós temos um Papa!).
Será anunciado o nome do novo pontífice. Na preparação desse momento, o eleito se veste em uma sala chamada “Sala das lágrimas”. Então, a famosa frase é proclamada. O mundo todo conhece, então, o novo sucessor de Pedro e representante de Cristo.

Fontes:
http://hypescience.com/10-principais-passos-para-eleger-um-papa/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conclave
http://noticias.terra.com.br/mundo/mortedopapa/interna/0,,OI503315-EI4692,00-Confira+os+rituais+que+envolvem+a+morte+do+Papa.html

DESCOLONIZE SEU PENSAMENTO

07/09/2022

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LIVRO OBJETO DA REM DE HOJE
"Mitologia dos Orixás", por Reginaldo Prandi. Um dos grandes pesquisadores das religiões afro no Brasil que explica a raiz histórica dos preconceitos contra a umbanda e o candomblé.

PRECONCEITOS E DEMONIZAÇÃO
É fato que o racismo e a discriminação que remontam à escravidão e que desde o Brasil colônia rotulam tais religiões pelo simples fato de serem de origem africana, e, pelo outro, a ação de movimentos neopentecostais que nos últimos anos teriam se valido de mitos e preconceitos para "demonizar" os umbandistas e candomblecistas.

COLETÂNEAS DE MITOS DIVINDADES
Os trezentos e um mitos reunidos e recontados apresentam as venturas e desventuras dos orixás mais cultuados nos países da diáspora negra e também daqueles cujo culto foi quase extinto, permanecendo às vezes, somente na memória de seus velhos sacerdotes, como Agenor Miranda Rocha.

RESULTADO DE CRISTERIOSAS PESQUISAS
A condução irrepreensível da pesquisa que precedeu sua redação. Reginaldo Prandi consultou praticamente toda a bibliografia sobre o tema, livros, artigos e teses, obras escritas por antropólogos, pais e mães-de-santo, pesquisadores institucionais ou avulsos, abordando não só a mitologia afro-brasileira como também a africana e a produzida pela diáspora negra nas Américas.
Além disso, durante mais de uma década de pesquisa de campo, também teve acesso a importantes fontes orais, inclusive a velhos cadernos de notas guardados por personalidades do mundo do candomblé.

FINALIZAM OS RESENHISTAS
Mitologia dos Orixás, enfim, é uma obra de grande valor literário. Referência para os pesquisadores das religiões de origem africana e para seus adeptos. Pode-se desde já vislumbrar sua influência sobre pesquisadores, simpatizantes e o povo-de-santo. Essa religião de tradição oral, que cada vez mais se apropria da palavra escrita universal, dispõe agora de uma belíssima fonte da qual todos nós podemos beber.

Referências
Resenha de Renato da Silveira (Doutor em antropologia).
Resenha por André Ricardo e Patrícia Ricardo (Mestrandos em Sociologia).

TRIBOS

06/09/2022

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VOCÊ PERTENCE À ALGUMA TRIBO?
Existem as tribos urbanas como agrupamentos de pessoas que se aproximam pela identificação comum que expressam valores e estilos de vida. O termo era, originalmente, empregado para designar cada uma das trinta divisões da Roma Antiga (mais tarde, trinta e cinco) formadas por cidadãos plebeus. Mas no final do século XI a.C., as 12 (doze) tribos de Israel se uniram sob a liderança de Saul.


AS DOZE TRIBOS
O povo de Israel, num determinando momento de sua história, que uns dizem ser após Jacó e outros dizem ser quando da entrada em Canaã, foi agrupado em doze tribos, recebendo os nomes de cada um dos filhos de Jacó: 
Os filhos de Lia: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom.
Os filhos de Zilpa, serva de Lia: Gade e Aser
Os filhos de Raquel: José e Benjamim
Os filhos de Bila, serva de Raquel: Dã e Naftali

TRIBO DE JESUS
De acordo com a árvore genealógica descrita na bíblia, José, marido de Maria e pai terrestre de Jesus Cristo, é descendente direto da tribo de Judá. Assim sendo, Jesus também pode ser considerado descendente da família de Judá e do rei Davi.

TRIBO MAIS FORTE
A Tribo de Zebulom desempenhou um importante papel na história antiga de Israel. No censo das tribos no Deserto do Sinai durante o segundo ano do Êxodo, a tribo de Zebulom contava com 57.400 homens capazes de pegar em armas (Números 1:31).

TRIBO MAIS IMPORTANTE
A meia-tribo de Manassés ocupou um vasto território nos dois lados do Rio Jordão, do Mar Mediterrâneo até a Síria, próximo a Damasco. Efraim foi posicionada na região central, incluindo as importantes cidades de Siló, Gilgal e Betel, cuja importância remete às histórias.

DAS TRIBOS À ALDEIA GLOBAL
Aldeia Global, termo criado pelo filósofo canadense, Herbert Marshall, primeiro a tratar das transformações sociais. Mas apesar de tudo, muitos de nós ainda buscamos interagir socialmente em tribos.

REFERÊNCIA
jesuseabiblia.com

ESPIRITUALIDADE NÃO É RELIGIÃO - E SIM O EIXO PROPULSOR DA VIDA

05/09/2022

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CONCEITOS DE ESPIRITUALIDADE
"É o aspecto da humanidade que se refere à maneira como os indivíduos buscam e expressam significados e propósito e a maneira como eles vivenciam sua conexão com o momento, para si mesmos, para os outros, para a natureza e para o Sagrado". Drª. Christina Puchalski
"É, sobretudo, um grande e poderoso ato de conexão entre o ser humano e o divino.
É como a selva da árvore: não está à vista, mas nutre, faz crescer e produz frutos". Sérgio Barbosa Rodrigues

ESPIRITUALIDADE X RELIGIÃO
"A Religião é para os que dormem. Por sua vez a Espiritualidade é para os que estão despertos". Pierre Teillard Chardin


FREUD, MOISÉS E O MONOTEÍSMO
Em "O mal-estar na civilização", Freud reconhece a função da religião como resposta frente ao desamparo, situando aí sua origem. "Moisés e o monoteísmo" mostra como a religião desvela um saber esquecido a cerca de um povo, e, em certo sentido, de toda a humanidade.


FREUD, RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE
Referindo-se à espiritualidade e ao ideal de Deus de uma maneira incomum à sua atitude mais frequente frente à religião, Freud afirma que,  "na religião mosaica, há um triunfo da espiritualidade sobre os sentidos, ou mais precisamente uma renúncia às pulsões acompanhada de tudo aquilo que esta renúncia implica..."

QUASE FINALIZANDO
A palavra espiritualidade está entrelaçada a dois principais fundamentos. O primeiro, diz respeito ao despertar da Consciência para os condicionamentos oriundos do ego ou da personalidade identificada com o Outro (sujeito da percepção que interpreta o mundo externo e o mundo interno, a partir das estruturas biopsicossociais), ganhando assim poder para decisões mais livres. O segundo diz respeito à experiência de unidade com o Inefável, no qual abrange e ultrapassa a experiência humana.
Luciano Lins

FINALIZANDO COM PIERRE TEILLARD
"A religião enclausura nossa mente.
A espiritualidade liberta nossa consciência".

REFERÊNCIAS
virusdaarte.net
blog.caffeinearmy.com.br
revista.units.br
pericoco.com.br
marista.org.br
artigo de Luciano Lins

A ETERNA BATALHA DO BEM CONTRA O MAL

04/09/2022

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UM VIÉS DUALÍSTICO
É claro que a reflexão "provocativa" de hoje, tem muito a ver com os últimos acontecimentos e com a onda avassaladora divisionista, que cresce pelo Brasil e pelo mundo a fora. Mas também tem muito a ver com racismo estrutural, ideologias políticas, esquerda, ultra direita, e a, indevida e inapropriada, ingerência do segmento religioso.
Tem muito a ver com tudo que faz parte do mundo contemporâneo. Como também tem a ver com essa "vibe": "sou luz", "sou do bem". "Você é treva", "você é do mal"... Tá entendo nada, né? Entenderás mais na frente! Rs.

MANIQUEÍSMO
Fundado por Maniqueu no século III, o maniqueísmo nasceu como uma movimento religioso que tem como principal característica o dualismo baseado no antagonismo entre os conceitos de bem e mal, luz e trevas, corpo e alma, preto e branco. Na Idade Média, foi duramente criticado por Santo Agostinho que dedicou gigantesco empenho para desmistificar a ideia do mal  difundida largamente por Maniqueu e seus fanáticos seguidores.

AS DUAS POLARIDADES
Desde que o mundo é mundo, ele trabalha em duas polaridades. A energia positiva e a negativa. Para existir tudo o que você conhece hoje como natureza e beleza, existiu antes o caos.
Teve muito fogo, tempestades, muita água, muitas mortes coletivas, uma grande confusão. Uma catástrofe se vista pela nossa incipiente mente humana socialmente construída e condicionada. Para a natureza, apenas um processo normal e natural. Nós não vivemos com a natureza, nós somos natureza. Somos paz, somos guerra, somos amor, ainda estamos no ódio, somos temperança, ainda somos caos, somos yin e yang. Essa eterna e incansável luta para ser do bem, nada mais é, do que uma luta eterna contra nossa natureza.

DICOTOMIA MANIQUEÍSTA
O vocábulo dicotomia tem origem grega e significa "dividir em dois" e, na filosofia, é usado para denominar princípios opostos. É recorrente na doutrina de Maniqueu a ideia de oposição e contrariedade dos conceitos sendo este o principal e mais conhecido fundamento do maniqueísmo.

PONTO DE VISTA NEOPLATONISTA
Santo Agostinho passou a se identificar com o ponto de vista neoplatonista de que o mal consiste em privação ou corrupção do bem ao invés de algo substancial como faz parecer o Maniqueísmo. Na sua maturidade Agostinho afirmará que todo ser é bom, tal como foi criado por Deus. Cabe ressaltar que existem de "ser" e "bem", mas em suma, tudo que é real é bom em algum nível conforme determinada hierarquia.

CRÍTICA AO MANIQUEÍSMO
Na psicanálise essa simplificação maniqueísta reinante é entendida como "uma forma primária do pensamento que reduz os fenômenos humanos a uma relação de causa e efeito, certo ou errado, isso ou aquilo, é ou não é", cristão e não cristão. 
Há ainda relação perigosa com a intolerância e o desconhecimento da verdade do outro. Isso significa o desprezo ao diálogo e ao pensamento crítico, filosófico e científico.

FINALIZANDO
Ao invocar Sandra de Sá na sua canção "Bye Bye Tristeza" quando diz:
"Ninguém aqui é puro anjo ou demônio", nem mesmo aqueles (as) com a carinha de "anjo".

QUERO SER FELIZ! Porque com DEUS não há de se temer nenhum "lobo mau".

ANSIEDADE ISSO NÃO LHE PERTENCE

03/09/2022

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MENTE: A CRIADORA DA FELICIDADE E DA ANSIEDADE
Segundo o budismo tibetano, a mente é considerada como a base universal da experiência, criadora da felicidade e do sofrimento. Através dela pensamos, planejamos, manipulamos, expressamos as avalanches de emoções que nos absorvem e também os pensamentos negativos que acumulamos e que continuamos alimentando a partir da fragmentação e conceitualização das nossas experiências. É através dela que criamos e alimentamos nossa instabilidade, pois ela está, o tempo todo, presa às influências externas, aos nossos maus hábitos e condicionamentos.


O MAL DO SÉCULO?

Se você costuma sofrer por antecipação, acordar cansado, ter dores de cabeça ou muscular e se esquecer das coisas com facilidade, é bem provável que sofra da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA). Segundo Augusto Cury, psiquiatra e psicoterapeuta, autor do livro “ANSIEDADE”, o bombardeio de informações e atividades intelectuais gerou uma sociedade ansiosa, que sofre por antecipação. Por isso, em sua obra, ele aborda o funcionamento da mente humana e sua capacidade de desacelerar o pensamento, gerir as emoções de maneira eficaz e resgatar a qualidade de vida.


CARACTERIZAÇÃO DA ANSIEDADE

A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas marcadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo negativo vai acontecer. Em especial durante as crises de ansiedade, as pessoas não conseguem se ater ao presente e sentem uma grande tensão, às vezes sem um motivo aparente. Esse problema pode manifestar sintomas físicos também, como sudorese e arritmia cardíaca.


DIFERENÇA ENTRE TRANSTORNO DE ANSIEDADE E A ANSIEDADE COMUM

 A psicóloga Marina Vasconcellos, de São Paulo, explica que a intensidade dos sintomas de ansiedade e a duração dos mesmos marcam essa distinção. “Qualquer pessoa fica ansiosa por causa de uma entrevista de emprego, antes de fazer uma prova ou quando vai conhecer alguém. Mas, normalmente, esse sentimento passa”.


ENQUANTO NO TRANSTORNO...

Já no transtorno de ansiedade, quase tudo vira motivo de preocupação exagerada e contínua. “O paciente não é capaz de relaxar”, complementa a especialista. Crises comuns há mais de seis meses são um sinal claro desse quadro. Ficar tenso sem razão aparente é outro.


ORIGEM

A origem dos transtornos de ansiedade varia bastante de indivíduo para indivíduo. Eles podem, por exemplo, aparecer por desequilíbrios químicos do cérebro, pela falta de suporte familiar ou por traumas — principalmente na infância. Ou por uma mistura de fatores.

 
DIAGNÓSTICO

Normalmente, o diagnóstico é feito por um profissional da área de saúde mental (um psicólogo ou psiquiatra). E leva um certo tempo para entender exatamente a intensidade do problema e qual o tipo de transtorno.


FONTES

Livro Ansiedade de Augusto Cury

www.boaconsulta.com 

www.isaude.com.br

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PREPARA TEU CORAÇÃO PARA RECEBER AS BÊNÇÃOS

02/09/2022

A ETIMOLOGIA DA PALAVRA BÊNÇÃO
Abençoar, no hebraico, é "barach". A raiz dessa palavra possui algumas variações: vrachá (bênção), berech (ajoelhar) entre outras. O sentido hebraico é: conceder poder a alguém para que alcance a prosperidade, longevidade, fecundidade, obter sucesso e muitos frutos". No latim "benedictio" refere-se à ação de louvar, bendizer, proteger ou consagrar algo ao culto divino ou invocar a bênção divina a favor de alguém ou de si mesmo. Enquanto que no português: o de toda providência divina que vem para suprir nossas necessidades ou de outrem.

AS BÊNÇÃOS DE DEUS
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo” (Efésios 1:3.)
Assim o apóstolo Paulo inicia sua carta aos Efésios: louvando, engrandecendo, exaltando e bendizendo o Deus que reina sobre todas as coisas.

COMO RECEBER AS BÊNÇÃOS DE DEUS
Como centelha divina, você é herdeiro do Reino de Deus, você tem acesso à bênção, provisão e favor do Pai. Mas veja o que está escrito em Gálatas 4:1:
Você começará a experimentar a bênção de Deus quando confiar nele.
Deuteronômio 28 deixa claro que a obediência à Palavra do Altíssimo é fundamental para experimentar as Bênçãos de Deus. Deus te ama. Seu valor vem dele, e ele o considera precioso. Quando você reconhecer seu valor aos olhos de Deus, experimentará a bênção Dele.

GRAÇAS PARA TODOS
Não recebemos algumas bênçãos ou poucas bênçãos, recebemos, sim todas as bênçãos que precisamos. Todas elas estão à nossa disposição, pois Deus (Pai e Mãe) já nos concedeu por Amor infinito.

E POR QUE TODOS NÃO DESFRUTAM?
Lembre-se de Romanos 15:13 quando diz: "Oro para que Deus, a fonte da esperança, o encha completamente de alegria e paz porque você confia nele. Então você transbordará confiante de esperança através do poder do Espírito Santo".
Você assimilará as bênçãos de Deus quando acreditar e confiar irrestritamente e incondicionalmente Nele.

LIVRE-SE DO MEDO
Em 2 Timóteo 1:7 encontramos: "Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de poder (fortaleza) e moderação".
O medo não é divino, ele paralisa, torna o ser incapaz do movimento da ação, da transformação.

FINALIZANDO COM GRATIDÃO
Agradeço a Deus por toda as bênçãos que chegam profusas e abundantes em minha agraciada vida.

Fonte: www.bibliaonline.com.br

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INSPIRADO, OU PLAGIADO, EM TELA FRANCESA

01/09/2022

UM PENSAR DE 200 ANOS

Talvez não seja a enganosa pintura do quadro em si da "Independência ou Morte". Provável que, o mais importante nesses 200 anos, quando iremos "celebrar", ou lamentar, no próximo e "emblemático" dia 07 de setembro, seja, o que deixamos de desenvolver, deixamos de crescer e o que deixamos de transformar, enquanto nação.

Solidificamos na nossa cultura a nefasta e perversa herança patrimonialista. Aprofundamos as injustiças sociais e tornamos o país muito mais desigual.

Em muitos aspectos, continuamos "deitados eternamente em berço esplêndido". Só que, embalados pelo divisionismo, pela política predatória e pela falta de uma visão menos embaçada de futuro.

"Triste Brasil! Ó quão dessemelhante..." "Pense no Haiti. Reze pelo Haiti. O Haiti é aqui..."


ANÁLISE DO QUADRO

Independência ou morte, também conhecido como O Grito do Ipiranga, é um quadro do artista Pedro Américo de Figueiredo e Mello. A cena retratada é uma idealização do momento em que Dom Pedro I declara que o Brasil já não era mais colônia de Portugal. Portanto, esse é um trabalho que não apresenta fielmente essa passagem da história.


CURIOSIDADES SOBRE A PINTURA

A obra foi feita com o intuito de transmitir um caráter glorioso, imaginativo e imponente para a nação brasileira. O objetivo foi alcançado e a tela entrou para a história e imaginário da população, sendo interpretada por muitos como se a situação tivesse ocorrido dessa forma. Conta-se que a ocasião - ocorrida mais de meio século antes - foi bem diferente da retratada. Os animais, por exemplo, provavelmente eram mulas ao invés de cavalos, pois eram mais aptos a aguentar esse tipo de expedição.


"DESARRANJO IMPERIAL"

De acordo com o livro “1808”, de Laurentino Gomes, Dom Pedro, após comer um alimento estragado, sentiu um “mal-estar intestinal súbito” durante o dia em que houve a proclamação. Ainda segundo o livro, o ato foi “mais brasileiro e menos épico” de quanto é contado.


VESTIMENTA LUXUOSA?

A obra “Independência ou Morte” também sugere uma vestimenta luxuosa em D. Pedro, fato que é combatido por historiadores, que afirmam que ele estava trajado como um simples tropeiro.


UMA ENCOMENDA DA FAMÍLIA REAL

Apesar de considerado a representação do momento de "Independência ou Morte", na verdade foi uma obra sob encomenda para ressaltar o poder monárquico do recém-instaurado império.


Fontes (referências)

Folha.uol.com.br

Brasilescola.uol.com.br

www.culturagenial.com

www.terra.com.br

http://revistapesquisa.fapesp.br

JUSTINIANO - "Corpus Júris Civilis"

31/08/2022

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O QUE É O "CORPUS JURIS CIVILIS"?

O CJC é a coleção de constituições imperiais (CODEX),  a compilação das obras dos juristas romanos, o curso de direito introdutório e as novas constituições imperiais de Justiniano.


O COMPILADOR DO DIREITO ROMANO

Justiniano I (483-565 d.C.) foi o imperador romano do oriente (imperador bizantino) que ordenou a compilação do direito romano, por meio da constituição imperial. O curioso é que nada foi escrito sobre sua esposa, Teodora, que reinou ao lado dele, algo inusitado na época, mas porque viveram um "daqueles romances" que marcaram a história.


"HISTÓRIA SECRETA"

Procópio de Cesareia, foi secretário pessoal de um dos grandes generais de Justiniano, Belisário. Foi Procópio quem inventou o apelido "Teodora do prostíbulo" com a intenção de insultá-la.
A obra em questão, que o autor não se atreveu a publicar enquanto os protagonistas estivessem vivos, é um violento ataque a Belisário, sua mulher, Antonina, e seus amigos Teodora e Justiniano. Outro que chegou a afirmar que Teodora era egressa de um bordel, foi João de Éfeso, historiador e líder da Igreja Ortodoxa.


JUSTINIANO
Ele foi sobrinho de Justino, imperador de Roma, após a morte de Anastácio I. Por estar senil durante parte do seu reinado, Justino delegava poderes e altos cargos no governo ao sobrinho, e foi assim que, Justiniano conheceu Teodora.


TEODORA
Ela virou atriz, dançarina, mímica e comediante, aos 15 anos. Se tornou, como muitas atrizes da época, prostituta.
Aos 18 anos, largou tudo para ficar com o governador da atual Líbia. Pouco depois se separaram. Foi devota do monofisismo, vertente do cristianismo. E aos 21 anos conheceu Justiniano.


O CASAL
Apesar da diferença de idade e personalidade, faziam um casal perfeito.
Ela era linda, segura de si e com a língua sempre afiada. Enquanto ele era reservado, avesso a sorrisos e não tão bonito.
Havia uma problema legal, naquela época era proibido um funcionário do governo casar com uma atriz, profissão que era sinônimo de prostituta.


"JUSTIÇA SOCIAL"
Para Teodora, a prostituição era uma questão de justiça social, em vez de um problema moral pessoal - ela abordou o papel da desigualdade econômica na adoção dessa ocupação. E atuou em prol dos direitos das prostitutas fechando bordéis, criando abrigos e aprovando leis para proibir a prostituição forçada.


À FRENTE DO SEU TEMPO
A imperatriz Teodora revolucionou e quebrou paradigmas mesmo em tempos remotos.
Aboliu a lei que permitia que as mulheres fossem morras por cometer adultério. E elevou o status das mulheres no Império Bizantino em relação às demais no Oriente Médio. Ampliando seus direitos em caso de divórcio e concedendo direito à propridade.


Fonte:
Trechos extraídos da matéria publicada por BBC News mundo (autoria de Dália Monteiro), em abril de 2019.

Capítulo 2 CORÍNTIOS 3:6

30/08/2022

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EPÍSTOLA AOS CORÍNTIOS
O apóstolo São Paulo, ao escrever uma carta aos Coríntios, expôs sua célebre frase: "A letra mata e o espírito vivifica!" Colocada em seu devido contexto, pode-se observar que ao longo do terceiro capítulo da referida missiva, o apóstolo faz um paralelo entre dois tipos de tratamentos: um através da lei e o outro através do Espírito Santo, traçando, assim, normas de condutas.


NORMAS ÉTICAS
Dentre as normas éticas pode-se enquadrar as de cunho religioso, ou seja, o valor do divino norteando o homem inserido na sociedade, exigindo um determinado comportamento por parte dos indivíduos e dos grupos.
Portanto, toda e qualquer atividade humana, voltada à realização de um valor, deve ser considerada uma conduta ética.


REFLEXÃO SOBRE O MINISTÉRIO APOSTÓLICO
No capítulo 3 de Coríntios, Paulo escreve dizendo que os cristãos convertidos ao Evangelho são cartas vivas. Com isso, o apóstolo estava se referindo ao fato de que pessoas inimigas do Evangelho e opositores do seu ministério, estavam utilizando cartas de recomendação fraudulentas para atestar a própria causa.


O SIGNIFICADO NO CONTEXTO
"a letra mata mas o Espírito vivifica".
Nessa frase, a "letra" que o apóstolo se referiu significa a Lei Mosaica que mostrava a incapacidade humana em obedecê-la. A Lei apontava a desobediência dos homens para com os mandamentos de Deus.


O VIVIFICAR
Os ortodoxos judeus entendiam a Lei de forma legalista. Mas na verdade estavam sendo condenados por ela, quando do seu cumprimento irrestrito.
Por sua vez, "O espírito vivica" quando a Lei de Deus é internalizada no coração do homem. Ela é quem o capacita a viver de uma forma harmoniosa, leve e coerente com o Espírito Santo.


FINALIZANDO COM MATEUS 16:26
"Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma"?

DESINFORMAÇÃO E PSEUDOCIÊNCIA

29/08/2022

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"CELEBRAÇÃO DA IGNORÂNCIA"
Carl Sagan (1934-1995), astrofísico e grande divulgador da ciência, conhecido mundialmente pela série de televisão "Cosmos", havia acertadamente previsto que o auge das grandes tecnologias, provocaria a desinformação, a pseudociência e o emburrecimento, além da "celebração da ignorância" através da mídia.


"O MUNDO ASSOMBRADO PELOS DEMÔNIOS"
Em 1995, publicou o livro em epígrafe. A ciência vista como uma vela no escuro, no qual aborda desde questões espirituais até desmentidos sobre abduções alienígenas. Mas, seu livro também constrói uma defesa apaixonada da ciência e do método científico, e explica como ela ajudou a iluminar rincões sombrios do universo.

"EMBURRECIMENTO" dos EUA
No capítulo em questão, Sagan trata, de alguns fenômenos culturais americanos da época, confira:
"O emburrecimento dos Estados Unidos é mais evidente na lenta degradação dos conteúdos substanciais na mídia enormemente influente, nas frases de efeito de 30 segundos (agora reduzidas a dez segundos ou menos) as programações reduzidas ao mínimo denominador comum, apresentações crédulas sobre  pseudociência, e superstições, mas,  sobretudo, numa espécie de celebração da ignorância".

FENÔMENOS DAS NOVAS REDES
Sagan, com sua grande sensibilidade e inteligência, foi capaz de captar grande parte da essência das mudanças que começavam a se formar naquela época, e que hoje parecem óbvias. Podemos considerar que as previsões feitas há 27 anos não sejam realmente uma revelação, e estão, provavelmente, corretas, uma vez que vislumbrar um futuro distópico não é especialmente complicado.

ILUSÃO DE UMA FALSA LIBERDADE
Dar às pessoas a ilusão de liberdade funciona melhor do que quaisquer esforços reais de conter liberdade. O controle perfeito funciona quando aqueles que são controlados continuam a acreditar o contrário. Podemos ser governados por demônios que podem vir disfarçados como deuses.

CARL SAGAN E O PONTO FINAL
"Vivemos em uma sociedade extremamente dependente da Ciência e da Tecnologia, na qual pouquíssimos sabem alguma coisa sobre ciência e tecnologia".

Princípios do Universo e da Psicanálise

27/08/2022

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O universo e a psicanálise seguem alguns princípios básicos, como a origem dos fenômenos a partir de transformações. E não apenas por uma espécie de geração espontânea.

LEI DA TRANSFORMAÇÃO DESDE SEMPRE PRESENTE
Desde o fenômeno da fecundação no óvulo de nossas mães.
Isto é, a nossa própria fecundação já se mostra a transformação inicial das nossas vidas. E, talvez, como uma das mais belas. Na continuidade, podemos constatar que até o momento de nossa morte, a vida é regida de transformações tanto âmbito material quanto na psique.

TRANSFORMAÇÕES  PSÍQUICAS
Na esfera psíquica:
NADA SE PERDE Nosso inconsciente pode reprimir conteúdos, mas isso não significa que eles desapareceram. Isso é um mecanismo que a mente usa para inibir as lembranças negativas ocupem nossa consciência.
NADA SE CRIA
Nossas crenças, valores, medos e desejos são resultados de nossa cultura, nossa formação, nossa ideologia, nossas vivências.
TUDO SE TRANSFORMA
Um trauma inconsciente pode virar um sintoma ou em um medo, que a terapia psicanalítica pode ajudar a trazer à tona e elaborar um conceito. Aquele recalcamento de que falamos pode se transformar em sintoma. Manifestando-se na forma de algum desconforto físico ou mental, como angústias e ansiedades.
AS LEIS QUE REGEM AS EMOÇÕES
Por isso, as leis que regem as emoções podem muito bem ser comparadas às que regem as leis que negam a criação. Ou, ainda, a perda de qualquer tipo de energia.
EM SÍNTESE
Verificamos que as transformações em nossas vidas, tanto no plano material, muitas vezes tem o objetivo de nos ajudar a evoluir fisicamente e no plano da alma, de nos afastar do sofrimento.
Fonte

Trechos extraídos de um artigo postado no site www.psicanaliseclinica.com Escrito pela equipe Psicanálise Clínica, com a colaboração de João Gabriel Lopes Antoniassi, em 01 de maio de 2019.

A FILOSOFIA ENTRE A RELIGIÃO E A CIÊNCIA.

26/08/2022

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AS DIFERENÇAS ENTRE FILOSOFIA, TEOLOGIA E CIÊNCIAS

A Filosofia, conforme entendo a palavra, é algo intermediário entre a teologia e a ciência. Enquanto a Teologia está voltada para o estudo da fé, mas sempre de uma religião específica. Por sua vez, a Filosofia se distingue da religião e da mitologia pela sua ênfase e o seu foco em diversos argumentos racionais. A Filosofia se diferencia das pesquisas científicas (Ciências) por normalmente não recorrer a processos empíricos em suas investigações.

A FILOSOFIA ENQUANTO ELO DE LIGAÇÃO

No livro de Bertrand Russel, “A Filosofia entre RELIGIÃO e a CIÊNCIA, o autor aborda questões relacionadas com a filosofia, entre a ciência e a religião. Onde os conceitos filosóficos são resultados de dois aspectos, que envolvem fatores religiosos e éticos, e fatores científicos, quando há a presença de ambos é que se caracteriza a filosofia.
O autor afirma que para compreender uma época ou uma nação, devemos compreender sua filosofia...

SUBMERSA PELA TEOLOGIA

A filosofia surgiu na Grécia antes de Cristo, porém, apesar de seguir o seu curso por um período, foi submersa pela teologia quando surgiu o Cristianismo.
Durante um grande período as idéias gregas sofreram um processo gradual de transformação. Algumas idéias, como as religiosas, tomaram uma importância relativa, e outras, mais racionalistas foram deixadas para trás.


O SUPER PODER DO CLERO

O livro aborda também os motivos de a Igreja ganhar tanto poder. Entre o século V e o século XI, o conflito entre o dever do homem com o Estado apresentado pelo Cristianismo, tomou um caráter de um conflito entre a Igreja e o rei. Desde então o clero, formou uma única organização que procurava o poder inteligente em seus conflitos com os governantes.

FINALIZANDO

Na Grécia, a coesão social era assegurada pela lealdade ao Estado-Cidade. O estoicismo, ao considerar a vida virtuosa uma relação da alma com Deus e não do cidadão com o Estado, preparou o caminho para o cristianismo. Na Idade Média, apesar do rei contar com a força, a Igreja saiu-se vitoriosa, sobretudo porque havia a crença geral dela possuir o único caminho para o céu. Com a Reforma de Lutero surge a tendência ao anarquismo na política e o misticismo na religião. Começa a filosofia moderna com Decartes.

Causa e Efeito X Ação e Reação

25/08/2022

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QUAL A DIFERENÇA? ELA EXISTE?

Os termos Causa e Efeito e Ação e Reação são usados com frequência nos estudos da Doutrina Espírita, porém podem causar dúvidas em seus respectivos significados. A REM de hoje tem a missão de esclarecer (do Latim CLARUS, dar claridade).

Uma coisa está ligada diretamente à outra.  

A diferença é que Causa e Efeito representa uma lei na qual somos submetidos, Ação e Reação, representa o nosso comportamento e movimento perante essa lei. Então toda vez que nós atuamos em relação ao nosso semelhante, provocamos diretamente uma ação sobre ele e automaticamente haverá uma reação. Essa reação nem sempre será da pessoa que é afetada por nós, mas da vida em si.

TODOS os seres estão sujeitos à LEI de CAUSA e EFEITO?

Essa lei é inerente especificamente ao ser humano. Os animais, plantas, minerais não são afetados pela lei de causa e efeito. Essa lei implica para nós, seres que possuem o livre arbítrio, consciência crítica e discernimento, portanto é aquela pessoa que escolhe, toma a decisão e consequentemente assume a responsabilidade daquilo que faz. É sobre ela que a Lei de Causa e Efeito atua. Então causa e efeito é uma lei que é imposta exclusivamente a todos nós, seres humanos.

Essa LEI é INDIVIDUAL ou COLETIVA?

Tanto pode ser observada individualmente, quanto no contexto da coletividade.

A FORMAÇÃO DAS FAMÍLIAS E A CAUSA E EFEITO

As relações familiares são formadas de acordo com as experiências passadas. Às vezes em nossa casa temos aquele familiar em que o relacionamento é mais difícil. É comum encontrar nas famílias espíritos antagonistas ou que não tenham tanta afinidade ou leveza no relacionamento. É por isso que nos reunimos hoje, para exercitar a paciência devido aos vínculos que criamos em outras vidas. Podemos chamar de Ação e Reação na vivência da Lei de Causa e Efeito.

A MECÂNICA QUE FAZ O UNIVERSO FUNCIONAR

Tudo no universo funciona com esta mecânica, em todas as esferas de nossa vida. Recebemos na medida em que nos doamos. Em uma linha do tempo, o futuro é sempre uma lei do retorno em relação ao presente, e o presente é uma lei do retorno em relação ao passado.


Por que o BRASIL É um país TÃO VIOLENTO?

24/08/2022

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VIOLÊNCIA DESDE SEMPRE

Desde o período colonial a violência se faz presente na sociedade brasileira, seja contra os índios, escravos africanos ou contra os mais pobres. Trata-se de uma problemática que tem se intensificado ainda mais nas últimas décadas chegando ao ponto de modificar profundamente a dinâmica urbana e social nas cidades. 

Nas últimas décadas o sentimento de medo e insegurança tem se intensificado no Brasil. As estatísticas oficiais apontam para uma criminalidade crescente com uma aceleração de todas as modalidades delituosas, tais como: roubos, furtos, homicídios, sequestros, estupros, etc.


A DINÂMICA DA VIOLÊNCIA

A criminalidade e a violência nos centros urbanos são questões sociais e endêmicas que estão arraigadas na sociedade brasileira. A crescente criminalidade tem feito do Brasil um dos países com os maiores índices de homicídios e pequenos delitos de todo o planeta. Por tanto, discutir e pesquisar soluções e ideias para melhorar a segurança pública é de extrema importância nos dias atuais. Para isso, torna-se necessário entender o contexto histórico na qual se insere a dinâmica da violência na sociedade brasileira.

A GÊNESE  E A NATURALIZAÇÃO

As desigualdades econômicas, sociais e culturais, as exclusões econômicas, políticas e sociais, a corrupção no funcionalismo público, o racismo, o sexismo, a intolerância religiosa, sexual e política são considerados formas de violência. Estas formas de violência contribuem para a ocorrência da violência mais cruel, que é a retirada da vida humana.

Todos estes modelos de violência estão arraigados na sociedade brasileira, porém aparecem na grande mídia como um fato esporádico de superfície, contribuindo na manutenção do mito de um povo brasileiro que é amigável, dócil e alegre. Na última década, o Brasil manteve uma média de 60.000 homicídios por ano, o que corresponde a um brasileiro morto a cada nove minutos. 

Diante de tamanha tragédia, finalizamos com “Legião Urbana” quando pergunta na música “Que país é esse?”


Fontes

“Por que cresce  a Violência no Brasil?” - livro de Luis Sapori e Gláucio Dillon

blogdageografia

ipea.gov.br/atlasviolencia                      forumsegurança.org.br                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      

“CAMINHOS MENOS TRILHADOS”

23/08/2022

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OS DOIS CAMINHOS

Adam Grant, no livro “Originais: Como os inconformistas mudam o mundo”, recorda, anos atrás, os psicólogos terem descoberto existirem dois caminhos para a realização, um o conformismo, outro a originalidade. Conformismo significa seguir a multidão, percorrendo os caminhos convencionais e mantendo o status quo. Originalidade é tomar o caminho menos trilhado, defendendo um conjunto de ideias novas contrárias o pensamento corrente, mas, no fim, resultantes em algo melhor.

CLEPTOMNÉSIA

É claro nada ser completamente original, uma vez que todas as nossas ideias são influenciadas pelo aprendido com o mundo à nossa volta. Estamos sempre pegando pensamentos emprestados, seja de forma intencional ou inconsciente. Somos todos vulneráveis à “cleptomnésia” – a lembrança acidental de ideias alheias como se fossem nossas.

COMO COMEÇA A ORIGINALIDADE

A originalidade começa com a criatividade: a geração de um conceito ao mesmo tempo novo e útil. Mas não é só isso. Pessoas originais são aquelas capazes de tomar a iniciativa de transformar sua visão em realidade.

ACEITAÇÃO À PADRONIZAÇÃO

Muitos de nós aceitamos o padrão em nossa vida. Em uma série de estudos instigantes, uma equipe liderada pelo psicólogo político John Jost examinou como as pessoas reagem a padrões indesejados. Ele descobriu, comparados a americanos de origem europeia, os afro-americanos revelam-se menos satisfeitos com sua situação econômica, mas consideram a desigualdade econômica mais legítima e justa em lugar do outro grupo.

TEORIA DE JUSTIFICAÇÃO DO SITEMA

“A ideia central é as pessoas costumarem racionalizar o status quo como legítimo – mesmo isso indo diretamente contra seus interesses.

Em um estudo, eles acompanharam eleitores democratas e republicanos durante a campanha presidencial americana de 2000. Quando George W. Bush subia nas pesquisas, os republicanos passavam a considerá-lo mais desejável, mas o mesmo ocorria com os democratas. Eles já estavam preparando justificativas para o futuro status quo. Isso também acontecia quando as chances de sucesso de Al Gore cresciam: tanto republicanos quanto democratas passavam a vê-lo sob uma luz mais favorável. Qualquer que fosse a ideologia política, quando um candidato parecia fadado a vencer, as pessoas passavam a gostar mais dele. E se suas chances diminuíam, passavam a gostar menos”.

DISTINÇÃO DA ORIGINALIDADE

O que distingue a originalidade é a rejeição do convencional e a investigação sobre a existência de opções melhores.

O ponto de partida é a curiosidade: ponderar por que a convenção existe. Somos levados a duvidar da legitimidade do que é convencional quando temos uma experiência de vujà-dé, o oposto de déjà-vu. O déjà-vu ocorre quando encontramos algo novo que, no entanto, parece que já conhecemos. Vujà-dé é o contrário: estamos diante de algo familiar, mas o observamos de uma perspectiva nova capaz de nos permitir ter novas ideias em relação a velhos problemas.

O que distingue a originalidade é a rejeição do convencional e a investigação sobre a existência de opções melhores.

O ponto de partida é a curiosidade: ponderar por que a convenção existe. Somos levados a duvidar da legitimidade do que é convencional quando temos uma experiência de vujà-dé, o oposto de déjà-vu. O déjà-vu ocorre quando encontramos algo novo que, no entanto, parece que já conhecemos. Vujà-dé é o contrário: estamos diante de algo familiar, mas o observamos de uma perspectiva nova capaz de nos permitir ter novas ideias em relação a velhos problemas.

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O HISTORIADOR

22/08/2022

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA

Na data de 19 de agosto celebra-se o dia do Historiador. Há uma longa tradição de historiadores brasileiros que ajudaram a contar a nossa história e a entender como viemos parar até aqui. Na reflexão de hoje, homenageamos um desses gigantes.                                                                  Sérgio Buarque de Hollanda, que, além de historiador, foi também jornalista, professor e crítico literário. Sua obra Raízes do Brasil é compreendida como um relato fundamental para entender como se deu a formação de nosso país.

RAÍZES DO BRASIL

O livro “Raízes do Brasil”, de Sérgio Buarque de Holanda, foi lançado em 1936.                         

Como o próprio título diz, o livro investiga as origens da formação do povo brasileiro. Para tanto, Sérgio Buarque utiliza as teorias sociológicas do alemão Max Weber para compor seu estudo. Trata-se de uma obra essencial para conhecer o Brasil junto a “Casa-Grande e Senzala”, de Gilberto Freyre e "Formação Contemporânea do Brasil", de Caio Prado Júnior.

FRONTEIRAS DA EUROPA

Neste capítulo, o autor analisa a sociedade ibérica, especialmente a portuguesa. Conclui que um dos traços característicos dos povos ibéricos é a cultura da personalidade. Esta consiste em se apegar a uma pessoa, mais do que seus títulos ou posição social.                                                      A consequência do personalismo será uma sociedade que não consegue organizar-se por si mesma. É preciso uma força exterior que diga o que seus membros devem fazer para que ela possa funcionar. 


O HOMEM CORDIAL  

Este é o capítulo mais discutido do livro e, talvez, o mais incompreendido.

A palavra “cordial” é geralmente usada no sentido de ser cortês. Desta maneira, muitos pensavam que Sérgio Buarque a usava como um elogio, afirmando que o brasileiro era educado por natureza.

No entanto, Sérgio usava a palavra no seu sentindo etimológico, ou seja: cordis, em latim, significa “coração”. Por isso, o cordial seria o ser humano que se deixava levar pela emoção, cujo centro é o coração. Ao contrário de outros povos que se guiavam pelo cérebro, pela razão, o brasileiro seria governado pelas paixões. Outros estudiosos afirma que Sérgio Buarque de Holanda estava sendo irônico, pois de cordial (educado e cortês) o brasileiro não teria nada.


NOVA REVOLUÇÃO

Neste último capítulo, Sérgio Buarque de Holanda diz que o Brasil só terá democracia plena quando houver uma revolução feita de baixo para cima. Também será preciso aceitar a impessoalidade da democracia e que direitos e deveres são para todos.

Importante destacar que Sérgio Buarque de Holanda foi o organizador da coleção História Geral da Civilização Brasileira, uma referência para o estudo da História do Brasil.

Fragmentos de textos extraídos da resenha do livro “Raízes do Brasil” por Juliana Bezerra (Professora de História)

                                                                                                                                                                                                        

A FILOSOFIA MINIMALISTA

21/08/2022

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O QUE É MINIMALISMO?

É uma filosofia para viver com menos, abrindo mão de algo, ganhando qualidade de vida. É o minimalismo. Minimalismo, filosofia do máximo com o mínimo. 

O SUPÉRFLUO É COMPLEXO

A filosofia minimalista não significa abrir mão de tudo, doar todos os bens e viver sem coisa nenhuma. O princípio fundamental é abrir mão daquilo que não é importante ou essencial, daquilo que não agrega valor à vida, e, pelo contrário, adiciona complexidade. Essa é a diferença. Caso contrário, seria uma vida escassez. Ah, importante não esquecer de frisar, é fundamental  que esse processo não provoque sofrimento.

SEM PRECISAR ABRIR MÃO DO CONFORTO

Ter liberdade e autonomia é fundamental para ser feliz, e isso inclui a liberdade para fazer o que bem quiser com o seu dinheiro, inclusive comprar bens materiais. O questionamento levantado pelo movimento minimalista não está relacionado exatamente ao ato de comprar, mas ao motivo da compra. Equilíbrio é a palavra-chave para quem está buscando um estilo de vida mais simples. Analise a sua vida e adote o que for possível para você. Lembre-se de que coisas materiais podem trazer uma sensação de realização, mas ter uma vida financeira saudável e conseguir investir em algo que garanta a você um futuro tranquilo também. 

POR QUE E PRA QUE REDUZIR?

Por fim, cabe ressaltar esse ponto: por que você está reduzindo o número de coisas da sua rotina? Porque você quer ter mais energia para o que realmente importa. Não adianta sair cortando toda e qualquer atividade, pelo amor ao minimalismo ou simplesmente porque é um conceito bacana. Você precisa de intenção. Exclua o que é desnecessário, invista no que é importante. Fazendo isso, você conseguirá viver melhor, e sem aquele senso de estresse que as pessoas têm quando estão “ocupadas” (leia-se: cheia de coisas inúteis para fazer).

“O ÚLTIMO BOM IMPERADOR DE ROMA”

20/08/2022

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SABEDORIA ATRAVÉS DA FILOSOFIA

Conhecido como o imperador filósofo, desde criança Marco Aurélio se dedicou a buscar a sabedoria através da filosofia. Integrou a corrente do Estoicismo, cujo compromisso era o desenvolvimento de uma moral humana. Moral esta que ajuda a distinguir o que é eterno do que é passageiro; o que é bom, daquilo que se afasta do bem; o justo, do que é injusto. E a partir destas distinções poder fazer melhores escolhas, ter uma vida mais serena e segura.

ATRIBUTOS MORAIS

Oriundo de uma família nobre, Marco Aurélio nasceu em Roma no ano 121 d.C. Teve várias dificuldades pela posição que ocupava e por querer viver uma vida moral. 


NO LIVRO MEDITAÇÕES

Marco Aurélio acreditava e vivia algumas ideias, como a de que existe uma ordem universal e superior, que entrelaça todos os seres humanos, como se o universo fosse um grande corpo e nós, as células. Cada célula cumprindo com o seu papel e colaborando com o corpo (o todo). Aquele que foge do cumprimento do seu papel prejudica não só a si, mas ao todo. “Nada e ninguém pode nos impedir de cumprir nosso papel, a não ser nós mesmos”, disse Marco Aurélio, no livro Meditações. Ele também fala da imortalidade da alma – tudo o que nos rodeia é passageiro, transitório. Tudo que é material está fadado à morte, que é tão natural quanto o nascer. Somente nossa alma é imortal, e essa dificuldade de identificar o que é imortal em nós nos faz sofrer com as perdas no plano físico.


FINALIZANDO COM A SABEDORIA “MARCO AURELIANA”

Ele ressaltava a importância de, diariamente, se preparar para todas as coisas que podem nos acontecer e o que os outros podem nos fazer, tanto pela bondade quanto pela ausência do bem. Não estar à mercê do que nos acontecer, manter-se de pé e enfrentar o que vier. Não esperar que a vida nos dê tudo, e buscar se preparar para compartilhar o que possuímos. Olhar a vida como uma grande oportunidade de sermos melhores, pois “tudo que acontece ao homem é próprio do homem”.

                                        

INSURREIÇÃO

19/08/2022

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REVOLTA É...

Por definição, “um levante organizado por qualquer tipo de grupo contra alguma decisão tomada, ou uma situação danosa vivenciada. De modo geral, revoltas são caracterizadas por uma apresentação mais “violenta”, normalmente com combates ou alvoroços variados”. Um bom exemplo brasileiro é a Revolta dos Malês

ETIMOLOGIA - “Malê” é um termo que se origina da palavra “imalê”, que por sua vez tem origem na língua iorubá. Na língua iorubá significa “muçulmano” e é um idioma referente à família linguística nígero-congolesas.

REVOLTA DOS MALÊS

Foi uma rebelião que aconteceu na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835, em Salvador, antiga província da Bahia. Os negros islâmicos, conhecidos como “negros do ganho”, foram os protagonistas do movimento. Apesar deles serem livres, sofriam muito preconceito e eram impedidos de prosperar socialmente por serem  adeptos do islamismo.

“RAMADÔ

A data escolhida pelos líderes para realização do motim não foi aleatória. Na verdade, ela representava o “Ramadã” - período mais importante para os muçulmanos, no qual acontecem muitas preces e jejuns. A rebelião ocorreu justamente no final do mês de jejum, 25 de janeiro.

O PORQUÊ DA REVOLTA

Na Bahia, a insatisfação com o sistema político e econômico também era comum entre os escravizados. Além desses fatores, lutaram pela liberdade religiosa, pois eram obrigados a aderir o catolicismo. A revolta dos Malês foi liderada por Luís Sanim, Manoel Calafate, Pacífico Licutan e outros. Ela aconteceu no centro da cidade de Salvador e começou com um ataque ao Exército, para libertar os escravos dos engenhos e tomar o controle da cidade.

OUTRAS REVOLTAS

Além dos Malês em 1835, aconteceram outras revoltas durante o Período Regencial. As principais rebeliões foram:

• Cabanagem (1835 – 1840) - Província do Grão-Pará (atual estado do Pará).

• Farroupilha (1835 – 1845) - estado do Rio Grande do Sul.

• Sabinada (1837 -1838) - Província da Bahia (atual estado da Bahia).

• Balaiada (1838 – 1841) - estado do Maranhão.

“Um povo que não conhece sua História está fadado a repeti-la.” (Edmund Burke)

18/08/2022

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A IMPORTÂNCIA DE SE ESTUDAR A HISTÓRIA

A história  é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo.

Ela é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo.


CIÊNCIA DO PASSADO 

Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer. Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e a compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete. Por isso, o passado tem que ser “recriado”, levando em consideração as mudanças ocorridas no tempo. As informações recolhidas no passado não servirão ao presente se não forem recriadas, questionadas, compreendidas e interpretadas.


PRESERVAR A TRADIÇÃO 

Saber a história de uma nação significa resgatar e preservar a tradição daqueles que contribuíram para que chegássemos ao ponto em que nos encontramos. Trata-se de uma oportunidade única para compreender, inclusive, a nossa própria identidade.

A despeito da visão europeia, que ainda é predominante nos livros didáticos e paradidáticos, há outra corrente que defende que a história da humanidade seja contada com base em outros relatos e visões de mundo. 


FINALIZANDO

Trazer essa visão de mundo para os cidadãos é importante para se perceber como a influência desse povo se faz muito presente no nosso dia a dia. Essa percepção, que por vezes passa despercebida face ao contexto globalizado em que vivemos, é fundamental para mostrar a riqueza da cultura e da  tradição dos primeiros habitantes do nosso país.


FONTES (Referências)

Historiadetudo.com

Sohistoria.com.br

Historiadomundo.com.br

Mundoeducação.uol.com.br

Artigo da historiadora Lilian Aguiar


                                                                                                                                                              

TRIBUTO A MILTON SANTOS, O “PRÊMIO NOBEL” BRASILEIRO DA GEOGRAFIA

17/08/2022

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SIMPLESMENTE INCONTESTÁVEL

“O Brasil jamais teve cidadãos, nós, a classe média, não queremos direitos, nós queremos privilégios, e os pobres não têm direitos. Não há, pois, cidadania neste país, nunca houve! Existem apenas duas classes sociais, as do que não comem e as dos que não dormem com medo da revolução dos que não comem”.

Milton Santos 


BIOGRAFIA

Milton Almeida dos Santos, conhecido apenas como Milton Santos, foi um reconhecido geógrafo brasileiro. O intelectual nasceu em Brotas de Macaúbas (Bahia) no dia 3 de maio de 1926. Era neto de escravos, foi alfabetizado por seus pais, e aos 15 anos já trabalhava como professor.

Formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia, o pensador tirou o doutorado em 1958 em Geografia pela Université de Strasbourg (França).

Devido ao golpe militar de 1964 e à perseguição dos intelectuais, obrigou-se a deixar o Brasil e passou a atuar como professor convidado das universidades de Toulouse, Bordeaux e Paris-Sorbonne.

CONSTRUÇÃO DA GEOGRAFIA CIDADÃ

Em muitos aspectos, Milton Santos foi um homem à frente de seu tempo. Na era na qual muitos proclamavam o 'fim da história', ele introduziu o pensamento geográfico no centro do pensamento social do país, deu visibilidade à geografia brasileira e auto-estima aos geógrafos.

LIVROS PUBLICADOS

Com mais de cinquenta títulos publicados, as principais obras do intelectual brasileiro são:

  • Por uma geografia nova (1978)

  • Pobreza urbana (1978)

  • O espaço dividido (1979)

  • Espaço e método (1985)

  • O espaço do cidadão (1987)

  • A urbanização brasileira (1993)

  • Técnica, espaço, tempo (1994)

  • A natureza do espaço (1996)

  • Por uma outra globalização (2000)

  • O Brasil: território e sociedade no início do século XXI (2001)

PRÊMIOS RECEBIDOS

O intelectual se tornou Doutor Honoris Causa por uma série de instituições nacionais (Universidades Federais da Bahia, de Sergipe, do Ceará, do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Pernambuco, entre outras) e internacionais (Universidad de Barcelona, de Buenos Aires, de Toulouse, de Montevideo, entre outras).

FINALIZANDO COM UM EQUÍVOCO HISTÓRICO

A ideia dos brasileiros como inferiores surgiu no século XX quando Arthur de Gobineau desembarcou aqui em 1845. Oliveira Viana, Nina Rodrigues e Monteiro Lobato defendiam a supremacia branca, afirmando que a miscigenação era a causa dos nossos males.                                                      De acordo com Roquette-Pinto, a ignorância do Brasil e não a sua miscigenação era a fonte de nossa inferioridade. E aí, vem Milton Santos, e prova que Roquette-Pinto tinha razão.                                      

Fontes (Referências)   

Todamateria.com.br

Miltonsantos.com.br

Culturagenial.com

Revistagalileu.globo.com

Megacurioso.com.br

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IRMANDADE DA BOA MORTE

16/08/2022

OBJETIVOS DA IRMANDADE

A confraria secular, conhecida como Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, formada unicamente por mulheres negras, nasceu em meio a uma sociedade profundamente escravista.

E qual o papel da Irmandade da Boa Morte no processo de resistência e liberdade da escravização? 

Os objetivos das integrantes eram a compra da liberdade de pessoas escravizadas, a organização de funerais dignos, além de ajudarem na fuga dos escravizados para Quilombos da região.


Origem REMOTA e luta ANTIGA

Na literatura, não há uma data precisa sobre o surgimento da irmandade em Cachoeira. No entanto, há indícios de que os primeiros sinais da manifestação datam de um intervalo entre 1810 a 1840.

"Os primeiros sinais do grupo na Bahia são de 1810, em Salvador, a partir de escravas vindas da África, mas o grupo acaba extinto na capital, por conta das perseguições. Por isso, algumas irmãs foram para Cachoeira, em 1840. Elas se interessaram pela economia do recôncavo que estava boa. Assim, a Irmandade em Cachoeira foi criada”.    

Odorico Tavares arrisca uma opinião: a devoção teria começado mesmo em 1820, na Igreja da Barroquinha, tendo sido os Jejes, deslocando-se até Cachoeira, os responsáveis pela sua organização. Outros ressaltam a mesma época, divergindo quanto à nação das pioneiras, que seriam alforriadas araquetos. Parece que o “corpus” da irmandade continha variada procedência étnica já que fala-se em mais de uma centena de adeptas nos seus primeiros anos de vida.

HIERARQUIA e CULTO

Como todas as confrarias religiosas baianas, a Irmandade da Boa Morte possui uma estrutura hierárquica interna para gerir a devoção diária e doméstica de seus membros. A direção é composta por quatro irmãs responsáveis pela organização da festa pública de agosto e substituídas anualmente. No topo da administração da vida da Irmandade da Boa Morte está a Juíza Perpétua, posição de maior destaque e atingida por status adquirido, ocupada pela mais idosa adepta. A seguir, situam-se os cargos de Procuradora-Geral, Provedora, Tesoureira e Escrivã, estando a Procuradora à frente das atividades executivas religiosas e profanas. Para serem aceitas as noviças, além de estarem vinculadas a alguma casa de candomblé - geralmente JejeQueto ou Nagô-Batá, na região - e professarem o sincretismo religioso.

RITO E INICIAÇÃO

Deverão se submeter a uma iniciação que impõe um estágio preparatório de três anos, conhecido pelo nome de “irmã da bolsa”, onde é testada a sua vocação.

Uma vez aceita, poderá compor algum cargo de diretoria e a cada três anos ascender na hierarquia da Irmandade. Não é demais lembrar que todas dividem irmanamente as atividades da cozinha, coleta de fundos, organização das ceias cerimoniais, das procissões do cortejo, além dos funerais das adeptas seguindo os preceitos religiosos e uma determinação estatutária tácita. As eleições são realizadas anualmente procedendo-se a apuração dos votos pelo curioso sistema de contagem de grãos de milho e feijão, indicando o primeiro, atitude de rejeição, e o segundo aceitação.

FINALIZA A INICIADA NILZA PRADO (78 anos e há 22 foi iniciada no grupo)

“Pedir uma boa morte sempre se fez presente. Quando os negros não eram bem tratados, sempre pediam uma boa morte. Pedíamos a interseção de Maria, para morrer bem junto a ela.”

Em tempo             

Diante da crescente e preocupante misoginia, assim como também, da intolerância contra as religiões de matrizes africanas, no Brasil. Que Nossa Senhora, a “virgem Maria”, proteja a Irmandade da Boa Morte.

Mo dupé, ìya mi (Obrigado(a), minha Mãe.)

              Fontes (referências)            

«Irmandade da Boa Morte: G1 conta história da festa secular do recôncavo que resiste ao tempo»

 «Exposição traz religiosidades da Irmandade da Boa Morte». Terramagazine.terra.com.br

A Irmandade da Boa Morte Memória, Intervenção e Turistização da Festa em Cachoeira, Bahia - por Armando Alexandre Costa de Castro.

“EXIGE MUITO DE TI E ESPERA POUCO DOS OUTROS.”

15/08/2022

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BREVE BIOGRAFIA

Sabe-se que a família era de origem nobre, mas por circunstâncias desconhecidas a sua família era bastante humilde. Nessa época o regime imperial entrava em decadência.

Conhecido como um jovem educado, cortês e justo. Viajou muito e estudou durante vários anos na capital imperial de Zhou, onde teve oportunidade de conhecer Lao Zi, o fundador do Daoismo.

Casou-se aos 19 anos e ainda jovem, entrou para a administração estatal de Lu, alcançando o cargo de ministro da justiça.

DIVULGANDO CONHECIMENTOS

Confúcio começou a divulgar seus ensinamentos com a idade de 50 anos. Empreendeu longas viagens. Viajando e conversando, atraiu muitos discípulos, impressionados com sua sabedoria e a elevação de seu caráter. Suas idéias expandiram-se pelo país e logo por toda a China. Durante as suas viagens é preso e vê-se envolvido em lutas de senhores da guerra rivais. Viajou mais de dez anos por vários estados da China Imperial, servindo como conselheiro político. Após longa peregrinação, aos 69 anos, Confúcio retornou a sua terra natal, Lu, passando o resto dos seus dias a ensinar e a escrever.

REPÚBLICA IDEAL

Tal como faria Platão duzentos anos mais tarde, Confúcio traçou as linhas-mestras de uma república ideal. A república por ele imaginada nasce de um mundo em que os homens viveriam como membros de única família. Tal conceito era utópico, pois pedir aos chineses que tratassem todos os homens como seus irmãos era exigir demais. Muito embora o soubesse, Confúcio quis fazer com que o Mundo se encaminhasse para esse ideal.

FORMAÇÃO DO CARÁTER 

“O confucionismo é a base da ética empresarial japonesa. Também em alguns dos chamados Tigres Asiáticos, como Coréia do Sul e Cingapura, ele é promovido como sistema filosófico a encorajar o desenvolvimento econômico”, afirma o historiador Ricardo Gonçalves, da USP. Isso porque os pensamentos de Confúcio pregavam, por exemplo, a importância da educação para melhorar a sociedade, com destaque à construção do caráter e não apenas ao acúmulo de conhecimentos. Ele também criou programas de treinamento para líderes em potencial.  “Seu objetivo era formar homens perfeitos, que, tornando-se membros da burocracia estatal, ajudassem a construiu o estado ideal”, diz Ricardo. 

PÉROLAS OU MÁXIMAS CONFUCIONISTAS

- Se nem consegues te relacionares corretamente com os vivos, por que te preocupas com o culto aos espíritos?


- A maior glória não é ficar de pé, mas levantar-se cada vez que se cai.

   

 - A natureza dos homens é a mesma, são os seus hábitos que os mantém separados.


 - Aquele que cometeu um erro e não o corrigiu, está cometendo outro erro.


- Aquele que mais estima o ouro do que a virtude há de perder a ambos.

                                                                                                                                

UM  PAI  NÃO  NASCE  PRONTO.  ELE  SE CONSTRÓI. 

14/08/2022

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PAIS e Filhos, da Legião Urbana

“Dorme agora
É só o vento lá fora...”

Neste verso, a frase é dita pelos pais, que estão tentando tranquilizar a criança. O vento lá fora é uma metáfora dos problemas que existem e podem deixar o filho (ou a filha) com medo.

EU PRECISO DA SUA PROTEÇÃO

“Quero colo! Vou fugir de casa
Posso dormir aqui, com vocês?
Estou com medo, tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três...”

Percebe-se que primeiro é uma criança pequena falando que quer ser acolhida pelos pais, como em quero colo e posso dormir aqui, com vocês?.

Depois, vai ficando mais velha e passa a não querer dar muitas satisfações aos pais, como em vou fugir de casa e só vou voltar depois das três.

APESAR DO AMANHÃ EXISTIR...

“É preciso amar as pessoas
Como se não houvesse amanhã
Porque se você parar pra pensar
Na verdade não há...”

E o significado é que não se deve deixar nada para depois, pois o amanhã não existe, só existe o agora. As chances, as pessoas e a vida devem ser aproveitadas a cada momento. Apesar de ser possível um outro olhar mais, digamos, transcendente e menos imediatista.


DIFERENTES VIVÊNCIAS FAMILIARES

(...) “São meus filhos
Que tomam conta de mim

Eu moro com a minha mãe
Mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar

Já morei em tanta casa
Que nem me lembro mais
Eu moro com meus pais.”

Os versos acima demonstram os diferentes diálogos, questionamentos e vivências das famílias.

A HUMANIDADE 

Há um texto de Martha Medeiros, intitulado “Meu herói, meu bandido”, que diz que quando crescemos, encaramos uma duríssima travessia, chamada de “cair na real”. É quando começamos a enxergar nosso pai, antes gigante, do nosso tamanho. Com a maturidade, as proporções ganham sentido e clareza. E descobrimos que ninguém é herói, ninguém é bandido. Ele é um homem, e, com a percepção correta, passamos a visualizar sua humanidade.

A gente AGORA QUER SÓ COMIDA!

13/08/2022

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"Bebida é água

Comida é pasto

Você tem sede de quê?

Você tem fome de quê?..."

DE COMIDA!


Em 1977, quando a música “Gente” foi lançada, o Brasil vivia sob a ditadura militar.

O desemprego aumentava, e com ele, o abandono, a violência, o abismo social, os preconceitos, a discriminação.

Hoje, em 2022, o Brasil vive sob um governo “não militar”, em um regime “democrático”, com o inusitado e nefasto encontro do desemprego com a inflação alta. E 33 milhões de pessoas passam fome. Neste contexto antissocial a violência cresce como política de Estado, aterrorizando os mais vulneráveis.                          Dito isso, parece até ironia quando Caetano diz que “gente é muito bom” e “tem de se cuidar e de se respeitar o bom”. Quando diz que “gente é pra brilhar, não pra morrer de fome”.


PIORA ABSURDA E INACEITÁVEL


A fome dobrou nas famílias com crianças de até 10 anos de idade, entre 2020 e 2022. E o número total de pessoas que passam fome superou os 33 milhões. Uma piora absurda em um em um cenário que já era inaceitável.     33 milhões SEM TER O QUE COMER EM 2022


A FOME TEM ENDEREÇO, GÊNERO E COR                                  

Regiões Norte e Nordeste são mais afetadas

Famílias com insegurança alimentar

Norte25,7%

Nordeste21%

Sul10%

As mulheres são mais impactadas

Domicílios com insegurança alimentar

64%Comandados por mulheres

Pessoas pretas e pardas são mais atingidas

Domicílios com insegurança alimentar

65%Comandados por pessoas pretas e pardas

Fonte:Rede

(...) “Gente lavando roupa
Amassando pão
Gente pobre arrancando a vida
Com a mão
No coração da mata gente quer
Prosseguir
Quer durar, quer crescer,
Gente quer luzir...”

O MITO de ATLÂNTIDA

12/08/2022

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História do Mito de Atlântida.

Já se falou muito sobre o que teria inspirado a lenda de Atlântida. Uma teoria recente, porém, parece fazer algum sentido. Ela aposta na ilha de Creta. Os “atlantes” teriam sido, na verdade, aqueles indivíduos que hoje arqueólogos e historiadores chamam de minoicos – uma civilização cercada de mar Mediterrâneo por todos os lados, que floresceu exuberante entre os anos de 3.000 a.C. e 1.200 a.C.


A ATLÂNTIDA DE PLATÃO

A lenda aparece pela primeira vez nos diálogos Timeu e Crítias, do filósofo grego Platão. Numa viagem ao Egito, o legislador ateniense Sólon teria ouvido de sacerdotes de Sais a tradição sobre a Atlântida. Seu neto Crítias, por sua vez, a narrara a Sócrates.
A Atlântida de Platão seria uma ilha vastíssima, perto das colunas de Hércules (estreito de Gibraltar), e fora habitada pelos atlantes, descendentes de Atlas, filho de Poseidon (deus do mar). Os atlantes, regidos por leis justas e riquíssimos, tinham empreendido a conquista do mundo mediterrâneo, mas Atenas os repelira. Finalmente, a degeneração de seus costumes provocara a ira dos deuses, e um maremoto tragara a Atlântida em um dia e uma noite. Os penhascos que afloravam e o lodo que se acumulou nos baixios tornaram suas paragens, a seguir, inavegáveis.


EVOLUÇÃO DO MITO

No rastro da tradição platônica, o renascentista inglês Francis Bacon descreveu em sua obra Nova Atlantis (Nova Atlântida) a cidade ideal dos sábios. No século XVII, o sueco Olof Rudfec valeu-se do velho mito para exaltar o patriotismo nórdico. Durante a Renascença catalã, no século XIX, Jacinto Verdaguer relacionou três fatos em La Atlántida: a submersão do continente, a fundação de diversas cidades hispânicas por Hércules e as ilusões que esses relatos criaram em Cristóvão Colombo.


ORIGEM ATLÂNTIDA DOS ÍNDIOS?

Depois das viagens de Colombo, ao comprovar-se que ele não havia descoberto as Índias, mas sim um novo continente, surgiram diferentes hipóteses para explicar a origem de seus habitantes, impropriamente chamados índios. Vários autores europeus afirmaram que eles tinham vindo da Atlântida, antes de submersa. Entretanto, já no século XVI houve quem ridicularizasse semelhante origem, como o cronista jesuíta José de Acosta em sua Historia natural y moral de las Indias (1580).
Embora com pouca aceitação nos meios científicos, continuam a aparecer teorias sobre a origem atlântida do homem americano.


FINALIZANDO

A renovação do interesse pela Atlântida a partir do descobrimento da América motivou a publicação de muitos livros e artigos. Em Paris foi criada a Société d'Études Atlantéennes (Sociedade de Estudos Atlantianos), que em 1927 deu início à publicação da revista especializada Atlantis.

Fontes

Revista SuperInteressante

Blog Historia do Mundo

Revista Encontro Internacional

Istoé.com.br

Infoescola.com

APTIDÃO NATURAL PARA O PROGRESSO

11/08/2022

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SIMPLES E SEM CONHECIMENTO

Todos os espíritos "são criados simples e ignorantes, com igual aptidão para progredir", inclusive Jesus, o Cristo planetário, por esforço próprio, através do trabalho imposto a todos até atingir a perfeição. Todos são igualmente objetos da solicitude divina, não havendo quaisquer favorecimentos.

CRIAÇÃO DESDE SEMPRE

Os mundos materiais fornecem aos espíritos "elementos de atividade para o desenvolvimento de suas inteligências". Os seres espirituais progridem normalmente até atingir a perfeição relativa; como Deus criou desde toda a eternidade, quando do surgimento da Terra, já havia seres espirituais que tinham atingido "o ponto culminante da escala", assim como outros "surgiam para a vida".


ELEMENTO INTERMEDIÁRIO

Não podendo o espírito, por sua natureza etérea, agir diretamente sobre a matéria, faz-se necessário um intermediário, seu envoltório fluídico, semimaterial, extraído do fluído cósmico universal modificado; é o perispírito. Torna-se assim o espírito apto a atuar sobre a matéria tangível e todos os fluídos imponderáveis. O fluído perispirítico serve de veículo ao pensamento, transmitindo ordem de movimento ao corpo, como também levando ao "Espírito as sensações que os agentes exteriores produzam".

LIGAÇÃO NA CONCEPÇÃO

No momento da concepção do corpo humano, expande-se o perispírito em forma de um laço fluídico, ligando-o molécula a molécula ao corpo em formação, em virtude da influência do princípio vito-material do gérmen. "Quando o gérmen chega ao seu pleno desenvolvimento, completa é a união; nasce então o ser para a vida exterior".

INCONSCIÊNCIA AO RENASCER

A partir do momento em que o Espírito é unido ao gérmen pelo laço fluídico, entra em estado de perturbação progressiva até que ao nascer acha-se totalmente inconsciente. Com a respiração da criança, inicia-se a recuperação das faculdades, qualidades e aptidões anteriormente adquiridas, muito embora perca o Espírito reencarnado a lembrança de seu passado, o que lhe permite recomeçar a tarefa na escalada do progresso em melhores condições, livre de humilhações decorrentes de erros passados.

FACULDADES PRIMEVAS NO FINALIZANDO

Segundo a opinião de alguns filósofos espiritualistas o princípio espiritual se individualiza através dos diversos graus da animalidade. Desenvolvidas as primeiras faculdades, recebe as faculdades especiais que caracterizam a alma humana. Esse sistema está de acordo com a grande Lei de Unidade, explica a finalidade da existência dos animais.

Mito (alegoria) da Caverna

10/08/2022

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UMA METÁFORA

O Mito da Caverna é uma metáfora que sintetiza o dualismo platônico. Por exemplo, a relação entre os conceitos de escuridão e ignorância; luz e conhecimento e, principalmente, a distinção entre aparência e realidade, fundamental para sua teoria do Mundo das Ideias.

Foi escrito em forma de diálogo e pode ser lido no livro VII da obra A República, o Mito da Caverna é também uma espécie de homenagem de Platão ao seu mestre, Sócrates.


A PRISÃO 

Platão descreve que alguns homens, desde a infância, geração após geração, se encontram aprisionados em uma caverna. Nesse lugar, não conseguem se mover em virtude das correntes que os mantém imobilizados.

Virados de costas para a entrada da caverna, veem apenas o seu fundo. Atrás deles há uma parede pequena, onde uma fogueira permanece acesa.                                                                              Por ali passam homens transportando coisas, mas como a parede oculta o corpo dos homens, tudo o que os prisioneiros conseguem ver são as sombras desses objetos transportados.


UMA NOVA REALIDADE 

As sombras projetadas no fundo da caverna são compreendidas pelos prisioneiros como sendo todo o que existe no mundo.

Certo dia, um dos prisioneiros consegue se libertar das correntes que o aprisionava. Com muita dificuldade, ele busca a saída da caverna. No entanto, a luz da fogueira, bem como a do exterior da caverna, agridem os seus olhos, já que ele nunca tinha visto a luz.                                               O ex-prisioneiro pensa em desistir e retornar ao conforto da prisão a qual estava acostumado, mas gradualmente consegue observar e admirar o mundo exterior à caverna.


COMPANHERISMO E DESCRENÇA

Entretanto, tomado de compaixão pelos companheiros de aprisionamento, ele decide enfrentar o caminho de volta à caverna com o objetivo de libertar os outros e mostrar-lhes a verdade.

Glauco responde que os outros, acostumados à escuridão, não acreditariam no seu testemunho e que aquele que se libertou teria dificuldades em comunicar tudo o que tinha visto. Por fim, era possível que o matassem sob a alegação de perda da consciência ou loucura.


CONTEXTUALIZANDO 

Na Alegoria da Caverna, Platão faz uma crítica sobre a importância da busca pelo conhecimento e o abandono da posição cômoda gerara pelas aparências e pelos costumes. Nessa metáfora, as correntes representam o senso comum e a opinião (os pré-conceitos) que aprisionam os indivíduos e os impede de buscar o conhecimento verdadeiro e com que vivam em um mundo de sombras.                                                                                                                                                                                                                                                            

A humanidade como conspiração: Matrix, o Budismo e Platão

09/08/2022

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CAVERNA DE PLATÃO

Na filosofia, Matrix é uma simulação que cria um mundo imaginário onde as pessoas são prisioneiras da realidade, como na Caverna de Platão. As sombras ou imagens que os presos vêem no fundo da caverna são tudo que os presos sabem do mundo fora dela.

SINOPSE

"Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade ...”

QUEBRA DE CORRENTES

Tanto na “República” quanto em Matrix temos exemplos de seres humanos que quebraram essas correntes e avançaram para a verdade da vida, para ajudar aos outros a alcançar o mesmo fim. Platão apresenta um indivíduo da busca da verdade através de um desejo de conhecimento, enquanto que Matrix dá-nos um "messias" ou um herói para fazer-nos livres.

PENSAMENTO ESPIRITUAL DE BUDA

Matrix é um filme que parte do budismo para nos mostrar que o humano conspira contra o humano, ainda que no filme sejam as máquinas que protagonizam essa conspiração. O budismo pode ser visto como a revelação de que a humanidade conspira e sempre conspirou contra ela mesma. Não se trata de um texto acerca do budismo, mas de pensar um filme com elementos básicos do pensamento espiritual de Buda.

 “SAMSARA” – Consciência NÃO DESPERTA

O filme traz uma visão do modo de viver e entender o mundo aplicado a uma estrutura narrativa de ficção científica. O mundo onde usualmente habitamos, todos nós, que é resultado de uma consciência não desperta, o budismo chama Samsara (consciência comum ou consciência adormecida). A samsara é mundo da consciência que a maioria de nós habita. O mundo da consciência antes da libertação.

DIZ o personagem MORPHEUS

“Matrix está em todo o lado, à nossa volta, aqui mesmo nesta sala. Você pode vê-la ao olhar pela janela, ao ligar a televisão ou ao ir para o trabalho. Quando vai à igreja, quando paga os impostos. É o mundo que puseram diante dos seus olhos para que não pudesse ver a verdade.” E a verdade, continua Morpheus, é que nós somos escravos. Nós nascemos numa prisão que não conseguimos nem ver, nem tocar. Uma prisão para a nossa mente. E esta é a própria definição de samsara. O mundo impede a consciência de se ver a si mesma.

ILUSÃO DO BEM ESTAR

Quando se renuncia à verdade para viver bem. Viver bem segundo os padrões Matrix ou, se preferirmos, os da sociedade onde vivemos. Viver bem segundo a sensualidade do mundo. E esta é também uma das dificuldades que os budistas apontam para a libertação. O mundo criou a ilusão de bem estar para tapar a verdade.

E todos nós preferimos o bem estar, uma “vida boa”, regalada, ao sol, do que a verdade.

FINALIZANDO

O principal tema da Alegoria da Caverna é nos alertar de nossa ignorância, e aquilo que você vê não é real, expresso pelas Matrixes.
A Matrix é em grande parte paralelo à analogia da caverna, iluminação, liberdade, etc. estão subjacentes idéias de ambos.

Fonte

Texto baseado num artigo publicado em 12 Jun 2018, no portal https://hojemacau.com por Paulo José Miranda



                                                                                   

Um Convite para se Descobrir a Essência do Homem e do Universo

08/08/2022

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O LIVRO

No livro, “O Espírito, este desconhecido”, Jean-Émile Charon, ganhador de um Prêmio Nobel de Física, físico, filósofo, escritor de mais de 20 livros sobre física, filosofia científica e ciência da computação  aborda  assuntos como, Espiritismo, física e metafísica ( teoria dos elétrons "pensantes"), espaço e tempo do espírito, espírito dentro da matéria, as ramificações eternas do nosso espírito, parapsicologia, evolução copernicana, cosmologia neognóstica e matricialismo.

A DEDICATÓRIA

“Esta obra é dedicada a todas as pessoas que refletem sobre o mistério do nosso corpo e de nossa consciência e, mais amplamente, sobre as relações do Espírito com a Matéria, na escala do Universo inteiro.Pela primeira vez, encontra-se sustentadas, de maneira científica, as numerosas manifestações do Espírito como os fenômenos para psicológicos ou as intervenções do inconsciente.

“O Espírito, este desconhecido” é um convite para se descobrir a essência do Homem e do Universo.”

GÊNESE ESPIRITUAL

"Todo efeito tendo uma causa, todo efeito inteligente há de ter uma causa inteligente". As ações humanas denotam um princípio inteligente, que é corolário da existência de Deus, pois não é concebível a Soberana Inteligência a reinar eternamente sobre a matéria bruta. Sendo Deus soberanamente justo e bom, criou seres inteligentes não para lançá-los ao sofrimento e em seguida ao nada, mas para serem eternos, sobrevivendo à matéria e mantendo sua individualidade.

PRINCÍPIO ESPIRITUAL E PRINCÍPIO VITAL

O princípio espiritual é independente do princípio vital, pois há seres que vivem e não pensam, como as plantas; "a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida espiritual, que é inerente ao espírito". Independe também do fluído cósmico universal, tendo existência própria e sendo, juntamente com o princípio material, os dois princípios constitutivos do universo. O elemento espiritual individualizado constitui o espírito, enquanto que o elemento material forma os "diferentes corpos da natureza, orgânicos e inorgânicos". O princípio espiritual é independente do princípio vital, pois há seres que vivem e não pensam, como as plantas; "a vida orgânica reside num princípio inerente à matéria, independente da vida espiritual, que é inerente ao espírito". Independe também do fluído cósmico universal, tendo existência própria e sendo, juntamente com o princípio material, os dois princípios constitutivos do universo. O elemento espiritual individualizado constitui o espírito, enquanto que o elemento material forma os "diferentes corpos da natureza, orgânicos e inorgânicos".

UNIÃO DO PRINCÍPIO ESPIRITUAL À MATÉRIA

O corpo é "simultaneamente o envoltório e o instrumento do espírito", sendo apropriado ao nível de trabalho que cabe ao espírito executar em cada fase do desenvolvimento de suas faculdades. Na realidade em cada encarnação o próprio espírito molda o corpo ajustando-o à "medida que experimenta a necessidade de manifestar novas faculdades", que são rudimentares na fase de "infância intelectual". Sendo material, o corpo depois de algum tempo se desorganiza e decompõe; extingue-se o princípio vital e o corpo morre, quando então o espírito o abandona como a uma roupa que se tornou imprestável. O que distingue, portanto, o homem colocando-o acima dos animais, "é o seu ser espiritual, seu Espírito".


AVENTURA COSMOLÓGICA

Já no final do prefácio do livro, “O Espírito Este Desconhecido”, diz Jean Charon: (...) "O presente trabalho se dirige a todos que refletem sobre o mistério de nosso corpo e de nossa consciência, e mais globalmente às relações do Espírito com a Matéria, na escala do Universo inteiro. Creio profundamente que nossas civilizações humanas estão à procura - porque têm extrema necessidade dela - de uma atitude que permita a cada um melhor se situar na imensa aventura cosmológica, colocando em harmonia o que elas sabem com o que sentem."

FICA A DICA

Se você se interessa em conhecer sobre: espaço e o tempo do Espírito; elétron portador do Espírito; as ramificações eternas de nosso Espírito; os mecanismos do Espírito e parapsicologia; funcionamento do Espírito como fenômeno da Física e muito mais... Tá aí a grande oportunidade! “O Espírito Este Desconhecido”. Boa leitura!

“HÁBITOS DIGNOS DE LOUVOR”

07/08/2022

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“MEIO-TERMO” QUALITATIVO

Virtudes e vícios dizem respeito às nossas disposições, e são formados em nós pelo hábito. Bons hábitos formam virtudes, e maus hábitos formam vícios. O homem virtuoso é aquele que tem em si a inclinação para agir de acordo com a virtude. Uma ideia importante relativa à ética aristotélica é a virtude como meio-termo, o “meio-termo” de ouro de Aristóteles. A virtude é um meio-termo entre dois vícios. Mas, cuidado, este meio-termo é qualitativo, e não quantitativo.

VIRTUDES NA FILOSOFIA

A origem da palavra virtude vem da Grécia Antiga com o termo aretê, que significa excelência.

Platão, no livro IV da República, definiu quatro virtudes de uma pessoa: temperança, prudência (sabedoria), fortaleza (força, coragem) e justiça.

VIRTUDES CARDEAIS

Essas virtudes vieram a ficar conhecidas como as virtudes cardeais. Também conhecidas como virtudes cardinais ou virtudes humanas por representarem as virtudes centrais do ser humano. Aristóteles, aluno de Platão, definiu uma lista maior e dividiu-a em dois tipos de virtudes: morais e intelectuais. As virtudes morais dizem respeito ao caráter e as intelectuais à sabedoria. 


VIRTUDES NA RELIGIÃO

Tempos depois, a Igreja Católica definiu três virtudes teologais: fé, esperança e caridade. À essas foram adicionadas as quatro virtudes cardeais de Platão (temperança, prudência, fortaleza e justiça) para formar as sete virtudes cristãs.


VIRTUDES NA PSICOLOGIA

Por fim, mais recentemente um ramo da Psicologia denominado Psicologia Positiva adotou o conceito de virtude para descrever o caráter de uma pessoa. Na sua obra, os pais da Psicologia Positiva, Martin Seligman e Christopher Peterson descrevem 24 forças de caráter agrupadas em 6 virtudes principais: sabedoria, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência.                  

A VIRTUDE DA GENEROSIDADE

06/08/2022

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A GENEROSIDADE, A VIRTUDE DE DISPOR DE SI

Jesus de Nazaré disse que “há mais felicidade em dar do que em receber”. A virtude da generosidade – que também pode ser chamada de magnanimidade ou liberalidade – tem um quê de transbordamento.

Calvino afirmou: “Há pessoas que são conhecidas por serem muito generosas, mas elas nunca doam sem repreensões, orgulho ou insolência”. Essa generosidade não é digna do nome de virtude. Em vez de nos transformar interiormente, nos maquia. E mais: além de não nos transformar, essa disposição não transforma o mundo à nossa volta.

NEM FILANTROPIA ...

“Num modelo econômico e social cujo objetivo é o crescimento da riqueza material, sem que isso signifique atender às necessidades de sobrevivência da maioria ou a distribuição dos frutos desta riqueza para todos, faz pouco sentido falar em generosidade. Neste contexto, a generosidade seria mera filantropia, o que seria feito para mitigar efeitos da injustiça social sem, contudo, mudar a forma de funcionamento do sistema econômico”, explica Angela Welters, professora de Economia da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

“Um sistema econômico mais generoso deveria ser capaz de produzir riqueza capaz de atender as necessidades básicas de consumo de todos. Neste sistema, a produção deveria ser voltada inicialmente ao atendimento das necessidades básicas da sociedade e não apenas pelo lucro”.

ESCREVEU COMTE-SPONVILLE

“A generosidade é mais subjetiva, mais singular, mais afetiva, mais espontânea, ao passo que a justiça, mesmo quando aplicada, guarda em si algo mais objetivo, mais universal, mais intelectual ou mais refletido. A generosidade parece dever mais ao coração ou ao temperamento; a justiça, ao espírito ou à razão. Os direitos humanos, por exemplo, podem constituir objeto de uma declaração. A generosidade não: trata-se de agir, e não em função de determinado texto, de determinada lei, mas além de qualquer texto, além de qualquer lei, em todo caso humana, e unicamente de acordo com as exigências do amor, da moral ou da solidariedade”.

LIVRE FRATERNIDADE

Nesse sentido, é interessante que Descartes sublinhe que a particularidade da generosidade se encontraria justamente na liberdade. “O que há de mais mesquinho que o eu? O que há de mais sórdido do que o egoísmo? Ser generoso é ser livre de si, de suas pequenas covardias, de suas pequenas posses, de suas pequenas cóleras, de seus pequenos ciúmes”, comenta Comte-Sponville. “Descartes via nisso não apenas o princípio de toda virtude, mas o bem soberano”.

RAIZ DA PALAVRA NO FINALIZANDO

Originalmente, a palavra latina generositas indicava uma boa linhagem – tem a mesma raiz de gênesis, genealogia, ge(ne)ração ou genital. Alargando esse conceito original, podemos dizer que uma boa linhagem é aquela que, com empatia, não se vê como digna dos privilégios que carrega, mas se torna capaz de olhar a todos como congêneres – irmãos. A um irmão se faz o bem com liberdade e com prazer, sem mesquinharia nem por submissão. Somente esse olhar transforma o nosso próprio interior e a realidade concreta em que vivemos.

Fonte

Texto extraído do artigo de Felipe Koller, publicado em 29/05/2020, no jornal Gazeta do Povo.

IGNORÂNCIA ESTRATÉGICA (Ignorância como matéria-prima)

05/08/2022

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DEFINIÇÃO

Ignorância, por definição, é o estado de quem não tem conhecimento ou cultura: um desconhecimento por falta de estudo, experiência ou prática. Todos nascem ignorantes e, em certo sentido, essa é a nossa identidade original. Mudar esse estado, ou não, sempre foi uma opção política tanto quanto o resultado de um esforço pessoal.

MERCADORIA DE “VALOR”

Por muito tempo, havia consenso de que era necessário superar a ignorância para desenvolver as potencialidades de cada indivíduo e fortalecer a sociedade. Mesmo a abstração do “homem econômico”, transformado em modelo do “indivíduo desejável” tanto no liberalismo clássico quanto no neoliberalismo, supõe uma pessoa que superou a ignorância para se tornar capaz de calcular as vantagens pessoais que possa obter a partir de suas decisões e ações. Em apertada síntese, a ignorância, até bem pouco tempo, era vista como uma negatividade. Mesmo as pessoas mais ignorantes procuravam fingir algum tipo de conhecimento diferenciado ou de erudição. Hoje, ao contrário, passou a ser percebida como uma positividade e tratada como uma mercadoria.

TIPO-IDEAL?!

Diante da valorização econômica da ignorância, o “homem ignorante” é ressignificado e passa a ser percebido como o tipo-ideal de cidadão: aquela pessoa que se caracteriza pela simplicidade com que todos podem se identificar. A “educação” e a “cultura”, por sua vez, começam a ser tratadas como ameaças que precisam ser afastadas. Instaura-se, assim, um novo modo de governo, mais eficaz e barato: o governo para e pela ignorância.

INVERSÃO DE VALORES

Com a demonização da educação e da cultura (percebidas como atividades degeneradas e “ideológicas”), aparece o indivíduo com orgulho de ser ignorante, como demonstra a adesão sem reflexão às posturas anti-intelectualistas em voga na sociedade. Em uma curiosa inversão valorativa (e, com toda manifestação ideológica, não percebida enquanto tal), o intelectual (aquele que se diferencia por um saber específico) torna-se objeto de reprovação social, enquanto aumenta a ode à ignorância e a espetacularização do desconhecimento.

TAMBÉM NAS GRANDES CORPORAÇÕES

Nas grandes empresas, não é diferente. Métodos de “gerência” importados dos Estados Unidos buscam bloquear a reflexão e otimizar a alienação para fazer dos trabalhadores meros autômatos. Alguns sintomas desse incentivo à ignorância no ambiente das grandes empresas são facilmente percebidos, tais como o abuso do PowerPoint para orientar as formas de atuação dos empregados a partir de imagens pensadas para pessoas incapazes de interpretar um texto; a contratação de consultores externos, diante do reconhecimento da incapacidade do pensamento no ambiente da empresa etc.

IGNORÂNCIA  ESTRATÉGICA

McGoey define a 'ignorância estratégica' como a 'habilidade de explorar o desconhecimento para ganhar mais poder'

A socióloga e professora da Universidade de Essex foi a primeira pessoa a usar esse termo aplicado a instituições de regulamentação, um trabalho iniciado em sua tese de doutorado na London School of Economics (LSE). Em sua tese, McGoey investiga como indústrias farmacêuticas usam a ignorância como estratégia para aprovar medicamentos sem informar ao público sobre seus efeitos adversos.

FINALIZANDO

"Temos que entender que todos nós compartilhamos ignorância e devemos ser mais gentis uns com os outros por ignorarem algo, seja intencionalmente ou não", diz McGoey. "Depois, devemos olhar para sistemas educacionais e entender como eles estão implicados na geração de ignorância."


Fonte

Textos extraídos da matéria de Gabriela Loureiro de Londres para a BBC News Brasil em 05 de outubro de 2019.                                                                                                                                                    

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O ADOECER DA ALMA

04/08/2022

DOENÇA DO CORPO – DOENÇA DA ALMA

Publicado há quase duas décadas, o trabalho de Ivan Frias (médico e doutor em Filosofia) intitulado Doença do corpo, doença da alma: medicina e filosofia na Grécia clássica (2005) agrega virtudes suficientes para se caracterizar como leitura de interesse permanente a estudantes e estudiosos de Filosofia e Medicina. Razão pela qual, compartilho para a reflexão de hoje.

CORPO E ALMA – INDISSOCIÁVEIS (em termos)

Seguem algumas perguntas de Bruna Torlay da revista “Sisifo” com as respectivas respostas do Dr. Ivan Frias:

“Platão caracteriza a amathía (ignorância?) como a pior doença da alma. Essa doença individual, tendo por premissa paralela uma constituição física ruim, é também engendrada por uma doença social, a saber, instituições defeituosas, regimes políticos viciosos. A terapia preconizada pelo filósofo para promover ou restabelecer o equilíbrio entre corpo e alma seria a prática da ginástica combinada ao exercício da música e da filosofia. Nesse sentido, uma existência saudável parece pressupor, em Platão, o constante manejo da alma, trabalho artesanal de esculpir-se, retocar-se e polir-se. O senhor identifica a permanência dessa terapêutica na cultura do ocidente, ainda que os fundamentos cosmológicos que tenham nutrido a reflexão platônica já não sejam os nossos?”

RESPOSTA

(...) “Platão – como o autor do tratado “Ares, Águas, Lugares” – tinha em vista o todo da sociedade. E para tratar a parte é preciso antes curar o todo, como o filósofo exemplifica no Cármides: a cefaleia que atinge o personagem que dá nome ao diálogo não se resolverá se antes ele não cuidar do todo representado por corpo e alma. O que está em jogo aqui é a questão da sophrosyne, da prudência que faltava a Cármides, um jovem discípulo de Sócrates. A proposta do mestre é então empregar o pharmakon (Cármides, 155 b) associado à belas palavras. Esse é um texto original que Freud conhecia. Acredito que a terapia da alma seja um legado platônico herdado pela psicanálise...”

Bruna Torlay

 Ainda sobre o problema anterior: considerando que a possibilidade de restabelecer a saúde individual e coletiva tem por pressuposto a harmonia do real (isto é, das formas), real este que nos transcende, seria possível superar o adoecimento coletivo num universo carente de parâmetros absolutos?

RESPOSTA:

(...) “A harmonia do real é um pressuposto do pensamento grego. Há uma ordem no Sensível, como há uma ordem no cosmos, este é um pressuposto que Platão parece ver confirmado pelo método diagnóstico / terapêutico da medicina. E a terapêutica médica é sempre aplicada ao doente individual. O que o tratado “Ares, Águas, Lugares” traz de novo é uma visão coletiva que problematiza os vários fatores que influenciam na saúde individual / coletiva, e que estão relacionados com o clima, com os hábitos de vida, com a qualidade das águas, com a geografia física, etc. Mas igualmente com o regime político ao qual certo grupamento humano está submetido”.

Bruna Torlay:

O senhor afirma (p. 152) que a abordagem platônica da doença da alma toca em problemas que dizem respeito às suas preocupações éticas e políticas, como por exemplo o problema do conhecimento. Como o filósofo articula uma resposta a esse problema, tendo por premissas reflexões de ordem médica?

RESPOSTA do Dr. Ivan Frias:

Em vários diálogos platônicos, principalmente aqueles classificados pela crítica como “diálogos políticos” (República / Leis / Político), há essa preocupação do filósofo com a cidade. A terapia da alma não se restringe ao indivíduo, ela deve ser aplicada ao indivíduo tendo em vista a coletividade. E a educação grega é a base de uma sociedade justa, na qual prevalece um dos pilares, senão o principal da ética socrática (presente em diálogos como República, Górgias, etc.) – “se tivesse de escolher entre praticar e sofrer uma injustiça, preferiria sofrê-la” (Górgias, 469 c) ou “cometer a injustiça é apenas o segundo dos males em grandeza; o primeiro e o maior de todos é praticar a injustiça sem ser castigado” (Górgias, 479 d).

FINALIZANDO

Conclui-se que, talvez esteja na ausência da prática da justiça nas sociedades modernas, a raiz ou causa geradora principal, do porque ESTAMOS TODOS DOENTES.

PREEXISTÊNCIA DO ESPÍRITO

03/08/2022

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VIDA E OBRA DE ORÍGENES DE ALEXANDRIA

Nascido no Egito, por volta de (184-253 d.C.), muito provavelmente em Alexandria, de um pai convertido ao cristianismo. Orígenes se tornou, sem dúvida alguma, um grande pensador do cristianismo primitivo. Além disso, Orígenes é considerado, para muitos teólogos contemporâneos, um grande sábio vinculado à patrística, a qual organizou, como sabemos, toda a teologia cristã antiga, medieval, moderna e pós-moderna.

CONCÍLIO ECUMÊNICO DE CONSTANTINOPLA

Segundo José Reis Chaves, teósofo e biblista o que foi condenado na verdade, no Concílio Ecumênico de Constantinopla (553) não foi bem a reencarnação, mas a doutrina da preexistência do espírito, ou seja, a existência do espírito antes da concepção do corpo no útero materno, o que é contra a Bíblia. “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que saísses do ventre da madre, te consagrei e te constituí profeta das nações” (Jeremias 1: 5). Está provada, pois, pela Bíblia, essa doutrina da preexistência do espírito antes da concepção do corpo. Ora, se o espírito existe antes do corpo ser criado, ele já pode ter vivido encarnado em outro corpo aqui na Terra ou em outro mundo. “Na casa de meu Pai há muitas moradas” (João 14: 2). A casa do Pai é o universo. O próprio homem Jesus deixou também isso bem claro. “Em verdade, em verdade eu vos digo: Antes que Abraão existisse, eu sou” (João 8: 58).

ANTIGO E NOVO TESTAMENTO

Orígenes está correto no que tange às Escrituras Sagradas, pois, segundo o Velho Testamento, Deus afirma, literalmente, que conhecia o profeta Jeremias antes mesmo de ele ter sido concebido no ventre materno,         

O apóstolo João também afirma: “João dá testemunho dele. Ele exclama: Este é aquele de quem eu falei: Aquele que vem depois de mim é superior a mim, porque já existia antes de mim” (Jo1:15).

PREEXISTÊNCIA E A PALINGENESIA

Orígenes de Alexandria defendeu com veemência seus argumentos no que tange à preexistência do espírito, bem como no que se refere à palingenesia ou reencarnação. Por conseguinte, esse filósofo egípcio afirma, de forma categórica, que o ser humano, em virtude de suas vidas anteriores, determinaria a sua própria condição na vida atual. De fato, Orígenes sustentava teologicamente que o espírito preexistia à existência do corpo físico ou biológico, de tal maneira que a própria humanidade determinaria, por isso, a sua situação na atual vida terrena.

O SENTIDO DE PREEXISTÊNCIA

De acordo com Moreschini (2008, p. 168), Orígenes defende em suas obras (Dos princípios, Comentário à carta aos romanos) que a atuação das escolhas da humanidade na vida anterior determinaria a sua condição na vida atual, e com exceção da de Cristo, “todas as que preexistiam aos corpos, caíram longe de Deus em vários graus, de acordo com o resfriamento do amor deles por aquele que as tinha criado, cada uma delas, mesmo as mais altas, cometeram pecado”. A ideia de que os méritos ou pecados anteriores determinariam a posição atual de cada pessoa nesse mundo era uma concepção comum ao platonismo e certas correntes do estoicismo.

ANÁTEMA (EXCOMUNHÃO)

A cláusula ou anátema da condenação da preexistência, em síntese, é a seguinte: “Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, conseqüentemente estranha, de sua volta, seja anátema”.

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PSICOLOGIA

02/08/2022

O QUE É PSI ......A

Psicologia é o estudo de todos os aspectos do comportamento e processos mentais. Ele inclui tópicos como o cérebro funciona, como nossa memória é organizada, como as pessoas interagem em grupos e como as crianças aprendem sobre o mundo.


DIFERENÇAS ENTRE

Psicologia, psiquiatria e psicanálise.

A psicologia é uma disciplina independente que é ensinada em universidades e faculdades. Um psicólogo é alguém que possui pelo menos um Bacharelado em psicologia. Enquanto um psiquiatra, tem formação acadêmica em medicina (em vez de psicologia) e uma qualificação de pós-graduação especializada em psiquiatria. A psiquiatria é, portanto, um ramo da medicina. A psicanálise é uma abordagem particular à psicoterapia, e essa abordagem está dentro de uma tradição psicoterapêutica fundada por Sigmund Freud.


RAMOS DA PSICOLOGIA

Existem diferentes tipos de psicologia que servem a propósitos diferentes. Não existe uma maneira fixa de classificá-los, mas aqui estão alguns tipos comuns:

Psicologia Clínica      

A psicologia clínica integra ciência, teoria e prática para compreender, prever e aliviar problemas com adaptação, incapacidade e desconforto. Promove a adaptação, ajuste e desenvolvimento pessoal.

Psicologia cognitiva

A psicologia cognitiva investiga processos mentais internos, como resolução de problemas, memória, aprendizado e linguagem. Ele analisa como as pessoas pensam, percebem, comunicam, lembram e aprendem. Está intimamente relacionado à neurociência , filosofia e linguística.

Psicologia do desenvolvimento

Este é o estudo científico das mudanças psicológicas sistemáticas que uma pessoa experimenta ao longo da vida, muitas vezes referida como desenvolvimento humano.

Psicologia evolucionária

A psicologia evolutiva analisa como o comportamento humano, por exemplo a linguagem, foi afetado por ajustes psicológicos durante a evolução.

Psicologia Forense

A psicologia forense envolve a aplicação da psicologia à investigação criminal e à lei.

Psicologia da saúde        

A psicologia da saúde também é chamada de medicina comportamental ou psicologia médica.                     Observa como o comportamento, a biologia e o contexto social influenciam a doença e a saúde.

Psicologia ocupacional

Psicólogos ocupacionais ou organizacionais estão envolvidos em avaliar e fazer recomendações sobre o desempenho das pessoas no trabalho e no treinamento.

Psicologia Social                

A psicologia social usa métodos científicos para entender como as influências sociais impactam o comportamento humano. Procura explicar como sentimentos, comportamentos e pensamentos são influenciados pela presença real, imaginada ou implícita de outras pessoas.                                Neuropsicologia

A Neuropsicologia estuda a estrutura e função do cérebro em relação aos comportamentos e processos psicológicos. Também pode estar presente se uma condição envolver lesões no cérebro e avaliações que acarretem registro da atividade elétrica no cérebro.

AUTOANÁLISE

Outro ponto importante está com você. Nesse sentido, é interessante fazer uma autoanálise para procurar dentro de si o que ressoa melhor com a sua pessoa. Ou seja, quais das vertentes de psicologia estão mais alinhadas com a sua personalidade modo de pensar e suas necessidades. Começar um tratamento alinhando expectativas e entendendo como será realizado o trabalho do psicólogo ajuda muito no desenvolvimento das sessões e na consequente melhora do paciente. 


Fontes

cliapsicologia.com.br

blog.cognitivo.com

psicologiaonline123

jundiagora.com.br

doctoralia.com.br

revistagalileu.globo.com

                                                                                                                                                                   

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IMPORTÂNCIA DAS DIFERENÇAS

01/08/2022

DIVERSIDADE (Lenine)

“Foi pra diferenciar

Que Deus criou a diferença

Que irá nos aproximar

Intuir o que ele pensa

Se cada ser é só um

E cada um com sua crença

Tudo é raro, nada é comum

Diversidade é a sentença...”

DIVERSIDADE HUMANA: importância das diferenças

Desde que o mundo é mundo, convivemos com as diferenças em vários aspectos e níveis, sejam elas de raça, gênero, crença ou classe social. A diversidade faz parte do cotidiano – a própria Natureza demonstra isso; estamos em constante transformação. E assim se constitui a vida, diversa em si mesma e, portanto, única, assim como cada ser humano. Diante disso, muitos se perguntam sobre o motivo de existirem tantas diferenças no mundo.

(...) “Que seria do adeus

Sem o retorno

Que seria do nu

Sem o adorno

Que seria do sim

Sem o talvez e o não

Que seria de mim

Sem a compreensão...”

SEGUIMOS PROGREDINDO

Pela ótica científica, está comprovado que a capacidade física e mental de cada pessoa é única, ou seja, cada um tem um talento e uma forma própria de resolver seus problemas. E é justamente essa diversidade de atributos, talentos e capacidades que move o mundo: de um lado a Ciência, evoluindo em si mesma seus conhecimentos a respeito da diversidade genética; do outro, os estudos antropológicos e sociológicos, a estudar a diversidade étnica e cultural entre os povos. E assim seguimos na marcha do progresso intelectual e material.

(...) “Que a vida é repleta

E o olhar do poeta

Percebe na sua presença

O toque de Deus

A vela no breu

A chama da diferença

A humanidade caminha...”

TER OU SER

No que se refere às diferenças sociais, é importante lembrar que a riqueza ou a pobreza não condiciona a intelectualidade, muito menos o grau de moralidade do ser humano. Aqueles que tiveram a oportunidade de nascer em lares mais bem estruturados, certamente terão mais oportunidades de acesso à cultura, e até a conhecimentos espirituais. Mas lares mais simples, com pouca instrução, também são fontes de grande esclarecimento.

(...) “A história vai repetindo

Os erros que o homem traz

O mundo segue girando

Carente de amor e paz

Se cada cabeça é um mundo

Cada um é muito mais...”   


CONCLUINDO 

A humanidade precisa despertar para as diferenças, pois só assim será possível acabar com o preconceito, grande vilão que tem assolado por séculos a humanidade, destruindo a autoestima de muitos.                                                                                                                                   

                 

ABELHAS TÊM EMOÇÕES? PODEM IMAGINAR E PLANEJAR?

31/07/2022

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A MENTE DE UMA ABELHA

O pesquisador Lars Chittka, professor de ecologia sensorial e comportamental da Universidade Queen Mary de Londres, acredita que as abelhas são capazes de imaginar, de reconhecer rostos, de ter algum nível de emoção e de aprender conceitos abstratos. Chittka pesquisa os insetos há mais de 30 anos e é autor do livro "The Mind of a Bee" (A mente de uma abelha.

TERIAM CONSCIÊNCIA?

"Temos evidências sugestivas de que há algum nível de consciência nas abelhas – uma senciência, que elas têm estados de emoção. Nosso trabalho e o de outros laboratórios mostraram que as abelhas são indivíduos muito inteligentes. Elas podem contar, reconhecer imagens de rostos humanos e aprender o uso de ferramentas simples e conceitos abstratos", afirma o cientista.

TÊM INTENCIONALIDADE?

O pesquisador começou a perceber que algumas abelhas eram mais curiosas e confiantes do que outras. As abelhas, descobriu, aprendem melhor observando outras abelhas completarem uma tarefa com sucesso, então "uma vez que você treina um único indivíduo na colônia, a habilidade se espalha rapidamente para todas as abelhas".

PRODUTORAS E CONSUMIDORAS

Não é surpresa para ninguém que as abelhas sabem muito sobre o mel.

Elas não são apenas produtoras como também consomem o mel — e de forma muito sofisticada. Ofereça a uma abelha doente, diferentes variedades de mel, por exemplo, e ela escolherá aquela que melhor combate a sua infecção.

HABILIDADES QUÍMICAS

As abelhas começaram a adicionar um pouco de néctar ao pólen e moldá-lo na forma de "pacotes", para facilitar o transporte. Elas também desenvolveram glândulas de secreção de cera, que forneceram uma forma de armazenar separadamente o néctar líquido e o pólen sólido.

"A cera é um material de construção muito flexível", segundo Christina Grozinger, entomologista da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos EUA, que estuda os mecanismos responsáveis pelo comportamento social e a saúde das abelhas.

ENGENHEIRAS DA CONSTRUÇÃO

Para formar um favo de mel, as abelhas melíferas moldam a cera em hexágonos, que são o formato mais eficiente para armazenar uma substância, já que eles se unem firmemente entre si. "É um feito da engenharia", segundo Grozinger.                    

A construção de muitas células pequenas e uniformes apresenta outra vantagem: superfícies maiores significam evaporação mais rápida da água - e menos água significa menos crescimento de micróbios.

https://www.youtube.com/watch?v=HcX8Dq87xaA

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505 anos da Reforma Protestante

30/07/2022

QUANDO TUDO COMEÇOU

A Reforma Protestante está completando 505 anos. O relevante acontecimento teve importantes desdobramentos em diversas áreas do conhecimento e impactou fortemente a história. Martinho Lutero, monge alemão, condenou a venda de indulgência feita pela igreja. Confira outros pontos da Reforma na reflexão de agora.

FATO DESENCADEADOR

Em outono de 1517 um monge de nome Tetzel viajava pela área próxima de Wittenberg, região de atuação de Lutero, vendendo indulgências. O dinheiro obtido destinava-se em parte à reconstrução da basílica de São Pedro, em Roma, e o restante ao pagamento de dívidas contraídas pelo arcebispo local na compra de seu cargo com o papa." Embora desconhecesse a segunda finalidade, Lutero irritou-se com as maneiras grosseiras de Tetzel e lançou um ataque à venda de indulgências, quando teria afixado à porta do castelo de Wittenberg suas 95 teses.

QUEBRA DO MONOPÓLIO            

Um dos maiores legados da Reforma Protestante foi a abertura para a livre interpretação da Bíblia. Enquanto a Igreja Católica sustentava que só o clero — intermediário entre os homens e Deus — podia interpretar adequadamente a Bíblia, Lutero dizia que, para descobrir seu sentido, não era necessária a ajuda de padres. Segundo ele, em questões de fé, não havia diferença entre padres e leigos. Todos podiam receber sua fé diretamente de Deus. A postura de Lutero abre espaço para um modelo de individualismo religioso que é uma das marcas da contemporaneidade.

OUTRAS CAUSAS

A Reforma Protestante teve causas relacionadas a aspectos políticos, econômicos e teológicos e resultou da corrupção existente na Igreja Católica. Além disso, teve resultado de interesses políticos oriundos de nobres que viram na reforma uma possibilidade de romper o vínculo de autoridade com o papa. Por fim, foi imposta a questão dos interesses econômicos, uma vez que a Igreja estipulava a cobrança de impostos de todos seus fiéis.

QUESTÕES POLÍTICAS, ECONÔMICAS

Em relação às questões políticas, existia uma série de reis, nobres e autoridades em geral que estavam interessados em romper o poder secular com o religioso. Isso significa que muitos viam o rompimento como uma forma de consolidar ou de assegurar mais poder sem a necessidade de ter que se sujeitar a outra autoridade – no caso, o papa.

Nas questões econômicas, há de se destacar que, na região norte da Europa, havia uma insatisfação muito grande com a quantidade de impostos que deveriam ser repassados para a Igreja.

AS 95 TESES E A EXCOMUNHÃO 

Documento no qual Lutero manifestava sua oposição teológica às práticas da Igreja de Roma, foram enviadas para o arcebispo de Mainz, Alberto de Brandemburgo, em 31 de outubro de 1517. A intenção de Lutero era levantar um debate para que reformas dentro da Igreja acontecessem.

As ideias de Lutero espalharam-se pela Europa com rapidez. Nesse momento, a intenção de Lutero não era romper com a Igreja Católica, ele queria apenas que se realizasse uma reforma em determinadas questões. O rompimento de Lutero com a Igreja Católica só aconteceu quando foi excomungado pelo papa, em 1521.

CONCLUINDO

Atualmente, existem várias denominações cristãs oriundas do protestantismo, como os batistas, os presbiterianos, os metodistas, os luteranos, os calvinistas, os anglicanos, etc. No Brasil, mais de 20% da população identifica-se como “evangélica”, denominação que agrupa igrejas teologicamente nascidas do protestantismo. Fica a pergunta:

Diante do que estamos vivenciando em todas as igrejas, não só a católica, é chegada a hora de uma outra Gigantesca e Profunda REFORMA? 


Fontes

https://www.historiadomundo.com.br

https://super.abril.com.br           

https://ensinarhistoria.com.br

https://midianinja.org.com

NO MUSICANDO: CÁLICE

https://www.youtube.com/watch?v=9y2xB90A0CY

Da IGNORÂNCIA ESPIRITUAL à CONSCIÊNCIA PLENA

29/07/2022

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OS NÍVEIS DE DESPERTAR DO ESPÍRITO (do átomo ao arcanjo)

A partir do momento em que nossa consciência deixa o estado de sonolência e inércia e passa para o primeiro nível de despertar, começamos nossa caminhada evolutiva sem volta, em que descobrimos que para todos os tipos de problemas, existe uma solução espiritual eficaz.

Mas atingir o mais alto nível de despertar é tarefa árdua, repleta de altos e baixos. Os espíritos passam por diferentes estágios de evolução, com mudança de percepção acerca de si mesmos, dos outros espíritos com os quais se relaciona e do próprio cosmos.

SEM RECEITA DE EVOLUÇÃO PRONTA

Todos os estágios possuem a mesma importância para a evolução da consciência humana. Todos os espíritos passam por cada um deles. Tentaremos exemplificá-los neste texto, mas lembramos que não existem receitas ou atalhos para o despertar. Cada um de nós traça um caminho, resultado do resumo de nossas experiências e aprendizados.

A IGNORÂNCIA

Neste primeiro nível, o ser humano não tem qualquer consciência sobre seu espírito. Não sabe de onde veio, como chegou, para onde vai. Não tem a menor ideia sobre o significado da vida. Como um corpo sem alma, segue os padrões sociais sem qualquer reflexão ou questionamento. É uma fase que se assemelha a um profundo adormecer. Está extremamente ligado às questões materiais.

A DÚVIDA

Nesta fase do despertar, o espírito questiona o mundo a sua volta. Antes completamente dominado pelo mundo material, agora passa a perceber este tipo de vida como uma realidade sem real conexão, sem valor. As regras sociais e toda a crença existente passam a não fazer sentido como antes e as buscas por respostas, pelo autoconhecimento se tornam prioridade.

O AUTOCONHECIMENTO

Este nível de despertar pode ser entendido como o início da consciência real da transformação espiritual. Durante este processo de autoconhecimento, o ser humano busca a reclusão para conseguir “ouvir” o que diz sua alma com mais clareza. Há aqui um rompimento com valores pré-estabelecidos pela sociedade.

O DESPERTAR REAL ESPIRITUAL

Este nível tem como característica o duelo entre os vícios do mundo físico e os valores do mundo espiritual. O desapego surge através da consciência do despertar espiritual, da consciência da existência da luz imaterial. Os valores aprendidos são aperfeiçoados e a vida é valorizada na sua totalidade. Não há mais espaço para feridas ou qualquer tipo de dor, apenas o interesse na evolução espiritual.

CONSCIÊNCIA PLENA

O nível da consciência plena marca o início do Nirvana. As almas não sentem mágoas ou ressentimentos e passam a ser guiadas pela inspiração e não mais pela emoção. É a recuperação da verdadeira identidade do infinito, do ser Divino. Nesta fase, o ser humano ultrapassa os limites da matéria e se reconecta ao universo. É a verdadeira e literal reunião com Deus. O Reino dos Céus.

ILUMINANDO...

A iluminação é fator determinante na vida no planeta Terra, mas não representa o fim de uma jornada. De fato, ao chegar ao nível da consciência plena, se inicia a verdadeira experiência espiritual, já que este nível representa a porta para a volta de um espírito liberto, consciente e auto realizado.

Fonte

Fragmentos de textos extraídos do artigo publicado no portal www.wemystic.com.br

“A Sociedade ABERTA e seus INIMIGOS”

 (Karl Popper)

28/07/2022

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OS INIMIGOS DA SOCIEDADE ABERTA

O perigoso flerte com o totalitarismo. Em nome de uma suposta liberdade, inclusive de expressão, criam ambientes de insegurança e medo, para atemorizar cidadãos e reduzi-los à passividade da mordaça e da manipulação. Cuidado! Deve-se resistir à política do medo. No livro “A Sociedade aberta e seus inimigos”, Karl Popper fornece uma visão crítica de teorias que conduziram a sociedade do século XX para o totalitarismo. 


RESENHA (www.velhaeconomia.com.br)

Karl Popper (1902-1994) pertenceu à geração de ouro da Áustria na virada do século XIX para o século XX, tendo testemunhado as guerras mundiais, a guerra fria e a ascensão de regimes totalitários. E tudo isso foi refletido em sua escrita, a qual propunha um sistema político e econômico capaz de fornecer tranquilidade para a humanidade e reduzir os conflitos armados.


GOVERNANÇA POR LEIS E REGRAS

No livro A sociedade aberta e seus inimigos, talvez a principal obra de Popper, o objetivo é contrastar a “sociedade tribal”, formada por um chefe, permeada de elementos místicos e supersticiosos, com a sociedade aberta, democrática, governada por leis e regras transparentes e comuns para todos, caracterizada pela liberdade individual. A partir disso, o autor aponta o historicismo como teoria que pode realizar a regressão da sociedade aberta para a tribal, uma vez que este prega o determinismo no destino dos indivíduos e, portanto, retira o componente de responsabilidade individual pelo futuro da sociedade.


O HISTORICISMO 

É “a doutrina de que a história é controlada por leis históricas ou evolucionárias específicas, cujo descobrimento nos capacitaria a profetizar o destino do homem”. Não será difícil para o leitor perceber o quanto de historicismo existe nos dias atuais, variando desde teses religiosas para profecias de cunho científico – no espírito do livro, a teoria de que o socialismo é o destino final da sociedade, o caminho inevitável de transição do capitalismo. 


CONTRAPONTO À LIBERDADE ILIMITADA

 “A liberdade, como vimos, derrota a si mesma, se for ilimitada”. “Liberdade ilimitada – prossegue Popper - significa que um forte é livre de agredir um fraco e roubar a liberdade deste. Eis a razão por que exigimos que o estado limite a liberdade a certa extensão, de modo que a liberdade de cada um seja protegida pela lei”. Ninguém deve estar à mercê de outros, mas todos devem ter o direito de serem protegidos pelo estado. Tal restrição sobre as ações dos outros entra no reino econômico, pois o acúmulo de poder econômico colocaria alguns poucos indivíduos com demasiado poder de barganha.


MECANISMO DE CONTENÇÃO

A defesa pela democracia decorre não por ideais como a voz do povo ou desejo da maioria, mas pelo fato dessa limitar o poder dos políticos, estreitando as consequências de seus atos sobre toda a sociedade. O argumento implícito é que o acúmulo de poder, seja para quem for, é prejudicial para a humanidade, ainda que o ocupante de tal poder seja benevolente.


VALE A PENA CONFERIR!

Pois é uma obra literária que esboça algumas das dificuldades enfrentadas pela nossa civilização, em sua busca incessante pela humanidade e possível igualdade com sensata liberdade.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                            

QUANDO E COMO POSSO ME PERDOAR?

27/07/2022

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PERDOAR

É o ato consciente de abrir mão do ressentimento ou do desejo de vingança contra alguém que, de alguma forma, causou algum mal – mesmo que a pessoa não mereça. Ao contrário do que muitos acreditam, o ato não necessariamente implica no esquecimento dos agravos. A definição é do Greater Good Science Center (Centro de Ciências do Bem Maior, em tradução livre), órgão vinculado à Universidade de Berkeley, na Califórnia.

AUTOPERDÃO 

Já o autoperdão tem a ver com a autoexigência que praticamos conosco e como encaramos os erros que cometemos. Se errar significa falhar, ser incompetente ou fraco, então fica difícil o perdão para nós mesmos.

FAZER AS PAZES

Em um estudo publicado no Journal of Positive Psychology, eles descobriram que quem pede perdão por um agravo tem maiores chances de perdoar a si mesmo. “Uma barreira que as pessoas enfrentam para perdoarem a si próprias é que elas pensam que merecem se sentir mal. Nosso estudo descobriu que fazer as pazes nos dá permissão para deixar as coisas passarem”, disse em um comunicado Thomas Carpenter, um dos autores do artigo.

NÃO AO AUTOFLAGELO

Pessoas com excesso de autocrítica e sensibilidade à culpabilização têm maior dificuldade em relevar e desculpar os próprios deslizes. "Em alguns casos, é como se colocassem uma lente de aumento no erro cometido. Há uma supervalorização da falha e, consequentemente, uma elevação da crítica. A culpa, nessas circunstâncias, assume a função de autoflagelo, diferentemente da função positiva de reparação que poderia desempenhar", observa Natalia Novaes Pavani Araújo, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, também na capital paulista. O sentimento de culpa, associado à empatia, é fundamental para o desenvolvimento humano e para todo o processo de autoperdão.

O AUTOPERDÃO É LIBERTAÇÃO.

A Monja Cohen fala da visão do budismo sobre o autoperdão: “Perdoar-se não é tarefa fácil. Nunca foi! E  só eu posso me conectar comigo pelo que eu fiz”. Perdoar a si mesmo exige honestidade, confiança e responsabilidade. É um processo doloroso, sim, mas de reconhecimento. É se abrir para si mesmo, se ouvir e se curar. É se libertar! 

FINALIZANDO COM MATEUS 18:21-22 Então Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: "Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?"

Jesus respondeu: "Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete.”

Conselho que também se aplica para o autoperdão.

O CÉREBRO QUE SE TRANSFORMA

26/07/2022

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REFLEXO DE ORIENTAÇÃO

Trecho do livro "O cérebro que se transforma" (págs. 328 e 329).

(...) "A televisão, os clips de música e videogames, todos usam técnicas de televisão, desenrolam-se em um ritmo muito mais rápido do que a vida real e estão ficando mais rápidos, o que leva as pessoas a desenvolverem um apetite cada vez maior por transições de alta velocidade nessas mídias." Este trecho descreve o reflexo de orientação, surgido desde os primórdios da humanidade e a influência sobre ele das novas tecnologias audiovisuais.

O TODO PODEROSO “Reflexo de Orientação”, o stress e o déficit de atenção

A forma como o cérebro humano funciona não depende só do conteúdo que ele apreende. Depende, principalmente, das características da estimulação que ele recebe. Sendo assim, o cérebro de uma criança que atualmente tem 7 (sete) anos é razoavelmente diferente do cérebro de uma criança de 7 anos em 1920. Por estar submetida a estímulos diferentes, estimula-se áreas diferentes do cérebro, o que gera modificações significativas. O resultado destas modificações é que algumas patologias estão aumentando significativamente. É de se pensar: o que podemos fazer para preveni-las?

PAVLOV E A ALTERAÇÃO CEREBRAL

“É a forma do meio de televisão - cortes, edições, zooms, panorâmicas e ruídos súbitos - que altera o cérebro, ativando o que Pavlov chamou de “reflexo de orientação”, que acontece sempre que sentimos uma mudança repentina no mundo, especialmente um movimento súbito. Por instinto, interrompemos o que estivermos fazendo para nos virar, prestar atenção e nos orientarmos. O reflexo de orientação evoluiu, sem dúvida nenhuma, porque nossos antepassados eram ao mesmo tempo predadores e presa e precisavam reagir a situações que podiam ser perigosas ou podiam se mostrar oportunidades repentinas de comida ou sexo, ou simplesmente situações novas. A resposta é fisiológica: o batimento cardíaco diminui por 4 a 6 segundos.”

HIPERESTÍMULOS

“A televisão estimula essa resposta a uma taxa muito mais rápida do que experimentamos na vida, e é por isso que não conseguimos desgrudar os olhos da tela da TV, mesmo no meio de uma conversa íntima, e é por isso também que as pessoas veem TV por muito mais tempo do que pretendem. Co“O Cérebro Que Se Transforma” de Norman Doidgemo os clips de música, sequências de ação e comerciais estimulam reflexos de orientação a uma taxa de um por segundo, assisti-los nos coloca irrecuperavelmente em reflexo de orientação contínuo. Não admira que as pessoas falem de se sentir esgotadas de tanto ver TV. Entretanto, adquirimos um gosto por ela e achamos tediosas as mudanças mais lentas.”

“O Cérebro Que Se Transforma” de Norman Doidge

O livro fala da plasticidade do cérebro, ou neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro mudar sua dinâmica de funcionamento, o que permite verdadeiros milagres da ciência moderna em pacientes com malformação ou mal funcionamento do cérebro.Mostra também os estudos que comprovam cientificamente a eficácia dos exercícios para o cérebro e as terapias que estão transformando a vida de pessoas que antes eram relegadas à invalidez. Pessoas que não enxergavam, começam a enxergar, que não caminhavam, ou que ficaram paralisadas, recobram movimentos.                                                        

                   

COMO os seres HUMANOS FALAVAM na Idade da Pedra?

25/07/2022

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A FALA NA IDADE DA PEDRA

Comunicação Verbal. É a mais conhecida e usada. A comunicação verbal é toda aquela que se propaga por meio da fala, frases e palavras.

A Idade da Pedra se refere a uma época no passado distante. Começou há cerca de 3 milhões de anos e durou até aproximadamente 40 mil anos atrás.

É chamada de Idade da Pedra porque durante este período nossos ancestrais distantes faziam suas ferramentas a partir de pedras.

Humanos como nós — a espécie Homo sapiens — surgiram muito tempo depois do início da Idade da Pedra, há apenas aproximadamente 200 mil anos.

DIFERENTES LÍNGUAS

As línguas de diferentes tribos devem ter sido diferentes. Provavelmente era difícil falar com alguém de outra tribo, assim como quando viajamos para outro país às vezes temos dificuldade de entender o idioma.

Acredita-se que as línguas tivessem menos palavras do que hoje porque eles não precisavam de palavras para coisas como televisão, carro ou computador.

Mas, assim como nós, os humanos modernos de 200 mil anos atrás devem ter contado as coisas. Teriam palavras para "mãe" e "pai" ou "irmã" e "irmão".

Teriam nomes para animais e plantas, seriam capazes de fazer planos, dizer "por favor" e "obrigado" — e teriam nomes um para o outro.

Os primeiros humanos modernos provavelmente falavam sobre muitas das mesmas coisas que falamos: o que comer, quem eram seus amigos.

Os pais teriam falado sobre seus filhos, e as crianças teriam brincado umas com as outras, provavelmente falando o tempo todo como as crianças fazem hoje. Também teriam cantado músicas uns para os outros.

ESTRUTURAS PARECIDAS

É provável que muito menos línguas diferentes tenham existido na Idade da Pedra do que hoje. Mas as línguas que existiam teriam estruturas parecidas com as das nossas línguas modernas.

As pessoas falariam por meio de frases com substantivos e verbos, embora as palavras usadas fossem diferentes, assim como, digamos, as palavras japonesas são diferentes das palavras inglesas ou francesas.

CÉREBROS GRANDES

Os primeiros primatas eretos tinham cérebros pequenos, não muito diferentes do cérebro de um chimpanzé, e não falavam. Eles não eram tão inteligentes quanto nós e não falavam, embora emitissem sons. Há cerca de 400 mil anos, três espécies que tinham cérebros muito maiores do que os primeiros macacos eretos viveram por volta da mesma época.

Foram chamadas de neandertais, denisovanos, formas primitiva sda espécie Homo sapiens — nossos ancestrais.

Algumas pessoas acreditam que, por causa dos cérebros grandes e da capacidade de fazer outras ferramentas além das de pedra, os neandertais podiam falar.

FINALIZANDO COM VELHAS PALAVRAS

“Os antigos peripatéticos (ambulantes, intinerantes) não disseram uma palavra que não fosse nova, nem eu alguma que não fosse velha.”

Fonte

Trechos do artigo publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation por Mark Pagel  professor de biologia evolutiva na Universidade de Reading, no Reino Unido.

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O PROCESSO EVOLUTIVO

24/07/2022

A PIRÂMIDE DO PROCESSO EVOLUTIVO                                           

Idealizada por Richard Barret, Robert Dilts e Berned Isert, reelaborada por José Roberto Marques, baseia-se na teoria da Hierarquia de Necessidades, de Abrahão Maslow ou Pirâmide de Maslow, representada em cinco níveis: fisiológicas, segurança, sociais, status – estima e autorrealização.


OS SETE  NÍVEIS 

São: Ambiente, Comportamento, Capacidades e Habilidades, Crenças e Valores, Identidade, Afiliação e Legado.

 “A função de cada nível é organizar e controlar a informação do imediatamente abaixo. Portanto, uma mudança em um nível mais alto, necessariamente acarretará mudanças nos níveis mais baixos. O nível mais baixo pode, mas não necessariamente, efetuar mudanças nos níveis acima”. (MARQUES, 2015, pg. 61)


1º Nível – Ambiente

Nesse nível, o nível da superficialidade, é necessário identificarmos os limites, reais ou imaginários, e as oportunidades contidas no nosso ambiente para aprendermos a eliminar ou minimizar os limites e aproveitar as oportunidades.                                     Então, aprendemos que não precisamos depender dos outros para agir e tomar decisões e podemos adotar uma postura proativa, agindo e assumindo a responsabilidade pelas nossas escolhas e resultados (1º Hábito das Pessoas Altamente Eficazes – Ser Proativo).


2º Nível: Comportamento

O nível Comportamento está relacionado à maneira como agimos e reagimos, a nossa conduta pessoal e profissional, tanto o que fazemos como o que dizemos, no nosso cotidiano frente às interpretações que fazemos das informações do ambiente externo. Nesse nível, prosseguindo a nossa jornada evolutiva, aprendemos que ganharemos se agirmos por nossa iniciativa ao invés de sermos apenas reativos.

3º Nível: Capacidades e Habilidades

O nível, Capacidades e Habilidades, relaciona-se com o conhecimento que adquirimos e como aplicamos, com as estratégias que adotamos e com a forma como nos organizamos e desenvolvemos o nosso potencial para atuarmos nos diferentes papeis que assumimos na nossa vida. Neste nível do processo evolutivo, aprendemos a conhecer melhor a pessoa maravilhosa que somos, descobrimos em que somos bons e passamos a explorar essas características que nos distinguem, ampliando o nosso nível de confiança. 


4º Nível: Crenças e Valores

Neste nível do nosso processo evolutivo aprendemos que as nossas crenças podem nos impulsionar ou limitar, aprendemos que somos o que pensamos e que os resultados que estamos atingindo dependem das nossas crenças. Aprendemos que é possível fortalecer, modificar ou adotar novas crenças.

5º Nível: Identidade

O nível Identidade está relacionado ao nosso Eu Interior, ao nosso papel, o senso do eu, a nossa missão nesta vida e a busca da razão de vivermos. Entramos num nível mais profundo de desenvolvimento e a mudança acontece no nível inconsciente. Nesse nível do nosso processo evolutivo aprendemos que primeiro precisamos compreender, depois sermos compreendidos, aprendemos o significado de ouvir com empatia (5° Hábito de Pessoas Altamente Eficazes – Compreensão / Empatia).


6º Nível: Afiliação

O nível afiliação está relacionado ao nosso sentido de pertencimento, de que não somos seres isolados, fazermos parte de diferentes contextos e papeis na nossa vida. Nesse nível do nosso processo evolutivo aprendemos a nos reconectar com as pessoas com quem nos relacionamos e são importantes para nós, numa dimensão maior; equilibrar a nossa participação no desempenho dos nossos diferentes papeis que assumimos, distanciando-nos daqueles que não nos agregam valor. 


7º Nível: Legado

O nível legado está relacionado ao nosso propósito, desenvolvimento espiritual e com a contribuição que deixaremos para o Universo. Nesse nível do processo evolutivo aprendemos que temos uma visão e um propósito maior que precisa ficar quando transcendermos. 

Aprendemos que só através do amor incondicional conseguiremos alcançar a total compreensão da criação, da ordem o do equilíbrio do Universo. Aprendemos que as experiências e os sofrimentos pelos quais passamos, foram necessários para a nossa conscientização e desenvolvimento espiritual. 


CONCLUINDO

Uma vez desenvolvidos todos os níveis, chega-se ao senso de significado da vida, ao pensamento sistêmico, ao Ser Integral. O fim é a Luz, a transcendência.                                                                                                                                 



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EMPATIA, COMPAIXÃO, ALTRUÍSMO

23/07/2022

QUALIFICAR O INTER-RELACIONAMENTO

Empatia, compaixão e altruísmo são componentes adaptativos para nossa sobrevivência em grupo. Empatia e compaixão são sentimentos que advêm de habilidades cognitivas sociais e emocionais. A empatia possibilita se colocar no lugar do outro, intuir suas emoções, sentimentos e intencionalidades. A compaixão é um sentimento que promove uma ação capaz de oferecer determinada segurança emocional, para quem conseguir perceber sua importância social, além do auxílio, carinho ou conforto conferidos aos outros. O altruísmo é um comportamento cooperativo entre os indivíduos e, pode ocorrer em diferentes níveis e modalidades.

ROUSSEAU, HOBBES e LOCKE

Rousseau considerava que o homem nasce bom por natureza e, a sociedade o corrompe, a ideia do “Bom selvagem”; Hobbes defendeu a tese de que o homem é ruim na sua essência, “o homem é lobo do homem” e, o estado e as normas deveriam domesticar esse lobo; Locke afirmava que o ser humano nasce como uma “tábula rasa”, com suas páginas inatas em branco, e que, qualquer natureza poderia ser construída.

TEORIA DA MENTE

(...) A seleção natural teria desenhado em nossos cérebros circuitos neurais especializados em avaliar os custos e benefícios das relações, assim como, intuir as intencionalidades, emoções, trapaças (CALLEGARO E SARTORIO, 2009). É a chamada Teoria da Mente, que é a capacidade de espelharmos a mente do outro em nós.

AUTOENGANO E DISTORÇÕES COGNITIVAS

Existe um porém nas nossas percepções de bondade, empatia e altruísmo: são permeadas de autoengano e de distorções cognitivas. Nosso eu ou self não é neutro ou imparcial na sua observação do mundo, apresentamos uma visão positiva a respeito de nós mesmos, superestimando nossas habilidades e talentos e nossa capacidade de atingir metas. Schacter (2003) argumenta que as nossas lembranças autobiográficas sofrem do que denomina de “distorções egocêntricas”, um conjunto de manobras que cercam a percepção do self de uma aura positiva.

AMPLIAÇÃO DAS CAPACIDADES

A compaixão e empatia, mesmo sendo evolutivas e atávicas, podem e devem ser ensinadas, são capacidades passíveis de treinamento e exercícios nos ambientes educacionais, nas organizações, nas famílias. Também, o autoconhecimento, enquanto diminui o egoísmo e as distorções do ego, pode prover mais sinceras formas de compaixão e altruísmo. Por fim, temos condições cognitivas e emocionais para a ampliação de nossas capacidades empáticas para todos os seres vivos e para com o próprio planeta que habitamos.

AUGUSTO COMTE FINALIZA

O altruísmo, denominado desta maneira em 1830, pelo filósofo francês Augusto Comte, é caracterizado pelas atitudes que um indivíduo dedica para o bem do outro. Também oposto ao egocentrismo, o altruísmo teve seus valores estimulados no próprio cristianismo e em outras religiões, mas não depende delas para ser praticado. Pessoas altruístas acreditam no poder da filantropia e da solidariedade, e são compromissadas em ajudar na construção de uma sociedade mais justa, por meio de ações realmente efetivas.

                                                                                                                                                                              

DOIS GRANDES VILÕES

22/07/2022

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EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

“A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade”. Allan Kardec – ESE, Cap. XVI, item 8.

VILANIA (sem nobreza e sem grandeza)

O egoísmo e o orgulho, as duas piores chagas do ser humano, promovem desequilíbrios entre as sociedades. Esses sentimentos foram os responsáveis pelas grandes batalhas sanguinárias com as mais cruéis ações em toda a história. Recentemente, no século passado, duas grandes guerras mundiais produziram destruição e mortes incalculáveis. Os recursos financeiros e humanos gastos foram espantosos; poderiam ter sido usados no combate à miséria e desenvolvimento das sociedades, mas a voz da  pouca evolução (moral e espiritual) falou mais alto.

“TIRO NO PÉ”

Na matéria não há o que se perdure eternamente; tudo se transforma. Ao se deixar qualquer matéria inerte ao tempo, demore o tempo que for, ela será destruída ou desfeita. Calamidades naturais sempre existiram, mas a intensidade aumenta com o desequilíbrio ambiental gerado pela própria humanidade. O homem, com sua orgulhosa inteligência e ambição desmedida,  avança na destruição e na exclusão ao seu bel prazer.

O QUE FAZER?

É evidente que a continuidade crescente desse sistema maléfico, com o poder nas mãos de pessoas altamente egoístas e orgulhosas, coloca em risco a vida na Terra com a extinção das espécies humana, animal e vegetal, ou seja, a vida no planeta.


O mundo está a PERDER a GUERRA do COMBATE à FOME

O número de pessoas afetado pela fome globalmente aumentou para 828 milhões de pessoas em 2021, de acordo com um novo relatório das Nações Unidas, que mostras novas evidencias de que o mundo está a perder o combate, afastando-se da meta de Desenvolvimento Sustentável para acabar com a fome, insegurança alimentar e subnutrição em todas as suas formas até 2030. 

OUTRA GUERRA

O relatório destacou também o impacto prejudicial da invasão da Ucrânia pela Rússia, que cortou o fornecimento de cereais, oleaginosas e fertilizantes de ambas as nações, bem como das cadeias de abastecimento internacionais, provocando um aumento de preços generalizado, o que tem resultado em crianças gravemente subnutridas.


HERÁCLITO DE ÉFESO

O filósofo Heráclito de Éfeso dizia que tudo flui e que tudo está em mudança devido à guerra dos contrários; bem-mal, frio-calor, belo-feio, guerra-paz.

O egoísmo tem a sua fonte no orgulho. A exaltação da personalidade leva o homem a se considerar como acima dos outros, crendo-se com direitos superiores.

Se quereis que vivam como irmãos sobre a Terra, não basta lhes dar lições de moral; é necessário destruir as causas do antagonismo; é necessário atacar o princípio do mal: o orgulho e o egoísmo.                                                                                                                                                                                                                                                                                                 

“A VOZ DO SILÊNCIO” - UM TEXTO POÉTICO

21/07/2022

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FILÓSOFA E CO-FUNDADORA  DA TEOSOFIA

Para desvelar os mistérios do mundo, os adeptos da teosofia investigam cultos antigos, estudam civilizações perdidas e analisam descobertas científicas recentes.

Helena P. Blavatsky (1831-1891), talvez a mais conhecida divulgadora da doutrina e autora de diversas obras sobre o tema.

Dentre elas, uma obra-prima da literatura mística, "A Voz do Silêncio" (Pensamento, 2010), a última da escritora, é uma das melhores fontes sobre os ensinamentos teosóficos.

OS DOIS CAMINHOS

Repleta de incomparável beleza e poder, A voz do silêncio é uma obra clássica da teosofia, leitura indispensável para aqueles que almejam o autoconhecimento, o despertar espiritual e a unidade com todos os seres. H. P. Blavatsky reúne aqui os principais preceitos a serem estudados por aqueles que estão seriamente comprometidos a se unir ao propósito de elevação espiritual da humanidade.
E apresenta a distinção fundamental entre os dois caminhos de realização espiritual: a busca pela Verdade para sua própria iluminação ou o autoconhecimento como ferramenta de compaixão, para o bem-estar de toda a humanidade. Seus principais conceitos conversam, de diversas formas, com os ensinamentos contidos nas literaturas espiritualistas orientais, especialmente as originárias do sânscrito, como o Bhagavad Gita e as Upanishadas.

UM TRECHO POÉTICO 

"Antes que a Alma possa ver, deve ser conseguida a harmonia interior, e os olhos da carne tornados cegos a toda a ilusão. Antes que a Alma possa ouvir, a imagem (o homem) tem de se tornar surda aos rugi­dos como aos segredos, aos gritos dos elefantes em fúria como ao sussurro prateado do pirilampo de ouro. Antes que a Alma possa compreender e recordar, ela deve primeiro unir-se ao Falador Silencioso, como a forma que é dada ao barro se uniu primeiro ao espírito do escultor.porque então a Alma ouvirá e poderá recordar-se."


INFLUÊNCIA PARA O BUDISMO

O livro foi considerado pelo 14º Dalai Lama como sendo uma positiva influência para muitos buscadores do Budismo.

Foi o último legado e Helena Petrovna Blavatsky ao mundo, escrito em 1899, em Fontainebleau, na França, apenas dois anos antes da morte da autora. Segundo ela mesmo afirmou, a obra é, na verdade, a tradução para o inglês de um original tibetano com o qual Blavatsky tivera contato durante uma das suas muitas viagens ao Tibete. Reúne preceitos espirituais retirados do Livro dos Preceitos de Ouro, que tem uma origem comum com as célebres Estâncias de Dzyan, uma das fontes para a monumental A Doutrina Secreta.

A VOZ DO SILÊNCIO

Contém a essência dos ensinamentos esotéricos do budismo tibetano. O texto traça, linguagem poética e elevada, um panorama sucinto do Caminho que leva à santidade ou à ilumin ação, e faz diversas recomendações práticas para os aspirantes.                                                                                                                          

A INCESSANTE BUSCA DA AUTODESCOBERTA

20/07/2022

Sat on the Rocks

INTRODUÇÃO - “A Essência da Vida Espiritual”

Segundo o autor, Raul Branco, existem inúmeras obras a respeito da Vida Espiritual, a maior parte escritas por Grandes Iniciados ou praticantes avançados de diferentes tradições. Sendo assim, a preparação deste texto pode parecer uma ousadia ou presunção, já que o autor não é um Iniciado, mas somente um dedicado buscador que tenta, nem sempre com sucesso, colocar em prática aquilo que aprende da extensa literatura sobre a vida espiritual e de praticantes mais experientes.

A IGNORÂNCIA

O anseio de ser feliz e viver em paz é inerente a todo ser humano. No entanto, a maior parte da humanidade vive em sofrimento e confusão. Por que razão, então, a satisfação desse anseio básico parece ser tão difícil e distante para tantas pessoas? Os sábios das grandes tradições espirituais respondem que a razão fundamental é a ignorância. As pessoas insistem em buscar a felicidade onde ela não está, ou seja, nas efêmeras gratificações dos sentidos e nas ilusões do mundo impermanente do ego. A verdadeira felicidade e a paz profunda, que está além de todo entendimento, não podem estar sujeitas à boa vontade das outras pessoas nem às incertezas do mundo exterior. Elas devem estar sob nosso controle e ser permanentes, o que só começa a ocorrer quando entramos em sintonia com o mundo interior da realidade última.

PORTA ESTREITA E CAMINHO APERTADO

Cabe a cada um de nós buscar os meios para alcançar nosso anseio essencial de paz e felicidade plena. Só é bem sucedido o buscador que se determina a entrar pela porta estreita e trilhar o caminho apertado da vida espiritual. Esse “Caminho” é desconhecido por boa parte da família humana que, por apego aos velhos hábitos ou por desconhecimento, acaba trilhando o caminho largo e espaçoso que nos conduz à frustração e ao sofrimento.


QUAL O OBJETIVO DO PROCESSO EVOLUTIVO?                                         Resgatar a consciência de sua verdadeira natureza divina, que está, sempre esteve, e estará unificada no todo, na fonte, em Deus. Portanto, a vida espiritual visa criar as condições apropriadas para que a consciência do ser humano seja elevada progressivamente de seus veículos inferiores para sua natureza superior, que é a trindade divina. Esse processo é extremamente longo em virtude da forte identificação da consciência com seus veículos de manifestação. 


PROPÓSITO DA VIDA ESPIRITUAL

Somente quando tivermos desenvolvido nossa consciência muito além do nível de nossa consciência usual de vigília, que atua no nível da mente concreta, será possível nos aproximarmos do conhecimento de Deus. Esse é exatamente o propósito da vida espiritual. Os grandes santos, místicos e iniciados nos asseguram que nas últimas etapas vivenciadas de expansão da consciência conseguiram ter a experiência do conhecimento da verdade e da união com o todo, ou Deus, mas, ainda assim, estão cientes de que não “podem definir o que é Deus”. Essa “experiência” é profundamente impactante.


GRANDE DESAFIO DA HUMANIDADE

Perceber que existem duas forças fundamentais no universo: a do amor, que está constantemente se doando e procurando se libertar das limitações do pequenino eu; e a do princípio egocêntrico separatista que governa a maior parte da humanidade no estágio atual, e, por isso, gera o medo.                                                                                                                                                                                                  

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O PODER das PALAVRAS: Construir e Destruir

(Ninguém é isento de ser seduzido pelas inúmeras vozes)

19/07/2022

UMA MENSAGEM POSITIVA

 “Aponte o caminho com a sabedoria de quem tem na ponta da língua a palavra certa, no momento certo!”.

Antonio Marcos Pires

USO RESPONSÁVEL SEM ABUSO

A atualidade não cessa de nos dar exemplos de como as palavras podem ser utilizadas para fomentar ou demolir uma idéia. Elas são capazes de empoderar, seduzir, segregar, desagregar, desconstruir, construir, iludir, mistificar e unir. Ninguém está a salvo de corromper o outro com as próprias palavras, mesmo sem intenção. As palavras têm força própria; podem representar a luz que espanta as trevas, como também pode ser uma arma de efeitos bélicos terríveis. Tudo depende da forma como ela é manifestada, tanto na fala como na escrita.


PEQUENO TRATADO SOBRE A IMPORTÂNCIA DAS PALAVRAS

Palavra criadora

Acredite no extraordinário poder das palavras

Palavras fluem, jorram do interior  

Quando bem ditas

São bálsamo para a alma

Trazem vigor, renovação, esperança  

Palavras penetram, transformam, curam

Como sementes se espalham pelo chão e florescem

QUANDO MAL DITAS

Como espada afiada, ferem  

As palavras  mal ditas

São como vômito azedo a golfar da boca dos homens

Gerando destruição

ELAS TUDO PODEM

Palavras são poderosas

Produzem vida, mas também morte

Podem edificar, criar pontes de amor

Ou erguer muros de Berlim  

Palavras abraçam, acolhem, aquecem

Distanciam, repelem, congelam  

Dá- nos palavras profundas

Para que a alma saboreie suas pausas

E alcance grandezas!

Fontes

http://www.educandotudomuda.com.br

http://www.psicoter.com.br




                                                                          

AINDA NOS “CAMINHOS DA REALIZAÇÃO”

18/07/2022

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COMO DIZIA NIETSZCHE...

(...) “O homem é uma ponte e nos tornamos verdadeiramente humanos quando a atravessamos, quando atravessamos a nós mesmos”. Caso contrário, regredimos, tornamo-nos novamente sub-humanos.

O NOSSO DESEJO ESSENCIAL           O Livro de Jonas nos convida a escutar em nós mesmos um desejo mais profundo do que todos estes desejos que foram projetados em nós. Reencontrar o nosso desejo essencial: esta é uma boa definição de saúde que nós encontramos descrita no mundo psicanalítico, e que é se manter o mais próximo possível do seu desejo essencial. Podemos sofrer, ter dificuldades, mas quando estamos próximos do nosso desejo essencial, do nosso ser essencial e verdadeiro, estas provas e estas dificuldades podem ser superadas.

MAS A QUESTÃO É:

O que, verdadeiramente, nós queremos? O que desejamos verdadeiramente? O que é que quer e o que é que deseja, em nós? Além do desejo do Eu (e do Ego), trata-se de sermos capazes de escutar o desejo do Ser, quaisquer que sejam as suas exigências. Porque se não escutamos este desejo, vamos ter problemas não somente em nós mesmos mas também no exterior.


O QUE NOS FARÁ SONHAR?

Um livro que nos faz pensar e é também um livro que nos faz sonhar. E a chave deste sentido, desta palavra que é atribuída à fonte divina, pode nos ser dada, também, através dos sonhos. Finalmente perguntaremos o que é que, no livro de Jonas, nos fez sonhar... 

O LIVRO DE JONAS

Era uma vez...

 - A Palavra daquele que É chega até Jonas. E lhe diz:

-  Levanta-te!...

Evolução Espiritual

17/07/2022

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SEGUNDO A WIKIPÉDIA

Evolução espiritual é a ideia filosófica, teológica, esotérica ou espiritual de que a natureza e os seres humanos e/ou a cultura humana evoluem. Dentro desta ampla definição, as teorias da evolução espiritual são muito diversas. Elas podem ser cosmológicas, pessoal, ou de ambos.


O DESEJO DE SE MELHORAR 

Melhorar como ser humano é o desejo de grande parte das pessoas, independentemente da religião. A isso nomeamos de evolução espiritual. 

Apesar de o processo para não ser simples, nem rápido, ele vale muito a pena. Desde que comecei a pesquisar sobre o assunto, percebi o quanto poderia ser alguém melhor para mim e para os outros.

PROCESSO CONTÍNUO

A evolução é um processo contínuo. Estamos evoluindo neste instante, estamos crescendo, aprendendo, mas isso nem sempre é muito claro para nós. Às vezes, achamos que a nossa vida andou para trás, só que não é bem assim. O que evolui em você é a consciência, que é algo que vem da sua essência, daquilo que chamamos de alma.

ALGUNS ATRIBUTOS DO SER EM EVOLUÇÃO

  • exercício do perdão;

  • vivência da compaixão;

  • a prática da empatia;

  • agregador e pacificador;

  • caridade e benevolência;

  • desapego do material.

BUSCA DO AUTOCONHECIMENTO

Quem sou eu? Quem é você?

Não tenha medo de olhar para dentro de si e se questionar sobre o que pode ser mudado. E o que você representa para a vida, para o universo e para Deus.


POTENCIALIZANDO O BRILHO DA LUZ

Evolução espiritual é quando a luz da sua alma brilha cada vez mais e se torna mais potente do que o seu ego. “De modo que EU Espírito ganhe um brilho definido.”                                                                       

(...) “AO MERGULHO DO SER”

16/07/2022

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INTRODUÇÃO

O Livro de Jonas, que é uma passagem do Antigo Testamento. Jonas é aquele que prefere ficar deitado e quando a Voz Viva vem visitá-lo em seu íntimo, ele resiste. Deste modo, Jonas tem muito a nos ensinar sobre os nossos medos, as nossas resistências, sobretudo sobre o que pode ser para nós, um obstáculo à descoberta do nosso ser essencial verdadeiro e da missão que dela decorre.

IMAGEM ESTRUTURANTE

Diz LeLoup: “Nós entramos no espírito dos Terapeutas de Alexandria, para os quais cada personagem bíblico é um arquétipo, isto é, uma imagem estruturante, uma imagem interior, a encarnação de um estado de consciência no espaço e no tempo. Estudar estes personagens e estes estados de consciência é um modo de iluminar o nosso próprio caminho e nosso "vir-a-ser" (nosso tornar-se). Jonas, neste espírito, é cada um de nós. É cada um de nós em seu contato com o transpessoal, com as dificuldades que este contato pode trazer, com as esperanças que ele pode despertar e também com o medo que ele pode nos trazer”.

O ESTUDO DO MEDO PELA PSICOLOGIA HUMANISTA

A proposta inicial é estudar, portanto, os diferentes medos que nos habitam, os medos que se situam no nível pessoal, ligados à nossa estória de infância e à nossa estória de jovens, adultos, assim como o medo que se situa no nível do transpessoal. Estas formas de medo foram bem estudadas por Abraham Maslow e por outros psicólogos humanistas quando fazem referência ao Complexo de Jonas, que é o medo da nossa própria grandeza e das exigências que dela decorrem. Porque não é suficiente reconhecer o que há de grande em nós, o que temos de bom e de divíno em nós mesmos. Trata-se de questionar o que esta divindade quer manifestar através de nós.

RECUSA QUE GERA CONSEQUÊNCIAS

Quando a pressentimos, às vezes preferiríamos não saber, recusando, neste caso, o nosso ser essencial. Conhecemos a recusa da sexualidade, a recusa da criatividade e sabemos dos problemas e sintomas que estas recusas podem causar. Conhecemos menos as conseqüências da recusa ao nosso ser essencial. O desequilíbrio e o estado de infelicidade que esta recusa pode introduzir em nós.

MISSÃO E VOCAÇÃO

O Livro de Jonas será também para nós uma oportunidade de nos interrogarmos sobre nossa missão, sobre nossa vocação. O que cada um de nós tem de particular e único. O que é que eu tenho a fazer nesta vida, que pessoa alguma pode fazer em meu lugar. Eu acredito que cada um de nós tem uma maneira única e insubstituível de encarar a vida. De ser inteligente- a maneira de uma pessoa ser inteligente não é a mesma maneira da outra. O modo de amar de um não é o modo de amar do outro. Trata-se, então, de nos interrogarmos sobre o nosso modo, único, de sermos inteligentes, de sermos humanos, de estarmos vivos. É o que se pode chamar de nossa vocação ou de nossa missão.

                                                       

“O CORPO FALA: a linguagem silenciosa da comunicação não-verbal”

15/07/2022

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PREAMBULANDO O “CORPO E SEUS SÍMBOLOS”

Uma observação atenta sobre como as vivências do indivíduo tanto contribui, quanto justifica seu comportamento adulto. Leloup nos convida a refazer o nosso amadurecimento desde muito pequenos até o que somos hoje.

DESPERTAR E ANALISAR A SI MESMO

A referida obra desperta o leitor para praticar a análise de si mesmo, antes de tentar identificar alguma coisa em um paciente. [remete a Aristóteles em "conhece-te a ti mesmo"] Nos faz prestar mais atenção em nossos pés e na maneira como caminhamos; em como nos sentimos com relações a determinadas partes do corpo.
É uma leitura descomplicada pra quem tem familiaridade com alguns temas da psicologia; e também de auto-conhecimento.

O CORPO E OS ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

Alguns já disseram que o corpo não mente. Mais que isso, ele conta muitas histórias e em cada uma delas há um sentido a descobrir. O corpo é nossa memória mais arcaica. Nele, nada é esquecido. Cada acontecimento vivido, particularmente na primeira infância e também na vida adulta, deixa no corpo sua marca profunda.

OS PÉS

Observemos como estamos sobre nossos pés, verificando se eles são locais de problemas para nós. Será que sentimos prazer em estarmos sobre a terra? Ou não experimentamos nenhum prazer? Esta é uma pergunta a fazer aos nossos pés. O Evangelho diz que Jesus lavou os pés dos seus discípulos. De um ponto de vista simbólico, lavar os pés de alguém é devolver-lhe sua capacidade de prazer, é recolocá-lo de pé.

                  

Os Rins

Colocamos os pés e os rins em relação às orelhas, tendo todos os três a mesma forma de semente. Eles são locais de escuta no interior de nós mesmos. Da mesma maneira como é preciso escutar e filtrar as palavras humanas e as informações com nossas orelhas, assim também os rins escutam e filtram as mensagens do sangue.

AS ORELHAS

As orelhas, mostram sua capacidade de escutar a palavra, e o silêncio de onde a palavra se origina e para onde ela volta. Este silêncio, alguma vezes, envolve a pessoa, não apenas em sua cabeça, mas em todo o seu corpo.


CONCLUI A RESENHISTA

(Solange Maria Rosset, psicóloga)         Os símbolos do corpo são os visíveis que apontam para o invisível, o trampolim para o mergulho no desconhecido. É preciso escutar nosso corpo, conhecê-lo melhor e respeitá-lo. Ele nos remete ao mais profundo de nós mesmos puxando lá de dentro a esperança. Curar-nos para curar o mundo, começando pelos que estão bem perto de nós. E é apenas o começo, porque a escuta do corpo é infinita. É muito pessoal e particular com a finalidade de descomplicar, de tornar a vida mais simples e mais feliz.

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VOCÊ SE CONSIDERA CRIATIVO?

14/07/2022

QUEBRA CRIATIVA DE BARREIRAS

Recentemente li um artigo sobre como a criatividade ajuda na recuperação de pessoas com problemas de dependência química, além de ex-detentos e infratores. A geração de ideias gera prazer e bem estar para o nosso cérebro e isso acontece sempre que conseguimos quebrar as barreiras criadas em nossas mentes, durante toda a nossa vida.


USO CRIATIVO DA IMAGINAÇÃO

A criatividade é a utilização da imaginação para resolver um problema ou aproveitar uma oportunidade. Ou seja, consiste em gerar novas ideias para resolver algo.

O ato de criar é um dos principais aspectos que nos diferencia dos demais seres vivos na terra, se não fosse por tudo que já imaginamos e criamos, ainda viveríamos da mesma maneira que nossos antepassados pré-históricos.

O que é CRIATIVIDADE?             

A criatividade não é um dom, mas uma habilidade do ser humano ligada à nossa capacidade de invenção, reinvenção e inovação. Assim como qualquer competência, é possível praticar a criatividade para despertá-la e desenvolvê-la, tornando-se uma pessoa mais criativa.

Diz o ditado, certeiro: Para quem só conhece martelo, todo parafuso é prego.

O que pessoas criativas têm de diferente é um repertório amplo e uma capacidade de recorrer a ele, desmontar e montar novamente as suas vivências. É combinando o que se sabe com o que se conhece que faz nascer o novo.

QUANDO OS LIMITES ESTIMULAM                                        

Isaac Newton (1643-1727) fez algumas de suas maiores descobertas quando estava em isolamento durante a epidemia de peste bubônica que atingiu a Inglaterra no século 17.

A reclusão também parece ter inspirado William Shakespeare (1564-1616), que escreveu a peça Rei Lear quando todos os teatros foram fechados durante uma quarentena em decorrência da mesma doença em Londres.

Na década de 1960, o célebre autor infantil Theodor Seuss Geisel (1904-1991), mais conhecido como Dr Seuss, foi desafiado a escrever um livro cujo vocabulário não excedesse o limite de 50 palavras — não só venceu a aposta, como Ovos Verdes e Presunto se tornou uma de suas obras mais famosas.

BELO MITO

"É um belo mito pensar na criatividade como um campo aberto de infinitas possibilidades. A realidade é que, quando as pessoas estão diante de um campo aberto maravilhoso, elas podem ficar paralisadas", explica a psicóloga cognitiva Catrinel Tromp.

"As restrições são as âncoras da criatividade."                                          

Isso acontece porque diante de uma limitação, somos levados a encontrar soluções.

"A resiliência (capacidade de superar obstáculos) aparece quando você tem problemas e desafios. Isso, por sua vez, te dá ideias", afirma a neurocientista Susan Greenfield, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, especializada em criatividade.

Limitações na MEDIDA CERTA

Greenfield observa, no entanto, que as limitações podem nem sempre ser benéficas para a criatividade.

"Existe uma questão interessante sobre se as restrições são realmente benéficas ou problemáticas para a criatividade. E acho que a resposta para ambos os casos é sim", diz ela.

Então até que ponto as limitações podem estimular a criatividade?

Pesquisas indicam que existe uma curva de criatividade em forma de U invertido. Sem as limitações, podemos nos sentir entediados e pouco estimulados. Mas se houver muitas restrições, podemos ficar estressados e oprimidos. O ponto ideal está no meio.

A BOA NOTÍCIA É

Que  todo mundo pode exercitar a criatividade.                                          

"A maioria das pessoas tende a pensar que a criatividade é algo que acontece com pessoas que têm um talento específico. Isso é um equívoco", afirma o psicólogo Volker Patent, da Open University.

"Não existe algo como um gene para a criatividade", completa Greenfield.        

Embora grande parte das limitações seja imposta, como no caso de um lockdown em decorrência de uma epidemia, você também pode escolher estabelecer limites para estimular a criatividade.

Fonte          

Fragmentos do artigo foi baseado no vídeo How limits can boost your creativity ("Como os limites podem estimular a sua criatividade"), da BBC Ideas

A NEFASTA CULTURA DA MORTE

13/07/2022

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PREÂMBULO

“Se a cultura da morte se assenta sobre uma visão fragmentada do homem e sobre o esquecimento de Deus, a cultura da vida se baseia na compreensão e restauração do ser humano como pessoa e na redescoberta de um Deus benevolente. Nesse sentido, o personalismo de São João Paulo II serve de antídoto para a cultura da morte, resgatando a sacralidade da vida humana...”

NOVA ORDEM SOCIAL IMPOSTA

A cultura de morte é uma nova ordem social imposta. Em 25 de julho de 1995, São João Paulo II, alerta a Igreja acerca de uma realidade que se fixou depois dos anos 60 e que se agrava até hoje de forma ininterrupta. A encíclica Evangelium Vitae é uma análise e, ao mesmo tempo, um alerta sobre a situação cultural que se impunha com a finalidade de se opor aos valores da vida e da família. O Santo Papa conseguiu perceber uma crescente desconstrução que criou bases de atuação dentro e fora da Igreja, influenciando o mundo inteiro,  o que ele denominou de “cultura de morte” e segundo ele, “é ativamente promovida por fortes correntes culturais, econômicas e políticas”.

EXISTEM FOMENTADORES, GANHADORES E PERDEDORES

A venda de armas aumentou no mundo durante a pandemia da Covid-19. É o que revela um levantamento do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz, de Estocolmo, na Suécia, que aponta para o 6º ano consecutivo de expansão desse setor, que apenas não bateu o recorde atingido em 2015 por uma queda nas vendas para a Rússia e também para a França. O valor movimentado pela indústria de armas em 2021 atingiu US$ 531 bilhões, cerca de R$ 3 trilhões. Para dimensionar os ganhos da indústria mundial de armas, o orçamento brasileiro para 2022 foi sancionado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficou pouco acima dos lucros do segmento: R$ 4,7 trilhões. Informa a Jovem Pan em uma edição de 27/01/2022 às 08h57.

IMPOSIÇÃO da CULTURA da MORTE

A cultura de morte é uma imposição que quer formar uma nova ordem social a partir da desconstrução da cultura cristã, que foi a construtora da civilização ocidental. Ela atua na modificação de todos os conceitos de vida e família, através de vários meios, patrocinada por grandes fundações internacionais que querem um novo modelo de ser humano.

OS NÚMEROS FALAM POR SI SÓS

Segundo levantamento em 2021, houve o registro de apenas uma morte por arma de fogo no Japão, de acordo dados da agência de polícia japonesa. No mesmo ano, os Estados Unidos tiveram mais de 45 mil mortes, enquanto o Brasil registrou mais de 30 mil, segundo o Atlas da Violência.

É PRECISO TER FORÇA, GARRA E ESPERANÇA

Contudo, não há que se perder a esperança. Se a cultura da morte se assenta sobre uma visão fragmentada do homem e sobre o esquecimento de Deus, a cultura da vida se baseia na compreensão e restauração do ser humano como pessoa e na redescoberta de um Deus benevolente.

DEUS ESTÁ AQUI

12/07/2022

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SINOPSE de “A PRESENÇA IGNORADA de DEUS”

Por Vítor Costa

Nesse livro, Viktor Frankl fala da presença divina escondida nos atos mais comuns, e como esse tipo de experiência é esquecido nesses tempos. Além disso, ele fala que é importante que nos reconectemos com esses princípios para que encontremos sentido em nossas vidas. Ou seja: ele traz um lado de sua teoria, a logoterapia, que aborda melhor a relação entre homem e Deus. O autor de A Presença Ignorada de Deus é o psiquiatra judeu Viktor Frankl, criador da logoterapia e sobrevivente do holocausto ocorrido na segunda guerra mundial.


RETOMADA DE VALORES 

Viktor Frankl fala do aspecto mais religioso da logoterapia e da sua importância para o desenvolvimento dessa técnica terapêutica. Ele fala da ausência de sentido e de raízes pela qual o homem moderno passa, justamente por causa dos pensamentos filosóficos mais famosos da atualidade.

Além disso, ele fala que devemos retornar a esses valores mais tradicionais e buscar a importância da religião em nossas vidas, pois elas fazem com que o homem atual consiga encontrar sentido em sua vida. Dessa forma, o homem consegue realizar um de seus maiores objetivos: conquistar um sentido para a sua vida. Assim, a busca por sentido faz com que aceitemos e lidemos melhor com as dificuldades, de forma que consigamos amadurecer e nos tornarmos melhores.


RELAÇÃO COM DEUS

Primeiramente, a relação entre Deus e o homem é fundamental para que o homem se sinta completo, por dá um sentido em sua vida. Portanto, todas as pessoas devem buscar aproximar essa relação e viver juntamente a Ele para buscar um progresso individual. 

Uma coisa que é cada vez mais comum é esse afastamento da fé, da tradição e da religião. Eu acho uma pena, porque tudo isso pode ensinar muito às pessoas. Ou seja: a gente precisa recobrar esses valores de alguma forma. 


O HOMEM PRECISA DE SENTIDO 

O homem tem como uma de suas realizações máximas a busca por um sentido em sua existência, pois ela o deixa mais completo. Portanto, essa busca de sentido é o que move o ser humano, fazendo com que ele consiga ir mais longe e consiga mais resultados em sua vida. 


ABRAÇAR NOSSO SOFRIMENTO?

Por fim, o sofrimento não é algo que nos impede de crescer. Na verdade, ele nos faz melhor. Por isso, devemos abraçá-lo. Ou seja: nada de fugir da dor, como os animais irracionais fazem. Precisamos entender a razão da dor e como fazer para melhorá-la.                   Além disso, se não tivermos como sair da situação de sofrimento, precisamos mudar a nós mesmos e usar essa ocasião como amadurecimento. Caso contrário, o sofrimento não servirá de nada.


VALE A PENA

Vale a pena ler A Presença Ignorada de Deus. O livro ensina pontos importantes da logoterapia que são esquecidos por muitos. Assim, a leitura é muito interessante para quem quer se aprofundar no pensamento desse grande psicólogo do século XX. 


https://www.youtube.com/watch?v=StUNKhUQ3Ls                                                                                                                 

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O ANTIGO TESTAMENTO

11/07/2022

ALIANÇA – COMPROMISSO BILATERAL

A palavra testamento significa “aliança”, em hebraico. Os 39 livros do Antigo Testamento contam a história da antiga aliança feita por Deus com a humanidade e a promessa da vinda de um Messias, com o objetivo de salvar o mundo do pecado. 


O ANTIGO TESTAMENTO

O Antigo Testamento é a narrativa judaica de suas crenças, visão de mundo e história religiosa. Ele integra a primeira parte da Bíblia Cristã, e engloba o total da Bíblia Hebraica. Originalmente está escrito em hebraico ou aramaico. É conhecido também como Antiga Aliança, Pentateuco e Tanakh.


DIVISÃO E AUTORES ANÔNIMOS

Os cristãos dividiram o Antigo Testamento em cinco grupos: Lei, História, Poesia ou Livros de Sabedoria, Profecias e os Livros Deuteronômicos.             

Seus autores nunca foram conhecidos, os escritos de sua autoria foram provavelmente se somando ao longo de dez séculos. Junto com o Novo Testamento, ele forma a Bíblia, livro sagrado do Cristianismo


HEBREUS – JUDEUS

Os judeus, descendentes da tribo de Israel, têm sua história narrada no Antigo Testamento entre 1800 e 500 a.C. Seguindo a narrativa bíblica, vê-se que este povo ganhou ao longo do tempo várias denominações diferentes – hebreus, antes da passagem por Canaã, mais ou menos em 1235 a.C; Povo de Israel, ao se fixar em Canaã, até o momento do exílio; depois deste momento histórico, com o fim do degredo, passou finalmente a ser chamado de Judeu, em 536 a.C. 


ARQUÉTIPOS DA PSIQUE

Vários arquétipos da psique humana, de seu inconsciente coletivo, se encontram nas páginas do Antigo Testamento, tecendo assim a história da raça humana através dos fios dos mitos, entretecidos a eventos históricos – Adão e Eva cometendo o pecado original; a disputa entre Caim e Abel; a construção da Torre de Babel, como metáfora da formação dos diferentes idiomas que separam a Humanidade; a Arca de Noé, que nos lembra a instabilidade geológica e climática da Terra nos primórdios da humanidade; o Sacrifício de Isaac, que remete ao Verdadeiro Cordeiro que virá e tantas outras belíssimas histórias. Com sua estrutura literária, este livro tem um lugar de destaque na Literatura do Antigo Oriente Médio.


INÚMERAS DENOMINAÇÕES

Deus, no Antigo Testamento, assume várias denominações, como Elohim, Javé, Jeová, Adonai, o Pai, o Senhor, mas na verdade eles substituem seu verdadeiro nome, que este livro afirma ser impronunciável, composto por consoantes que não se pode articular, o Tetagrama Sagrado. Em hebraico, Javé é lido da direita para a esquerda – HWHY.

EPÓPEIA RELIGIOSA

O Antigo Testamento é uma epopéia religiosa, como a ‘Odisséia’ de Homero o é, por exemplo, no sentido literário, e como ela foi transmitida oralmente de geração para geração, durante milênios, até ser fixada muito tempo depois pela escrita. Nele se encontra desde narrações históricas, como o Livro dos Reis, até contos, passando por belíssimos poemas, como os que se encontram no Cântico dos Cânticos, e pelos Salmos, orações sublimes e únicas.

Fontes
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Testamento
https://web.archive.org/web/20110916033432/http://www.bahai.org.br:80/religiao/Antigo.htm
https://web.archive.org/web/20161209033818/http://vivos.com.br:80/288.htm
https://web.archive.org/web/20070613003708/http://www.internext.com.br/valois/pena/moises.jpg


                                                                                                 

“OLHO por olho, DENTE por dente“

10/07/2022

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UM SEGUIDOR DE GANDHI E JESUS

Mandela saiu da prisão, após de 27 de cativeiro devido ao "apartheid" e sua primeira preocupação ao ser eleito presidente da África do Sul foi dar garantias à minoria branca de que o país iria se unir, sem ódios, nem rancores. Não haveria revanche, nem vingança. Não haveria o "Olho por olho, dente por dente."

SIGNIFICADO DE:

"Olho por olho, dente por dente" é uma expressão que significa vingança, e que o castigo deve ser dado na mesma proporção do dano causado.                 Olho por olho, dente por dente, é um dito popular que sugere uma punição do mesmo tamanho da da ofensa. 

A expressão "Olho por olho, dente por dente", surgiu na antiguidade, onde a justiça era feita pelas mãos dos homens. Também se encontra na Bíblia, mais concretamente em Êxodo 21:24.

CÓDIGO DE HAMURABI

Hamurabi, rei da Babilônia, no século XVIII a.C., é o autor de 282 leis, que ficaram conhecidas como Código de Hamurabi, baseadas na lei de talião, pena antiga pela qual se vingava o delito, infligindo ao delinquente o mesmo dano ou mal que ele praticava. Olho por olho, dente por dente, era a base de qualquer justiça: "Se uma pessoa arrombar uma casa alheia, deverá ser condenado à morte e ser enterrado na parte da frente do local do arrombamento". "Se alguém acusa o outro, mas não pode prová-lo, o acusador será morto".

O QUE É PERDOAR?

“Perdoar é permitir que a pessoa se aproxime” (Efésios 2, 13).

Perdoar é uma união de arrependimento e sacrifício. Só há perdão se uma das partes estiver de fato arrependida e a outra verdadeiramente disposta a sentir a compaixão. Perdoar requer assumir os erros que cometemos e, acima de tudo, nos perdoarmos a nós mesmos. O que exige sempre um primeiro passo: abrir a porta da alma.

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO

O ato de perdoar é importante, pois nos livra de maus sentimentos como o rancor, a raiva e a vingança. Quando sentimentos negativos como esses dominam um ser humano, o pior dele se manifesta, desencadeando danos físicos e psíquicos a si mesmo e aos que o cercam.                             

O perdão é uma oportunidade para se libertar de amarras negativas do passado e seguir adiante. Sendo assim, perdoar é uma ação libertadora que simboliza a inteligência e permite o amadurecimento de uma pessoa. Não perdoar impede a chance de viver novas possibilidades e ter mais satisfação na vida pessoal.


PERDOAR NÃO É FÁCIL

Para esquecer as mágoas, é preciso ser responsável por suas ações e sentimentos e ter empatia. As histórias a seguir mostram que o esforço vale a pena.                                                      Não é exatamente uma questão de bondade, superioridade ou iluminação. Perdão é, na verdade, uma questão de inteligência emocional. É essa a tese central do livro Perdão, a Revolução Que Falta. A autora defende o ato de perdoar como uma atitude prática possível e que pode melhorar a vida das pessoas – e não como uma meta espiritual ou religiosa. Para alcançá-la, é necessário.     


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                     

                                                         

                                                                                                                      

SOMOS OS MAIS INTELIGENTES?

09/07/2022

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SERÁ ?

Em matéria de David Robson publicada em dezembro de 2016 na BBC Future surge a inquietante pergunta: Será que o homem é mesmo o animal mais inteligente do planeta?

20% PARA AS SINAPSES ELÉTRICAS

Cerca de 20% de tudo o que comemos é usado para fornecer energia para as trocas elétricas entre os 100 bilhões de células cinzentas que temos no organismo. Se um cérebro grande não nos trouxesse vantagens, seria um enorme desperdício.

E há alguns benefícios evidentes. O primeiro deles é o fato de nos tornar mais eficientes nas atividades que garantem nossa sobrevivência.

Enquanto as abelhas precisam considerar cada objeto isoladamente, para medir as distâncias, outros animais têm a capacidade cerebral de processar tudo de uma só vez. Ou seja, podemos realizar várias tarefas ao mesmo tempo.

HABILIDADES ESPECIAIS 

Um cérebro maior também aumenta a quantidade de informações que podemos memorizar. Uma abelha só consegue fazer um punhado de associações indicando a presença de alimento, enquanto um pombo pode aprender a reconhecer mais de 1,8 mil imagens - e isso não é nada se comparado ao conhecimento humano. E, claro, se olharmos tudo o que a civilização humana já conquistou ao longo de sua história, podemos concluir que temos alguma habilidade particularmente especial que falta em outros animais. Cultura, tecnologia, altruísmo e muitas outras qualidades já foram apontadas como sinais da grandiosidade humana. Mas quanto mais observarmos, mais curta fica essa lista.

Afinal, SOMOS ou não ESPECIAIS?

Temos, sim, algumas habilidades que nenhum outro animal tem, e a melhor maneira de enxergar isso é pensar na conversa entre uma família na hora do jantar.

A primeira é o simples fato de podermos falar. Não importa quais as experiências que você teve ao longo do dia, é possível encontrar palavras para expressar seus sentimentos e descrever acontecimentos para outras pessoas. Nenhum outro animal consegue se comunicar com tanta facilidade. E mesmo se não pudermos encontrar a melhor palavra para definir algo, podemos inventar uma. O mais notável, no entanto, é que a maior parte de nossas conversas revolvem em torno do passado ou do futuro.

Além da memória "semântica", que nos permite lembrar dos fatos, temos também uma memória "episódica" - a capacidade de reviver eventos do passado mentalmente, retratando-os com detalhes multissensoriais.


                                                                                                                                 

“Você NÃO TEM uma alma. VOCÊ É UMA ALMA”

08/07/2022

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“ORAÇÃO AO TEMPO”

Inicialmente, gostaria de destacar dois trechos da belíssima canção “Oração Ao Tempo” de Caetano Veloso.

(...) “De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido,
Tempo tempo tempo tempo, e eu espalhe benefícios...
Tempo tempo tempo tempo...

(...) “E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,
Tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido...
Tempo tempo tempo tempo...

“VOCÊ É UMA ALMA”

Na citação budista “Você não tem uma alma. Você é uma alma.” Buscamos entender tal assertiva à luz da Doutrina Espírita, e encontramos a afirmação categórica: “A alma é um Espírito encarnado”. Entende-se “encarnado” como estar no corpo físico humano.

Pois bem, voltemos à canção de Caetano quando ele diz: “De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido... Baseado no budismo e na Doutrina Espírita, o correto não seria: de modo que eu espírito ganhe um brilho definido? E mais ainda, considera-se que fora do corpo (desencarnado) a alma volta a ser espírito. Complicado?

LABIRINTOS DA ALMA

Na obra literária com o título em epígrafe, Jorge Trevisol, tem como objetivo: que o livro possa servir para o leitor como o começo de um caminho de reconhecimento da própria alma, a partir do olhar abrangente e amoroso que inclui o todo de si mesmo sob o manto do sagrado, tornando o propósito de si mesmo cheio de significado.

GRITO DA ALMA

“No ser humano de nossa época estão se revelando, de várias formas, alguns fenômenos que são típicas expressões de um grito da alma. A exterioridade excessiva fez com que a interioridade tenha sido esquecida, resultando em inúmeras formas de doenças físicas, psíquicas e espirituais, ou pelo menos num grande desconforto existencial”.

A CERCA DA ORIGEM DA ALMA

Por Santo Agostinho

O Filósofo de Hipona diz que: “acerca da alma, que foi infundida por Deus no homem ao soprar em seu rosto, só afirmo como certo que procede de Deus, mas sem ser substância Dele; que é incorpórea, quer dizer, não é corpo senão espírito, e espírito não engendrado [emanado] da substância de Deus, não procedente de sua substância, senão feita por Ele [...] e, portanto, criada do nada.

ETIMOLOGIA

“Alma é um termo equivalente ao hebraico néfesh, ao Sanscrito Ātman e ao grego psykhé e significa "ser", "vida" ou "criatura". Etimologicamente, deriva do termo em Latim animu (ou anima), que significa "o que anima".

SOBRE A NATUREZA DA ALMA

Ainda com avanços muito cuidadosos na investigação da alma, tem-se como certeza rigorosa de que ela é constituída de uma substância, ou natureza, própria, noutros termos, que a alma subsiste em si, repousa sobre si mesma, independente do corpo, e, assim, é imortal


“Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.”. 

Fernando Pessoa

https://www.youtube.com/watch?v=HQap2igIhxA

“NAÇÃO DOPAMINA”

07/07/2022

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“GATILHOS DE PRAZER”

“Recebemos uma dose de dopamina não só da "droga" em si, mas também de lembretes da "droga": passar por um bar onde bebemos, receber notificação sobre uma nova série da Netflix em nosso gênero favorito, um alerta nos dizendo que alguém nos respondeu. Até pensar em nossa droga de escolha - recordação eufórica - pode liberar dopamina.”                                                                                     

JEJUM DE DOPAMINA

Ela começou a escrever o livro “Nação Dopamina” vários anos antes da pandemia e terminou em 2020. Na obra a psiquiatra Anna Lembke, da Universidade Stanford analisa a neurociência da recompensa no mundo de excesso - de redes sociais, games, drogas, comida, notícias, compras, jogos de azar e pornografia, chamados "estímulos altamente compensatórios". Contra a compulsão, Anna sugere um "jejum de dopamina".

“NAÇÃO DOPAMINA”

É um livro sobre prazer. Também sobre sofrimento. Mais importante ainda, é um livro que trata de como encontrar o delicado equilíbrio entre os dois, e por que hoje em dia, mais do que nunca, encontrar o equilíbrio é essencial.

EXCESSOS DE ESTÍMULOS

Estamos vivendo em uma época de excessos, de acesso sem precedentes a estímulos de alta recompensa e alta dopamina: drogas, comida, notícias, jogos, compras, sexo, redes sociais.

“Recebemos uma dose de dopamina não só da "droga" em si, mas também de lembretes da "droga": passar por um bar onde bebemos, receber notificação sobre uma nova série da Netflix em nosso gênero favorito, um alerta nos dizendo que alguém nos respondeu. Até pensar em nossa droga de escolha - recordação eufórica - pode liberar dopamina.”

VULNERABILIDADES

Estamos todos vulneráveis ao consumo excessivo e à compulsão. Em Nação dopamina, Dra. Anna Lembke, explora as novas e empolgantes descobertas científicas que explicam por que a busca incansável do prazer gera mais sofrimento do que felicidade – e o que podemos fazer a respeito. Traduzindo a complexidade da neurociência para metáforas fáceis de entender, a Dra. Anna mostra que o caminho para manter a dopamina sob controle é encontrar contentamento nas pequenas coisas e nos conectar com as pessoas queridas. Como prova disso, a autora compartilha diversas experiências vividas por seus pacientes em trechos muito emocionantes. São histórias fascinantes de sofrimento e redenção que nos dão a esperança de que é possível transformar a nossa vida.

QUAIS SINAIS DE QUE A DOPAMINA ESTÁ FAZENDO MAL?

Uso compulsivo e fora de controle. Mentir sobre o uso. Comportar-se de modo não consistente com seus valores. Sentir-se mais deprimido e ansioso. Um bom lugar para começar é um jejum de dopamina de 30 dias com nossa droga de escolha para redefinir caminhos de recompensa e sair do vórtice do consumo compulsivo. Se descobrir que não pode se abster por 30 dias, ou a usa compulsivamente imediatamente ao fim dos 30 dias, pode ser preciso buscar um médico.

DETOX DIGITAL

O detox digital tem sido apontado como uma solução para o problema do excesso ou vício em mídias. Existem várias opiniões de como ele deve ser feito.  Alguns defendem que a abstinência deve ser temporária, mas para outros deve ser permanente. Para alguns deve ser parcial (reduzir o tempo ou mudar conteúdos), mas para outros deve ser extrema e total.

E você o que acha?


                                                                                                                                                                                               

UM TRIBUTO A GILBERTO GIL

06/07/2022

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“TIRANDO O CHAPÉU” PARA O POETA

Poucos chegam aos 80 anos com lucidez, bom humor, poesia, consciência crítica apurada e sabedoria. Tem alguns que conseguem e chegam até a virar “imortal” da Academia Brasileira de Letras. Bravo Gilberto Gil!

SINTETIZANDO A SUA MAGNÍFICA OBRA

Com a sua natural candura ele disse ao sintetizar a sua obra:

“Eu soube que a música era minha linguagem mesmo. Que a música ia me levar a conhecer o mundo, ia me levar a outras terras. Porque eu achava que tinha a música da terra e a música do céu.”

APOLOGISTA DA DIVERSIDADE

Segundo o jornalista Marcos Aurélio Ruy: “A personalidade e o talento de Gilberto Gil despontam em um trabalho vigoroso, que releva a herança africana em nossa cultura a brilhar com um canto em defesa da diversidade e do respeito ao diferente, à natureza, à liberdade e à vida.”

Com propriedade Gil afirma: “o melhor lugar do mundo é aqui e agora”.

REVOLUCIONÁRIO DA MÚSICA

“Ele revolucionou a música popular brasileira ao lado de outros gigantes. A sua obra transparece singular no modo de tocar o seu instrumento, na sua interpretação única e na mistura de sons ligados à poesia de maneira intrínseca, compondo um todo harmonioso”. Prossegue Marcos Aurélio: “A música de Gilberto Gil está para o mundo como os rios que correm para o mar imanente perante as margens que tentam aprisionar suas águas.”

A MAIS PURA FILOSOFIA

Na música “Não Tenho Medo da Vida” (2010), ele expressa seus saberes, percepções e sentidos da vida ao cantar: “não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim”, canta ele em afinal “a vida é um dado em si, mas viver é que é o nó/Toda vez que vejo um nó, sempre me assalta o temor/Saberei como afrouxá-lo, desatá-lo eu saberei?”

PRA FINALIZAR

“Não adianta nem me abandonar. Porque mistérios sempre há de pintar por aí...” “Se eu quiser falar com Deus...” Basta “Andar com fé eu vou...” E “Drão, não pense na separação Não despedace o coração...” Porque “A paz invadiu o meu coração.” E “Bem que eu me lembro Da gente sentado ali (...) Não, não chore mais”.” Então “Subo nesse palco, minha alma cheira a talco...” “Aquele abraço”.

https://www.youtube.com/watch?v=7s0yAJA8AnA



O PODER da GRATIDÃO

05/07/2022

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PREAMBULANDO

Mayara Benatti disse: “Gratidão é uma carta de amor que enviamos para o universo”.

Li há algum tempo, um texto do jornalista Gustavo Ranieri que tinha como título “O Poder da Gratidão”. Achei o conteúdo interessante e resolvi dividir com vocês, fragmentos do mesmo na REM de hoje. A conferir.


REALMENTE NÃO CHEGARÍAMOS...

“Não chegaríamos aqui à toa. Repito essa frase a mim mesmo algumas vezes enquanto escrevo este texto. Quantas guerras, intempéries, furacões, terremotos, pestes, fome, miséria, descobertas, amizades, amores, fartura, riquezas e uma gama de outras situações foram vividas por aqueles que vieram bem antes de nós para que pudéssemos agora estar exatamente no lugar em que estamos?

SER GRATO

Mas, afinal, o que é ser grato? A pergunta que parece ter uma resposta óbvia tem razão de ser feita atualmente. Esse sentimento de gratidão não está atrelado a qualquer caráter espiritual. Independentemente de qual seja a crença de cada um, ou mesmo na ausência de uma, ele age igualmente em todos.

Certo é que, em muitos casos, se confundiram os sentidos de “obrigado” – palavra que se origina do verbo em latim obligare, o mesmo que se amarrar/ligar por um favor feito por outra pessoa – e de “gratidão”– do latim gratia, o mesmo que graça, reconhecimento por tudo o que é recebido.

FORÇA QUÂNTICA para a GRATIDÃO

Olhando cada um de nós pela física e pela saúde quântica, 99,9% do que somos é energia. Apenas a minúscula parte restante é matéria. Consequentemente, a administração de nossas emoções nos encaminha para diferentes tipos de realidades. Para o professor, palestrante e escritor brasileiro Wallace Liimaa, especialista em física quântica e saúde integral, vivemos em uma sociedade na qual, como mostram os estudos, quase 80% da população morre em virtude de alguma doença crônica, gerada e mantida seja por hábitos errados, seja pelo gerenciamento equivocado de nossas emoções.

EVITAR O COITADISMO

 Uma pessoa que diante de qualquer obstáculo sempre se coloca como vítima, como coitada, o sistema endócrino dela responde colocando no corpo os chamados hormônios do estresse, que são especialmente cortisol e adrenalina. Dessa forma, a pessoa vive constantemente no modo de sobrevivência, no qual ela está ali em uma situação em que vai precisar fugir ou lutar para se defender. E nosso corpo não foi programado para se manter nesse estado de estresse continuamente, porque isso fragiliza os sistemas, mina nosso sistema imunológico.

ENQUANTO A GRATIDÃO...

 Mas, ao contrário disso, a ciência vem pesquisando que o estado de gratidão se comunica com outra reação química em nosso corpo. Agradecer por tudo o que acontece e pelas mínimas coisas, especialmente pelos desafios, nos deixa em estado de prontidão e em modo criativo.

Isso porque a gratidão joga no organismo os neurotransmissores do bem-estar, que são a serotonina e a dopamina, ansiolíticos naturais.

FINALIZANDO

O neurologista Oliver Sacks escreveu no ensaio Shabat, o último texto de sua obra Gratidão, e publicado poucas semanas antes de morrer, com a gratidão podemos “alcançar a sensação de paz dentro de nós mesmos”.

Que a gente siga, então, sendo grato.

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“O SAL DA TERRA” – UM PODEROSO MANIFESTO

04/07/2022

“O SAL da TERRA”

(Composição: Beto Guedes-Ronaldo Bastos/1981 Intérprete: Beto Guedes)

Anda!

A canção começa com a flexão do verbo andar. Todo verbo determina ou indica uma ação. Saia da inércia. Exerça um movimento. Dê passos. Tenha uma ação. Caminhe!

MENSAGEM PRINCIPAL - SUSTENTABILIDADE

Da necessidade da preservação do planeta. De se adquiri uma consciência coletiva de sustentabilidade. De amor e incentivo em cuidar da fantástica biodiversidade e de conter a devastação da vegetação e mitigar a contaminação dos recursos hídricos.


Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir (...)

Pensemos no legado para as futuras gerações. Deixemos a “casa” em perfeita condição de habitabilidade com qualidade de vida. Vida longa com saúde e bem-estar.

"Vamos precisar de todo mundo
Prá banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver…"

Não existe argamassa nem outra força no universo com poder de transformação maior que o AMOR.

(...) “Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã”(...)

Ainda colocamos o lucro, o dinheiro em primeiro lugar. Devastamos inconsequentemente a Terra pensando que desenvolvimento não-sustentável é sinônimo de acúmulo de riquezas ad eternum.

(...) “Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã…”

A Terra é mãe e produz tudo o que o ser humano precisa para uma vida digna, equilibrada e em harmonia. Canta! Espanta seus males. Mude a vibração.

(...) “Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra".

Ah, o Amor que gerou a Terra! Esse Amor que alimenta a Terra. O Amor que dá o sabor à Terra.

Deixa fluir!!!

“A sabedoria não vem do acerto, mas do humilde aprendizado com os erros.”

Monja Coen

Gratidão, gratidão, por essa bela e formidável casa que nos acolhe por e com muito Amor.        

Daquele nascido em 04 de julho. No planeta Terra.

https://www.youtube.com/watch?v=Kiok0T2WHf4

Para ATINGIR  a PLENITUDE, o ser humano tem que "CUIDAR do SER"

03/07/2022

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“CUIDAR DO SER” – O LIVRO

É um livro muito especial, "Cuidar do Ser", do padre, filósofo e poeta do numinoso (emoção espiritual), Jean-Yves Leloup, para que possamos compreender melhor a dimensão do cuidar, da cura mental e da conceituação CorpoMente.


BREVE RESENHA DE ROBERTO CREMA                                              Em sua introdução, Leloup relata que os Terapeutas de Alexandria eram sobretudo hermeneutas, não se reduzindo a meras explicações analíticas os eventos da existência. A única dor insuportável, segundo Leloup, é aquela que não somos capazes de interpretar, destituída de qualquer sentido. Antecipando a abordagem junguiana em dois milênios, os terapeutas  liam as Escrituras como textos do inconsciente. Por outro lado, consideravam as enfermidades suscetíveis de uma interpretação, como se constituíssem textos sagrados.

MULTIDISCIPLINAR

Os terapeutas de Alexandria eram ao mesmo tempo sacerdotes, médicos, psicólogos e educadores, constituindo-se numa admirável referência histórica, inspiradora de uma abordagem transdisciplinar, holística, aplicada ao campo da saúde integral. Segundo Leloup O terapeuta é também um ser "que sabe orar" pela saúde do outro, isto é, chamar sobre ele a presença e a energia do Vivente, pois só ele pode curar toda doença e com o qual ele "coopera".

CONCLUINDO 

A infelicidade do homem é a causa de todas as doenças, dirão mais tarde os Padres do deserto, é esquecer o ser. O sofrimento é recalcar esse desejo essencial do Ser.                                     Leloup lembra que hoje se nota um certo retorno do espírito dos Terapeutas e a criação de institutos que respeitam o ser humano e cuidam dele na sua integralidade.                                                           

​                                                                                                               

BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DA BAHIA E DO BRASIL

02/07/2022

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“Foram muitas Conceições, muitas Joanas, muitas Marias, que cotidianamente trabalhavam muito para transformar essa história”

Álvaro Pereira do Nascimento

JÁ FAZIAM A DIFERENÇA HÁ 200 ANOS

Apesar de não possuírem direito a voto, no século XVIII, as mulheres chefiavam fazendas, propriedades, negócios e eram responsáveis pela circulação de mercadorias, alimentos e por boa parte da base da economia do Brasil da época.                                                                                  

ATUAÇÃO POLITICA

“Foram descobertos, tanto no Rio de Janeiro quanto na Bahia, inúmeros manifestos, escritos e assinados por mulheres, que defendiam a separação de Portugal, que defendiam a cidadania, a liberdade e que se insurgiram contra as medidas das cortes, medidas tomadas por Dom Pedro I, ou atitudes adotadas pelas lideranças locais”, diz a historiadora Cecília Helena.

INTERMINÁVEIS BATALHAS
As batalhas pela independência do Brasil na Bahia duraram um ano e sete dias, entre 25 de junho de 1822 e 2 de julho de 1823. As mulheres desempenaharam um papel importantíssimo no processo, e muitas se destacaram nas batalhas e na ajuda aos soldados.

Entre elas está Maria Felipa. Segundo Eduardo Borges, historiador e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Maria Felipa não é muito conhecida, mas possui muita importância na luta pela independência.

"Maria Felipa era uma negra que liderou uma série de mulheres que seduziram os portugueses, fizeram com que eles ficassem embreagados e depois deram uma surra de cansanção [vegetal que provoca urtiga e sensação de queimadura ao toque com a pele] neles. Depois ela queimou as embarcações deles. Foi uma pequena batalha pontual no dia 7 de janeiro de 1823, na Ilha de Itaparica, mas que resultou em uma queda no número de soldados da tropa portuguesa", relatou Borges.


OUTROS DOIS DESTAQUES

Outras duas mulheres que se destacaram na luta da independência foram Joana Angélica e Maria Quitéria, que acabaram ficando bastante conhecidas.

A freira Joana Angélica se destacou pela coragem ao enfrentar os portugueses. Ela foi morta ao tentar evitar a entrada deles no Convento da Lapa. Os soldados portugueses estavam em busca dos rebelados, que teriam se escondido no local. "Já Maria Quitéria se passou por homem para participar da luta da independência. Ela vestiu a roupa do cunhado e apresentou-se ao Regimento de Artilharia com a ajuda da irmã. Maria Quitéria fugiu de casa e foi para o campo de batalha em uma época em que a mulher não tinha autonomia em qualquer campo de atuação", diz o historiador.


MARIA LEOPOLDINA

“Ela tem uma posição especial não apenas por ser imperatriz, mas por ser uma mulher inteligente, muito bem formada e que assumiu atitudes importantes ao longo do processo de independência”, diz a professora e historiadora Cecília Helena.

             

JUSTA E MERITÓRIA HOMENAGEM

A REM – Reflexões em Movimento – homenageia e agradece às mulheres “Guerreiras da Independência” e solidariza com aquelas assediadas moral e sexualmente diariamente na Bahia e no Brasil.

A Surpreendente INTELIGÊNCIA dos CORVOS

02/07/2022

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BETTY ERA O SEU NOME

Um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, observou com espanto quando a ave pegou espontaneamente com o bico um pedaço de arame na gaiola e, na sequência, usou um objeto próximo para dobrar uma de suas extremidades, transformando o arame em uma espécie de gancho.

Esta ferramenta permitiu a Betty "pescar" um pequeno pedaço de carne de dentro de um tubo de plástico. Seu almoço estava servido.

ALÉM DE BETTY...

Só que Betty não era tão especial quanto se pensava. Muitos anos depois, pesquisas mostraram que os corvos da Nova Caledônia são inventores de ferramentas natos. Na natureza, eles fazem isso o tempo todo. Na realidade, os corvos da Nova Caledônia evoluíram até serem capazes de fazer ferramentas em forma de ganchos a partir de galhos macios, como parte de sua atividade habitual para buscar comida. Foi mais uma expressão da sua natureza do que um momento de genialidade.


A BIOLOGIA POR TRÁS DA INTELIGÊNCIA

A inteligência está baseada no cérebro. Os primatas inteligentes — incluindo os homens — têm uma estrutura específica no cérebro chamada neocórtex, que ajudaria a tornar possível a cognição avançada.

Os corvídeos, notavelmente, não possuem essa estrutura. Em vez disso, eles desenvolveram aglomerados densos de neurônios que proporcionam a eles proezas mentais semelhantes.

O tipo de cérebro que eles realmente têm não importa: os corvídeos e primatas compartilham algumas das mesmas capacidades básicas em termos de solução de problemas e plasticidade, sendo capazes de se adaptar e mudar diante de novas informações e experiências.

Este é um exemplo de evolução convergente, em que histórias evolutivas completamente diferentes levaram à mesma característica ou comportamento.

CURIOSIDADE NATURAL

McCoy estuda corvos da Nova Caledônia. Em um artigo publicado ano passado, ela e seus colegas descreveram um experimento desenvolvido para mostrar se o humor das aves era afetado pelo uso das ferramentas.

Os corvos, de fato, podem ser como nós, não tanto porque são inteligentes, mas porque muitas vezes lançam mão da inteligência por pura diversão — assim como nós.

Os corvos que McCoy estuda têm uma curiosidade natural, diz ela. Eles pegam atrevidamente o equipamento científico e voam com ele pelo aviário. Os pássaros jovens, principalmente, adoram brincar. E, na opinião dela, os seres humanos não são tão diferentes.

"Temos esse cérebro incrivelmente enorme, mas usamos para fazer palavra cruzada — e não foi para isso que evoluímos."Trechos da matéria publicada por Chris Baraniuk Da BBC Future, setembro 2020


Trechos da matéria publicada por Chris Baraniuk na BBC Future em setembro 2020          

O CAMINHO ATÉ DEUS

01/07/2022

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PREAMBULANDO

Em março de 2019 o jornal ELPaís publicou uma matéria do jornalista Miguel Ángel baseada em um estudo realizado por um amplo grupo de cientistas, que analisou 414 entidades políticas surgidas do período Neolítico. E seus resultados foram publicados na revista Nature. O estudo mostra que ideia da deidade moral aparece depois que os homens deixaram as tribos. Confira os destaques de fragmentos importantes da referida matéria.

SOCIEDADE TRIBAL E SOCIEDADE MODERNA

A ideia de um deus todo-poderoso que vigia os humanos a partir de cima e pune os que se desviam da norma surgiu depois que estes trocaram a tribo pela sociedade. Essa é a principal conclusão de um amplo estudo que revê o surgimento das sociedades complexas e a ideia do deus moral. Dos antigos egípcios até o Império Romano, passando pelos hititas, os deuses morais só entram em cena quando as sociedades se tornam realmente grandes.


AUTOVIGILÂNCIA DA CONDUTA SOCIAL 

A crença no sobrenatural é tão antiga como os humanos. Mas a ideia de um ser onisciente vigilante da moral é mais recente. Antes das revoluções neolíticas, do surgimento da agricultura e das primeiras sociedades, os humanos viviam em grupos relativamente pequenos, baseados no parentesco. Na tribo, todos se conheciam e devia ser difícil ter uma conduta antissocial sem ser flagrado. O risco de ser apontado, castigado ou expulso do grupo bastava para controlar o indivíduo.


MACRO SOCIAL E PERDA DE CONTROLE

À medida que as sociedades foram se tornando mais complexas, as relações com estranhos ao clã cresciam e, ao mesmo tempo, as possibilidades de escapar à sanção. Para muitos estudiosos das religiões, a aparição de um deus moral que tudo vê serviu como cola para a coesão social, facilitando a emergência de sociedades cada vez maiores.

ANTIGO EGITO

As primeiras ideias de um deus moral surgem no antigo Egito, com a figura de Maat, a filha do deus Rá. Isso foi por volta de 2800 antes da era atual, vários séculos depois da unificação das primeiras cidades do vale do Nilo.

CONCLUINDO

O estudo mostra, entretanto, que pode haver sociedades altamente complexas sem um deus moral. Isso não significa que não castigassem os humanos, mas o faziam mais por faltar às obrigações com as divindades do que por ofender outros humanos. A maioria dessas sociedades é das Américas e Sudeste Asiático.                                                                                                  

                                                           

DIVINDADE MORAL

30/06/2022

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PREAMBULANDO

O livro, “Deus É Um Monstro Moral?” ajuda a tratar questões levantadas sobre o antigo testamento, como a escravidão ou assuntos relacionados a "Um Deus machista, ruim, castigador e vingativo" . Copan não só responde a críticos de Deus, como também mostra com ler tanto o Antigo como o Novo Testamento fielmente, vendo um Deus, justo e amoroso em ambos.

SOBRE O AUTOR

Paul Copan é teólogo cristão, filósofo e apologista. Ele é atualmente professor na Palm Beach Atlantic University e ocupa a cadeira de Filosofia e Ética. Escreveu e editou mais de 25 livros na área da filosofia da religião, apologista, teologia, ciência e religião, e sobre a historicidade de Jesus Cristo.

O PORQUE DO LIVRO

A Recente série de livros escritos pelos novos ateus trouxe a acusações de quem o Deus do antigo testamento não é senão um valentão, um assassino e um abusador cósmico de crianças. Este ponto de vista, às vezes, é compartilhado dentro da igreja. Como os cristãos devem responder a essas acusações? E como vamos conciliar as feições aparentemente desconectados do Deus retratado nos dois testamentos?

Neste oportuno livro, o apologista Paul Copan encara algumas dessas acusações mais inquietantes do nosso tempo, incluindo:

  • Deus é arrogante e ciumento

  • Deus pune duramente as pessoas

  • Deus promove a limpeza étnica

  • Deus oprime as mulheres

  • Deus aprova a escravidão

  • O cristianismo causa violência. E mais…


RESENHA DO LIVRO

Por Emerson de Oliveira      

"A cadeira de Copan é em Filosofia e Ética, que é certamente uma parte vital de um livro como este, mas sua humildade e leitura no contexto do Antigo Testamento, hermenêutica e exegese são impressionantemente rigorosas. 

No início do segundo capítulo, Copan escreve “os neo-ateus… desenterram a sujeira de muitos desafios éticos perenes do Antigo Testamento, e os crentes na Bíblia não devem enfiá-los sob seus tapetes sagrados. 

Como pessoas do Livro, os cristãos devem refletir honestamente sobre tais assuntos… Quando cristãos desinformados são desafiados sobre esses textos, eles podem ser abalados em sua fé “. 

Este livro, Deus é um monstro moral? é uma ferramenta vital para refletir sobre os desafios éticos e textuais que as leituras simplistas do Antigo Testamento podem apresentar.

LIVRO de APOLOGÉTICA

O ponto-chave deste livro é a maneira como Copan combina pesquisas sérias nos mundos e culturas do Antigo Testamento, com uma discussão ética cuidadosa e pastoralmente sensível. Copan  entende que algumas das histórias e parte da história do Antigo Testamento são um verdadeiro desafio – para ateus e céticos, mas também para cristãos. 

No entanto, ‘como pessoas do Livro’, Copan nos convida a considerar uma leitura mais profunda e cuidadosa do que estaríamos acostumados. Eu acho que este livro é uma masterclass em apologética culturalmente sensível, filosófica e teologicamente informada  e  pastoralmente consciente. Vou recomendá-lo amplamente e ficar de olho em mais coisas do Copan!"


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DOGMA – um substantivo INDISCUTÍVEL?

29/06/2022

ALBERT EINSTEIN

A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.

IGREJA CATÓLICA

Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e tornam seguro. Na verdade, se nossa vida for reta, nossa inteligência e nosso coração estarão abertos para acolher a luz dos dogmas da fé.”

SEGUNDO AURÉLIO, DOGMA É:

O dicionário Aurélio define dogma da seguinte maneira: "Ponto fundamental de doutrina religiosa ou filosófica, apresentado como certo". Muito simples. O primeiro dos 43 dogmas da Igreja, por exemplo, afirma simplesmente que Deus existe. A Doutrina Espírita – que é filosofia, ciência e religião - também tem como princípio basilar a existência de Deus. Então, subentende-se que...


DOGMATISMO

É, acima de tudo, uma postura, mas pode ser também uma doutrina (ou um conjunto de doutrinas). A postura dogmática defende que existem certos postulados que estão fora do alcance da crítica. Isso significa que algumas posições — morais, epistemológicas ou religiosas — simplesmente não cabem no espectro da crítica e do questionamento. Algumas posições seriam eternas, imutáveis e intransigentemente inquestionáveis. Para um cristão convicto pela fé, por exemplo, a existência de Deus é um dogma.


O que é DOGMATISMO FILOSÓFICO?

A posição dogmática sempre trabalhará com a noção de verdade eterna e absoluta. Isso se dá no campo dos costumes, mas também pode ocorrer no campo do conhecimento. A lógica, por exemplo, é uma área do conhecimento tão exata quanto a matemática, aliás, ela explica muito do que é feito na matemática. A lógica é um campo do conhecimento que podemos chamar de dogmático, pois está fundamentada em princípios tão sólidos quanto a própria racionalidade. Dessa maneira, quando existem princípios inabaláveis que definem uma área do saber, podemos chamar essa área de dogmática.

O que é DOGMATISMO e CETICISMO?

Essas duas posturas (a dogmática e a cética) são diametralmente opostas. A escola cética surgiu entre as escolas gregas helenísticas e defende que não há meio de chegar-se a um conhecimento verdadeiro e seguro, sendo melhor, portanto, abster-se da vontade de chegar-se à verdade. O filósofo francês René Descartes reinventou o ceticismo.

Segundo o filósofo brasileiro Plínio Junqueira Smith, um dos maiores especialistas em ceticismo do Brasil, “os céticos são aqueles que mostram, por meio de uma argumentação que lhes é peculiar, que não há nenhuma garantia de que conhecemos aquilo que alegamos conhecer. Segundo eles, não sabemos nada, não temos certeza de nada e podemos colocar tudo em dúvida; sequer sabemos que nada sabemos”. Essa postura cética inaugura uma das bases de ancoragem do pensamento filosófico.


DOGMATISMO RELIGIOSO

As religiões são compostas por dogmas. O nível de tolerância de cada fiel e de cada fé religiosa varia, mas todas as religiões afirmam dogmas que, ao menos na lógica interna de seus funcionamentos, operam como verdades absolutas. A santíssima trindade que une Pai, Filho e  Espírito Santo para os cristãos, a sabedoria sagrada do profeta Maomé para os muçulmanos ou a força que emana dos orixás para os candomblecistas são exemplos de dogmas religiosos. As religiões necessitam de dogmas para funcionarem.

É no interior das regras e preceitos religiosos que entendemos como isso se torna importante para a manutenção da fé. No entanto, como a postura dos fiéis varia, temos pessoas mais ou menos dogmáticas. Como as regras religiosas também variam, temos religiões mais ou menos dogmáticas.


FINALIZANDO

O conhecimento de senso comum é não testado e não validado por qualquer regra racional. Isso não significa que esse tipo de conhecimento sempre estará errado, mas que apenas não é possível confiar-se cegamente nele. Sendo assim, quando o senso comum é adotado de maneira dogmática, pode haver um problema: enxergar o mundo de uma maneira desvirtuada do que ele realmente é.

A concepção dogmática de um Deus Todo-Poderoso que vigia e pune com castigos aqueles que se desviam das suas Leis surgiu depois que os humanos trocaram as tribos pela sociedade cheia de complexidade. É o chamado Deus moral.

Longe de mim a pretensão de esgotar ou ser conclusivo em tal relevante assunto. A proposta da reflexão é sacudir a poeira sob e sobre os dogmas. É questionar quais libertam a nossa consciência e quais a aprisionam.

Afinal, o seu, o nosso Deus, é Amor ou Ele é um Ser Castigador, Vingativo e Impiedoso.!?

Fontes:

significados.com.br; educamaisbrasil.com.br; mundoeducação.uol; todamatéria.com.br;

wikipedia.org


                                                                       

                                                                                                                                                                                  

ALEXANDRIA, capital do conhecimento

28/06/2022

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FAROL, BIBLIOTECA, LUZ, CONHECIMENTO

Localizada bem ao norte do Egito, no continente africano, Alexandria carrega história desde seu nome: foi fundada por Alexandre, o Grande, no século IV a.C. Aqui esteve uma das Sete Maravilhas do mundo antigo, o famoso Farol de Alexandria, e foi sede de uma das maiores bibliotecas da Antiguidade. 

CULTURA HELENÍSTICA NO EGITO

Por séculos, a cidade foi terreno fértil para a difusão do pensamento. Situada no norte do Egito, às margens do Mediterrâneo, foi fundada em 331 a.C por Ptolomeu I, em homenagem a Alexandre, o Grande, durante sua passagem por aquelas terras. Deu-se início à Dinastia Ptolomaica, na qual a cultura helenística foi introduzida entre os egípcios. Teve fim na era de Cleópatra, no ano 30 a.C., quando o Império Romano já começara a influenciar todo o Mediterrâneo.

ALEXANDRIA SEGUNDO SAGAN

“Sua população era de uma diversidade maravilhosa. Soldados macedônios, depois romanos, sacerdotes egípcios, aristocratas gregos, marinheiros e navegadores fenícios, mercadores judeus, visitantes da Índia e da África Subsaariana – todos, exceto a vasta população de escravos – viveram juntos e em harmonia e respeito mútuo durante a maior parte do período de grandeza de Alexandria.”

PRIMEIRO INSTITUTO DE PESQUISA

“Mas o grande prodígio de Alexandria era sua biblioteca e museu (literalmente, uma instituição dedicada às especialidades das nove Musas) a ela associado. Dessa lendária biblioteca, a maior parte do que sobrevive é seu anexo, o porão úmido do Serapeu (templo dedicado ao deus heleno-egípcio) lá foi o primeiro instituto de pesquisa na história do planeta. Onde os sábios da biblioteca estudavam todo o cosmos.”

A MODERNA BIBLIOTECA de ALEXANDRIA

Em 2002, a nova biblioteca foi inaugurada. O enorme edifício  foi construído com a inspiração do sol nascente e a fachada é coberta com 120 inscrições de alfabetos. Há espaço para 8 milhões de livros e a principal sala de leitura tem 11 andares. Dentro do complexo, também ficam quatro museus, um planetário, um centro de conferências, além de laboratórios, exibições temporárias e permanentes e salas multimídia.

O FAROL

Além de ser o maior do mundo antigo, o Farol  de Alexandria foi considerado a sétima e última das maravilhas do mundo antigo. Sua construção aconteceu entre 280 e 247 a.C., e durou cerca de 15 anos. Ptolomeu começou o trabalho. Seu projeto foi concluído sob o reinado  do filho, Ptolomeu II.Os faróis sempre foram amigos dos navegantes, especialmente antigamente quando não havia a tecnologia hoje disponível. Era através deles que navegadores  confirmavam sua posição no mar. Até hoje  são indispensáveis à navegação.

Fontes virtuais: https://www.merveilles-du-monde.com/Sept/Phare-d-Alexandrie.php; https://pt.wikipedia.org/wiki/Farol_de_Alexandria; http://historia7-penedono.blogspot.com.br/2007/01/os-fencios-um-povo-de-navegadores-e.html; https://www.thinglink.com/scene/848590721769275393; https://www.thetimes.co.uk/article/lost-city-of-alexander-the-great-found-in-iraq-pw6g2dtvj.

Os TERAPEUTAS nos tempos de JESUS

27/06/2022

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FÍLON – O FILÓSOFO                          Depois de aproximadamente 40 anos do início da era cristã, Fílon, um eminente filósofo judeu, que defendeu os interesses judaicos junto à corte de Nero, escreveu sobre os hábitos de vida e o pensamento do que teriam sido as primeiras comunidades cristãs.

A COMUNIDADE

Eles viviam no Egito, nas imediações de Alexandria, uma das cidades mais importantes dos primeiros tempos do movimento cristão, bem antes da constituição, em Roma, de uma religião dita cristã, com pretensões a ser universal. Nessa comunidade, homens e mulheres acorriam para se preparar para uma vida mais verdadeira, mais elevada, sendo tratados da mesma forma, embora houvesse um muro que os separasse. Todos ouviam as mesmas palestras, podiam estudar os mesmos textos e procuravam ter os mesmos hábitos de comportamento. Para os padrões judaicos de então, isso era algo impensável, mesmo porque praticamente até o século 20, as mulheres não eram admitidas, conjuntamente com os homens, ao estudo e discussão dos temas mais pungentes da vida, recebendo educação exclusivamente no lar e para o lar.

VIRTUDES DO CORAÇÃO E DA MENTE   

Esses terapeutas, como se chamavam, também liam textos judeus, além de outros que Fílon não reconheceu, pois não os conhecia na verdade – tudo indica fossem textos cristãos. Buscavam ser comedidos no falar, no comer e no beber. Prezavam as virtudes do coração e da mente. Contudo, o que mais os distinguia era a preocupação com o ser, para o quê isolavam-se na comunidade para melhor aprimorarem-se nesse mister.

E o que seria CUIDAR de SER? CUIDAR de SI, do PRÓPRIO CORPO?

Se por medicina entendermos o cuidado com a saúde do corpo, buscando nele mesmo a origem das doenças, os terapeutas de Alexandria não eram médicos, enfermeiros. Eles exerciam sim uma forma de medicina, identificando a origem dos males físicos nos hábitos de comportamento e valores morais.

TERAPEUTAS: e a sua ORIGEM JUDAICA

Na sua origem os terapeutas não eram médicos; eram membros de uma escola judaica, o mesmo título que o dos Essênios, que existia antes e durante a época de Jesus. Era espalhada em várias regiões do mundo, sendo o centro mais expressivo situado no Egito, em Alexandria. Filon os descreve como sendo filósofos cuja profissão é superior a dos médicos pois a medicina comum às cidades daquela época "só cuida do corpo, enquanto a outra cuida também do psiquismo (psukas), preso por estas doenças penosas e difíceis de curar que são o apego ao prazer, a desorientação do desejo, a tristeza, as fobias, as invejas, a ignorância, o desajustamento ao que é e a multidão infinita das outras patologias (pathon) e sofrimentos". Eles se aproximariam mais dos nossos psicoterapeutas se não fosse o seu alto grau de desenvolvimento e evolução espiritual que faz deles seres plenos de aspiração divina, de lucidez de desapego completo por bens materiais e de "entusiasmo" que os leva a uma vida contemplativa, porém com prudência e sabedoria.

                                                                                                            

EM BUSCA DA AUTORREALIZAÇÃO PESSOAL

26/06/2022

Depois de ter apresentado para o público brasileiro a tradução do seu livro *Cuidar do Ser*, que nos brinda com uma primorosa exposição sobre os Terapeutas, do texto de Fílon de Alexandria, enriquecida dos seus próprios comentários, Jean-Yves Leloup nos oferece, agora, uma coletânea de suas palestras realizadas em dois Seminários, na UNIPAZ de Brasília,  dando  origem à obra “Caminhos da Realização”.

NOS PREÂMBULOS DOS “CAMINHOS DA REALIZAÇÃO”                                   A segunda parte focaliza o amplo horizonte do Masculino, Feminino e Síntese onde, como postulavam os Antigos Terapeutas, os personagens das Escrituras Sagradas, além da sua dimensão histórica, são considerados arquétipos de estados de consciência e de estágios evolutivos da existência. Percorreremos itinerários de metamorfoses de grandes imagens estruturantes da condição humana. Sentaremos, com a Samaritana, no poção de Jacó; ascenderemos os degraus iniciáticos da via apaixonada de Maria Madalena; contemplaremos o manto de 11 silêncio inocente e imaculado de Maria e caminharemos com as sandálias de Pedro, Judas e João Batista. Sempre à luz de uma sabedoria crística apontando para o resgate do Espírito.

UM  AUTÊNTICO ESCUTADOR

 Para Jean-Yves Leloup, o Terapeuta é um suposto escutar. Trata-se aqui de uma escuta inclusiva que não divide o que a própria Vida uniu: o corpo, a psique e o espírito. Uma grande tragédia contemporânea, fruto do reducionismo cienticista que, à moda clássica do diabolos - aquele que semeia a desunião - tudo divide e separa, é a modelagem alienada da especialização, determinante de uma visão e escuta dissociadas e minimizadas. Uma pessoa com o corpo ferido procura um psicólogo que só escuta a psique; outra, com a psique sangrando, procura um sacerdote que só escuta o Espírito; ainda outra, sofrendo com a desvinculação da essência espiritual, procura um médico que só escuta o corpo... Onde seremos escutados como o todo indissociável que somos?


“O ALTO DESCANSA NO PROFUNDO” (sábio preceito taoísta)                           Para que haja um espaço de Escuta da inteireza humana é que foi criado, em 1992, o Colégio Internacional dos Terapeutas (CIT), sob a orientação de Leloup e com sede na UNIPAZ. Inspirado na tradição dos Terapeutas de Alexandria que no início da era cristã deixou-nos o surpreendente e precioso legado de uma abordagem holística aplicada à saúde integral, o CIT realiza as dimensões interconectadas de uma clínica, de uma escola e de um templo. Destinado a congregar terapeutas de diversas formações e competências que comungam uma 12 antropologia, ética e prática holísticas, tendo como centro a inteireza do Ser, a tarefa comum postulada pela CIT resume-se em dez Orientações Maiores centradas em: plenitude, ética, silêncio, estudo, generosidade, reciclagem, reconhecimento, anamnese essencial, despertar da Presença e fraternidade.                                                                                        

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QUAL É A MANEIRA IDEAL DE SE CUIDAR DO SER HUMANO?

25/06/2022

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CAMINHOS DA REALIZAÇÃO

(Dos medos do Eu ao mergulho no Ser) de  Jean-Yves Leloup é um livro necessário para relembrar de estar em paz consigo mesmo. É um livro com um olhar diferente da religião, uma forma de religar o ser humano com seu próprio interior. Não é um livro especificamente para religiosos, é para qualquer pessoa que quer respostas que não encontra.

O CERNE DO LIVRO

O ponto central deste livro é a obra Os Terapeutas, de Fílon de Alexandria. Terapeuta, nós sabemos, é aquele que cuida do ser humano. Esse cuidado pode estar orientado para diversas dimensões do homem. Há os que cuidam do corpo humano. Neste grupo Platão colocava até o cozinheiro e o tecelão. Mas o paradigma do que cuida do corpo ainda é o pessoal da saúde (médico, enfermeiro etc.). Há os que cuidam da dimensão psíquica ou anímica do ser humano (psicólogo etc.); da dimensão noética ou racional (o melhor exemplo é o professor); os que cuidam da dimensão pneumática ou espiritual (os agentes religiosos, por exemplo).

QUAL A MANEIRA IDEAL DE CUIDAR?                                               Mas o ser humano ainda pode ser considerado em sua interação social (e dele cuidam os trabalhadores sociais ou familiar (onde um cuida do outro). Qual é a maneira ideal de se cuidar do Ser humano? É aqui que entram as obras de Leloup, é aqui que entram a UNIPAZ e o Colégio dos Terapeutas. É preciso cuidar do ser humano em sua globalidade, em sua totalidade, mesmo quando são tratados apenas os seus dentes. É nisto que o presente livro nos introduz. Portanto, o leitor deste livro é o terapeuta. Primeiro aqueles que já se reuniram em Colégio; depois todos os terapeutas, inclusive os terapeutas de Platão e de Fílon (JC).

INTRODUÇÃO                                      Este livro é um poema de sabedoria. Extraído de dois seminários orientados por Jean-Yves Leloup, em 1995, para a Formação Holística de Base e a Formação em Psicologia Transpessoal da UNIPAZ, tem o encantamento e a fluidez emanadas de uma fonte rara de inteligência hermenêutica. São palavras lúcidas geradas no ventre de um profundo silêncio contemplativo, dirigidas do templo do coração ao coração, do relicário do Ser ao Ser.

A PRIMEIRA PARTE DO LIVRO

É centrada no tema do Complexo de Jonas, desvelando um caminho em direção ao despertar transpessoal, a partir de um amplo mapa dos medos do Eu, de nosso psiquismo pessoal. A leitura simbólica da trajetória de Jonas é uma indicação e inspiração para a aventura heróica da realização vocacional, longo processo de plenificação da semente singular e da promessa encarnada na essência de cada ser humano.

PROPOSTA EM ABERTO

Tá aí uma “degustação”! Nas próximas edições das nossas Reflexões em constante Movimento voltaremos à obra que é deveras muito interessante, instigante, e esclarecedora. Combinado?

SÃO JOÃO QUEM FOI ELE? - E A FESTA

24/06/2022

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BREVE BIOGRAFIA DE “JÃO” E A FOGUEIRA
São João foi primo de segundo grau de Jesus. Ele ainda estava na barriga da mãe, Isabel, quando esta prometeu à prima, Maria, avisá-la assim que ele nascesse. Na noite em que deu à luz São João, ergueu um mastro em frente a sua casa, iluminando-o com uma grande fogueira. Daí surgiu o costume de acender uma fogueira durante a festa junina.

Há quem diga que essa história não passa de uma lenda católica que "cristianizou" as fogueiras, que fazia parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão e que aos poucos teria se tornado, na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista.

PRECURSOR DO CRISTO PLANETÁRIO

Zacarias exclamou, cheio do Espírito Santo: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho”.

PROTEÇÃO DAS GRÁVIDAS E A LENDA

"Você sabia... Que São João é considerado santo protetor das mulheres grávidas? A imagem de São João Batista é geralmente apresentada como um menino com um carneiro no colo, já que segundo a Bíblia, ele anunciou a chegada cordeiro de Deus. Diz a lenda que São João adorava festa, mas que é preciso muitos fogos e uma fogueira bem bonita para ele ficar feliz. "

JOÃO BATISTA MORADOR DO DESERTO E O BATISMO

“Voz do que clama no deserto: ‘Preparai o caminho do Senhor, tornai retas as suas veredas’!” Assim João Batista definia a si mesmo e a sua missão. Os Evangelhos dizem que ele vivia no deserto, vestido com pelos de camelo e se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre; fazia penitência e pregava convidando à conversão. Certo dia, às margens do rio Jordão, aconteceu o encontro com o próprio Messias, que lhe pediu para ser batizado também. O batismo de João era de penitência e representava o batismo segundo o Espírito: “Eu, na verdade, batizo-vos com água para a conversão – dizia a seus discípulos – mas aquele que virá depois de mim é mais poderoso do que eu, a quem não sou digno de desatar as correias das sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.


ALTÍSSIMO PREÇO DA VERDADE                                               João Batista amava a verdade e, por isso, morreu decapitado na prisão. Havia sido preso pelo Rei Herodes, por causa de Herodíade, mulher do seu irmão, Filipe, com a qual se casara. Com efeito, João lhe havia recordado que não era lícito conviver com a mulher do seu irmão. Herodes, porém, reconhecendo nele um homem justo, não queria mandar matá-lo. Mas, Herodíade venceu, convencendo a sua filha Salomé a pedir-lhe, como prêmio da sua dança em um banquete, a cabeça de Batista.                                                                                                      

O SENTIDO DA VIDA SOB O OLHAR BUDISTA

23/06/2022

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EIS A QUESTÃO:

Ontem, tivemos a oportunidade da reflexão sobre o Sentido da Vida na visão de Vicktor Frankl, visão essa, fruto da experiência vivida e adquirida quando prisioneiro em um campo de concentração nazista. Hoje, alguns mestres budistas nos trazem respostas para a questão:

Como podemos encontrar sentido e satisfação duradoura quando tudo o que buscamos é temporário?

Sulak Sivaraksa

O sentido da minha vida é respirar adequadamente, a fim de sincronizar a minha cabeça com o meu coração, transformar a cobiça, o ódio e a ilusão em mim mesmo em generosidade, bondade amorosa e sabedoria.

Com paz interior, espero trazer paz ao mundo, enfrentando a estrutura social – que é opressiva e violenta – sem odiar o opressor.
Sulak Sivaraksa é conhecido no Ocidente como um dos pais da Rede Internacional de Budistas Engajados (INEB).

Taigen Dan Leighton

O sentido da vida é exatamente a investigação sustentada do sentido da vida. Isso envolve despertar a nossa capacidade onipresente de insight e bondade, e a integridade natural que cada um de nós expressa nas nossas próprias situações particulares. Essa consciência necessita ser expressa na nossa atividade quotidiana, para apoiar e incentivar todos os seres a também expressarem consciência, e espalhar ainda mais o nosso bem-querer, a fim de aliviar o sofrimento e promover o despertar. Essa atividade requer paciência ativa e responsiva. Quando pacientemente prestamos atenção, podemos empregar os nossos melhores esforços para responder de maneira útil e não prejudicial aos problemas do mundo e das nossas próprias vidas.   

Taigen Dan Leighton é professor e sacerdote Budista Soto Zen, acadêmico e autor.

 Kensur Rinpoche                                   A maioria de nós cai na armadilha de acreditar, num ponto ou noutro, que acumular riqueza, fama, poder, amizades e até a própria felicidade é o propósito da vida. É claro que essas coisas podem, e geralmente conseguem, trazer alguma satisfação, prazer – e até mesmo “sentido”. Mas, se formos honestos conosco, veremos que, à medida que perseguimos essas coisas, qualquer felicidade que elas proporcionem nunca dura, e de facto, também é em última instância uma fonte  de dor.                                         Como podemos encontrar sentido e satisfação duradoura quando tudo o que buscamos é temporário? Se formos honestos conosco, veremos que não são apenas as coisas às quais nos apegamos que são temporárias, mas também nós somos temporários. No fundo, podemos sentir que, com toda essa incerteza, qual é o sentido?  O Buda ensinou que a vida é insatisfatória. A causa raiz de todo esse sofrimento é o fato de não reconhecermos prontamente a nossa verdadeira natureza. Na minha tradição, chamamos isso da nossa mente de “Buda” – luminosa, altruísta e livre de sofrimento, apego ao eu e desejo. É este estado de espírito que se diz suportar a ocorrência da morte.

Khensur Rinpoche Lobzang Tsetan é um monge budista do Ladakh, Índia.

                                                                TENZIN DAZEL           

Cabe a cada um de nós, te, descobrir e criar o sentido da vida.Desde o início da vida, começamos a formar associações que rapidamente se tornam significativas. Somos, cada um de nós, os criadores do sentido que damos à nossa vida.                              A própria vida não assume nenhum sentido particular, mas como seres humanos dotados de consciência, curiosidade e inteligência, registamos e recordamos a nossa própria experiência, compartilhamos e transmitimos muitas histórias coletivas, explicações, religiões, ciências e pontos de vista que parecem transmitir sentido.                                                 A maneira como nós vemos a vida e o nosso lugar nela proporcionará sentido. Se encararmos a vida como uma aventura, uma demonstração surpreendente de virtuosos feitos individuais e coletivos, demonstrações altruístas de liderança, amor e compaixão, cheios de bondade, então o sentido da vida ficará impregnado de admiração, mistério, humildade, alegria, gratidão e otimismo. Por outro lado, se encararmos a vida como uma história trágica, opressiva, injusta, cheia de emoções e guerras que devastaram seres humanos, assim como outras espécies, e ainda o abuso ambiental, então o significado da vida ficará impregnado de desespero, medo, ansiedade, depressão e pessimismo.          

Tenzin Dasel é a professora líder e instrutora de meditação no seu centro, Tashi Gatsel Ling, em Maine, EUA.

                                                                                         

 “Em Busca de Sentido”, de Viktor E. Frankl

22/06/2022

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QUAL É O SENTIDO DA VIDA, AFINAL?

No livro Em Busca de Sentido, o autor Viktor Frankl aborda a questão do sentido da vida. Ex-prisioneiro do campo de concentração de Auschwitz ele faz um relato da sua experiência e as situações muito difíceis vivenciadas naquele ambiente de dor, sofrimento e privações. Frente a essas situações ele conta como as pessoas que sobreviveram conseguiram reagir a tudo isso e a busca em encontrar um sentido para a vida após essa dolorosa experiência.

Abaixo a transcrição de alguns trechos do livro.

O Sentido do Sofrimento, da Dor e a Finitude do Homem:
“Quando um homem descobre que seu destino é sofrer, tem que ver neste sofrimento uma tarefa sua e única. Mesmo diante do sofrimento, a pessoa precisa conquistar a consciência de que ela é única e exclusiva em todo o cosmo-centro deste destino sofrido. Ninguém pode assumir dela isso, e ninguém pode substituir a pessoa no sofrimento. Mas na maneira como ela própria suporta este sofrimento está também a possibilidade de uma vitória única e singular. [...]

REAL SENTIDO NO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO 

“Para nós, no campo de concentração, nada disso era especulação inútil sobre a vida. Essas reflexões eram a única coisa que ainda podia ajudar-nos, pois esses pensamentos não nos deixavam desesperar quando não enxergávamos chance alguma de escapar com vida. O que nos importava já não era mais a pergunta pelo sentido da vida como ela é tantas vezes colocada, ingenuamente, referindo-se a nada mais do que a realização de um alvo qualquer através de nossa produção criativa. O que nos importava era o objetivo da vida naquela totalidade que incluiu a morte e assim não somente atribui sentido à “vida”, mas também ao sofrimento e à morte. Este era o sentido pelo qual estávamos lutando!”.

O SIGNIFICADO DE CADA TEMPO E AS VIVÊNCIAS
“Mas não falei somente do futuro e da penumbra em que este felizmente estava envolto, nem fiquei apenas no presente com todo seu sofrimento. Falei também do passado, com todas as suas alegrias, e da luz que ele ainda lançava para dentro das trevas dos nossos dias. Citei o poeta que diz: “Aquilo que viveste nenhum poder do mundo tirará.”


A nossa RESPONSABILIDADE PERANTE A VIDA
“O que se faz necessário aqui é uma viravolta em toda a colocação da pergunta pelo sentido da vida. Precisamos aprender e também ensinar às pessoas em desespero que a rigor nunca e jamais importa o que nós ainda temos a esperar da vida, mas sim exclusivamente o que a vida espera de nós. Falando em termos filosóficos, se poderia dizer que se trata de fazer uma revolução copernicana. Não perguntamos mais pelo sentido da vida, mas nos experimentamos a nós mesmos como os indagados, como aqueles aos quais a vida dirige perguntas diariamente e a cada hora – perguntas que precisamos responder, dando a resposta adequada não através de elucubrações ou discursos, mas apenas através da ação, através da conduta correta.”

FINALIZAMOS COM ESSA PÉROLA DE VICKTOR

“A todo e qualquer momento a pessoa precisa decidir, para o bem ou para o mal, qual será o monumento de sua existência.“

As Árvores são Guardiães das Histórias dos nossos Ancestrais

21/06/2022

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Disse o poeta RUBEM ALVES

“Antes que qualquer árvore seja plantada ou qualquer lago seja construído, é preciso que as árvores e os lagos tenham nascido dentro da alma. Quem não tem jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles.”

PLATÃO A FILOSOFAR

“As árvores com as suas raízes apontando para a infinitude da terra e os seus galhos apontando para a luz do sol, a luz da sabedoria infinita.”


REPRESENTAM AS NOSSAS HISTÓRIAS

Elas sabem bem o que é sabedoria, pois muitas delas contam séculos de existência e até mesmo as mais novas já vivenciaram muitas experiências ricas e emocionantes, sim porque árvore também tem sentimento e se emociona. Chega a chorar a nossa dor, as nossas perdas, as nossas angústias e aflições quando nos abraçamos a elas. São sentimentais por demais.

Somos filhos das árvores que brotam do solo e saem se enraizando terra adentro mostrando os seus frutos, folhas e galhos que se alimentam dos seus nutrientes. Assim são as nossas histórias, ou seja, somos entrelaçados por um fio invisível que vai tecendo a nossa existência no presente, alimentado pelo passado e com a esperança no futuro breve como breve é a vida.

SABEDORIA DOS ANCESTRAIS

As árvores carregam em seus troncos e nas suas raízes mais profundas as sabedorias dos tempos dos nossos ancestrais que não puderam deixar nada por escrito porque ainda não existia a escrita ou porque não sabiam escrever ainda. Para elas foram contadas sabedorias que não se encontram nas pessoas próximas da gente e que ainda estão vivas, mesmo as mais velhas não têm a sabedoria de uma árvore milenar.

Quantas histórias não vivem as nossas árvores dos canteiros da nossa cidade sejam elas de amor, de amizade, de paz, de guerras, de poesia e até mesmo de opressão. Ali, parecidas quietas, as árvores escutam e vivenciam junto conosco as mais diferentes histórias dos homens e até mesmo chegam a dar conselhos através dos balanços dos seus galhos ou de um fruto seu que nos alimentamos e adquirimos energia para seguirmos adiante.

Elas sabem das histórias dos nossos colonizadores, da opressão sofrida pelos nossos indígenas, foram testemunhas do grande desflorestamento na época do nosso descobrimento quando levaram do nosso país muitas árvores Pau-Brasil. Guardam todos esses acontecimentos para que um dia possam nos lembrar das nossas ancestralidades.

ANCESTRALIDADE AFRODESCENDENTE

Existimos porque o outro existe. E a morte para nós não é um fim já que a vida brota a cada nascimento e mantém a nossa árvore de pé. Assim, de ancestral em ancestral caminhamos por esta terra.

Não devemos desistir nunca das nossas histórias e de ouvirmos as nossas árvores. Sempre que pudermos pedir um conselho também é bom. Elas são amigas e gostam de cuidar de nós com carinho. Ficam tristes quando não nos cuidamos. Quando damos mais atenção ao outro do que a nós próprios. Quando apesar de tantas vivências e experiências ainda assim não aprendemos a nos conhecer por inteiro.

Ouça a história dos seus ancestrais e conheça um pouco das suas raízes. Ademais, entrar em contato com a nossa ancestralidade é, antes de tudo, uma estratégia de resistência e um resgate necessário para compreendermos quem somos, de onde viemos e para onde queremos e precisamos caminhar.

E A AUTORA FINALIZA

Com os versos do poeta português Fernando Pessoa que nos diz “Sejamos simples e calmos, / Como os regatos e as árvores, / E Deus amar-nos-á fazendo de nós / Belos como as árvores e os regatos, / E dar-nos-á verdor na sua primavera, / E um rio aonde ir ter quando acabemos!…”.

Sim, sejamos calmos e cuidemos de manter os nossos espíritos sempre serenos para que possamos assim ouvir o que as árvores têm para nos contar das histórias dos nossos ancestrais até os dias de hoje. Se nós queremos ser ouvidos, as árvores também querem. Ouçamos as árvores com alegria.

Fragmentos de textos extraídos do artigo da autora  Rosangela Trajano  -  Blog - neipies.com/

NORUEGA – UM MODELO A SER COPIADO?

20/06/2022

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RENDA “per CAPITA”

Imagine somar todos os salários de uma determinada população e dividi-los pelo número de habitantes. Trata-se da renda per capita. Na Noruega, ela é de US$ 64.992. Já no Brasil, é de US$ 15.175.

A alta renda per capita na Noruega é em grande parte proveniente do dinheiro do petróleo, que por sua vez é alocado em um fundo exclusivamente para fins sociais, como investimentos em educação. Tal medida garantiu um ciclo virtuoso ao país ou, em outras palavras, a manutenção de um Estado de bem estar social invejado por muitas outras nações.

QUALIDADE DE VIDA

Apesar de críticas pontuais, a Noruega continua ostentando o título de melhor país do mundo para se viver. Isso porque, há 12 anos, o país nórdico lidera o ranking de Índice de Desenvolvimento Humano (ou IDH). O levantamento, que mede o progresso das nações, analisa três pilares principais: expectativa de vida, educação e renda per capita (renda por habitante).

A Noruega não lidera em todas as categorias, mas a média do país é superior à dos demais.

CUSTO VERSUS BENEFÍCIOS

Tudo muito caro? Sim, os impostos são altos. Mas a eficiência com que funciona o país permite ver como são revertidos justamente para tudo o que precisa. Um exemplo claro disso é que existe nos transporte público um sistema claro baseado na confiança e consciência. As pessoas entram e sentam, descem onde querem e não mostram nada a ninguém, ou seja, qualquer um poderia entrar sem pagar. Mas o imposto desse passe caro de transporte pode ter sido aplicado em educação, o que gerou cidadãos conscientes de que, se não pagarem a passagem, simplesmente não funcionará. Além disso, existe ocasionalmente uma fiscalização que pode entrar a qualquer momento dentro dos veículos e pedir para ver seu cartão. Se você não tem, pode ter que pagar uma multa de 1000 NOK ou cerca de R$ 300.


Está na Noruega a PRISÃO MAIS HUMANA do mundo
Halden é considerado um modelo no sistema carcerário para o mundo todo. A aposta é na recuperação e não na punição. Nessa prisão estão os criminosos mais perigosos da Noruega e mesmo assim há a preocupação de oferecer condições dignas para todos, não há superlotação e um mínimo de conforto é oferecido aos presos, o que já rendeu uma comparação a um hotel.

ATEÍSMO E CONFIANÇA
Um ranking que sempre circula na internet e em revistas e no qual a Noruega figura no topo além dos de país com maior IDH do mundo, país mais próspero do mundo, país mais democrático e vários outros tem um tom mais polêmico. É que a Noruega é considerada um dos países mais ateus do mundo (ou com população atéia). Pesquisas de institutos europeus vão além e mostram análises que provam que países ateus seriam mais pacíficos. Mas na Noruega existe um valor que está a cima de tudo isso e é muito forte: a confiança. A vida não funciona entre os noruegueses na base da desconfiança e sim da confiança e da palavra.


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“Eu não sei se vem de Deus
Do céu ficar azul... Essa cor que azuleja o dia” [...]

19/06/2022

“Se acaso anoitecer. Do céu perder o azul...”

Cantado em prosa e verso. É a cor favorita de 45% das pessoas do mundo, possui 111 tons diferentes nomeados, além de ser associada a calma, simpatia, harmonia e fidelidade. Estamos falando do AZUL, a cor mais popular em todas as civilizações. Mas, você sabia que ninguém a enxergava até os tempos modernos? Pois é, depois de alguns séculos, o azul faz parte da nossa rotina e é impossível viver sem pensar nele.

INÚMEROS ASPECTOS POSITIVOS

Muitos aspectos positivos são atribuídos ao azul. Ele simboliza a paz, a realização espiritual, tranquilidade, amizade, confiança, fidelidade e integridade. É também a cor de todas as virtudes intelectuais: sabedoria, inteligência, ciência, controle, concentração, independência. Tem o poder de acalmar e relaxar as pessoas. É relacionado a purificação, expulsa energias negativas, além de favorecer a amabilidade, a paciência e a serenidade. Estimula a busca da verdade interior, bondade, ordem, disciplina. Incrível, não?

GÊNERO MUSICAL

Mas o azul também tem um aspecto negativo: pode parecer frio, melancólico, triste e depressivo. Gênero originado por afro-americanos no extremo sul dos Estados Unidos está associado à liberdade adquirida pelos antigos escravos após muito sofrimento e privações na lavoura de algodão. Por isso que os músicos do “blues” falam em suas músicas sobre tristezas interiores da qual não há conforto. Bom, há muito coisa para aprender sobre esse tom! A REM de hoje, traz curiosidades interessantes sobre a cor. Inspire-se e confira.

VOCÊ SABIA?

Que até relativamente pouco tempo na história da humanidade, o azul não existia? Não da maneira que enxergamos hoje. Sério, ninguém enxergava a cor azul até os tempos modernos.

Os egípcios foram os primeiros a desenvolverem os pigmentos sintéticos azuis. Chamado de azul cerúleo, ele é encontrado em muitos tesouros arqueológicos, já que eles usavam em tudo o que achavam digno de ser realçado: papiros, estatuetas, amuletos, olhos e etc.

O REINADO DO AZUL

A preferência geral pelo azul segue igual desde os primeiros estudos de cores registrados no século 19. E a maior parte de nossa experiência com cores provavelmente será positiva, como oceanos perfeitos ou céus claros. TY IMAGES

Pelo mesmo motivo, a pesquisa oferece uma pista de por que a cor marrom é a menos popular, pois está associada a resíduos biológicos ou alimentos em decomposição.

A psicóloga experimental Domicele Jonauskaite estuda as conotações cognitivas e afetivas das cores na Universidade de Lausanne, na Suíça. Ela observou como as crianças costumam enxergar azul e rosa.

COR SAGRADA

No hinduísmo, o azul é uma cor sagrada. Krishna é muitas vezes retratado com a pele azul. Outra explicação para esse status da cor na Índia é a crença de que Brahma surgiu de um lótus azul. A bandeira do país é adornada com o Ashoka Chakra azul, também conhecido como “a roda da justiça”, representando Dharma ou a virtude. Esse símbolo budista significa as 24 horas do dia e como a roda da vida gira. O Chakra simboliza o movimento através do tempo e as mudanças dinâmicas.

RAZÕES DIVERSAS

Rajasthan, na Índia ou em Chefchaoen no Marrocos, todas as casas são pintadas de azul. A cor surgiu por conta da separação de castas que há no país.

No Islã, o azul significa proteção, por isso muitas mesquitas são decoradas com ladrilhos azuis e pintadas da mesma cor. Assim também acontece com muitas cúpulas da igreja, que azuis, simbolizam a abóbada celeste e lembram que Deus e o céu estão acima de tudo.

VAN GOGH E SIMONAL

O cantor Wilson Simonal fez sucesso no passado com a música “Vesti azul” que dizia: “minha sorte então mudou”...    

Enquanto  Van Gogh costumava dizer: “Eu não me canso da cor azul”. Alguém discorda dele?

Texto baseado na obra de Eva Heller (A Psicologia das Cores – Como as cores afetam a emoção e a razão), livro ‘E a Cor é Azul’ da Akzo Nobel


https://www.youtube.com/watch?v=MrMe9q3cOVU

Quem foi SANTO TOMÁS de AQUINO? O que ele defendia?

18/06/2022

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UM DOS MAIORES FILÓSOFOS DA HISTÓRIA

"Vocês o chamam de Boi Mudo; eu lhes digo que esse Boi Mudo mugirá tão alto que seus mugidos preencherão o mundo". Com essas palavras, Santo Alberto Magno se referiu a Santo Tomás de Aquino, cuja biografia ilumina sua filosofia e teologia.


BIOGRAFIA

Santo Tomás nasceu por volta de 1226, na Itália, em Aquino. Sua família era nobre e rica. Tomás nasceu em um grande e luxuoso castelo. Seu pai, Conde Landolfo de Aquino, era um dos militares mais importantes da época.

Um dia, o conde envolveu-se em um combate na Itália que culminou na destruição do principal mosteiro do mundo: o Mosteiro de Montecassino, fundado pelo próprio São Bento, pai do monaquismo ocidental. 

Para redimir-se perante a Igreja, o conde moveu esforços para que seu filho, o pequeno Tomás, se tornasse um monge beneditino. 

O garoto já tinha propensão a vida religiosa, facilitando a vida do pai. O plano era fazer do filho um monge rico, opulento, chefe do mosteiro de Montecassino.

TRIUNFANDO ENTRE OS DOUTORES DA IGREJA

Com uma vida de amor e ascese, Santo Tomás se tornou um dos intelectuais mais influentes do mundo. 

Santo Tomás corrigiu os erros de interpretação e tradução feitos sobre as obras de Aristóteles. 

Mesmo sem conhecer grego antigo, Tomás percebeu o erro das traduções em algumas obras do filósofo grego apenas por perceber que estavam indo contra o pensamento de Aristóteles.

Devido ao profundo estudo de Tomás, Aristóteles voltou a ser lido pelos intelectuais europeus que rejeitavam o autor.

ÚNICO OBJETIVO DO SANTO TOMÁS

Todos os biógrafos concordam em um ponto: o único desejo de Santo Tomás era amar a Deus. 

Santo Tomás dizia que não era um filósofo, mas sim um teólogo. Como para ele Deus criou e circunda todas as coisas, esse foi o motivo de Tomás estudar temas variados. Tomás escreveu obras sobre Direito e até mesmo sobre Física. 

Existem diversos relatos de Tomás chorar de emoção durante a Missa. Antes de ser filósofo, ele era cristão, e foi isso que o motivou a seguir a vida de estudos. Suas obras visavam especialmente a combater os erros dos que divergiam de sua religião.

Nos seus estudos, seu único desejo era amar e conhecer mais a Deus, fazendo isso através do uso da razão nas coisas criadas, que, segundo o Aquinate, possuem a assinatura do Criador.

PENSAMENTO Santo Tomás de Aquino

A base de todo o pensamento de Santo Tomás de Aquino é a confiança na razão e nos sentidos para alcançar a compreensão da realidade. Devido a essa ideia, Chesterton chamou a filosofia tomista de filosofia do senso comum.

Santo Tomás de Aquino estava alicerçado na dialética socrática e na metodologia investigativa de Aristóteles. 

Ele afirmou que o intelecto humano consegue descobrir o ser de cada coisa a partir da experiência sensível e da reflexão racional, ou seja, compreender a finalidade dos seres.

Por isso, ele definiu a verdade como: “Adequação do intelecto à coisa”.

Filosofia: principais ideias de Santo Tomás de Aquino

  • As 5 vias que provam a existência de Deus;

  • Reformulação da teoria na participação no ser de Platão;

  • Comentários às obras de Aristóteles;

  • Avanço nos estudos de psicologia e antropologia;

  • Avanços na teoria do conhecimento (epistemologia).



Tecnologia, Neurociência e o Futuro da Humanidade    

17/06/2022

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Uma máquina de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL que ganha vida, pensa, sente e conversa como uma pessoa.

Parece ficção científica, mas não para Blake Lemoine, especialista em inteligência artificial do Google que foi afastado depois de afirmar que o sistema que a empresa tem para desenvolver chatbots (software que tenta simular um ser humano em bate-papo por meio de inteligência artificial) "ganhou vida" e teve com ele conversas típicas de uma pessoa.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Nunca na história da humanidade assistimos, de forma tão intensa e veloz, ao surgimento de organizações exponenciais, extraordinariamente estruturadas em matrizes tecnológicas futuristas que, com a ajuda da inteligência artificial, big datas e computação cognitiva, entregam soluções incrivelmente disruptivas em produtos e serviços aos seus usuários.

Peter Diamandis – presidente executivo da Singularity University

Relatou certa vez que uma instituição exponencial é aquela cujo impacto é, pelo menos, dez vezes maior quando comparada aos seus pares tradicionais, devido ao uso de novas metodologias e processos que alavancam, e se deixam alavancar, por tecnologias inovadoras que aceleram esse movimento. Ou seja, desconstroem um paradigma físico e são construídas com base em ferramentas tecnológicas digitais extremamente avançadas. E acredite: isso não é futurismo.

PROCESSO DE RACIOCÍNIO

Há pouco mais de um século, alguns cientistas começaram a projetar a ideia de que a capacidade da mente humana vai muito além do que simplesmente imaginar, raciocinar, abstrair e responder às mais diversas situações do dia a dia. Com a construção de modelos computacionais que simulavam os níveis do pensamento humano, esses estudiosos começaram a entender mais sobre o processo de raciocínio, tomando consciência da complexidade das operações que acontecem dentro da mente.

CONSTRUÇÃO DE MENTES MAIS FORTES

A neurociência e a tecnologia educacional não apenas reformularam o mindset de como o aprendizado pode acontecer mais intensamente, mas também revolucionaram a maneira como pensamos sobre a educação como um todo. O aprendizado é transformado em um processo altamente personalizado, que é profundamente aplicado não apenas na obtenção de resultados, mas na construção de mentes mais fortes e de caminhos neurais mais expansivos. Os educadores podem adotar uma abordagem mais movimentada e orientada por dados que desafiem os alunos a pensarem criticamente, a resolverem socialmente e a diversificarem os caminhos para o seu aprendizado.

O QUE SERÁ QUE SERÁ

Como será crescer envolto a dispositivos inteligentes e emocionalmente conscientes? Será que as mentes dos futuros seres humanos se fundirão com as máquinas para criarem algum tipo de híbrido pós-humano? Será que um novo tipo de mente está emergindo de uma interação osmótica com objetos e ambientes digitais? Será que essa mente digital será considerada “mentalmente ágil, mas culturalmente ignorante”?

Aporofobia, um sintoma da crise civilizatória

16/06/2022

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O QUE É APOROFOBIA E QUANDO O TERMO SURGIU?

O termo aporofobia foi usado /pela primeira vez em meados dos anos 90 pela filósofa espanhola Adela Cortina, que estuda, entre outros temas, a aversão aos pobres. Em 2017, foi escolhido como palavra do ano pela Fundación del Español Urgente (Fundéu) e no mesmo ano foi integrado ao dicionário da língua espanhola. Assim como o termo xenofobia, que quer dizer aversão ou medo direcionado aos estrangeiros, Cortina procurou uma palavra que desse conta de descrever a rejeição aos pobres. Ela defende, aliás, que a verdadeira "fobia" só é direcionada contra os estrangeiros pobres e não pelos que detêm recurso financeiro ou boa condição de vida.

AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS

Assim o termo aporofobia representa esta crescente discriminação e, por vezes, com um discurso de ódio contra o desfavorecido, que já não é compreendido como um problema da sociedade, mas sim um problema para a sociedade, e que agora se apresenta inclusive como um inimigo do Estado que tem como objetivo não reduzir as desigualdades sociais, mas desaparecer como o pobre, pelo menos da vista dos demais. É assim que políticas públicas que visam a inclusão social são substituídas por implantação de pedras embaixo de viadutos para impedir que sem tetos possam passar a noite, com o mínimo de abrigo, que mendigos que dormem perto de comércios são molhados durante a noite para afugentá-los.

ETIMOLOGIA DA PALAVRA

O termo aporofobia, formado pela junção dos termos gregos, Á-poros: pobre e fobéo: aversão) isto é, a palavra tem o objetivo de identificação tanto um sentimento, quanto uma ação, ou seja, a aversão ao pobre. A filósofa detalha a necessidade da criação do termo em seu livro Aporofobia, a aversão ao pobre, um desafio para a democracia, em virtude de um fenômeno cada vez mais observado em nossa sociedade, a descriminação e repulsa ao pobre, ao desprovido de recursos materiais. Fenômeno este cada vez mais saliente em vários países e que não é diferente, pelo que podemos constatar, aqui no Brasil.

AUSÊNCIA DE POLÍTICAS PÚBLICAS INCLUSIVAS

Assim o termo aporofobia representa esta crescente discriminação e, por vezes, com um discurso de ódio contra o desfavorecido, que já não é compreendido como um problema da sociedade, mas sim um problema para a sociedade, e que agora se apresenta inclusive como um inimigo do Estado que tem como objetivo não reduzir as desigualdades sociais, mas desaparecer como o pobre, pelo menos da vista dos demais. É assim que políticas públicas que visam a inclusão social são substituídas por implantação de pedras embaixo de viadutos para impedir que sem tetos possam passar a noite, com o mínimo de abrigo, que mendigos que dormem perto de comércios são molhados durante a noite para afugentá-los.

LEGITIMIZAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO

O Estado, ao agir de forma desumana, legitima a aporofobia e tende a diminuir a solidariedade e aprofundar a visão discriminatória do pobre na sociedade. Estes conceitos com relação ao pobre e o valor “inquestionável” do consumismo tendem a representarem uma visão de mundo alicerçada por um conceito de meritocracia impossível de existir em uma sociedade com abismos sociais tão profundos.

UMA HISTÓRIA DO CANDOMBLÉ

Na tradição do Candomblé, há uma interessante história acerca do divino e de seu auxílio aos pobres. Conta-se que, certa vez, um trabalhador sem posses, o qual vendia sua força de trabalho para os donos de terras, era de forma recorrente injustamente despedido. Como a cada demissão seus donos “se apoderavam de tudo o que ele construía”, ele recorreu a Ogum. O orixá da guerra e do ferro, ao ouvir sua história, então ordenou: Desfie folhas de dendezeiro e as coloque nas portas dos seus. Esta noite, passarei pela cidade; as casas em que tal folha não estiver, não amanhecerão de pé (PRANDI, 2001, p. 101).

FINALIZANDO COM LUCAS (18:24-25)

Jesus profere uma de suas mais famosas lições: “[...] dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas! Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha que um rico no Reino de Deus.”

O que é IDEOLOGIA? Entenda o que está por trás do principal fenômeno social do século XX e XXI

15/06/2022

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“IDEOLOGIA EU QUERO UMA PRA VIVER”

As ideologias marcaram o século XX. Essas teorias foram utilizadas para a formação de organizações artísticas famosas, partidos políticos, governos e justificar guerras sanguinárias, o que gerou por volta de 187 milhões de mortes no século XX. Entenda quais são as visões filosóficas — e até mesmo religiosas — por trás do que é ideologia.

Qual é o conceito de ideologia?

Etimologicamente, ideologia significa o estudo de algum protótipo ideal. Seu conceito filosófico e político é bem parecido com a origem linguística, designando um conjunto de ideias que propõe uma sociedade ideal.

O termo foi consagrado nas ciências humanas a partir do século XIX, com a teoria de um pensador francês, Destutt de Tracy.

Os principais e primeiros ideólogos foram:

Cada um desses pensadores teve muitos seguidores que desenvolveram outras teorias, baseadas nas suas principais premissas. 

Segundo esses pensadores, ideologia é um conjunto de teorias e doutrinas orientadas para promover ações sociais e políticas.

O CRIADOR DO TERMO - IDEOLOGIA

O criador do termo, Destutt de Tracy, buscava criar uma ciência que abarcasse e superasse todas as ciências humanas. Seu desejo era conhecer a origem de todas as ideias, que entendesse o sentido de todas as cosmovisões já existentes.

Destutt afirmavam que a sua ideologia estaria no “topo da hierarquia das ideias, uma vez que todas as outras ciências sempre partiam de ideias preconcebidas”.

As ideias de Tracy surgiram no contexto do Iluminismo, por isso a crença de que a razão humana iria alcançar o conhecimento de todas as ideias e transformá-las em conceitos sensíveis.

Qual o OBJETIVO de uma ideologia?

O objetivo de uma ideologia é transformar a realidade de acordo com seus princípios, visando alcançar um mundo perfeito, de felicidade na vida terrena.

Destutt de Tracy alcançou o posto de Conselheiro de Instrução Pública da França, divulgando no país sua criação. Suas ideias espalharam-se pela Europa, ajudando a gerar correntes sociais e políticas da modernidade, como o positivismo e alguns segmentos do liberalismo.

Exemplos de ideologia — teoria na prática

Para conhecer exemplos de ideologias atuantes nos dias de hoje, os seguintes artigos elucidam seus conceitos e seus objetivos:

História da música – Da antiguidade aos nossos dias

14/06/2022

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ALDOUS HUXLEY

“Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música”. A história da música confirma as palavras de Aldous Huxley. Desde a Antiguidade até os dias de hoje, a música não deixou de cumprir um papel como uma linguagem transcendental entre os homens.

O QUE É MÚSICA?

A origem da palavra música é grega. A etimologia está em musiké téchne, que significa a arte das musas, divindades que cantavam as memórias do passado. A técnica da música consiste em arranjar sons em uma sucessão, intercalados com períodos de silêncio, por um determinado período.

Entendida desta forma, a música é uma linguagem, uma forma de comunicação. É uma linguagem tão real quanto aquela que usamos para conversar, mas que vai além.

MELODIA, HARMONIA E RITMO

A melodia é a sequência de notas musicais. A sucessão de sons organizados proporciona um sentido musical ao ouvinte. É a melodia que permanece na memória depois de se ouvir uma canção.

Mas a linha melódica não é solta no ar, ela é suportada pela estrutura harmônica. É a seleção de notas que compõem determinado acorde (formação sonora).

Em um sentido amplo, harmonia é a descrição do desenrolar ou progressão dos acordes ao longo de uma composição.

O terceiro elemento é o ritmo.

É exatamente o embalo para a melodia sustentada pela harmonia. Pode-se ter o ritmo do samba, valsa, bolero, prelúdios, qualquer um dependendo da invenção e da composição.

O ritmo dita o tempo musical e o estilo da música.

O TRANSCENDENTE E O EFEITO DA MÚSICA SOBRE O SER HUMANO

Os grandes filósofos gregos diziam que o ser humano é apoiado em 4 transcendentais:

  • Unidade (Unum);

  • Verdade (Verum);

  • Bondade (Bonum);

  • Beleza (Pulchrum).

A unidade faz com que a pessoa seja sempre a mesma, íntegra, coesa e constante. A verdade torna o homem digno de confiança, fiel e atento à realidade.


FINALIZANDO

O homem precisa da experiência do encantamento. Precisa assistir com paz o pôr do sol, descansar seu olhar no que é belo.

A bondade atrai, porque o mal é ruim em si mesmo e repele.

Finalmente, a beleza é uma necessidade humana que aponta para uma realidade superior, que é a transcendência. A experiência com o belo e com a música não é opcional, faz parte do ser humano.

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O que é a Janela de Overton? Entenda esta estratégia de manipulação da opinião pública

13/06/2022

INDUÇÃO E MANIPULAÇÃO

Muitas pessoas pensam que têm opinião formada sobre um assunto. Na verdade, não é difícil que elas tenham sido induzidas a pensar de uma certa maneira. Estudar o que é a Janela de Overton revelará uma estratégia de manipulação da opinião pública.

Se uma pessoa está na mesma posição contemplando a paisagem através de uma janela, tudo o que ela vê está delimitado pelas esquadrias e pelo batente. À medida que se levanta e se aproxima da janela, o horizonte se amplia.

O que é a Janela de Overton?

A Janela de Overton, ou Janela do Discurso, descreve o conjunto de ideias que a população tolera. É o grau de aceitabilidade de uma opinião na sociedade.

Ela registra como a maioria das pessoas pensa em um certo momento, sobre um determinado assunto.

Os assuntos podem se deslocar entre um extremo, absolutamente contrário, para outro, absolutamente favorável. A janela é a faixa que concentra o que a maioria aceita.

“A aceitabilidade da opinião pública determina a viabilidade política de um fato”.

Origem e conceito da Janela de Overton

A expressão deriva do nome de seu criador, Joseph P. Overton, ex-vice-presidente do Centro de Políticas Públicas de Mackinac, Michigan, EUA. Ele criou este termo para a segurança pública.

Em seus estudos ele explicou que diversos atores sociais podem escolher não apenas o que as pessoas pensam, mas também como elas pensam.

Para descrever o fenômeno que mais tarde seria conhecido como Janela de Overton, ele afirmou que para uma ideia ter viabilidade na sociedade, precisa passar pela “janela” social, não bastando serem apenas preferências individuais dos políticos.

Segundo Overton, a janela inclui um conjunto de políticas consideradas aceitáveis no momento em que a opinião pública as recebe. Um candidato político poderá recomendar este conjunto de ideias sem ser considerado excessivamente extremo.

O conceito demonstra o que a sociedade considera aceitável ou não em um dado momento. Se alguma figura pública quiser aceitação social, deve emitir opiniões que variem dentro da janela considerada aceitável.

O CONTROLE DA SOCIEDADE ATRAVÉS DO DISCURSO

Indústrias, empresários, governos, grupos com interesses definidos costumam ser os principais agentes que movimentam o dinheiro utilizado em propaganda para manipular a sociedade.

São feitos esforços para que seja natural para as pessoas aceitarem o que nem sequer seria uma opção.

O discurso é o principal meio. A partir dos estudos de Freud, Psicologia do Grupo e A Análise do Ego, Bernays também disse:

“Se entendemos o mecanismo e os motivos da mente grupal, não é possível controlar e regimentar as massas de acordo com nossa vontade sem que elas saibam disso?”

ESTRATÉGIA DO DESVIO DO PRINCIPAL

“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”

Esta frase é de Joseph Goebbels, ministro da propaganda na Alemanha Nazista. Os nazistas sabiam que, para mudar a aceitação das pessoas, seria necessário lutar no campo das ideologias.

Por esta razão, foi criado o ministério da propaganda. Os alemães eram constantemente alvejados com a ideia de que pertenciam a uma raça superior, a raça ariana...

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A importância da POESIA para a formação CRÍTICO-REFLEXIVA

12/06/2022

CULTURA HUMANÍSTICA

Por Suely Braga

A poesia tem uma importância fundamental para a formação crítico-reflexiva do leitor. Ela possibilita ao homem o encontro com a cultura humanística como espaço de revelação e reconhecimento do prazer, da fantasia e da realidade circundante, além de propiciar-lhe ampla crítica dos valores vigentes na sociedade.

COMUNICAÇÃO SENSORIAL

Viver a poesia é viver o mundo. É se comunicar por meio dos sentidos com os acontecimentos que se passam ao nosso redor. Viver o estado poético numa época de tanta fragmentação é uma luta constante contra todo o processo de mecanização e coisificação, que destrói o ser humano. A poesia enquanto gênero é uma arte.

Canção do Amor-Perfeito – CECÍLIA MEIRELES

 Eu vi o raio de sol
 beijar o outono.
 Eu vi na mão dos adeuses
 o anel de ouro.
 Não quero dizer o dia.
 Não posso dizer o dono.

 Eu vi bandeiras abertas
 sobre o mar largo
 e ouvi cantar as sereias.
 Longe, num barco,
 deixei meus olhos alegres,
 trouxe meu sorriso amargo.

 Bem no regaço da lua,
 já não padeço.
 Ai, seja como quiseres,
 Amor-Perfeito,
 gostaria que ficasses,
 mas, se fores, não te esqueço.


A ETIMOLOGIA DA POESIA

No sentido etimológico, poesia vem do grego poiesis, que pode ser traduzido como a atividade de produção artística ou a de criar ou fazer. Com base nisso, a poesia pode não estar só no poema, mas também em paisagens e objetos. Trata-se, enfim, de uma definição mais ampla, que abarca outras formas de expressão, além da escrita.

Ah, o amor... - William Shakespeare

"De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou."

TENHAM UM POÉTICO DIA DOS NAMORADOS

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Por que somos SEDUZIDOS  pelo VIRTUAL?

11/06/2022

“A REDE SOCIAL” – SÍNTESE DO “DESEJO DE VIRTUALIDADE"

“É a verdade... a digitalização da vida real. Você não vai só a uma festa. Vai a uma festa com uma câmera digital. E seus amigos revivem a festa on line.” Essa afirmação de Sean Parker (criador do Napster, interpretado no filme por Justin Timberlake), que aparece solta nas frenéticas linhas de diálogo no filme “A Rede Social” (The Social Network, 2010), é a síntese do “desejo de virtualidade”, essa motivação individual que sustenta todo o projeto tecnognóstico que domina a atual agenda tecnológica e científica.

ASPIRAÇÃO POR TRANSCENDÊNCIA

O desejo pela digitalização da vida seria a recorrência de uma milenar aspiração gnóstica pela transcendência da carne e a imortalidade da espécie. Mas essa aspiração por transcendência transforma-se em má consciência ao ser capturada por sistemas econômicos e políticos. Transforma-se em ideologia, como questiona o pesquisador canadense em ciência política, tecnologia e cultura Arthur Kroker.

TECNOGNÓSTICO – AGENDA TECNOCIENTÍFICA

O chamado projeto tecnognóstico consiste numa confluência entre ciências cognitivas, neurociências, Inteligência Artificial e ciências computacionais com a seguinte agenda tecnocientífica: criar modelos de simulação do funcionamento do cérebro, entender natureza da consciência e estabelecer as bases para o surgimento da interface final da história da tecnologia, a conexão direta entre cérebro e máquina, biológico/eletrônico, rede neuronal/rede digital.

ATALHO PARA A “FELICIDADE”

O desejo de virtualidade é a atual recorrência desse impulso atávico humano. Voltando a Sean Parker no filme “A Rede Social”, sua afirmação é emblemática. O desejo por digitalizar a vida real, ir a uma festa com uma câmara digital para tudo ser revivido on line representa um autêntico impulso por transcendência, porém, vivido de uma forma falsa por uma tecnologia que promete um atalho para a felicidade e iluminação.

“NOVA JERUSALÉM CIBERNÉTICA”

O fascínio pela virtualidade (mascarado pelo marketing do discurso da conveniência) da atual agenda tecnognóstica explora o sagrado e gnóstico impulso humano pela transcendência da carne. Porém, oferece uma transcendência não por meio da redenção da carne, mas a partir do seu “reclínio” (policiamento, controle, monitoramento e humilhação do orgânico) sob uma promessa de um Eu espiritualizado e livre no ciberespaço. Em síntese: oferece a promessa de um “atalho para Satori”, uma transcendência e imortalidade do Eu em uma Nova Jerusalém cibernética.

Fragmentos extraídos do artigo publicado Por Wilson Ferreira no blog da revista fórum, em fevereiro de 2014

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Emoções que Não são Exclusivas dos Humanos

10/06/2022

A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL DOS ANIMAIS

O sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

A capacidade de sentir prazer, dor e medo não é exclusiva dos seres humanos. Ela é, na verdade, vital para a sobrevivência de seres de várias espécies.

Mas, o que acontece com emoções mais complexas, como a capacidade de sofrer pela perda de um ente querido ou de sentir indignação quando consideramos que fomos injustiçados?

A biologia evolutiva e as ciências do comportamento e do cérebro têm demonstrado que o sistema nervoso dos humanos tem semelhanças impressionantes com o de alguns animais, especialmente de outros mamíferos.

La inteligencia emocional de los animales

"Lo que mis perros y otros animales me enseñaron sobre la psicología humana."

O primatólogo e antropólogo espanhol Pablo Herreros garante que algumas emoções que muitas vezes consideramos exclusivamente humanas não sejam experimentadas apenas pelos homens. A seguir exemplos extraídos de seu livro (título em epígrafe).

Senso de justiça

Espécies como macacos-prego podem diferenciar o certo do errado

Uma pessoa com inteligência mediana é capaz de distinguir entre o que é justo e o que não é. Primatas como os macacos-prego também possuem essa capacidade.

Esses mamíferos se negam a cooperar quando sentem que foram tratados injustamente, de acordo com um estudo do Yerkes Primate Center, em Atlanta, nos Estados Unidos.


Desejo de vingança

Os elefantes estão entre os capazes de expressar esse sentimento

Se a ideia de vingança já passou alguma vez pela cabeça de quase todos os humanos, não há razão para pensar que o mesmo não aconteça com alguns animais.

Aliás, é famoso o episódio registrado na Índia em 2016, quando uma manada de elefantes invadiu a aldeia de Ranchi, no nordeste do país, forçando os moradores a fugirem para sobreviver.


Amor materno

Como em outras espécies, o sentimento materno das mães primatas já foi demonstrado pela ciência

Os seres humanos que têm filhos tendem a ser amorosos e protetores com eles. De tão conhecida, a frase "Não há amor como o de uma mãe" já até virou clichê. E, em seu livro, Pablo Herreros compila vários exemplos de amor materno de animais que cuidaram de suas crias com tanta paixão como o faria uma pessoa. Este foi o caso de Christina, uma chimpanzé da Tanzânia cujo filhote nasceu com uma condição que provoca sintomas similares aos da Síndrome de Down e uma hérnia que o impedia de sentar sozinho.

Sofrimento por amor

As araras, por exemplo, podem não suportar a perda de um companheiro

Rompimentos amorosos e a perda do parceiro, ou da parceira, são motivos de sofrimento para muita gente.

E Herreros destaca em seu livro como as araras, que são fiéis a seus parceiros a vida inteira, são criaturas especialmente frágeis diante deste tipo de perda.


Capacidade de confortar o outro

Ratos, assim como golfinhos, cães e elefantes, entre outros, são capazes de confortar um parceiro que está sofrendo.

Não são apenas as pessoas que são capazes de ter empatia e sentir compaixão pelos outros.

Um estudo publicado na revista Science em 2016 demonstrou que animais como ratazanas ou ratos do campo são capazes de perceber quando seus pares estão sofrendo, e de oferecer a eles conforto. Ao colocar um desses roedores junto com outro altamente estressado, os pesquisadores mostraram que o animal que estava bem era extremamente cuidadoso com o outro, para fazê-lo se sentir melhor.

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O que há no cérebro humano que nos torna mais inteligentes do que outros animais?

09/06/2022

SOMOS IMBATÍVEIS NA COGNIÇÃO

Uma nova pesquisa comparou cérebros de chimpanzés e macacos com o de seres humanos

Os seres humanos são imbatíveis ​​na área da cognição. Afinal, nenhuma outra espécie enviou sondas para outros planetas, produziu vacinas que salvam vidas ou criou poesia.

Como a informação é processada no cérebro humano para tornar isso possível é uma questão que desperta um fascínio infinito, mas ainda não tem respostas definitivas.

Nossa compreensão da função cerebral mudou ao longo dos anos. Mas os modelos teóricos atuais descrevem o cérebro como um "sistema distribuído de processamento de informações".

Isso significa que tem componentes distintos, que estão fortemente conectados em rede por meio da fiação cerebral. Para interagir umas com as outras, as regiões trocam informações por meio de um sistema de sinais de entrada e saída.

RASTREAMENTO DO PROCESSAMENTO DAS INFORMAÇÕES

Pegamos emprestados conceitos do que é conhecido como a estrutura matemática da teoria da informação — o estudo da mensuração, armazenamento e comunicação de informações digitais que são cruciais para tecnologias como a internet e inteligência artificial — para rastrear como o cérebro processa informações.

Descobrimos que diferentes regiões do cérebro usam, na verdade, estratégias diferentes para interagir umas com as outras.

REDUNDÂNCIA NO OLHAR

Vejamos os olhos, por exemplo, que enviam sinais para a parte de trás do cérebro para processamento.

A maioria das informações enviadas é duplicada, sendo fornecida por cada olho. Metade desta informação, em outras palavras, não é necessária.

Por isso, chamamos este tipo de processamento de informações de entrada-saída de "redundante".

Mas a redundância fornece robustez e confiabilidade — é o que nos permite ainda enxergar com apenas um olho.

Esta capacidade é essencial para a sobrevivência.

É a SINERGIA que nos TORNA ESPECIAIS?

Queríamos saber se esta capacidade de acumular e construir informações por meio de redes complexas no cérebro é diferente entre seres humanos e outros primatas, que são nossos parentes próximos em termos evolutivos.

Para descobrir, analisamos dados de imagens cerebrais e análises genéticas de diferentes espécies. Descobrimos que as interações sinérgicas são responsáveis ​​por uma proporção maior do fluxo total de informações no cérebro humano do que nos cérebros de macacos.

Em contrapartida, os cérebros de ambas as espécies são iguais em termos de quanto dependem de informações redundantes.

FINALIZANDO

Em última análise, o trabalho realizado revela como o cérebro humano lida com o equilíbrio entre confiabilidade e integração de informações — precisamos de ambas.

Vale ressaltar que a estrutura que desenvolvemos traz a promessa de novos insights críticos em uma ampla variedade de questões neurocientíficas, desde aquelas sobre cognição geral até distúrbios.

Este artigo foi publicado originalmente, na íntegra, no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado pela BBC NEWS  sob uma licença Creative Commons. 

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Mudanças climáticas 2022: uma ameaça à vida humana

08/06/2022

UMA AMEAÇA À SAÚDE DO PLANETA E AO NOSSO BEM-ESTAR

O último relatório do IPCC é dramático e não deixa dúvidas. Divulgado em 28 de fevereiro, o primeiro parágrafo alerta: ‘As mudanças climáticas induzidas pelo homem estão causando perturbações perigosas e generalizadas na natureza e afetando a vida de bilhões de pessoas em todo o mundo, apesar dos esforços para reduzir os riscos. Pessoas e ecossistemas menos capazes de lidar com a situação estão sendo os mais atingidos, disseram cientistas no último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).‘Mudanças climáticas 2022: uma ameaça à vida humana.

Mudanças climáticas 2022: “ATRASO É MORTE”

Foi o que disse o Secretário-geral da ONU, António Guterres. Ele se referia à única boa notícia do IPCC: ‘um futuro habitável permanece ao nosso alcance. Mas a janela de oportunidade para ação é breve e rapidamente vai se fechando.’

Mas combater os impactos climáticos por si só não funcionará. O IPCC afirma com veemência que a crise climática é inseparável do declínio da biodiversidade e da pobreza e desigualdade sofridas por bilhões de pessoas.

INUNDAÇÕES, DOENÇAS, E MAIS FOME

‘Mais meio milhão de pessoas correm o risco de inundações graves todos os anos, e um bilhão que vive nas costas estará exposto até 2050, segundo o relatório. O aumento das temperaturas e das chuvas está aumentando a propagação de doenças na

RISCO DE EXTINÇÃO

O site www.vox.com destacou que ‘Se o planeta aquecer 1,5 graus Celsius – o que é quase certo – até 14% de todas as plantas e animais em terra provavelmente enfrentarão um alto risco de extinção, de acordo com o relatório. A perspectiva se torna mais grave se as temperaturas subirem ainda mais; com 3 graus de aquecimento, por exemplo, até 29% das espécies em terra podem enfrentar a extinção’.

s pessoas, como a dengue, e nas plantações, gado e vida selvagem’.183 milhões de pessoas passarão fome até 2050.

Exposição mostra ÁREAS DE SALVADOR SUBMERSAS NO FUTURO

Uma cidade com vários pontos turísticos invadidos ou submersos pela água do mar. É assim que Salvador pode ficar daqui a 78 anos, de acordo com a agência Climate Central.

No caso específico de Salvador, onde, em função da topografia irregular e das características da expansão urbana, aproximadamente metade da população vive em áreas vulneráveis.

Greta Thunberg, na Cúpula do Clima na ONU

"Vocês roubaram meus sonhos e minha infância com suas palavras vazias (...) Estamos no início de uma extinção em massa e tudo o que vocês falam gira em torno de dinheiro e um conto de fadas de crescimento econômico eterno. Como ousam?"

Em tempo

A série chamada "O mundo sem nós", no History Channel, mostra como a natureza seguirá, sem os humanos, recuperando progressivamente os espaços subtraídos por nós. A série explora a ideia de desaparecimento súbito dos humanos... Basta observar o número crescente de vítimas dos desastres tidos como naturais.

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VOCÊ SABIA QUE O INTESTINO É CONSIDERADO O SEGUNDO CÉREBRO DO CORPO HUMANO?

07/06/2022

UM SISTEMA COMPLEXO PARA EXTRAÇÃO DE ENERGIA

Dentro do sistema digestivo humano existe o que alguns pesquisadores já chamam de “segundo cérebro”, com meio bilhão de neurônios e mais de 30 neurotransmissores (incluindo 50% de toda a dopamina  e 90% da serotonina presentes no organismo). Tudo isso para controlar uma função essencial do corpo: extrair energia dos alimentos. Mas novas pesquisas estão revelando que não é só isso. Os neurônios da barriga podem interferir, sem que você perceba, com o cérebro de cima, o da cabeça – afetando o seu comportamento, as suas emoções e até o seu caráter. E o mais incrível é como eles fazem isso. Mas primeiro: que história é essa de neurônios lá embaixo?

ELE  PENSA SOZINHO

Nossos intestinos possuem mais neurônios do que a nossa espinha dorsal e eles agem de forma independente do nosso sistema nervoso central. Por esse motivo, os pesquisadores da área da saúde suspeitam que as funções do sistema digestório podem ser muito maiores do que somente digerir alimentos.

Quase 70% de todas as nossas células do sistema imunológico habitam o intestino. Esse é o único órgão capaz de ter autonomia nas decisões, não necessitando de ordens do cérebro. Tudo no sistema digestório é regulado pelo sistema nervoso entérico (SNE), que mesmo sendo independente, se comunica com o Sistema Nervoso Central (SNC) pelos sistemas simpático e parassimpático.

DIVERSIDADE MICROBIANA E RELAÇÃO COM O HUMOR

Como a saúde do microbioma do intestino parece ter relação com a saúde mental, é possível que uma dieta variada colabore com ambas. Isso porque os vários tipos de micróbios intestinais necessitam de diferentes alimentos para se manterem vivos e saudáveis.

Cerca de 80 a 90% de toda a serotonina do corpo humano está no trato gastrointestinal. Isso não é à toa, porque essa substância é responsável pelos movimentos peristálticos, que garantem que a digestão vai acontecer no lugar certo.

Porém não seria essa a única função do neurotransmissor, afinal ele participa da regulação dos níveis de estresse, ansiedade e felicidade.

DIGESTÃO FINAL

Sem energia, não existe vida. Você precisa dela. E, ao contrário das plantas, que se viram com CO2 e luz solar, os animais obtêm energia comendo – e digerindo – outros seres. É um processo fundamental da nossa vida, mas não é nada simples. Depois de tudo isso, realmente é possível acreditar naquela frase que dizia  “você também é o que você come”.

Impressionante, não?!

Fontes

 tudobahia.com.br/mundo (Por Philipe Augusto); grupomidia.com/quemrealiza;super.abril.com.br/saúde

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REFLEXÕES SOBRE O CONCEITO DE NECESSIDADE

06/06/2022

O CONCEITO DE NECESSIDADE

Segundo Francesc Torralba i Roselló - Filósofo e Teólogo - O conceito de necessidade refere-se, basicamente, à um ser deficiente, que tem uma natureza carente, ou seja, não tem a plenitude em si mesma, que não é autossuficiente. Umas coisa é ser autônomo e outra coisa, bem diferente, é ser autossuficiente.  Podemos aspirar a ter parcelas de autonomia, precisamos desejar a tê-las, mas o que é inédito e, além disso, desproporcional ao ser humano, é aspirar a autossuficiência. Não somos autossuficientes, nem o é o homem adulto, muito menos a criança ou o jovem.

MITO DA AUTOSSUFICIÊNCIA

A autossuficiência é um mito que não está ao alcance da condição humana, porque ser carente é o fato definitivo do ser humano. Isto significa que para sobreviver temos de atender um conjunto de necessidades. Não se trata de atendê-las para nos tornarmos melhores, mas simplesmente para subsistir, para nos mantermos vivendo. Devemos atender necessidades de ordens bastante diferentes que, naturalmente, podem ser agrupadas.

Neste sentido, pode-se falar de necessidades primárias, de necessidades secundárias, de necessidades materiais e, também, por que não, de necessidades espirituais.

a carência não é um traço de alguns seres humanos, mas a mendicidade é da natureza do ser humano.

MENDICÂNCIA

Maria Zambrano, em duas de suas obras: Homem e o Divino ou Claros do Bosque. Essa filósofa extraordinária, define o ser humano como ser carente, como alguém que sempre tem que satisfazer necessidades. Sente a necessidade de comer, de dormir, de se sentir amado, de ter identidade, de Deus etc. em suma, um conjunto de necessidades. Apropriadamente se refere ao ser humano como homo mendicans. E afirma: a carência não é um traço de alguns seres humanos, mas a mendicidade é da natureza do ser humano.

NECESSIDADES ESPIRITUAIS

As necessidades de ordem espiritual emergem da interioridade da pessoa, embora sejam articuladas em cada contexto de acordo com a cultura e tradição do local onde a pessoa está localizada.

Arthur Schopenhauer afirma, por exemplo, que a necessidade religiosa é um artifício, enquanto outros autores de grande importância, como o próprio Viktor Frankl, afirmam que a necessidade religiosa é intrinsecamente humana, que emerge do ser humano.

FINALIZANDO COM BREVIDADE

O ser humano, enquanto um ser vulnerável, é um ser que tem, por natureza, necessidades que precisam ser superadas durante sua existência.

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CORRELAÇÃO entre RELIGIOSIDADE e ESPIRITUALIDADE

05/06/2022

RELIGIÃO ou ESPIRITUALIDADE – (CONCEITUALMENTE)

A primeira coisa que precisamos levar em conta antes de refletirmos a respeito é que os termos, as palavras, mudam de significado com o tempo e de acordo com a cultura em que você vive. A palavra religião, vem da palavra em latim religare, que significa se religar ao divino. Porém, com o tempo, as religiões foram se tornando instituições com regras próprias e funcionam hoje em dia como uma organização formal.

Dessa forma, hoje em dia, no senso comum, quando falamos em religião estamos nos referindo as instituições e não ao ato de se religar ao divino (como sugere a palavra de origem). Já a espiritualidade tem o seu significado no senso comum como o ato de cuidar das coisas do espírito. Portanto, pode ser associada a diversas práticas que não necessariamente estão ligadas a alguma religião.

Qual a DIFERENÇA entre a RELIGIOSIDADE e a ESPIRITUALIDADE?

Para Giovanetti, o termo “religiosidade” “implica a relação do ser humano com um ser transcendente”, ao passo que o termo “espiritualidade” “não implica nenhuma ligação com uma realidade superior” (2005:136). Para esse autor, a espiritualidade significa a possibilidade de uma pessoa mergulhar em si mesma.

Segundo Angerami-Camon (2008), a religiosidade consiste na busca do homem por transcendência e é um dos meios pelos quais ele pode vivenciar a sua espiritualidade. O autor afirma ainda que a religiosidade faz com que o homem reflita sobre si mesmo e as suas relações, procurando significados para a sua existência que estão além do mundo objetivo.

A RELIGIÃO É UMA NECESSIDADE HUMANA?

O fenômeno da religiosidade, por tanto tempo visto no meio científico através de olhares críticos, tem ganhado espaço nos estudos sobre saúde, em especial na Psicologia.

A religião é uma necessidade humana. A fé é um componente de implementação que responde principalmente à criatura biológica-psicológica-espiritual racional, que consciente ou inconscientemente vive buscando sentido, próximos ou sob a proteção do Divino. É como você organizar a experiência de estar em relação com o transcendente por meio de atos de culto, os rituais, as orações, as disciplinas, o êxtase, a contemplação, expressões litúrgicas. . É a projeção da dimensão extra mundano.

NECESSIDADES ESPIRITUAIS DO SER HUMANO

Afirma Francesc Torralba i Roselló, Filósofo e Teólogo:

A extraordinária ambiguidade do termo espiritual. Esta ambiguidade pode ser constatada com uma análise comparativa entre diferentes dicionários que definem a palavra espiritual, por exemplo, o Dicionário de Filosofia de Josep Ferrater Mora, ou seja um dicionário de Mística ou de Ciências da Religião. Em todos eles, aparece como uma palavra extraordinariamente polissêmica. Esta consideração parece ser a chave, sobretudo diante das possibilidades do reducionismo do espiritual e das compreensões unilaterais e unidimensionais deste termo.

A partir de uma simples comparação com a bibliografia, mesmo filosófica e teológica, conclui-se que o espiritual pode ser considerado de maneiras muito diferentes.

NA PERSPECTIVA JUDAICO CRISTÃ

Na sociedade atual o espiritual foi esquecido por um longo tempo, porém ele não é uma moda na origem no pensamento judaico cristão, que sempre reconheceu nele uma dimensão intangível, não material, de caráter espiritual, no ser humano. Denominaram-se de modos diferentes, porém não é uma moda nas antropologias de Santo Agostinho, de Ireneu de Lião, de São Tomás, de São Boaventura, de Raimundo Lúlio e de muitos outros. Nas grande antropologias de recorte judaico cristão, pode ser observado o reconhecimento de uma dimensão espiritual no ser humano que pode ser interpretada de maneiras muito diferentes.

Geralmente, tem-se utilizada a expressão psique, do grego; anima, do latim e alma do espanhol, para denominar essa dimensão intangível do ser humano.

O SER HUMANO COMO SER CARENCIAL

O ser humano é um ser deficiente, dotado de necessidades de ordem natural e artificial. Além disso, é um ser que, quando experimenta extrema falta de energia, quando doente, seu quadro de necessidades muda profundamente.

A doença não é um fato acidental no decorrer da vida, não é algo irrelevante. Pedro Laim Entralgo em Antropologia Médica para clínicos, afirma que a doença não pode ser reduzida à categoria de acidente, uma vez que o acidente é irrelevante na estrutura da pessoa, enquanto a doença gera, nela, uma verdadeira desestruturação.

Estar doente não é algo acidental, especialmente quando alguém sofre de certas doenças. O que você precisa pensar é como a hierarquia das necessidades espirituais é alterada como resultado da experiência da doença.

CONCLUI O FILÓSOFO (Francesc Torralba i Roselló)

(...) Entretanto, o ser humano, enquanto um ser vulnerável, é um ser que tem, por natureza, necessidades que precisam ser superadas durante sua existência. As necessidades de ordem espiritual constituem parte de um quadro de necessidades humanas e requerem, como qualquer outra necessidade, uma intervenção adequada, competente e profissional de quem exerce o compromisso de cuidar.

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O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE DESENVOLVIMENTO COGNITIVO

04/06/2022

O QUE SIGNIFICA COGNIÇÃO

Cognição é a capacidade de todo indivíduo de processar informações que se originam de diferentes fontes para transformá-las em conhecimento. Elas podem vir da percepção dos estímulos do ambiente, da experiência e de nossas características pessoais, como crenças e valores.

De forma geral, o termo “cognição” se refere ao que está relacionado ao conhecimento, ou seja, ao acúmulo de informações adquiridas por meio da aprendizagem e da experiência. Esse processo é estudado por diferentes campos científicos, como a neurociência, a psicologia e a antropologia.

O QUE É DESENVOLVIMENTO COGNITIVO?

O desenvolvimento cognitivo, por sua vez, consiste no processo através do qual os indivíduos adquirem conhecimentos no decorrer de suas vidas. No entanto, é essencial dizer que se trata de muito mais do que simplesmente o processo de aquisição e armazenamento de conhecimentos.

O desenvolvimento cognitivo abrange mais do que simplesmente adquirir um novo conhecimento, também diz respeito às mudanças de comportamento provenientes das experiências pelas quais o indivíduo passa. É importante ressaltar que o perfil cognitivo pode ser modificado inclusive na vida adulta. As pessoas estão em constante evolução e processo de mudança ainda que seja difícil identificar isso.

ORDEM E DESORDEM

De acordo com Jean Piaget, um dos psicólogos e pensadores de maior relevância do século 20, a aprendizagem se dá por meio de ordem e desordem do que já existe dentro de cada indivíduo. Uma pessoa que passa por confronto com novas informações pode ter algumas crenças substituídas (desordem).

O desenvolvimento cognitivo acontece considerando padrões cognitivos antigos, assim como novas informações. Piaget definiu que esse desenvolvimento acontece em quatro etapas distintas:

Sensório motor: estende-se até os 24 meses de vida do indivíduo.

Pré-operatório: acontece entre 2 e 6 anos de idade.

Operatório concreto: ocorre entre 7 e 11 anos de idade.

Pensamento formal: acontece após os 12 anos de idade.

O NASCIMENTO DA TEORIA COGNITIVA

Juntamente a Jean Piaget, podemos mencionar como participantes efetivos do desenvolvimento da teoria cognitiva nomes como Lev Vygotsky e Henri Wallon. A corrente de pensamento da teoria cognitiva surgiu entre as décadas de 1950 e 1960 como uma contraposição ao comportamentalismo.

A teoria cognitiva nasceu a partir da proposta de investigar qual seria o impacto das ações do indivíduo no processo de aprendizagem. A busca por um melhor entendimento das estruturas mentais abriu caminho para o a formulação da ideia de desenvolvimento cognitivo.

OS PROCESSOS COGNITIVOS

Os processos cognitivos são os recursos que todo indivíduo tem para adquirir, processar e transformar informações, que também vão ajudar na tomada de decisões. Eles podem se manifestar de forma orgânica ou artificial, consciente ou inconsciente, mas sempre de maneira rápida e integrada.

Os processos cognitivos básicos são:

  • Percepção

  • Atenção

  • Memória

  • Pensamento

  • Linguagem

  • Aprendizagem

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A ESPIRITUALIDADE CELTA: o cristianismo místico e singular na Europa

03/06/2022

SIMILARIDADE COM A UMBANDA

O povo Celta era ligado à Natureza. Em sua maneira de viver a espiritualidade, esse povo rico de sabedoria, também acreditava nos ensinamentos que podemos claramente encontrar na 

A crença do povo celta se assemelha à nossa crença Umbandista e Espiritualista nos seres elementais, nos quatro elementos e na magia natural que envolve todas essas questões, permitindo que sejamos curadores, orientadores e medianeiros em parceria com a Mãe Terra e com os espíritos dessa nossa dimensão e de outras.

Certamente, nós, que somos ligados de alguma forma à magia, à natureza e ao intercâmbio com o plano espiritual, nos identificamos muito com esse povo sábio.

CELTAS - Magia, ESPIRITUALIDADE e Sabedoria -

A cultura celta se difundiu pela Europa e, na atualidade, é tida como referência no mundo mágico e espiritual. Os povos celtas estiveram espalhados por quase todo o continente europeu. Não formaram um império, nem possuíam um governo centralizado. Não tinham um sistema de escrita e, portanto, a precisão cronológica sobre seu surgimento se baseia em escavações e em muitas pesquisas, datando de 1800 a 1500 a.C., na Europa Central e Oci

dental.

MAGIA E ESPIRITUALIDADE

Viviam em tribos e, apesar de não possuírem uma etnia homogênea, a língua e a religião representavam o elo entre eles. Sua cultura é repleta de magia, espiritualidade e culto à natureza. Acreditavam que as palavras registradas graficamente comprometiam a realidade e a energia dos fatos, podendo criar interpretações incorretas da verdade.

SACERDOTE DA TRIBO

Sobre a espiritualidade desse povo, sabia que era centralizada na figura do druida. O poder dos druidas era sagrado e superior ao poder dos reis, e eles vão não apenas a função de sacerdote da tribo, como também eram juízes, conselheiros dos reis, vide, poetas e professores. A religião dos celtas, o druidismo, era toda baseada na sacralidade da natureza e em seus ciclos, como também no animismo, no culto aos ancestrais e no totemismo (espíritos ancestrais que assumem uma forma de animais).

RELACIONAMENTO COM OS ELEMENTOS DA NATUREZA

A primeira grande lição que os celtas nos dão é a da observação e do respeito pela natureza. Levavam sempre em consideração a Roda do Ano (estações), os elementos da natureza, os pontos cardeais, o Sol, a Lua, e valorizavam a energia de tudo o que os rodeava. Eles reconheciam a energia dos elementos da natureza. A terra, o ar, o fogo, e a água são representações e formas diferentes de energia, e a partir desses elementos todas as coisas são formadas. É o que chamamos de energia elemental, seres do mundo espiritual cuja tarefa é dirigir o poder divino para as formas da natureza.

As pedras, por exemplo, eram consideradas como as energias espirituais mais antigas da Terra, e guardavam ensinamentos profundos, que eram revelados quando eram reverenciadas.

SÁBIOS CONCEITOS

Em todos os conceitos celtas encontramos grande lições que podem nos auxiliar a viver melhor. Um de seus mais sábios conceitos é o de que o tempo está e estará a nosso favor, no oferecendo oportunidades que, muitas vezes, devem ser compreendidas em alguns segundos, mas que podem transformar qualquer coisa.

A filosofia de vida celta era muito simples: observar as grandes lições da Mãe Natureza, o que é uma grande dificuldade para o homem moderno. Para eles, a vida era um eterno movimento cíclico de transformação permanente: nascemos, crescemos, morremos e renascemos. Há o momento certo para cada coisa: arar a terra, semear, colher. As estações do ano são a prova da Natureza de que sempre, após um inverno rigoroso, há a chegada da primavera. Eles nos mostram que é preciso aprender a perder para ganhar depois.

 A imagem de abertura:“São Francisco com os Animais”, de Lambert de Hondt (1620 – 1655).


Fonte – Textos extraídos da revista Sexto Sentido

                     

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O SEXTO SENTIDO É O SENTIDO DA TRANSCENDÊNCIA

02/06/2022

O SIGNIFICADO DA PALAVRA

TRANSCENDER

Se elevar acima do que é comum. Se superar ir além de. Espiritualmente falando é estar ou estabelecer contato com o mundo espiritual, com a Divindade é superar os limites físicos-materiais do ser humano.

TRANSCENDÊNCIA SEGUNDO A PSICOLOGIA

Segundo a psicologia, é transcendente aquele que vence seus medos e impõe à personalidade, medidas de comportamento que alteram o rumo da sua história em direção ao equilíbrio e a felicidade.

TRANSCENDÊNCIA SEGUNDO A FILOSOFIA

Na Filosofia, transcender é:

superar os limites do conhecimento. A filosofia trata a transcendência como a condição de quem usa todos os sentidos e inteligência na busca de um conhecimento superior. E o equilíbrio existencial é subproduto da busca pela transcendência.

A transcendência do dicionário, da psicologia e da filosofia pertence à realidade percebida com os 5 sentidos. Na REM de ontem, abordamos os 5 (cinco) sentidos como funções estruturantes da consciência. Todavia, ser um homem com apenas 5 sentidos é ser um homem incompleto!

COMO A BÍBLIA TRATA A TRANSCENDÊNCIA

A “queda” silenciou um de nossos sentidos. Junto com a amortização do espírito, o homem parou de usar o sentido que habitava seu espírito.Esse era o sentido que nos possibilitava perceber e interagir com o mundo espiritual.

Esse sentido habitava o espírito do homem. Como o espírito do homem amorteceu na queda, esse sentido deixou de interagir com o mundo exterior e passou a absorver pouco ou nenhum evento da realidade.

O homem passou a usar somente os sentidos no nível físico. Não havia mais perfeição na comunicação dos sentidos físicos com o sentido espiritual.

Com o novo nascimento somos habilitados a reaprender a utilizar esse sentido.

E isso acontece alheio a nossa vontade. De forma natural!

O SENTIDO DO ESPÍRITO

A meta da vida do espiritualista é transcender o tempo enquanto se está presente no mundo. O homem é uma caixa fechada com 5 entradas.

Os 5 sentidos são responsáveis pela percepção da realidade. Enquanto os 5 sentidos em Jesus operavam em harmonia com o Sexto Sentido. De modo perfeito.

1 - Visão

A visão de Jesus era perfeita. Ele via coisas onde ninguém via nada. Via o coração das pessoas. Via vida onde todos viam a morte: (“a menina não morreu. Ela dorme!”).

2 - Tato

O tato de Jesus era perfeito

(“de mim saiu virtude”).

3 - Olfato

O olfato de Jesus era irretocável.           

 (“Disse Jesus: Tirai a pedra. Marta, irmã do defunto, disse-lhe: Senhor, já cheira mal, porque é já de quatro dias. Disse-lhe Jesus: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” João 11:39-40).


4 - Paladar

Apocalipse 10:9-10

E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o,

e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel.


5 - Audição                        

Deus fala de muitas maneiras, usando todo tipo de artifícios.

Hebreus 3:7-8

Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz,

Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto.

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OS SENTIDOS COMO FUNÇÕES ESTRUTURANTES DA CONSCIÊNCIA

01/06/2022

SINOPSE

O autor do artigo, em epígrafe, Carlos Amadeu B. Byington, Médico Psiquiatra e Analista Junguiano, estuda os órgãos dos sentidos como funções estruturantes da Consciência e da Sombra Individual e Coletiva. Comparando o cérebro a um computador, argumenta que as funções fisiológicas são equivalentes aos hardware e as funções estruturantes aos software. Com esta comparação, ele pretende chamar a atenção para a extraordinária transformação da Consciência operada pela Civilização, fato que tem sido pouco considerado pela Psiquiatria moderna, devido ao seu justificável, mas lamentável fascínio atual pela neuropsicofarmacologia.

NA SEQUÊNCIA
O autor tece considerações resumidas sobre cada órgão dos sentidos percebido como função estruturante e cita a expressividade da visão pela pintura, do olfato pelos perfumes, do paladar pelo vinho, da audição pela música e do tato pela cosmetologia. Considera que, enquanto a cultura aumentou o poder da visão e da audição, o mesmo não aconteceu com o olfato, o paladar e o tato.
Finalmente, à maneira de ilustrar o desenvolvimento cultural dos órgãos dos sentidos como funções estruturantes da Consciência Individual e Coletiva, o autor aplica sua Teoria Arquetípica da História à História da Arte Moderna.

INTRODUÇÃO

Os conceitos de símbolo, de função e de sistema estruturante, que englobam o subjetivo e o objetivo para estruturar a Consciência a partir do processo de elaboração simbólica coordenada por arquétipos, caracterizam o centro conceitual da Psicologia Simbólica. O Ego e o não Ego, aqui denominado o Outro, são conceitualmente inseparáveis na Consciência, e sua identidade é formada e transformada pelos significados ou metáforas que emergem dos símbolos durante a elaboração simbólica. Nesta conceituação, tudo na vida é símbolo e função estruturante (Byington, 1996).

Os ÓRGÃOS DOS SENTIDOS como Funções Estruturantes

Cada órgão dos sentidos opera de inúmeras maneiras como símbolo e função estruturante. Uma imensa enciclopédia, por maior que fosse, jamais poderia incluir todas estas variedades, pois são praticamente infinitas. As funções fisiológicas são relativamente comparáveis ao hardware do computador. Quando agregamos seus componentes subjetivos e as percebemos como funções estruturantes, podemos compreendê-las também como software, produzidos pela cultura milenar da humanidade a qual chamamos Civilização. É evidente que o cérebro ainda é muito mais complexo que um computador, mas esta analogia relativa é importante para percebermos o extraordinário significado da cultura em relação com o genoma, fato que a Psiquiatria tem esquecido ultimamente devido ao seu compreensível, mas lastimável deslumbramento diante das descobertas da neuropsicofarmacologia.

OS 5 SENTIDOS E AS 5 FUNÇÕES

A visão - como função estruturante é tão importante que a criação da Consciência é frequentemente reduzida à luz e o conhecer equacionado com o ver.

A Audição - trata-se de uma função estruturante de grande importância, que constrói a Consciência conhecendo e catalogando as coisas através do som.

O Olfato - Apesar de intensamente diminuído em importância no genoma humano quando comparado aos quadrúpedes, o olfato se tornou uma função estruturante civilizatória importante.

O Paladar - O condicionamento alimentar é parte importante do Self Cultural e matiza a identidade coletiva com qualidades características. Os costumes humanos, que diferenciaram as culturas através dos tempos, modificaram a alimentação em função do paladar e do olfato e se tornaram marcos na identidade e na história das nações.

O Tato - Trata-se de um sentido cuja sensibilidade no ser humano foi muito limitada pelo desenvolvimento cultural. Nós o encobrimos progressivamente com o vestuário em função do clima, da moral e da vaidade.

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OUTRAS MENTES – O POLVO E A ORIGEM DA CONSCIÊNCIA

31/05/2022

UMA HISTÓRIA DA CONSCIÊNCIA

Embora os mamíferos e as aves sejam considerados as criaturas mais inteligentes da Terra, tem se tornado cada vez mais claro que um ramo muito distante da árvore da vida também gerou uma inteligência superior: os cefalópodes, grupo do qual fazem parte os polvos. Sabemos que em cativeiro eles identificam pessoas, atacam tanques vizinhos para roubar comida, tapam drenos e realizam fugas ousadas. Em Outras mentes, Peter Godfrey-Smith, filósofo da ciência e mergulhador, mostra como organismos primitivos no oceano se tornaram complexos e adquiriram a inteligência necessária para sobreviver. Como o polvo, uma criatura solitária com pouca vida social, se tornou tão inteligente?

“PAPO CABEÇA”

Se existe algo que deveríamos conhecer bem é aquilo que se passa em nossa cabeça. Afinal, nossas sensações, sentimentos, memórias e pensamentos são a maior parte do que identificamos como “eu”. Sabemos que sensações podem ser falsas, sentimentos confusos, memórias corrompidas e pensamentos delirantes. Mas é o que temos e, queiramos ou não, passamos a vida tentando entender como opera nossa mente. O que, então, podemos dizer das outras que existem por aí?

IMAGINAÇÃO CRIATIVA

Uma das características de nossa inteligência é a capacidade de imaginar o que se passa na cabeça de outras pessoas com base em pouquíssima informação. Quanto mais próxima a pessoa, mais fácil: basta um olhar torto de alguém querido para lermos desaprovação. Com pessoas de outras culturas é mais difícil. E quando se trata de outros mamíferos, é quase impossível saber. Apesar disso, ainda acreditamos saber o que pensam nossos animais de estimação. Provavelmente é uma ilusão.

Os polvos são a forma de vida mais distante dos mamíferos que manifesta sinais claros de inteligência.

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

Para investigar animais que não compartilham nossa linguagem, usa-se uma infinidade de métodos indiretos que vão dos eletroencefalogramas até experimentos comportamentais. Acumulou-se uma enorme quantidade de informação sobre inúmeras mentes. O problema é que praticamente toda ela provém de mamíferos, com uma contribuição menor de outros vertebrados, como aves e peixes. 

Não se tem praticamente nenhum material sobre a mente de formas de vida mais distantes. De uma minhoca, por exemplo. É por isso que, quando autores de ficção científica imaginam a mente de seres extraterrestres, suas criações — Chewbacca, Spock etc. — não passam de versões rasteiras da mente humana.

OUTRAS MENTES

O livro nos faz imaginar como pensam os polvos...

Em Outras mentes, Peter Godfrey-Smith tenta romper essa barreira. Além de ser professor de filosofia da ciência na Universidade de Sydney, o autor é um apaixonado por lulas, polvos e seus parentes. São animais que possuem um sistema nervoso e sensorial muito sofisticado — com neurônios espalhados pelo corpo, grande parte deles nos tentáculos —, um cérebro bem desenvolvido e um sistema visual aparentemente similar ao nosso. Comunicam-se mudando de cor. Nesse aspecto, são muito mais sofisticados que nós — que no máximo ficamos brancos de medo ou vermelhos de vergonha. Tudo indica que possuem uma linda mente.

NO TÚNEL DO TEMPO

Caminhando em direção ao passado, o ancestral comum mais recente entre mamíferos e polvos habitou a Terra 400 milhões de anos atrás. Para se ter uma ideia de quão longe isso está no passado, basta lembrar que o ancestral comum que deu origem aos pássaros e mamíferos viveu há 320 milhões de anos, que os dinossauros desapareceram há 200 milhões de anos, e a linhagem que deu origem aos seres humanos surgiu faz menos de 10 milhões. A mente de macacos ou ratos tem estruturas muito semelhantes à nossa, que se originaram de um ancestral comum que habitou a Terra há apenas dezenas de milhões de anos.


CHEGANDO AO FIM

Lendo Outras mentes, percebemos que, se encontrarmos essas formas de vida inteligentes, elas seguramente serão muito mais estranhas que tudo que qualquer coisa que já vimos em filmes. Se um polvo — que divide um ancestral em comum  conosco de 400 milhões de anos atrás — tem a mente que aparenta ter, difícil imaginar a de um extraterrestre.

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Mais Platão, Menos Prozac!

A Filosofia Aplicada ao Cotidiano

30/05/2022

A FILOSOFIA DE VOLTA AO COTIDIANO

O filósofo, Lou Marinoff é o principal líder, nos Estados Unidos, da nova corrente de pensamento que retira a filosofia do campus universitário e a devolve ao cotidiano do cidadão.

Esse movimento de Filosofia do Cotidiano surgiu em 1981 na Alemanha com Gerd Achenbach. Hoje, tem seguidores na Europa, Estados Unidos, Israel, África do Sul e Hong Kong. Os clientes são em sua maioria refugiados da terapia tradicional, porque muitas das terapias atuais não passam de “farmacologia neural”. São feitas prescrições para pessoas que precisam tão somente de boa conversa sobre a sabedoria de viver.

RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS

No livro “Mais Platão, Menos Prozac! A Filosofia Aplicada ao Cotidiano” (Rio de Janeiro, Record, 2001, 325 páginas), os filósofos são o ponto de partida para pensar em questões corriqueiras como conflitos amorosos, mudanças profissionais e o temor da morte.

No Apêndice A do livro, o autor faz apresentação resumida de aproximadamente sessenta filósofos e obras clássicas mencionadas no livro, cujas ideias achou úteis no aconselhamento filosófico.

RESGATE DO EQUILÍBRIO EMOCIONAL

O autor mostra como identificar determinado problema, expressar emoções construtivamente, analisar opções, contemplar alguma filosofia que ajude a escolher e viver com a melhor opção. No fim, a pessoa resgata o equilíbrio emocional usando a razão. Retoma o cerne da Filosofia: colocar a vida em perspectiva maior.

Todo mundo tem alguma filosofia de vida, mas poucos tem o privilégio ou o tempo para se reunir e destrinchar os aspectos complexos de sua vida. Tendemos a formá-la à medida que vivemos. As experiências nos ensinam, desde que consigamos raciocinar, ordenadamente, sobre elas. Precisamos pensar criticamente, procurando padrões e reunindo tudo em quadro organizado para seguirmos, sabiamente, o nosso caminho na vida.

A SABEDORIA ANTIGA DE VOLTA

Compreender a nossa filosofia pessoal pode ajudar a evitar, resolver ou administrar muitos problemas. Temos de avaliar nossas ideias para formarmos certa perspectiva a nosso favor.

Esse livro colabora para mostrar que é possível modificar convicção pessoal (e muitas vezes equivocada) para resolver certos problemas recorrentes. Lida com problemas que todos enfrentam, inclusive relacionamentos amorosos, vida ética, como enfrentar a morte, mudança de carreira e procura de significado e objetivo. Mesmo que seja problema sem solução, temos de enfrentá-lo de alguma maneira para continuarmos vivendo saudavelmente. Em vez de oferecer abordagens pseudo clínicas superficiais ou voltadas para a patologia, esse livro oferece a sabedoria antiga, especificamente voltada para ajudar as pessoas a viver com satisfação.

PRATICANDO NATURALMENTE A FILOSOFIA

O aconselhamento filosófico é campo da Filosofia relativamente novo no sentido de ser movimento de prática filosófica. Apesar de Filosofia e Prática serem duas palavras com pouca probabilidade de se associarem na mente da maioria das pessoas, a Filosofia sempre ofereceu ferramentas para serem usadas no dia-a-dia. Os filósofos clássicos pretendiam que suas ideias fossem utilizadas. Filosofia foi, originalmente, um modo de vida, não uma disciplina acadêmica. Era algo para ser não apenas estudado, mas também aplicado. Somente por volta do século XIX que a Filosofia foi confinada em ala esotérica da “torre de marfim”, repleta de insights teóricos, mas vazia de aplicação prática.

Você pode discutir seu problema em termos genéricos, sem mencionar nenhuma filósofo ou filosofia particular.

FICA A DICA

Usando sua percepção de si mesmo, você conversa filosoficamente sem tentar, de modo consciente, ser filosófico ou acadêmico.

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QUEM SOU EU, QUEM É VOCÊ, DE ONDE VIEMOS E PARA ONDE NÓS VAMOS?

29/05/2022

DAÍ COMEÇOU A AVENTURA DO ESPIRÍTO NA TERRA?

Homo sapiens é o nome dado à espécie dos seres humanos, de acordo com a classificação taxonômica. Esta é uma expressão latina que significa literalmente “homem sábio” ou “homem que sabe”.

O Humano (conhecido taxonomicamente como Homo sapiens, do latim “homem sábio”, e também chamado de pessoa, gente ou homem) é a única espécie animal de primata bípede do gênero Homo ainda viva. Os humanos anatomicamente modernos originaram-se na África há cerca de 200 mil anos, atingindo o comportamento moderno há cerca de 50 mil anos.

A espécie surgiu há cerca de 350 mil anos na região leste da África e adquiriu o comportamento moderno há cerca de 50 mil anos.

Visão Espirita da Evolução Humana

De acordo com os pressupostos espíritas, Deus criou os Espíritos – simples e ignorantes -, com a determinação de se tornarem perfeitos. Assim, o progresso do Espírito é sempre compulsório: podemos estacionar por algum tempo, mas os acicates da vida nos impulsionarão para o desenvolvimento ulterior.

Ainda que haja controvérsias, diz-se que o princípio inteligente ou mônada celeste estagia nesses reinos, começando no mineral e indo até o hominal, extraindo de cada um deles os subsídios necessários para a sua evolução. É por isso que tudo se encadeia na natureza, desde o átomo ao arcanjo.

QUEM SOMOS NÓS?

Para a Biologia você é seu corpo humano. Mas você é muito mais que seu corpo e vou mostrar abaixo como investigar e concluir por si mesmo quem ou o que é você.

Nossa principal estratégia para ir além da resposta da Biologia será a experiência fora do corpo, conhecida também como viagem astral ou projeção consciente.

Uma única experiência fora do corpo pode mostrar para a pessoa interessada 3 realidades capazes de mudar completamente sua visão do que é a vida:

1. Vida: você pode se manifestar fora do seu corpo físico. Sua vida é mais que a vida do corpo humano.

2. Morte: você pode provar para si mesmo que a vida continua após a morte, por exemplo, em uma experiência fora do corpo, pode encontrar pessoas que já estiveram vivas aqui na vida humana e agora continuam vivas em outra dimensão usando outro corpo, chamado de alma, corpo astral ou psicossoma.

3. Conclusão: se você sobrevive à morte biológica, você não é seu corpo físico. Apenas utiliza este corpo para se manifestar aqui, na vida humana.

VAI CONTINUAR DIZENDO IGUAL A LÉO JAIME:

"QUEM SOU EU. QUEM É VOCÊ. ESSA HISTÓRIA EU NÃO SEI DIZER?"

https://www.youtube.com/watch?v=ogSnaa-WOtA

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A PARÁBOLA COMO INSTRUMENTO LINGUÍSTICO

28/05/2022

ETIMOLOGIA DA PALAVRA

Seu ancestral mais antigo é um termo grego de retórica, parabolé, que o latim adotou como parabola e que queria dizer “comparação, símile”. O português parábola, que brotou da mesma fonte por via erudita, conserva tal ideia na acepção de “narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia” (Houaiss).

              

Mas a palavra “palavra” não nos chegou por via erudita. Palavra é a parabola latina corrompida, solapada, mastigada no som e no sentido pela fala do povo no caldeirão ibérico medieval em que nosso idioma nasceu.


Assim, parabole tinha o sentido de comparação entre duas ou mais coisas dispostas uma ao lado da outra.

“O reino dos céus é como uma semente plantada no nosso coração”

A utilização de um gênero textual bastante presente na vida religiosa judaica (a parábola) para transmitir a notícia do Reino, compõem o cenário de produção e o enredo das quatro parábolas. As ‘Parábolas do Reino’, presentes no Evangelho segundo Marcos.

CONTINUAM VALIOSAS

 Afinal, Jesus Cristo usava essa narrativa alegórica que transmite uma mensagem indireta, por meio de comparação ou analogia e assim ensinar os seus discípulos e o povo que o acompanhava.

Embora tenham sido muito utilizadas na época em que Jesus esteve na Terra, as parábolas são lições valiosas também para os dias atuais.

Por que Jesus ensinava com parábolas?

Jesus Cristo usava parábolas para promover valiosos ensinamentos.

Com histórias do cotidiano dos discípulos e comuns ao povo, ele conseguia transmitir lições morais de maneira simples.

Naquela época, a humanidade carecia de intelecto e moral e, por essa razão, o método de ensino assim realizado, era muito importante. Através das parábolas os ensinamentos poderiam ser mais facilmente transmitidos de geração em geração.

A Parábola do Bom Samaritano

A Parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:29-37) é uma lição de amor ao próximo.

Ao ser questionado por um doutor da lei sobre o que é preciso fazer para herdar a vida eterna, Jesus respondeu:

“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento e ame o seu próximo como a si mesmo.”

 

Para exemplificar o amor ao próximo, Jesus contou a história de um homem que havia sido pego por assaltantes, que o levaram tudo e o machucaram.

Um sacerdote e um levita que passaram pelo mesmo caminho não o ajudaram, mas um samaritano que veio logo depois prestou socorro ao homem.

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ANIMALIZAÇÃO HUMANA?

27/05/20022

Na filosofia a parte que tem por objeto refletir a respeito da natureza plena e integral do ser é chamada de ontologia. Dito isso, ando ultimamente, muito desconfortável e indignado com o grau de selvageria, que nós, "humanos/civilizados", ainda protagonizamos barbáries pelo mundo afora, e muito particularmente no Brasil.

A Doutrina Espírita nos ensina que de acordo com a Lei da Evolução o espírito humano não retroage. Sendo assim, como explicar as recorrentes ações de brutalidade animal que ainda se manifestam?

Não só em decorrência das manchetes acima, mas também, devido a inúmeros fatos verdadeiros, e não "fakes, a REM traz como desafio e uma provocação, para um novo sentir, um necessário refletir, e posteriormente um novo agir, trechos de um ótimo artigo intitulado: "Animalização do Homem: uma Visão Ontológica do Ser Individual e do Ser Social", de autoria de quatro acadêmicos, a saber: Rogério Lacaz-Ruiz, Prof. Dr. FZEA/USP; Vanessa Fernandes Corrêa, Acadêmica de Zootecnia FZEA/USP; Flávia de Almeida Tavares, Acad. Zoot. FZEA/USP; Rodrigo de Almeida Scoton, Acadêmico de Zootecnia FZEA/USP.

INTRODUÇÃO
A animalização do homem é um fenômeno que pode ser abordado de diferentes maneiras. Desde a consideração do homem que é animalizado por realizar atos não humanos até àqueles que são tratados pela sociedade como animais, passando pela animalização na forma de fábulas ou das histórias em quadrinhos. Um outro aspecto que vale a pena considerar é o de abordar os animais com os critérios humanos; projetar atitudes e sentimentos humanos no animal.

Quando o homem livremente se animaliza pelos seus atos é possível considerá-lo como um doente para si e para a sociedade. Neste caso, ele é classificado como um doente e a síndrome que o acomete bem merece um estudo especializado.(...)

O CONCEITO DE ANIMALIZAÇÃO
O dicionário Aurélio recolhe animalizar como sinônimo de tornar bruto, embrutecer, bestializar. A Encyclopedia e Diccionario Internacional de W.M. Jackson, Inc. Editores, (Rio de Janeiro), recolhe o verbete animalisar (sic) no seu vol. I: "Reduzir aos instintos, aos appetites, aos gostos do animal; o philosophismo animalisa o homem; a religião divinisa-o/ por ext. Rebaixar-se, descer ao estado animal: Entregar-se as paixões brutas é, a bem dizer, animalisar-se."

UMA PATOLOGIA A SER URGENTEMENTE CURADA

Por mais que um ser humano tenha apreço pelos animais, jamais gostaria de ver seus atos classificados como os de um animal. Se um homem pode atingir este estado de animalização, nada mais oportuno que considerar este fenômeno uma "doença".

CAMINHANDO PARA O FINAL. MAS, QUAL FINAL?

(...) A vontade, a inclinação humana, tem por objeto formal o bem. Só acidentalmente quer o mal; porque o seu entendimento o capta erroneamente como bem. O violento ("animal") se opõe à natureza humana. No sentido mais amplo, cabe chamar a vontade de natureza, uma vez que ela é uma inclinação natural e não uma necessidade de coação.(...)

O homem, diziam os antigos, é fundamentalmente um ser que esquece. (Lauand, 1994) Esquece da sua dignidade como pessoa humana. Deixa-se levar pelas tendências da maioria, e quando menos se espera, acaba como um animal de um rebanho. O homem se aproxima do animal a partir do momento em que esquece a sua dignidade, seus valores, sua personalidade e se subjuga à uma situação onde sofra e faz sofrer de alguma forma um dano físico, moral, ou seja impedido em sua liberdade.(...)

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QUAL O FUTURO DA INTERNET?

26/05/2022

A Internet já fez jubileu de ouro: como ela mudou o mundo e o que mais podemos esperar?

Caminhando para os 53 anos de existência, a internet mudou o mundo, o comportamento das pessoas e o que mais mudará?

Ela, (a internet) nasceu quando primeira conexão Arpanet foi estabelecida entre a Universidade da Califórnia (UCLA) e o Instituto de Pesquisa de Stanford às 22h30 do dia 29 de outubro de 1969. Leonard Kleinrock, professor da UCLA e seu aluno, Charley Kline, enviaram a primeira mensagem online para um programador da Universidade de Stanford, Bill Duval.

A faísca foi acesa em 1969, mas a internet realmente começou a transformar nossas vidas no final dos anos 1990 e com início dos anos 2000.

COMO FOI A MUDANÇA?

Diz Genevieve Bell, pesquisadora sênior da Intel e diretora do Instituto de Autonomia, Agência e Garantia da Universidade Nacional da Austrália.

“Ela realmente começou a mudar nossas vidas e agitar a nossa consciência em torno do momento em que o Google se tornou um verbo. Tudo explodiu no cruzamento do Google, smartphones, aplicativos, Amazon, Facebook e eBay.”

Fato é que é difícil quantificar como a internet mudou o mundo. Se alguém precisa de informações de localização, a maioria não vai mais para o carro buscar um mapa. Se está de noite, não é mais necessário esperar que o banco abra às 09:00h da manhã para descobrir quanto dinheiro ainda tem na conta corrente.

NOVAS TRIBOS

A internet também criou novas comunidades, reunindo pessoas de todo o mundo, seja porque elas compartilham um amor em comum pela mesma banda ou por um programa de TV. Claro, a existência da internet também significa trolls anônimos que podem inundar as mídias sociais com comentários odiosos e bots no exterior podem postar tweets negativos e falsos sobre políticos e celebridades para incitar a raiva e até mesmo violência.

MAIS INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL = MENOS PRIVACIDADE

“Com o passar dos anos, a internet foi ficando mais inteligente”, diz David Reinsel, vice-presidente sênior da IDC. “Você não está mais indo a algum lugar. O lugar está vendo você ir até ele, aprendendo mais sobre você, pelo que compra, pelo que busca e pelas coisas que gosta. Assim como tudo que faz online, você deixa um rastro de informações. Seu eu digital é mais você do que o seu eu físico agora. E com isso, está empurrando informações para você com base no que sabe sobre você.”

As empresas estão usando todas essas informações pessoais para segmentar estrategicamente usuários individuais com anúncios específicos e marketing.

Wi-Fi 7 – 240% MAIS VELOZ

Nos últimos dez anos, o estilo de vida móvel desenvolveu-se de forma acelerada com a popularização dos celulares, tablets e dispositivos portáteis. Com a evolução da rede móvel ao longo dos anos, o Wi-Fi ficou mais potente e robusto e, em sua sétima geração, promete revolucionar a conexão de internet. “O Wi-Fi 7 é muito aguardado tendo em vista que, com a banda larga 6 GHz e canais de 320 Mhz, poderá haver um aumento na velocidade de 240%, tornando possível uma conexão de 30Gbps.

CONCLUSÃO

Se por um lado a Internet e a tecnologia trouxeram benefícios e mudaram nossas perspectivas, também apresentam um importante conjunto de desafios a serem superados globalmente, sem o que, o futuro pode estar severamente comprometido.

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DESLOCADO - posto fora de seu lugar habitual.

25/05/2022

Nº de deslocados ultrapassa 100 milhões pela 1ª vez, diz ONU Organização cita a guerra na Ucrânia, que já fez com que mais de 6 (seis) milhões de pessoas deixassem o país ... Milhões de pessoas foram deslocadas à força em todo o mundo. É mais um drama que vive a humanidade.

RAZÕES DIVERSAS

Há muitas razões para a fuga, incluindo guerra, perseguição, conflito, desastres naturais, miséria e repressão. Com a saúde e o bem-estar comprometidos, as vidas dos mais vulneráveis podem estar em risco. A maioria é composta por deslocados internos, o que significa que não cruzaram a fronteira e permaneceram no seu país.

As equipes de MSF trabalham ao lado de pessoas em movimento em seus pontos de chegada ou durante as viagens perigosas que empreendem dentro e fora de seus países.

DADO CURIOSO... COMO EXPLICAR?
• Os países de baixa renda hospedam 85% dos refugiados do mundo.

MSF - MÉDICOS SEM FRONTEIRAS

Há 50 anos, Médicos Sem Fronteiras (MSF) traz o foco para pessoas afetadas por graves crises humanitárias. Levando cuidados médicos e sensibilizando a opinião pública sobre as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

Independente de gênero, raça, religião, nacionalidade ou convicção política, quando a vida mais precisa de cuidados, os MSF estarão lá. Trabalhando com neutralidade e imparcialidade, MSF reivindica, em nome da ética médica universal e do direito à assistência humanitária, a liberdade total e completa do exercício de suas atividades.

CONSEQUÊNCIAS NEFASTAS

As consequências do conflito armado e do deslocamento da população para a saúde pública foram bem documentadas nos últimos 30 anos. "Observamos altas taxas de mortalidade entre grupos de deslocados internos e refugiados, mas foram identificadas prioridades evidentes para conter a letalidade: o fornecimento de alimentação adequada, água potável, saneamento e abrigo tem demonstrado ser uma intervenção eficaz".

A PROFUNDA REFLEXÃO QUE FICA

Outra perspectiva possível para defender a ajuda humanitária é pensar em nosso amanhã. Nenhum país e nenhuma cidade do mundo estão tão imunes a conflitos que não possam cair em uma guerra civil ou militar, à dominação por organizações criminosas ou a sofrerem com a falta de recursos no futuro. Se isso nos acontecer amanhã, talvez estejamos sujeitados a cair na condição de refugiados como acontece hoje com sírios, congoleses, afegãos, nigerianos, sudaneses, venezuelanos, ucranianos, cidadãos do leste europeu e de outras nacionalidades. 

Fonte: Tendências Globais do ACNUR(agência da ONU para Refugiados)

Seríamos refugiados das nossas escolhas e vítimas da consciência?


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A MEMÓRIA DO TEMPO E “O TEMPO DA MEMÓRIA”

24/05/2022

Do admirável pensador Italiano (Turim), Noberto Bobbio (1909-2004).

“A velhice é um tema não-acadêmico. Sou um velho professor. Permitam-me falar, desta feita, não como professor, mas como velho”, à época, com 84 anos, dizia que ultrapassara a terceira e se encontrava na quarta idade.

“O TEMPO DA MEMÓRIA”

O livro é um emocionante tratado de sabedoria humana. Filósofo da Política e do Direito, Bobbio foi, também, “um filósofo militante” no enfrentamento à monstruosidade das ditaduras, a exemplo do fascismo. 

BOBBIO E A DESCRENÇA DA VIDA APÓS A MORTE

Bobbio diz que a velhice não é uma cisão em relação à vida precedente. É uma continuação da adolescência, da juventude, da maturidade que podem ter sido vividas de diversas maneiras.

(...) para um velho, o apropriado é conhecer e aceitar os limites resultantes do avizinhar-se do fim do ciclo da vida. Estes limites ele (Bobbio) os conhece, mas tem dificuldades em aceitá-los. Admite-os, como um realista, porque não tem alternativas. Por outro lado, sua postura diante da hipótese de uma outra vida depois da morte e de suas eventuais recompensas permanece, coerentemente, a de um laico: assim como os crentes acreditam crer, ele crê não crer em um outro mundo, entre os muitos mundos possíveis e imaginados de formas distintas por Platão, por Epicuro, pelos judeus, pelos cristãos. Diante disso, na vida como na velhice, é à memória que ele recorre, como meio de sobreviver.

PENSAMENTOS ENRIJECIDOS

Segundo ele (Bobbio) os pensamentos de um ancião tendem ao enrijecimento. Depois de certa idade, desistimos de mudar de opinião. Tornamo-nos cada vez mais obstinados em nossas convicções e mais indiferentes às dos outros. Os inovadores são vistos com desconfiança. Ficamos cada vez mais apegados às velhas idéias e, ao mesmo tempo, cada vez mais desconfiados das novas. O excessivo apego às próprias idéias nos torna mais facciosos. Eu mesmo percebo que preciso ficar alerta.

O QUÃO É TRISTE A SENECTUDE

A chamada decrepitude. Vivenciar essa experiência com um querido bem próximo não é tarefa das mais fáceis. Perda progressiva das funções intelectuais, como alteração de memória, raciocínio e linguagem. Além disso, a diminuição de algumas funções cognitivas pode fazer parte do envelhecimento natural, apesar de isso não ser necessariamente uma regra.

ESCAVAÇÃO DO POÇO SEM FUNDO

Constata Bobbio:

O velho vive das lembranças e em função das lembranças, mas sua memória torna-se cada vez mais fraca. O tempo da memória segue um caminho inverso ao do tempo real: quanto mais vivas as lembranças que vêm a tona de nossas recordações, mais remoto é o tempo em que os fatos ocorreram. Cumpre-nos saber, porém, que o resíduo, ou o que logramos desencavar desse poço sem fundo, é apenas uma ínfima parcela da história de nossa vida. Nada de parar. Devemos continuar a escavar! Cada vulto, gesto, palavra ou canção que parecia perdido para sempre, uma vez reencontrado, nos ajuda a sobreviver.

UM BALANÇO FINAL BEM “BOBBIANO”

Se o mundo do futuro se abre para a imaginação mas não nos pertence mais, o mundo do passado e aquele no qual, recorrendo nossas lembranças, podemos buscar refúgio dentro de nós mesmos, debruçar-nos sobre nós mesmos e nele reconstruir nossa identidade; um mundo que se formou e se revelou na série ininterrupta de nossos atos durante a vida, encadeados uns aos outros, um mundo que nos julgou, nos absolveu e nos condenou para depois, uma vez cumprido o percurso de nossas vidas, tentarmos fazer um balanço final.

"A velhice é tempo de trocar os sonhos por lembranças." Quando a memória permite...

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ANTERIORIDADE DO CONCEITO - PRECONCEITO

23/05/2022

Ética é a área da filosofia que estuda o comportamento humano. Portanto, um problema ético de grande relevância e interesse é o preconceito, uma vez que se trata de um comportamento que cria vários problemas práticos para o ser humano.

CONCEITUAÇÃO

Segundo os dicionários

"Preconceito é um conceito ou uma opinião previamente concebida. Em outras palavras, trata-se de um juízo feito sobre um indivíduo ou grupo social antes de qualquer experiência. O preconceito age a partir de uma simplificação, estabelecendo categorizações sociais através da criação de estereótipos."

BOBBIO

Ao analisar o preconceito, Norberto Bobbio deixa claro que ele se constitui de uma opinião errônea (ou um conjunto de opiniões) que é aceita passivamente, sem passar pelo crivo do raciocínio, da razão.

PRA QUE SERVEM

Segundo a filósofa Márcia Angelita Tiburi, os preconceitos não são inúteis. Eles têm uma função importantíssima na economia psíquica do preconceituoso. Sem os preconceitos, a vida do preconceituoso seria insuportável. Os preconceitos servem na prática para favorecer uns e desfavorecer outros, para confirmar certezas incontrastáveis, manter a ordem e descontextualizar os fenômenos. São parte fundamental dos jogos de dominação e de poder, servem para mistificar, para manipular, mas servem sobretudo para sustentar um ideal falso na pessoa do preconceituoso, ideal acerca de si mesmo, um ideal de “superioridade”, sem o qual os preconceitos seriam eliminados porque perderiam, aí sim, a sua função fundante.

IDADE MEDIEVAL

Um dos maiores e mais graves problemas em nossa sociedade desde os primórdios é o preconceito, é uma prática muito comum e causadora de diversos outros problemas, não apenas sociais, como também de saúde, provocando distúrbios, transtornos e até mesmo o suicídio.

O preconceito existe desde a idade medieval, onde viviam os bárbaros, como estes não eram de origem grega ou romana, eram escravizados e por isso  não eram considerados humanos. Na idade média, foram criados paradigmas religiosos entre cristãos e pagãos, os que não professavam o cristianismo eram tidos como infiéis e perseguidos pela igreja católica na época. Daí em diante, começamos a ver outras categorias de preconceito, como: étnico, religioso, sexual etc.

O CAMINHO DA DESCONSTRUÇÃO

A educação tem sido comprovadamente, o caminho mais acertado para combater esse mal que sempre assolou a sociedade.

Segundo Kant, somente o ser humano precisa ser educado, ou seja, a educação é característica exclusiva do gênero humano. “Por educação entende-se o cuidado de sua infância (a conservação, o trato), a disciplina e a instrução com a formação”.

A pedagogia kantiana é toda baseada na transmissão de conhecimento adquirido de geração em geração, ou seja, educar  significa repassar à geração seguinte toda a experiência adquirida ao longo da vida.

TIPOS DIVERSOS

Contra as mulheres (machismo, misoginia ou sexismo);

Social (classismo) Racial (racismo);

Contra pessoas trans (transfobia). Contra homossexuais (homofobia);

Contra judeus (antissemitismo). Contra gordos (gordofobia);

Preconceito religioso. Contra deficientes físicos (capacitismo);     

Contra estrangeiros (xenofobia). Preconceito estético, linguístico, cultural, etc.)

Norberto BOBBIO NO FINALIZANDO

“Quem quer que conheça um pouco de história, sabe que sempre existiram preconceitos nefastos e que mesmo quando alguns deles chegam a ser superados, outros tantos surgem quase que imediatamente. Apenas posso dizer que os preconceitos nascem na cabeça dos homens. Por isso, é preciso combatê-los na cabeça dos homens, isto é, com o desenvolvimento das consciências e, portanto, com a educação, mediante a luta incessante contra toda forma de sectarismo.”

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"CÂNDIDO ou O OTIMISMO”

22/05/2022

SOBRE O AUTOR

François Marie Arouet, mais conhecido pelo pseudônimo Voltaire, foi um dos mais importantes filósofos do iluminismo. Defensor das liberdades individuais e da tolerância, foi uma das principais inspirações da Revolução Francesa. Para Voltaire, deve ser garantido às pessoas o direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa e à liberdade política.

A HISTÓRIA – O PROTAGONISMO

O protagonista que dá nome a Cândido ou O otimismo (1759), de Voltaire, é um jovem rapaz que mora em um belíssimo castelo em Westfália, cujo barão é o pai da bela Cunegundes. Dentre os moradores do castelo está Pangloss, filósofo otimista e preceptor de Cândido, direcionando-o sempre ao que é bom. Tudo está correndo bem com Cândido, no “melhor dos mundos possíveis”, quando ele se apaixona pela filha do barão e é expulso do castelo. A partir daí, tem início uma série de desgraças absurdas: ele é torturado, roubado, enganado, sobrevive a um naufrágio e a um terremoto em Portugal (que de fato aconteceu)… tudo isso ocorre para que Cândido, enfim, questione a pregação otimista de Pangloss, sua visão positiva que até então lhe servira de guia.

CONFLITO ENTRE TEORIA E PRÁTICA

Cândido desempenha um personagem importantíssimo na literatura mundial, pois, carrega dentro de si as contradições comuns à condição humana. Ele trava uma batalha interna entre o que sempre foi tido como certeza absoluta e aquilo que ele enfrenta no mundo real, juntamente com outras filosofias com as quais entra em contato enquanto compõe sua própria trajetória. Esse conflito entre teoria e prática é parte dos seres humanos, cujas convicções são inevitavelmente contestadas à medida em que adquirem experiência.

ESTADO NÃO LAICO

No período em que o livro foi escrito, a Igreja era quem comandava o Estado francês, sem que houvesse qualquer expectativa de liberalismo na França. Voltaire, como filósofo do início do Iluminismo, defendia a política liberal, sem espaço no seu país. Trazer ao Cândido ou O otimismo personagens que representassem os vícios das instituições francesas, especialmente da Igreja, foi a forma adotada pelo autor para censurar o absolutismo católico e os hábitos político-religiosos da França, onde até mesmo o saber era filtrado por ideais religiosos, e a filosofia, constantemente vinculada à teologia.

UMA ALUSÃO AO FILÓSOFO LEIBNIZ

Mesmo Pangloss é um personagem que reproduz de maneira caricatural e satírica um filósofo alemão que realmente existiu: Leibniz. Ele propunha um sistema filosófico-teológico baseado no otimismo, na crença do mundo como o melhor dos mundos possíveis, já que criado por Deus, a criatura perfeita. Esse idealismo é frequentemente contestado pelas mais absurdas e tenebrosas situações que recaem sobre as personagens de Voltaire, diante das quais nem o mínimo pensamento positivo é capaz de resistir.

A HORA DO FINALMENTE

A presença dos vícios e defeitos em ambos os extremos só prova a imperfeição intrínseca ao ser humano. A conclusão imediata à leitura de Cândido ou O otimismo é que a humanidade é corruptível e diante dessa corruptibilidade universal é inútil apoiar-se em qualquer doutrina radical. O caráter imprevisível da existência e da convivência interpessoal invalida quaisquer pensamentos tão inflexíveis quanto o otimismo e o pessimismo inalteráveis, ingênuos e perigosos na mesma medida. Se o conto filosófico de Voltaire apresenta uma moral, esta é a necessidade da supremacia do pensamento equilibrado sobre as ideias tolas e utópicas de melhor ou pior mundo possível.

por Tamlyn Ghannam publicado no blogescotilha

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AS 7 LEIS ESPIRITUAIS DO SUCESSO

21/05/2022

UM BREVE RESUMO

“As 7 leis espirituais do sucesso” é um dos livros mais populares do médico e escritor Deepak Chopra, conhecido mundialmente por seus discursos e obras sobre medicinas alternativas e espiritualidade. Como sugere o nome, o livro ensina os sete passos essenciais, segundo o autor, para transformar nosso modo de viver e atrair o sucesso genuíno, seja pessoal ou profissional.

LEI DA POTENCIALIDADE PURA

A primeira lei de Deepak Chopra diz respeito à nossa essência: quem nós realmente somos. O que você responde quando te perguntam ‘quem é você’? Sua resposta inclui sua profissão, seu cargo ou as coisas que você tem? Se sim, você provavelmente está deixando que o seu ego responda por você.

O ego carrega consigo as ambições materiais, o medo e as disputas, enquanto nossa essência busca aquilo que nos nutre e equilibra verdadeiramente. Através da primeira lei, então, o autor busca desmistificar e dissolver o conceito de ‘ego’, ou seja, a nossa percepção sobre nós mesmos a partir do mundo exterior, para que possamos acessar o nosso verdadeiro ‘eu’.

LEI DA DOAÇÃO

A segunda das sete leis discursa sobre a importância de doar de forma desinteressada, ou seja, sem esperar nada em troca. Segundo o livro, quando esperamos alguma retribuição ou reconhecimento através das nossas doações, elas perdem seus valores.

Por isso, procure doar todos os dias: conselhos, sorrisos ou cafés. Ainda que sem esperar retorno, dê tudo aquilo que deseja receber: quer amor e gentileza? seja amoroso e gentil com aqueles ao seu redor.

LEI DA CAUSA E EFEITO (KARMA)

E embora as doações devam ser desinteressadas, a energia de entrega sempre retorna para você. É o famoso karma. E é disso que fala a terceira lei de Chopra.

Tudo que vivemos é consequência das nossas escolhas, e tudo que viveremos no futuro será reflexo das sementes que plantarmos hoje. É claro que não temos controle de tudo que pode acontecer no mundo, mas, salvo eventos de força maior, nós podemos, sim, ter controle de como os acontecimentos impactam nossa vida.

LEI DO MÍNIMO ESFORÇO

Não, não é sobre preguiça que Deepak fala na quarta lei! O mínimo esforço consiste, apenas, em não gastar energia com coisas que não temos controle. Sobre aplicar a aceitação.

Segundo o autor, a ansiedade em relação aos eventos e situações da nossa rotina são impulsionadas pelo ego, que quer encontrar todas as respostas e soluções para todos os problemas – e muitas vezes vê como solução culpar tudo e todos ao nosso redor.

Por isso, a aplicação da quarta lei deve ser relacionada à assumir a responsabilidade necessária para resolver seus problemas, e aceitar aqueles que não dependem de você. Isso vale também para nossas reclamações cotidianas: a chuva, a conexão lenta, a fila do mercado…

LEI DA INTENÇÃO E DESEJO

O que você tem feito para atingir seus objetivos? Eles parecem impossíveis para você?

Segundo o livro, tudo é possível no campo das possibilidades, mas devemos manifestar e trabalhar por aquilo que desejamos. O segredo do sucesso aqui é a união entre atenção e intenção, ou seja, fazer com que suas metas e ações caminhem juntas, para, assim, realizar todos os seus sonhos – por mais impossíveis que eles pareçam.

LEI DO DISTANCIAMENTO

Uma vez que você entende seu objetivo, cria seu plano de ações e começa a trabalhar por ele, é hora de se distanciar do seu objetivo. Sim! Não significa deixá-lo de lado, mas focar no aqui, agora, em vez de viver em função da sua realização.

Muitas vezes voltamos nossa atenção ao futuro. Ao que pode acontecer, ao que queremos que aconteça, aos nossos planos… Mas, como falado na terceira lei, o nosso futuro – isso é, o que está ao nosso controle em relação a ele – depende do que fazemos hoje.

LEI DO DHARMA OU PROPÓSITO

Encontrar seu propósito significa descobrir a sua verdadeira missão. Aquilo que você ama fazer e que, ao mesmo tempo, pode gerar benefícios para você e para aqueles ao seu redor. Essa aqui nós tiramos de letra, certo? Quem empreende com afeto sabe muito bem como aplicar a sétima e última lei do livro de Deepak Chopra. Basta, agora, praticá-la junto às outras!

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TEORIA DA CONSPIRAÇÃO

20/05/2022

Por que as pessoas acreditam em teorias da conspiração? A CIÊNCIA EXPLICA.

Em janeiro de 2021,a conceituada revista National Geographic publicou um excelente artigo de autoria da jornalista Jillian Kramer, o qual disserta sobre o perigo da disseminação e da massificação da chamada desinformação – “teoria da conspiração” – que vem “incendiando” e seduzindo mentes e corações incautos, ou de má fé, em diversas partes do mundo. Esse é o tema que a REM traz hoje, para mais uma oportuna e necessária reflexão.

O FASCÍNIO DAS CONSPIRAÇÕES EM UM MUNDO CAÓTICO

A desinformação foi a chama que acendeu a multidão que invadiu o Capitólio, nos EUA, mostrando os efeitos desastrosos que essas teorias conseguem produzir.

As pessoas utilizam atalhos cognitivos — regras basicamente inconscientes para tomar decisões de forma mais rápida — para decidir em quem irão acreditar. E aqueles que se sentem com ansiedade ou com uma sensação de desordem, ou ainda que anseiam por explicação cognitiva podem depender ainda mais desses atalhos cognitivos para dar sentido ao mundo, explica Marta Marchlewska, psicóloga social e política que estuda teorias da conspiração na Academia Polonesa de Ciências.

ACEITAÇÃO DA MENTIRA

Muitas das teorias da conspiração que atualmente circulam oferecem explicações à própria pandemia. Um estudo publicado em outubro por van der Linden e colegas apresentou a residentes dos Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Espanha e México declarações que continham informações e fatos falsos comuns sobre covid-19.

Embora a grande maioria tenha identificado corretamente as informações falsas, alguns aceitaram prontamente as mentiras, incluindo entre 22% e 37% dos participantes (dependendo do país) que acreditaram na alegação de que o novo coronavírus foi desenvolvido em um laboratório em Wuhan, na China. Alguns também consideraram que informações corretas eram falsas, como o fato de que o diabetes aumenta o risco de casos graves de covid-19.

NARCISISMO COLETIVO

Outro fator psicológico que pode levar à aceitação de conspirações é aquilo que os especialistas denominam “narcisismo coletivo”, ou a convicção exagerada de um grupo em sua própria importância. A pesquisa de Marchlewska sugere que narcisistas coletivos costumam buscar inimigos imaginários e aceitam explicações de conspirações que os culpem.

Esse anseio se sobressalta especialmente quando os narcisistas ou membros de seu grupo fracassam. “Para algumas pessoas, as crenças conspiratórias são a melhor maneira de enfrentar a ameaça psicológica representada por seu fracasso”, ressalta Marchlewska.

SIGA O LÍDER

Embora os grupos geralmente compartilhem crenças comuns, essas crenças normalmente são determinadas por algumas poucas pessoas influentes. Uma pesquisa de outubro com mais de dois mil norte-americanos, realizada por Joseph Uscinski, professor associado de ciências políticas da Universidade de Miami, concluiu que havia uma estreita correlação entre o que as pessoas acreditavam e o que lhes havia sido contado por seus líderes políticos. Por exemplo, 56% das pessoas que se identificaram como democratas concordaram que havia uma conspiração para impedir que os serviços postais dos Estados Unidos processassem cédulas postadas, em comparação com apenas 31% dos republicanos.

Pessoas “que acreditam em teorias da conspiração geralmente procuram um salvador — alguém que proteja seu grupo fechado de inimigos conspiradores”, afirma Marchlewska.

IDENTIFICANDO A VERDADE

Depois que se passa a acreditar em algo, pode ser quase impossível dissuadir alguém de suas crenças. Emily Thorson, cientista política da Universidade de Syracuse refere-se a esse fenômeno psicológico como ecos de crenças — uma “resposta obsessiva e emocional a informações, que pode se perpetuar até mesmo após a constatação de que são falsas”.

A CAMINHO DO PONTO FINAL - A ÚLTIMA ELEIÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS (2020)

Convencer as pessoas de que não houve fraude na eleição, “a solução mais provável seria os líderes republicanos e outras elites confiadas pelos apoiadores de Donald Trump se manifestarem e deixarem claro que não concordam com ele”, afirma Joseph A. Vitriol, psicólogo social e político da Universidade de Stony Brook, em Nova York.

Mas, de forma geral, segundo Vitriol, a sociedade pode se beneficiar da ideia de que não há problema em estar errado. “As pessoas não gostam de se sentir alienadas e, muitas vezes, sentem-se obrigadas a formar opiniões sobre algo que não entendem”, conta ele. Para incentivar as pessoas a abandonar convicções falsas, devemos promover a ideia de que “mudar de opinião diante de novas informações é algo sensato a ser feito”.

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O FILME

19/05/2022

Por Eduardo Escorel, cineasta.

Uma produção  da Netflix pretende ser uma sátira política mordaz, mas perde impacto à medida que personagens se tornam caricaturais.

Filmada em plena pandemia, entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021, a história criada pelo jornalista David Sirota em parceria com McKay. O que vemos quando olhamos para o céu? (2h30min, 2021), por sua vez, além de ser uma pergunta instigante, é o título da produção alemã e da Geórgia.

A HISTÓRIA

Ignorando a recomendação de agir imediatamente ao ser informada de que a humanidade e todas as espécies serão extintas em seis meses por um cometa que atingirá a Terra, a presidente Orlean (Meryl Streep) decide “to sit tight and assess” (aguentar firme e avaliar). Provoca, com isso, reação indignada da doutoranda em astronomia Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence), que resolve “dar o fora” da Casa Branca, dizendo que o Salão Oval é “um hospício”. Pouco tempo depois, frustrada com o andamento de uma entrevista que concedia a um canal de notícias, Dibiasky perde a paciência de novo e ironiza a premissa do programa The Daily Rip: “Desculpe. Não estamos sendo claros? Estamos tentando dizer a vocês que todo o planeta está prestes a ser destruído […].

A COLISÃO DO ASTEROIDE

Vitoriosa a postura de não olhar para cima e fracassada a missão de desintegrar o cometa para aproveitar seus metais preciosos, o gigantesco asteroide entra na atmosfera e atinge a Terra. O impacto fatal é maior que o causado em Chicxulub, na Península de Yucatán, no México, há dezenas de milhões de anos, que levou à extinção de cerca de 75% das espécies vegetais e animais que viviam no planeta. Dessa vez, a vida na Terra é aniquilada, ou quase. Há ao menos um sobrevivente, conforme revela a cena de encerramento [...]

FONTE INSPIRAÇÃO

A inspiração para o título, segundo Koberidze, veio de Lionel Messi, que “sempre olha para o céu quando marca um gol”. “E eu sempre me animava”, ele prossegue, “com essa ligação dele com algo que é impossível ver. […] É um gesto universal. Todo ser humano tem sua própria resposta para a pergunta do título. Há sempre um momento em que olhamos para cima, mas o que você vê é algo ancestral, diferente para todos […]

COMENTÁRIO DO NARRADOR

O comentário final do narrador é um sinal de alerta que vale para todo cineasta: “Confesso que sempre penso no que dizer aos meus filhos quando eles me perguntarem a razão de tanta brutalidade e impotência. Quando perguntarem o que eu estava fazendo quando tudo isso aconteceu. Penso nisso porque sei que irão perguntar e não tenho respostas. O que devo dizer? Que eu fazia filmes?”

UMA CONSTATAÇÃO FINAL

Talvez possamos concluir que a grande ameaça não vem do céu, mas dos próprios terráqueos.

A AMEAÇA HUMANA

Intervenções do homem nos ecossistemas estão devastando cadeias alimentares e provocando extinção em massa de espécies. Poderia esse processo culminar com nosso próprio fim? 

Esqueça a colisão inesperada de asteroides, erupções vulcânicas globais ou alterações no campo magnético da Terra. Um vilão muito mais perigoso está nesse momento promovendo uma silenciosa extinção em massa de espécies. Você adivinhou: o ser humano.

Nosso planeta presenciou 5 grandes extinções em massa nos últimos 500 milhões de anos. Dentre elas, a dos dinossauros é a mais famosa. E, ao que tudo indica, o homem iniciou a sexta grande matança há milhares de anos, quando adquiriu inteligência suficiente para manipular os ecossistemas a seu bel-prazer. E hoje estamos presenciando a maior extinção em massa de plantas e animais já vista na história da Terra. 


SER HUMANO – O PREDADOR

Hoje, nosso planeta possui cerca de 2 (dois) milhões de espécies identificadas. Nos próximos 100 (cem) anos, metade delas estará extinta! É o que afirma Edward Wilson, famoso biólogo americano, no livro O Futuro da Vida. E o culpado é quem ele chama de “o assassino planetário”. “No mundo inteiro, sempre que humanos penetram em um novo ambiente, a maior parte da megafauna desaparece”, diz. Os animais grandes, lentos e saborosos são sempre os primeiros dizimados. Quando o homem extermina a fauna de uma região, muda-se para outra, onde a destruição continua.

No curto período de tempo em que o homem está sobre a Terra, já poluiu o ar, o solo e o mar, promoveu o desmatamento descontrolado, a caça e a pesca predatórias e explorou recursos naturais ao extremo. Agora ele está até mesmo alterando o clima do planeta inteiro pela emissão de combustíveis fósseis. Diversas espécies de mamíferos, pássaros, répteis, peixes, insetos e até vegetais já foram extintas.


CONCLUSÃO E UMA PREOCUPAÇÃO

Segundo dados do Imazon: “Desmatamento na Amazônia em 2021 é o maior dos últimos 10 (dez) anos. Os dados apontam que mais de 10 (dez) mil quilômetros de mata nativa foram destruídos – um crescimento de 29% em relação a 2020”.

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O LADO SOMBRIO E OBSCURO DA INTERNET

18/05/2022

Na internet podemos jogar, ouvir músicas, assistir vídeos, manter contato com amigos, descobrir coisas novas, fazer pesquisas, estudar… E com a facilidade de publicar o que se deseja e trocar informações e imagens com outros usuários, a rede se transformou em uma das ferramentas mais fortes para pesquisas e informação em geral. Porém existe um outro lado ruim, obscuro e muito perigoso ...

NAVEGAÇÃO FORA DO MAPA

Invisível ao navegador comum, irrastreável pelas autoridades e basicamente, uma navegação online fora do mapa. Essas características soam como música para criminosos que transformaram um modo de navegação na internet, que preserva a privacidade, numa rede a serviço do crime organizado. Rosilene Maia Souza, advogada e professora de Crimes Cibernéticos, em entrevista para o portal “Edição do Brasil”, discorre sobre a deep web, o lado da internet com fama de obscuro. A saber.

O QUE É A DEEP WEB?
A deep web é uma parte da internet que não é popularmente conhecida. Existe muita lenda a respeito dela, mas basicamente, trata-se de sites invisíveis e de difícil rastreamento, um lado da internet que não pode ser mapeado, por isso, muitas pessoas tendem a dizer que a deep web é o lado obscuro da internet.

QUAL É O SEU TAMANHO?
Qualquer dado que te passe agora vai estar desatualizado. Qualquer número já vai ter aumentado no final dessa conversa. Em proporção, se em uma plataforma comum, como o Google, existem milhões de sites catalogados, isso não chega a 1% da deep web. Ela é infinitamente maior do que o visível aos olhos do navegador comum. Provavelmente até menos que 1%.

COMO SURGIU?
Ela foi criada nos primórdios da internet, basicamente, como uma forma de armazenar dados. E, muitas pessoas e entidades usam a deep web com esse objetivo. Por exemplo, governos colocavam informações lá que não podem ser perdidas e nem acessadas. Todo o registro de um banco de dados de uma faculdade também ficava guardado lá, no que hoje chamamos de nuvem. A deep web não surgiu para ser o que é hoje, um mecanismo obscuro, inacessível e invisível a serviço do crime. Como se trata de uma parte altamente protegida e criptografada da internet, utilizou-se dessa característica para criar muitos sites obscuros e, agora é, com certeza, uma plataforma gigante para o mundo do crime virtual.

TIPOS DE CRIMES QUE ACONTECEM NESSE AMBIENTE?
De todas as formas. Tudo que é rechaçado por uma sociedade moderna existe por lá. Por exemplo, há apologia ao racismo, crimes virtuais, pedofilia, estupro, furtos de valores monetários, invasão de sites governamentais e também dos crimes mais minimalistas. É possível encontrar as mais variadas formas e apologias.

COMO ACESSAR E NAVEGAR?
Primeiro, nenhum navegador comum consegue abrir uma página na internet, digitar “deep web” e acessá-la. É preciso ter um conhecimento em informática muito acima do nível mediano, porque é necessário quebrar algumas criptografias que são codificadas com os mais elevados graus que se possa imaginar. Então, quando se consegue entrar na deep web sem dificuldade? De regra, nunca. Mas existe a possibilidade de alguma facilidade ser colocada? Sim. Caso te convidem ou autorizem. Mas não aconselho que um usuário comum da internet, que não tem conhecimento profundo de T.I. ou de proteção na web, tente acessá-la.

EVITE CAIR NESSA REDE. AFINAL, VOCÊ NÃO É PEIXE...
É muito simples. Da mesma forma que a deep web tem o escopo de ser secreta, de armazenar muitas criptografias justamente como forma de proteger o usuário pelas mais variadas razões e motivos, ele, nesse espaço, não tem qualquer proteção. Então, por exemplo, todas as formas de vírus possíveis e imagináveis podem te atacar no momento em que você acessa ou tenta acessar. É bom lembrar que todos os tipos de hackers, crackers ou qualquer outro tipo de criminoso está lá e pode te atacar nesse momento. É uma porta que você abre para invasão sem saber quem está do lado de lá. Quem entra está à procura de algo específico que não encontra na web comum, porém, lá existem vários experts maliciosos de olho em presas fáceis. Se você não tem conhecimento e nem equipamento de segurança para navegar nessa internet, não aconselho que entre. É proibido entrar? Não. O problema é que você pode se colocar numa situação altamente vulnerável.

FINALIZANDO

O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia, o criminoso invisível de plantão, o irresponsável, o delinquente e o subjacente à condição de “semideuses”.

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A BELEZA é que SALVARÁ o mundo do DESESPERO, disse Dostoiévski

17/05/2022

Em maio de 2014 o newsletter "O Tempo" publicou um texto de Leonardo Boff que resolvi compartilhar com vocês, fidelíssimos amigos de todos os dias, através da nossa infatigável REM.

O título: "A beleza é que salvará o mundo do desespero, disse Dostoievski"

SEGUNDO DOSTOIÉVSKI

"Seguramente não podemos viver sem pão, mas também é impossível existir sem beleza."

Beleza é mais que estética; possui uma dimensão ética e religiosa. Ele via em Jesus um semeador da beleza. "Ele foi um exemplo de beleza e a implantou na alma das pessoas para que através da beleza todos se fizessem irmãos entre si".

CONCEITO SUBJETIVO

O conceito de beleza é subjetivo, localizado, histórico e relacional. Apesar dessa relativização, as sociedades impõem alguns padrões de beleza, uma vez que ela também é construída em contextos de relações assimétricas de poder. O corpo é uma das instâncias sujeitas à inscrição, à classificação e à hierarquização da ideia de beleza. Na sociedade brasileira, o padrão assimilado desde o século XVI, como decorrência da colonização portuguesa, possui um viés eurocêntrico (GOMES, 2006.). “Respeitando certos limites, cada cultura define a beleza corporal à sua própria maneira, ocorrendo o mesmo com a classificação e a avaliação das diferentes partes do corpo e as decorrentes associações estabelecidas entre tais partes e determinados atributos, positivos ou negativos”.

ENSINAMENTO GREGO

Dos gregos aprendemos, e isso atravessou todos os séculos, que todo ser, por diferente que seja, possui três características transcendentais (estão sempre presentes, pouco importa a situação, o lugar e o tempo): ele é


APRECIADOR DA BELEZA
Um dos grandes apreciadores da beleza foi Fiódor Dostoiévski. Para ele, a contemplação da Madona de Rafael era a sua terapia pessoal, pois sem ela desesperaria dos homens e de si mesmo, diante de tantos problemas que via. Em seus escritos, descreveu pessoas más e destrutivas, e outras que mergulhavam nos abismos do desespero. Mas seu olhar, que rimava amor com dor compartida, conseguia ver beleza na alma dos mais perversos personagens. Para ele, o contrário do belo não era o feio, mas o utilitarismo, o espírito de usar os outros e, assim, roubar-lhes a dignidade.

PROSSEGUE E CONCLUI

LEONARDO BOFF
A nossa cultura, dominada pelo marketing, vê a beleza como uma construção do corpo, e não da totalidade da pessoa. Então, surgem métodos e mais métodos de plásticas e botoxes para tornarem as pessoas mais “belas”. Por ser uma beleza construída, ela é sem alma. E, se repararmos bem, nessas belezas fabricadas, emergem pessoas com uma beleza fria e com uma aura de artificialidade, incapaz de irradiar. Daí irrompe a vaidade, não o amor, pois beleza tem a ver com amor e comunicação.
A beleza é um valor em si mesmo. Não é utilitarista. É como a flor que floresce por florescer, pouco importa se a olham ou não, como diz o místico Angelus Silesius. Mas quem não se deixa fascinar por uma flor que sorri gratuitamente ao universo?




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CIVILIZAÇÃO FENÍCIA

16/05/2022

A Civilização Fenícia desenvolveu-se majoritariamente na região do atual Líbano e tornou-se conhecida por dominar técnicas de navegação e possuir um influente comércio.

EXÍMIOS NAVEGADORES

Esse povo ficou extremamente conhecido na Antiguidade por ter exímios comerciantes e navegadores, produzindo as melhores embarcações de sua época e por ter mercadorias apreciadas por diversos povos. Essa característica dos fenícios é atribuída à condição geográfica da região que, por ser montanhosa, não possuía um solo propício para o desenvolvimento da agricultura em larga escala.

TIRO – CENTRO COMERCIAL

A cidade de Tiro surgiu por volta de 2750 a.C. sob o nome de Ushu e prosperou a partir de uma aliança com o Reino de Israel, localizado ao sul. O auge dessa cidade aconteceu por volta de século X a.C., quando teve grande influência para o desenvolvimento de colônias fenícias em diferentes partes das margens do Mar Mediterrâneo.

A região onde se desenvolveu a cidade de Sidon começou a ser habitada por volta de 4000 a.C. Essa cidade foi um centro comercial importante dos fenícios e, por volta do século X a.C., disputava a hegemonia da região com outra cidade-estado fenícia: Tiro. A decadência de Sidon aconteceu exatamente na época da aliança de Tiro com o Reino de Israel.

DECADÊNCIA DOS FENÍCIOS

Essa fase caracterizada pelo sucesso do comércio marítimo dos fenícios iniciou-se a partir de 1500 a.C. e teve como auge o período 1200 a.C. e 800 a.C. Entretanto, a prosperidade dos fenícios atraiu a cobiça de diversos povos estrangeiros.

Invadida e saqueada pelos macedônios. A região foi conquistada por Alexandre após a vitória na Batalha de Isso, em 333 a.C. Apesar de a cidade de Tiro oferecer resistência, ela sofreu um cerco de oito meses e foi saqueada por esse rei macedônio e seus cidadãos escravizados.

A Importância do PRESENTE – O momento mais importante da vida!

15/05/2022

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Em um texto publicado no blog psicologiaviva no ano de 2016, Danilo de Campos, psicólogo clínico trás uma abordagem sobre a importância do momento presente de nossas vidas. Tema da reflexão proposta para este ensolarado domingo.


TEMPO PRESENTE

Você já parou para pensar na importância do tempo presente? Este tempo cujo nome é muito sugestivo… E não é à toa, pois o presente é o grande momento da sua vida! Sim, é nele e para ele que todas as coisas acontecem… Ou não! É preciso que nos atentemos para este simples, mas importante momento da vida…

Quando paramos para pensar profundamente na questão, é possível entender que toda a sua vida, tudo que você viveu até hoje, tenha você a idade que tiver, esteja onde estiver, faço o que estiver fazendo, tudo isto só tem sentindo no momento presente, no aqui e agora. Todos os fatos que ocorreram na sua vida até o presente momento em que lê estas palavras, contribuíram e arquitetaram, para que você estivesse fazendo exatamente o que está fazendo agora.

O PASSADO PASSOU E O FUTURO AINDA  NÃO CHEGOU                          Sabemos que o passado já passou e o futuro ainda não chegou. É claro que é ótimo ter sonhos e esperança no futuro, mas já me foi dito certa vez que só tem um bom futuro quem faz um bom presente. A verdade é que somente o presente nos oferece a possibilidade de sermos melhores, de fazermos o que tem de ser feito, de valorizar, de ser feliz, de amar, de colocar-se a trabalho. Somente no presente encontramos ferramentas para fazer de nossos projetos uma realidade, pois se assim não o fazemos, os projetos existirão sempre como possibilidades e não realidades!

O PRESENTE SEMPRE PRESENTE

A vida acontece no aqui e agora. O momento presente é o grande presente que temos todos os dias, todas as horas, minutos e cada vez que isso acontece estamos cara a cara com a vida, pois é ela própria quem nos presenteia… E então? O que faremos com tantos presentes? Diz a boa educação que agradecer é sempre o mínimo que fazemos… Diria mais: por que não retribuirmos também a vida com outro presente? E isso é fácil, pois basta que usemos o próprio presente que a vida nos dá…O bom disso é que ela não erra! Cada presente vem embrulhado do jeito certo para cada um.
Vivamos o presente! O momento mais precioso da vida.

(...) "Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir.
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo que há pra viver
Vamos nos permitir" (...) 
(Lulu Santos na música “Tempos modernos”)

https://www.youtube.com/watch?v=itS3sjWCAnc

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A BÍBLIA: história, origem, quem escreveu e composição da Bíblia Sagrada

14/05/2022

O QUE É A BÍBLIA SAGRADA?

DEFINIÇÃO DA PALAVRA BÍBLIA

A Bíblia sagrada é o conjunto de livros do Antigo e do Novo Testamento. Formada por 66 livros, sendo 39 no Antigo e 27 no Novo testamento.

A Bíblia é um dos livros mais traduzidos e lidos no mundo todo.

Apesar de estar na capa, o vocábulo Bíblia não se acha no texto das Sagradas Escrituras.

De onde então vem esse nome?

Vem do grego, a língua original do Novo Testamento.

Do grego “biblion”, que significa “livro”, “rolo”.

BÍBLIA NA VISÃO TEOLÓGICA

Com orientações para uma vida devotada, a Bíblia é a mensagem de Deus para o seu povo.

De Moisés ao apóstolo Paulo, Deus inspirou homens para registrar suas palavras a fim de transmiti-las a outras pessoas.

É a ferramenta para entendimento da vontade de Deus para nossas vidas. É uma revelação especial de Deus para a humanidade.

Pois, ela explica como Ele é, como espera que nos comportemos e as consequências de aceitarmos ou rejeitarmos sua mensagem.

Proclama a obra amorosa e redentora de Deus para os que não conhecem Jesus Cristo.

A COMPOSIÇÃO DA BÍBLIA

A estrutura ou composição da Bíblia, isto é, a sua divisão em partes principais e seus livros quanto à classificação por assuntos e certas particularidades indispensáveis.

A Bíblia divide-se em duas partes principais:

ANTIGO e NOVO TESTAMENTO, tendo ao todo 66 livros, sendo 39 no Antigo e 27 no Novo Testamento.

Estes 66 livros foram escritos num período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores. Aqui está um dos milagres da composição da Bíblia.

Esses escritores pertenceram às mais variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas e condições diversas. Entretanto, seus escritos formam uma harmonia perfeita.

ANTIGO TESTAMENTO

O título Antigo Testamento foi primeiramente aplicado aos 39 livros das Escrituras hebraicas, por Tertuliano, e Orígenes.Sobre a composição da Bíblia, na primeira divisão principal, temos o Antigo Concerto (também chamado pacto, aliança), que veio pela Lei, feito no Sinai e, selado com sangue de animais (Êxodo 24.18; Hebreus 9.19,20).

Seus 39 livros estão classificados em 4 grupos, conforme os assuntos a que pertencem: LEI, HISTÓRIA, POESIA E PROFECIA.

LEIS

São 5 livros: de Gênesis a Deuteronômio. São comumente chamados o Pentateuco.

HISTÓRIA

São 12 livros: de Josué a Ester.

POESIA

São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão.

PROFECIA

São 17 livros: de Isaías a Malaquias.

O NOVO TESTAMENTO


Seus 27 livros foram escritos em grego e num espaço de cerca de 50 anos.

Seus 27 livros também estão classificados em 4 grupos, conforme o assunto a que pertencem: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, EPÍSTOLAS, PROFECIA.

Sua mensagem principal se refere à obra redentora de Jesus Cristo e à primitiva igreja cristã, mas também oferece preciosos mandamentos sobre a vida com Deus.

BIOGRAFIA                                     

São os 4 primeiros livros do Novo testamento chamados de Evangelhos.

HISTÓRIA

É o livro de Atos dos Apóstolos o qual relata a história dos primeiros cristãos.

EPÍSTOLAS (CARTAS)

Seguindo Atos vêm as epístolas ou cartas que o apóstolo Paulo e outros escreveram para encorajar os primeiros cristãos na sua caminhada com Jesus.

PROFECIA

O último livro do Novo Testamento é o Apocalipse, um livro profético que detalha a próxima vinda de Cristo à terra.

AS LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA

O hebraico e o aramaico para o Antigo Testamento, e o grego para o Novo Testamento, são, portanto, as línguas originais da Bíblia.

MANUSCRITOS ORIGINAIS DA BÍBLIA

Manuscritos originais saídos das mãos dos escritores não há nenhum conhecido.

A falta de Manuscritos originais provém do seguinte:

1) O costume dos judeus de enterrar todos os Manuscritos estragados pelo uso ou qualquer outra coisa; isto para evitar mutilação ou interpolação espúria.

2) Os reis idolatras e ímpios de Israel podem ter destruído muitos, ou contribuído para isso.

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O "DIA DELÍRIO" DE MACHADO DE ASSIS E AS FESTAS DA ABOLIÇÃO

13 DE MAIO - EDIÇÃO ESPECIAL

O texto aborda a participação de Machado de Assis nos festejos pela Abolição – missa, cortejos e poesia –, estando também entre aqueles que produziram uma memória para o grande feito do 13 de maio: o fim da escravidão. Se os relatos sobre a Abolição tratam sempre de um "delírio" machadiano, nem sempre abordam as diferentes funções desse literato para o processo, tendo sido funcionário público desde 1873, cargo em que atuou pela liberdade dos escravos, e, em 1888, também um intérprete da abolição, através das crônicas e poesias. As festas da Abolição ficariam na memória desse literato que nos anos seguintes usou esse "dia de delírio" para comentar o seu presente republicano e o futuro das festas da Abolição.

1888 ANO DO DELÍRIO COLETIVO

Os relatos sobre a Abolição e a festa ocorrida no Rio de Janeiro em 1888 abordam euforia e delírios. A fim de "comprovar" esse último, uma frase de Machado de Assis é costumeiramente usada: "foi o único dia de delírio que me lembra ter visto". No entanto, como é comum entre escritos esparsos sobre esse literato, tal frase aparece fora de contexto e sem as referências de quando foi dita pelo autor. O "delírio" machadiano faz parte das comemorações pelo fim da escravidão, apesar de a frase não ter sido escrita em 1888.

TERIA SIDO UMA HISTÓRIA REAL?

“Delírio é uma crença fantasiosa, porém inabalável, ou seja, uma convicção que resiste a todas as evidências externas do contrário. Seus conteúdos são os mais diversos, por exemplo, delírio de perseguição (paranóide), de culpa, de grandeza, de infestação, de ciúmes, de negação, erótico, religioso, etc.” 

"ABOLIÇÃO", GRILHÕES VERDADEIRAMENTE ROMPIDOS?

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A RESSURREIÇÃO DE MEDELLÍN

13/05/2022

A história de Medellín, segunda maior cidade da Colômbia, é similar à de outras cidades latino-americanas. Fundada em 1616, chegou ao século XIX como exportadora de café e ouro, tornando-se importante centro industrial até os anos 1970, quando perdeu competitividade para as cidades portuárias do Atlântico colombiano.

Na sequência, o desemprego e a desigualdade somaram-se à imigração decorrente de duas décadas de guerrilha rural e de extorsão dos camponeses por traficantes de drogas.

UMA TRANSFORMAÇÃO POSSÍVEL

Como é possível a cidade mais violenta do mundo conseguir, em menos de duas décadas, tornar-se um exemplo mundial de transformação? Medellín, na Colômbia, responde: urbanismo social. A capital da província da Antioquia, agora, é modelo por ter conseguido reduzir as taxas de homicídios de 382 para 39 casos por 100 mil habitantes, entre as décadas de 1990 e 2010, por meio de investimentos em cultura e educação. Esse laboratório real, cujos números seguem a cair, mostrou como é possível transformar positivamente a vida dos cidadãos e inspirar cidades por toda a América Latina, inclusive, Salvador.


“NÃO BASTA SER REMÉDIO TEM QUE SER...”

Não basta reunir a população em eventos pontuais tão comuns em prefeituras e governos estaduais brasileiros, sob o pretexto de coletar demandas das comunidades, cujo atendimento passará pela peneira dos interesses eleitorais, sem que haja conexão com algum planejamento geral.

É preciso realizar o custeio e o investimento público segundo um plano de longo prazo (10 anos), tendo como metas inegociáveis os indicadores de desenvolvimento humano e econômico da cidade.

POLÍTICAS PÚBLICAS

Tem políticas de desenvolvimento territorial, de segurança urbana, educação, desenvolvimento econômico, urbanização, todos subordinados a um plano maior de desenvolvimento municipal, para uma década.

O plano principal da cidade é construído a partir da integração de miniplanos voltados para os bairros e comunidades. Por sinal, ‘integração’ é um princípio fundante de todo esse processo, porque todas as ações fazem parte de um pacto maior, que é estabelecido por todos os órgãos públicos e por todos os segmentos da sociedade de Medellín.

As ações são elaboradas e monitoradas por meio de metodologias e acordos participativos nos quais os diversos grupos e territórios influenciam os planos, organizados em Conselhos e Comitês permanentes e formais.

E O BRASIL VARONIL?

No Brasil ainda faz falta a disposição democrática dos governantes e legisladores municipais em constituírem instâncias formais verdadeiramente participativas. A chamada vontade política. Eventos de escuta de cunho promocional e prefeitos caminhantes não são suficientes para que se construa o desenvolvimento e a segurança das cidades.

Aos que forem visitar Medellín, não procurem por soluções mágicas. Recomenda-se olhar menos para o bondinho e mais para a gestão pública.

FONTES

Artigo de Felipe Sampaio

Entrevista do consuultor J

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 “LOUVAÇÃO” - A CANÇÃO

12/05/2022

A palavra louvor vem do hebraico que significa "elogio". O louvor consiste em elogiar, enaltecer, glorificar, elevar à condição de sagrado.

Na canção “Louvação”, de 1967, Gilberto Gil e Torquato Neto enaltecem os atributos de grande valor que nos tempos de hoje andam bastante relativizados e relegados a planos inferiores. Que pena!

O louvor também é uma eficiente forma de interagir com o campo espiritual, pois através do louvor estamos demonstrando toda a nossa fé em Deus. Quando louvamos estamos demonstrando que nossa esperança não está naquilo que vemos, mas naquilo que cremos e confiamos, no poder de Deus.

“DEIXE O QUE É RUIM DE LADO”
Vou fazer a louvação – louvação, louvação
Do que deve ser louvado – ser louvado, ser louvado
Meu povo, preste atenção – atenção, atenção
Repare se estou errado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado

LOUVEMOS A ESPERANÇA E A VIDA

E louvo, pra começar
Da vida o que é bem maior
Louvo a esperança da gente
Na vida, pra ser melhor
Quem espera sempre alcança
Três vezes salve a esperança!

NÃO AO CONFORMISMO

Louvo quem espera sabendo
Que pra melhor esperar
Procede bem quem não pára
De sempre mais trabalhar
Que só espera sentado
Quem se acha conformado

LOUVAR O QUE É MERECEDOR

Vou fazendo a louvação – louvação, louvação
Do que deve ser louvado – ser louvado, ser louvado
Quem ‘tiver me escutando – atenção, atenção
Que me escute com cuidado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado

LOUVAR A PAZ E O AMOR

Louvo agora e louvo sempre
O que grande sempre é
Louvo a força do homem
E a beleza da mulher
Louvo a paz pra haver na terra
Louvo o amor que espanta a guerra

LOUVAR A VIDA PRA NÃO MORRER

Louvo a amizade do amigo
Que comigo há de morrer
Louvo a vida merecida
De quem morre pra viver
Louvo a luta repetida
Da vida pra não morrer

LOUVAR DE PEITO LAVADO

Vou fazendo a louvação – louvação, louvação
Do que deve ser louvado – ser louvado, ser louvado
De todos peço atenção – atenção, atenção
Falo de peito lavado
Louvando o que bem merece
Deixo o que é ruim de lado

LOUVAR O LAR

Louvo a casa onde se mora
De junto da companheira
Louvo o jardim que se planta
Pra ver crescer a roseira
Louvo a canção que se canta
Pra chamar a primavera

LOUVAR O CANTO PRA O MAL ESPANTAR

Louvo quem canta e não canta
Porque não sabe cantar
Mas que cantará na certa
Quando enfim se apresentar
O dia certo e preciso
De toda a gente cantar

LOUVAR A DEUS DEIXANDO O RUIM DE LADO

E assim fiz a louvação – louvação, louvação
Do que vi pra ser louvado – ser louvado, ser louvado
Se me ouviram com atenção – atenção, atenção
Saberão se estive errado
Louvando o que bem merece
Deixando o ruim de lado.

LOUVANDO E MUSICANDO

https://youtu.be/7K1RNYfYI-Y

MEMÓRIA.jpg

MEMÓRIA:

uma máquina altamente sofisticada

11/05/2022

SEGUNDO (IZQUIERDO, 2018)

Memória é a aquisição, a formação, a conservação e a evocação de informações. A aquisição é também chamada de aprendizagem: só se “grava” aquilo que foi aprendido. A evocação é também chamada de recordação, lembrança, recuperação. Só lembramos aquilo que gravamos, aquilo que foi aprendido.

SOMOS AS NOSSAS LEMBRANÇAS?

Podemos afirmar que somos aquilo que recordamos, literalmente. Não podemos fazer aquilo que não sabemos como fazer, nem comunicar nada que desconhecemos, isto é, nada que não esteja na nossa memória. Não podemos usar como base para projetar nossos futuros possíveis aquilo que esquecemos ou que nunca aprendemos. Também não estão à nossa disposição os conhecimentos inacessíveis, nem formam parte de nós os episódios dos quais nos esquecemos ou pelos quais nunca passamos. O acervo de nossas memórias faz com que cada um de nós seja o que é, com que sejamos, cada um, uma pessoa, um ser para o qual não existe outro idêntico.

MEMÓRIAS & PERSONALIDADES

O conjunto das memórias de cada um determina aquilo que se denomina personalidade ou forma de ser. Um humano ou animal criado no medo será mais cuidadoso, introvertido, lutador ou ressentido, dependendo mais de suas lembranças específicas do que de suas propriedades congênitas. Nem sequer as memórias dos seres clonados (como gêmeos univitelinos) são iguais; as experiências de vida de cada um são diferentes, exceto na aparência física.

Memória tem os computadores, as bibliotecas, o cachorro que nos reconhece pelo cheiro depois de vários anos, os povos ou países e, logicamente, nós, os seres humanos. Cada ser humano é quem é, um indivíduo diferente de qualquer congênere, justamente pela memória; a coleção pessoal de lembranças de cada pessoa é distinta das demais, é única. Todos podemos recordar dos nossos pais, mas os pais de cada um de nós foram diferentes.

A CONVERSÃO EM SERES HUMANOS

O acervo das memórias de cada um, nos converte em seres humanos. Porém, tanto nós como os demais animais não sabemos viver muito bem em isolamento: formamos grupos. A necessidade da interação entre membros da mesma espécie ou entre diferentes espécies, inclui, como elemento chave, a comunicação entre seres. Essa comunicação é necessária para o bem-estar e para a sobrevivência. Nas espécies avançadas, o altruísmo, a defesa de ideais comuns, as emoções coletivas são parte de nossa memória e servem para nossa intercomunicação. Procuramos laços, geralmente culturais ou de afinidades, e com base em nossas memórias comuns, formamos grupos: comarcas, tribos, povos, cidades, comunidades, países. Com eles compartilhamos uma série de memórias e uma história.

INDO PARA O FINAL

Memórias e o Estado de Ânimo

Memórias são feitas por células nervosas (neurônios), são armazenados em redes de neurônios e são evocadas pelas mesmas redes neuronais ou por outras. São moduladas pelas emoções, pelo nível de consciência e pelos estados de ânimo. Todos sabemos como é fácil aprender ou evocar algo quando estamos alertas e de bom ânimo; e como fica difícil aprender qualquer coisa ou até lembrar o nome de uma pessoa ou de uma música quando estamos cansados, chateados, levemente deprimidos, tristes ou muito estressados.

Os maiores reguladores da aprendizagem, da formação e da recordação das memórias são justamente as emoções e os estados de ânimo. Nas experiências que deixam memórias, aos olhos que vêem se somam o cérebro que compara e o coração que bate acelerado. No momento de recordar, muitas vezes, é o coração quem pede ao cérebro que lembre, e, muitas vezes, a lembrança acelera o coração.

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UMA REAÇÃO DE ALTO PODER EXPLOSIVO

10/05/2022

ESTADO LAICO

O Brasil é um Estado laico. Assim como a maioria dos países do mundo, não tem uma religião oficial e garante constitucionalmente a liberdade de credo para todos os seus cidadãos. Entretanto, desde 1891 — quando o catolicismo deixou de ser a religião oficial do país — as instituições religiosas participam do debate público, em certos casos fundamentando inúmeras posições com base na fé e na doutrina. O tema voltou a ganhar relevância no espaço público atualmente.

VISÕES E LEITURAS DISTINTAS

Governantes e governados conhecem a verdade da religião de modo diferente. Segundo Gérard Namer, "o príncipe conhece a verdade da religião de maneira racional, ao passo que o povo, quando muito, conhece-lhe a falsidade quando a intenção de embuste do mediador lhe é descoberta". Enquanto aqueles que governam conhecem a verdade da religião por si, os governados a conhecem pela mediação da autoridade dos que governam. Todo segredo está, então, na maneira de interpretar a mensagem divina ao povo. Para o príncipe, ela é sempre apenas útil; para o povo, a religião significa a exteriorização de um mandamento divino.

SEPARANDO O JOIO DO TRIGO?

Na opinião da professora de Direito Constitucional da UFPR Vera Karam de Chueiri, o debate público não comporta o pensamento religioso, pois questões de convicção pessoal não podem servir como baliza para decisões que envolvem toda uma sociedade — que inclui também ateus, agnósticos e pessoas das mais diversas religiões. “O argumento religioso não pode entrar no debate público. As razões sempre devem ser de ordem pública, e não individual”, resume.

Extremos não funcionam em nenhum lugar do mundo, religião e política é uma mistura altamente explosiva. Onde não há respeito com a diversidade não pode haver democracia, onde não há democracia reina o caos.

O LIVRO

"O livro trata da influência da religião na política brasileira, especialmente no Congresso Nacional, devido à pressão exercida pela Bancada Evangélica. Pesquisando a - ainda escassa - doutrina disponível sobre o tema, bem como as notícias jornalísticas, além do acompanhamento da tramitação de projetos por meio dos sites da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, a autora verificou que o Brasil, apesar de constituído como estado laico, possui influência direta da religião em seu poder legislativo. Apesar de garantida a liberdade religiosa, o intercâmbio entre religião e política pode afetar diretamente os direitos de alguns indivíduos, especialmente de grupos específicos, como homossexuais e mulheres. A ideia é dar informação histórica e atual suficiente ao leitor, para que ele mesmo faça a sua reflexão crítica sobre o tema, sem buscar verdades absolutas."

por Mônia Medeiros Lasmar (Autora)

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09/05/2022

ENCARANDO AS ETAPAS

Mais do que uma sucessão de acontecimentos, nossa vida é feita de mudanças que implicam aceitação e luto em nosso ciclo da vida humana, mas também novos desafios e oportunidades. A chave para superar esses momentos de crise é voltar ao centro do nosso ser e recuperar nossas capacidades ocultas.

CICLOS SUCESSIVOS

A existência humana, embora siga um fio de continuidade, é descontínua, com fases e momentos em que nos deparamos com novos desafios. Do nascimento ao fim da vida, há uma sucessão de mudanças constantes. Estamos sempre em processo de ser algo novo, diferente, de nos transcender.

BUSCA INCESSANTE

A tendência central do ser humano é a busca de um sentido para sua existência. A formação da pessoa é possível na medida em que supera as crises típicas que surgem ao longo das diferentes fases da vida e dão sentido ao seu caminho de vida.


Crises existenciais no ciclo da vida humana.

No sentido mais comum, crise é aquela situação nova e tudo o que ela traz consigo.
A priori não podemos avaliar uma crise como algo positivo ou negativo, pois oferece as mesmas possibilidades de boa ou má resolução. No entanto, as crises de biografia de uma pessoa tendem a ser claramente benéficas.
Uma das características comuns a todas as crises é sua natureza repentina e acelerada. As crises nunca surgem aos poucos e sempre parecem ser o oposto de toda permanência e estabilidade.




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TUDO QUE A MÃE MOVE É SAGRADO

08/05/2022

SEGUNDO DOSTOIEVSKI:

"A BELEZA SALVARÁ O MUNDO"

Eis a singela homenagem da "REM" - Reflexões em Movimento - às  queridas mães. 

Parafraseando a citação de Dostoievisk pergunto: Como viver sem a Beleza Salvadora de uma mãe❓

Seja ela biológica, de coração, de abnegação ou de renunciação...
A beleza natural de uma mãe transcende qualquer parâmetro existencial do ser. É o sagrado manifesto divino na mulher.

Nos leva ao essencial do existir;
Além de nos embalar no prazer do sentir;
Nos faz também belos diante da tua inigualável beleza;
Nos faz sentir, sorrir e progredir;
E nos leva ainda a enxergar Deus em ti.

Gratidão infinita pela sua magnânima beleza. 
Tenha o nome de Conceição, Anunciação ou Assunção, Aparecida, Magdala, Joana, Madalena, Maria José, Jandira, Jandaíra ou Tatiana, o importante que seja essencialmente bela e eternamente Mãe do coração.

Feliz Dia das Mães! Pela beleza de ser sempre MÃE, mamães.

E como "tudo o que move é sagrado" a tua sagrada beleza move o nosso maravilhoso mundo de luz e alegria.

 
Seja sempre e infinitamente abençoada mamãe!

Embalada seja pela beleza e ternura da canção:
"Amor de Índio" (Amor de filho)

NO MUSICANDO

https://youtu.be/kS8iOUT1gIE

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OLHAR JUDAICO sobre JESUS, o judeu

07/05/2022

COMEÇANDO

Eu seu último livro, Jesus antes de Cristo, Armand Abécassis, grande intelectual judeu, lança um novo olhar sobre Jesus. Uma leitura estimulante dos Evangelhos.


POR QUÊ? (Jesus antes de Cristo).
“Por que Deus escolheu um judeu circuncidado, religioso, tradicional, crente, para salvar a humanidade? A universalidade teria sido melhor testemunhada se ele tivesse escolhido um egípcio, um fenício, um grego ou um romano ou qualquer outro... Por que ele escolheu um judeu, um judeu circuncidado em seu corpo, um judeu ortodoxo que usava as franjas (tzitzit) em todas as suas roupas, um hasid?” Alguns argumentarão dizendo que só Deus poderia responder. Mas a pergunta não tem nada de anedótico. Ela ainda é bem atual e profunda para um grande especialista no pensamento judaico, Armand Abécassis, e consagra a ela um novo livro, Jésus avant le Christ (Jesus antes de Cristo, Presses de la Renaissance).

SERÁ QUE DEUS CRIOU MESMO AS RELIGIÕES?
A reportagem é de Marie-Lucile Kubacki, publicada por La Vie, 17-10-2019. A tradução é de André Langer.

“Esta questão se coloca para as duas religiões. Para que o diálogo entre elas seja fundamentado, o cristão deve entender que Deus precisa do judeu. Este também deve entender que Deus precisa do cristão, porque nenhum deles pode assumir a função do outro. Da mesma maneira que Deus selou uma aliança com Israel para uma função que a Igreja não pode assumir, Ele selou uma aliança com a Igreja para uma função que o povo judeu não pode assumir”.

A PONTE ENTRE O JUDAÍSMO E O CRISTIANISMO

Grande defensor do diálogo entre as duas religiões – ele recebeu o Prêmio da Amizade Judeu-cristã da França em 2009 –, Abécassis quer pintar Jesus assim como ele se encarnou ao nascer judeu, em um país, em uma cultura e em um povo. Ou seja, como um rabino que frequentava as sinagogas, conhecia o hebraico e o aramaico, citava a Lei e os Profetas, comia com os fariseus, ensinava a Torá, mas que discutia e criticava as concepções religiosas de seu tempo. Um tempo marcado por brechas entre diferentes correntes do judaísmo: saduceus, fariseus, essênios, zelotes, batistas – discípulos de João Batista – e alguns outros.

JESUS JUDEU
“Este livro, escreve ainda, é uma tentativa de encontrar o Jesus judeu que viveu nesta efervescência cultural marcada pela literatura rabínica antes que a teologia da Igreja o tornasse filho de Deus, o Ungido, o Messias portador da salvação universal”. Certamente, Armand Abécassis não é nem o primeiro nem o último a descrever o “Jesus judeu”, isto é, a inserir Jesus no seu contexto e na sua cultura. Mas seu objetivo é mostrar que, além da identidade divina de Jesus – fundamento da fé cristã que ele respeita, embora não compartilhe – “seu ensinamento e sua conduta permaneceram fiéis à tradição judaica”, ao contrário de uma leitura que busca ampliar sua diferença com seu povo e que culminou na muito condenável teologia da substituição.

NÃO AO FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO
Salutar também é a defesa que este especialista em filosofia faz de uma escola de interpretação contrária a qualquer tentação fundamentalista. Jesus antes de Cristo é um livro “endereçado”, aberto a um diálogo franco e que termina em forma de oração: “Eu gostaria de pedir ao cristão para não ver mais no judeu um potencial cristão. Eu gostaria de convidar os cristãos para pararem de ler a Torá à luz do Evangelho, em vez de ler o Evangelho à luz da Torá. Eu gostaria que eles descobrissem o midrash, para aplicá-lo ao Evangelho e para encontrar os judeus no respeito e na fraternidade, mas também na solidariedade e na corresponsabilidade”. Para bom entendedor...

JUDEU.webp

Educação e Talmud -
uma Releitura da Ética dos Pais


06/05/2022

PREÂMBULO

Nesta explanação sobre judaísmo e educação, proposta na reflexão de hoje, gostaria de iniciar com a retomada de alguns princípios básicos judaicos, sustentáculos que facilitam a compreensão desta religião e dos princípios que regem a vida de um dos povos mais antigos da história da humanidade e que permanece vivo até os dias de hoje. Trechos extraídos de um artigo de autoria de Ana Szpiczkowski.

TORÁ, HALAKHÁ, TALMUD E MITSVÓT

A Torá (Bíblia), base do judaísmo histórico, é a religião do povo judeu que, em conjunto com os preceitos da Halakhá (Lei Rabínica), contidos no Talmud (Lei Oral), e das Mitsvót, (regras de conduta obrigatória, de essência divina) são entendidas como um todo indissociável, partindo, portanto, do princípio de que ambas foram transmitidas por Deus a Moisés.

Nesta concepção se encontra o dogma fundamental e único do judaísmo, segundo o qual, a revelação divina tem duas vertentes: uma escrita e outra oral que não são nada mais que dois aspectos da mesma Lei, transmitida a Moisés no Monte Sinai. A aceitação desde dogma é de tal importância, a ponto de que o próprio Maimônides, em seus escritos, se refere à importância do homem escolher para sua moradia um lugar onde a Lei Escrita e a Lei Oral sejam estudadas, para preservar a manutenção dos estudos e de sua conseqüente prática.

MEMÓRIA DE GERAÇÕES

O judaísmo é constituído pela memória de gerações, em que os mais velhos têm a obrigação de transmitir os conhecimentos para os mais novos. Tal fato, por si só, demonstra a importância que se atribui no judaísmo à questão do ensino e da educação de um modo geral. Encontramos na própria Bíblia, em Deuteronômio uma alusão à importância do recebimento e da transmissão de conhecimentos por herança. Também Maimônides, em seus mandamentos, afirma o dever de ensinar e estudar a Torá e o de honrar os eruditos e idosos que nela são versados.

Na realidade, esta iniciação deve se dar desde a mais tenra idade, pela repetição de alguns versículos bíblicos, cabendo ao pai a responsabilidade por esta tarefa. Em seguida, a criança de três anos é encaminhada ao Heder, instituição característica da educação judaica tradicional no este europeu, destinada a ensinar às crianças a prática religiosa judaica e da língua hebraica.

DESENVOLVIMENTO INTEGRAL

A prática da educação no judaísmo, entretanto, vai além do puro e simples acompanhamento dos princípios religiosos judaicos. Ela visa ao desenvolvimento do ser humano como um todo, em suas facetas intelectual, emocional, comportamental e moral, e propõe uma prática voltada a todas as atitudes do indivíduo, no seu dia a dia, desde as mais simples até aquelas consideradas mais complexas e difíceis de lidar.

ESTUDO SISTEMÁTICO E ININTERRUPTO

A partir da idade de seis ou sete anos, este estudo poderá ser confiado a um professor, que receberá remuneração por seu trabalho. Em toda cidade deverá haver um professor de crianças, cuja importância equivale à de um médico, assim como de uma sinagoga e de um tribunal rabínico, sob pena de ser colocada no ostracismo. Finalmente, as crianças não devem interromper os estudos por motivo algum, por mais importante que este possa ser.

Estudar a Torá representa usar a sabedoria e a inteligência com a finalidade de levar uma vida digna e justa. Envolve o cumprimento, a ação, a prática da vontade de Deus, em que a fé e a Lei devem caminhar em perfeita sintonia.

MORAL E ÉTICA

No judaísmo, a atribuição da Bíblia a Deus, faz com que a moral e a ética se tornem muito próximas. Trata-se de uma moral que emana de Deus, não do ser humano. A moral é feita por mandamentos, aos quais o judeu deve cumprir de tal maneira, a exercitar e aprender a perder a sua própria vontade para chegar a aprender a vontade divina.

A unidade do povo judeu na Antigüidade se dava não em relação a um território, mas à sua história seqüencial, relatada e escrita em um livro, “O Livro”, a Bíblia.

O grande personagem da Bíblia não ó povo judeu, mas é Deus. A obra de Deus é perfeita, e nela está o paraíso.

FINALIZANDO COM JEREMIAS

“Com que se parece aquele cuja sabedoria excede suas boas ações? Com uma árvore de muitos ramos e raízes poucas, e assim, quando sopra o vento, ele a arranca e derruba, pois foi dito:... “Porque será como o arbusto no deserto, não verá a chegada do bom tempo, viverá em lugares áridos do deserto, em terra estéril e inóspita”. (Jeremias, 17:6) Mas, com que se parece aquele cujas boas ações excedem sua sabedoria? Com uma árvore de poucos ramos e raízes muitas, de modo que, embora todos os ventos do mundo soprem e a fustiguem, não a moverão do lugar, pois foi dito: “Porque será como a árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para o ribeiro, não receia quando vem o calor, a sua folha fica sempre fresca; e no ano de secas não se afadiga nem deixa de dar frutos”.(Jeremias, 17:8)

DÚVIDA.jpg

“O FUTURO DA HUMANIDADE”

  PARTE 13

05/05/2022

A ARTE DA DÚVIDA

- A dúvida? Como assim.

- Tudo aquilo em que cremos nos controla. Se o que você crê é saudável, tal crença o ajudará. Mas se o que você crê é destrutivo, tal crença o algemará. Desse modo, usei a arte da dúvida para questionar tudo aquilo que doentiamente me controlava, como os pensamentos angustiantes, as imagens irreais, as idéias de perseguição.

Relatou  que  todos  os  grandes  pensadores,  como  Isaac  Newton,  Freud,  Thomas  Edison,

usaram, ainda que intuitivamente, a arte da dúvida para combater as idéias correntes e gerar

novas idéias. Falcão usou-a para combater as idéias perturbadoras e gerar idéias tranqüilizadoras. E acrescentou:

- Quem despreza a dúvida paralisa a sua inteligência.

 A ARTE CRÍTICA

- Desculpe-me, mas não entendo como você fazia.

Relatou que saía gritando pelas estradas contra os personagens que o assombravam: "Eu

duvido que vocês existam! Por que não posso ser livre? Ninguém me persegue, eu me persigo! Eu os criei e eu os destruirei! Vocês são uma farsa!" O Poeta não dizia nada, apenas o acompanhava calado e solidário. Quando estava nas praças, Falcão gritava em seu interior. Ninguém ouvia, mas ele guerreava contra os carrascos no seu inconsciente.

Fez esse exercício dia e noite, semana após semana, mês após mês. Construiu, assim, pouco a

pouco, uma plataforma em seu intelecto para distinguir os parâmetros da realidade. A arte da

dúvida estimulou a construção da arte crítica. Deste modo, começou a criticar a cada instante

qualquer idéia delirante. Foi uma tarefa difícil, árdua e prolongada. Entretanto, um ano depois

Falcão tinha organizado sua mente.

- Não houve necessidade de medicamentos?

- Se o Poeta fosse meu terapeuta no período em que tomei medicação, poderia não ter perdido minha esposa e meu filho - disse, consternado.

Relatou  que,  se  tivesse  tomado  medicamentos  em  doses  que  não  bloqueassem  seus pensamentos, facilitaria a aplicação da arte da dúvida e da crítica, estruturaria seu eu que

representa sua capacidade de decidir e aceleraria seu tratamento.

A SOCIEDADE QUE CERCEIA

- Quem se preocupa em alicerçar o eu através da arte de pensar nessa sociedade superficial?

Até nas universidades bloqueia-se o eu, obstrui-se a capacidade de decidir. Milhões de estudantes se preparam para atuar no mundo de fora, mas permanecem meninos no mundo de dentro.

 - expressou indignado o gênio.

- Você teve tranqüilidade depois de organizar seu raciocínio?

- Não! A mesma luz que ilumina os olhos expõe nossas mazelas. A lucidez revelou minhas

perdas, meus erros, escândalos. Não tinha mais nada. Nem esposa, nem filho, nem minhas aulas.

Surgiu, então, o temível monstro da culpa.

Houve momentos em que Falcão pensava em desistir da vida. Felizmente, ele e o Poeta

reuniram suas ruínas e ajudaram-se mutuamente a sobreviver ao demônio da culpa. Saíram pelas estradas, dormiram ao  relento  e  viajaram  juntos  para  o  epicentro  dos  seus  terremotos

emocionais. Viram as perdas por outros ângulos, aceitaram suas limitações, cantaram, sorriram,

brincaram com a vida, deixaram de brigar com ela. Marco Pólo desejou ter participado dessas andanças. Sentiu que havia mais excitação nelas do que nos melhores filmes de Hollywood. Em seguida, perguntou:

O MEDO DA REJEIÇÃO

- Se há anos você recobrou sua plena consciência, por que não foi procurar seu filho?

Falcão temia essa pergunta. Ela já o atormentara muitas vezes. Fitou o amigo nos olhos e

declarou com humildade:

- Venci muitos inimigos dentro de mim. Mas não venci o medo de não ser aceito. Preferi ter a imagem do amor do meu filho nos meus sonhos a ter de enfrentar a dura realidade de que ele

talvez não me ame mais. Ter um pai psicótico trouxe-lhe sofrimento; o que ele sentiria ao ter um

pai mendigo?

- Não sei responder - disse o jovem Marco Pólo.

- Talvez um pai dado como morto seja menos doloroso. Mas não sei. Na vida fazemos

escolhas. Em toda escolha há perdas. Eu escolhi e perdi muito. A capacidade de escolha que me

mantém consciente é a mesma que, às vezes, fere minha própria consciência.

Falcão reclinou-se no banco. Estava fatigado pelo peso das recordações. Queria descansar. O

sol se recolhia, a noite surgia sorrateiramente. Os pássaros, agitados, procuravam um lugar entre

as folhas das árvores para repousar. Fascinado com tudo o que ouvira, Marco Pólo despediu-se

do amigo tocando-o profundamente:

- Eu não teria feito melhor escolha. Se fosse seu filho, teria muito orgulho de você.

Falcão suspirou aliviado. Levantou-se, abraçou-o afetuosamente. Sentiu-se como se estivesse

abraçando Lucas. Beijou-o no rosto.

- Obrigado por ouvir este velho!

- Não. Obrigado por me deixar ouvi-lo.

FINALIZANDO POR HOJE

Realmente era um privilégio ouvir Falcão. Marco Pólo aprenderia com ele mais do que em

décadas de escola. Em seguida, o pensador deitou-se no banco. Jamais o achou tão macio. A

noite foi suave. Tinha conforto em seu interior.

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10 HISTÓRIAS para tentar entender um MUNDO CAÓTICO

04/05/2022

“Fiquei encantado com este livro. É um caderno de viagens. Traz histórias que vão da menina de 10 anos no interior da Tanzânia a uma briga de rua em Belfast e à mulher de burca em Marrakesh. Em tom coloquial, Ruth Manus e Jamil Chade fazem reflexões sobre as contradições das sociedades modernas e os grandes desafios do nosso tempo. Você vai gostar de ler.” –DRAUZIO VARELLA

PERGUNTAS ESSENCIAIS

Organizado na forma de uma conversa descontraída, este livro surge da tentativa de extrair sentido diante da perplexidade cotidiana. Ruth Manus e Jamil Chade, dois brasileiros radicados na Europa, debatem assuntos que nos assombram nesse agitado século XXI.

A partir de 10 histórias reais vividas pelos autores, eles fazem perguntas essenciais para o nosso tempo, como por exemplo:

  • Por que permitimos que governos gastem mais com armas do que com remédios?

  • Como garantir que a democracia vá além das urnas?

  • A felicidade pode ser uma política de Estado?

  • A emergência climática põe em xeque valores da cultura ocidental?

  • O que a desigualdade nos mostra a respeito da violência urbana?

INTRODUÇÃO

(...) Escrevemos este livro no primeiro semestre de 2020, momento em que o mundo suspendeu seus planos e a realidade foi virada de cabeça para baixo. E num momento em que poucos ousariam dar garantias sobre o que seria o futuro. Não faltaram casamentos adiados, ampliando por algum tempo a vida de solteiro de alguns. Serão todos eles de fato remarcados? Não faltaram temporadas artísticas canceladas pelos teatros do mundo, colocando em questão se todos aqueles atores e músicos um dia voltariam aos palcos. Não faltaram líderes políticos que concentraram novos poderes, abrindo dúvidas sobre a sobrevivência da democracia.(...)

EM DEZ CAPÍTULOS

(...) Muitos desses pilares de nosso tempo estão reunidos nos dez capítulos deste livro. Alguns deles foram escritos nos intervalos de aulas virtuais com as crianças, em madrugadas de insônia ou em meio às tarefas domésticas intermináveis. E muitos destes capítulos tiveram que ser repensados à medida que os novos números da doença revelavam a dimensão inédita da crise.

Não pretendemos chegar a soluções definitivas ou receitas mágicas – longe disso. Mas queremos provocar um debate muito além da pandemia. Queremos refletir sobre quem somos e para onde queremos ir. Se o nosso mundo já era complexo, agora ele é complexo e urgente. Comecemos, então, conversando sobre ele.

Fica a dica e a recomendação da “REM” para que conheçam as “10 histórias para tentar entender um mundo caótico” Boa leitura e boa sorte!

Ah, um gigantesco abraço também.

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“O CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES”

(de Samuel Huntington)

03/05/2022

O livro de Samuel Huntington, intitulado "O Choque de Civilizações", no qual o autor defende que Estados de valores culturais afins tendem a cooperar na defesa dos seus interesses. É o objeto da nossa reflexão de hoje.

CIVILIZAÇÃO GENUÍNA?

Na opinião do autor o continente africano, não possui uma civilização genuína, isto é, africana, na medida em que o norte de África possui uma civilização islâmica, ao passo que a civilização ocidental chegou ao seu interior no séc. XV com os colonizadores/cristãos (HUNTINGTON 1997:53-54, 168). O autor acrescenta ainda que a Etiópia possui uma civilização própria, sendo por isso considerada por si como um país isolado de ponto de vista cultural. Por último, afirma que o Ocidente foi a única civilização que terá exercido “um impacto grande – e, por vezes, avassalador – sobre as outras civilizações”.

HISTÓRIA UNIVERSAL E A HISTÓRIA AFRICANA

Segundo João N’gola Trindade, “Por dentro da África Luanda”, a análise em torno dos pontos abordados por Samuel Huntington fundamenta-se na História Universal, particularmente na História de África, revistas por Cheikh Anta Diop em quem iremos buscar elementos que irão suportar a nossa argumentação. “Porém, convém que façamos uma breve abordagem em torno do ponto de vista do autor sobre o conceito de civilização. Conceito de civilização Samuel Huntington (1997: 46-47) discorda dos pensadores alemães que distinguiam a cultura da civilização e adota a perspectiva braudeliana sobre este conceito. Para o acadêmico americano “civilização e cultura se referem, ambas, ao estilo de vida em geral de um povo”, e afirma ainda que “uma civilização é uma cultura em escrita maior”.

CONTINENTE SEM CIVILIZAÇÃO PRÓPRIA?

O autor cita Bozemam para quem a civilização e cultura “envolvem ‘os valores, as normas, as instituições, os modos de pensar aos quais sucessivas gerações numa determinada sociedade atribuíram uma importância fundamental”. A civilização nasce, desenvolve-se, e expande-se para fora do seu berço, podendo sobreviver ou desaparecer com o decorrer do tempo e no espaço. Por essa razão, ela é uma entidade cultural e não se restringe ao seu local de origem. África: um continente sem civilização própria? O argumento exposto por Samuel Huntington relativo à inexistência de uma civilização genuinamente africana assenta no pensamento hegeliano que rejeitava a existência de civilização em África cuja História, segundo os intelectuais ocidentais, só poderia ser estudada com fontes escritas que para os mesmos não existia neste continente.

ULTRAPASSADO PELAS NOVAS DESCOBERTAS

Felizmente este argumento tornou-se ultrapassado com a descoberta de fontes escritas não somente na Etiópia e no Egito – no último se descobriu o Livro dos Mortos, por exemplo -, como noutras regiões do continente africano, como Angola na qual foram encontrados vestígios arqueológicos dos símbolos da primitiva escrita umbundu (MALUMBU, 2007). Relativamente à Etiópia, Cheikh Anta Diop esclarece-nos que o passado histórico do Egito não está dissociado da Etiópia. Segundo este historiador, “os Etíopes, e em seguida, os Egípcios criaram e elevaram a uma fase extraordinária de desenvolvimento todos os elementos da civilização [língua, ciência, religião, arte, escrita], enquanto os outros povos especialmente os Eurasianos, ainda estavam absortos na barbárie” (DIOP, 2015:44, 49, 75, 115,177). Apesar de as realizações acima referidas testemunharem o gênio criativo e inventivo do negro, Samuel Huntington é de opinião de que elas não existiram em África, com exceção para a Etiópia que para si estava isolada, isto é separada do resto continente. Na verdade, a descoberta dos fósseis humanos mais antigos na Etiópia, e o fato de os primeiros habitantes do Egito terem sido negros, reforça a hipótese apresentada por Cheikh Anta Diop de que os Etíopes terão emigrado para o Egito, sendo, portanto os antepassados dos Egípcios.

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“O FUTURO DA HUMANIDADE”   

PARTE 12

02/05/2022

(...) Então, para espanto dos convivas, ele gritou:

- Este é o melhor filho do mundo!

As pessoas se aglomeraram. Animado com o movimento, Falcão resolveu elogiar Lucas com

frases de alguns filósofos e pensadores que exaltavam a luta pela vida.

- Olhei para o pequeno Lucas e proclamei: Epicuro disse que, se quisermos vencer, devemos

gravar em nosso espírito o alvo que temos em nossa mente. Einstein disse que há uma força

maior  que  a  energia  atômica:  a  vontade!  Confúcio  comentou:  para  vencer  na  vida,  exija

muito  de  si  e  pouco  dos  outros!  Pascal  bradou:  para  quem  deseja ver,  haverá  sempre  luz

suficiente;  para  quem  rejeita  ver,  haverá  sempre  obscuridade!  Sófocles  disse:  procure  e

encontrará, pois o que não é procurado permanece para sempre perdido. Lucas, não tenha medo

da luz! Procure o tesouro que está dentro de você!

Algumas pessoas entraram em pânico, outras em êxtase diante das idéias de Falcão. Tomando

ciência  da  situação  e  preocupadíssimo  com  o  transtorno  do  ambiente,  Dr.  Pedro  acionou

rapidamente o esquema de segurança para bani-lo da festa. Os seguranças invadiram a área e

começaram  a  fazer  um  círculo  em  torno  da  mesa.  As  pessoas  começaram  a  se  dispersar, apavoradas.

APENAS UMA ALUCINAÇÃO

- Subitamente vi uma cena dramática. Um homem de terno preto sacou uma arma, apontou-a para mim e não atirou. Em seguida, apontou-a para o meu filho e engatilhou-a. Quando ele ia

atirar,  joguei-me  na  frente  de  Lucas.  Caí  em  cima  do  bolo,  derrubei  tudo  o  que

estava em cima da mesa. As pessoas gritavam como se estivessem sofrendo um ataque terrorista.

Ninguém se entendia. Não houve mais festa. 

   -  E o assassino?

- Não havia assassino. Não havia arma. Eu estava alucinado. O personagem era um advogado

que tirou um lenço do bolso e apontou o dedo para mim e para Lucas. Mais uma vez feri

profundamente meu filho.   

Marco Polo engoliu a saliva. Estava abalado. Ficou paralisado, não sabia o que dizer e como

reagir.

- Não vai me perguntar por que não vi mais meu filho?

O ARDIL

 Marco Pólo, constrangido, acenou com a cabeça que não. Era muita dor soterrada nos solos

de uma vida. Falcão não interrompeu a narrativa.

Dr. Pedro o chamou em seu suntuoso escritório. Na sua presença, três advogados e duas

advogadas que trabalhavam para ele. Afirmou que falava em nome de Débora, embora fosse

mentira. Comentou que tinha um laudo de um conceituado psiquiatra dizendo que Lucas poderia

tornar-se um doente mental, como o pai, se este continuasse a visitá-lo e fazê-lo passar por

escândalos e situações estressantes. Se ele o amasse de verdade, deveria desaparecer de sua vida.

"É a única possibilidade de Lucas ter saúde mental", completou ardilosamente o ex-sogro.

Falcão pegou o relatório e o leu atentamente. Ficou perplexo. Andava de um lado para o outro

sem parar. A idéia de que seu filho pudesse tornar-se um psicótico há anos o torturava. Chorou

como criança na frente de todos os advogados.

Aflito, ele se perguntava em tom alto: "Para onde eu vou? Meus pais já morreram, meus

parentes não me toleram, meus amigos se afastaram. Para onde eu vou?" Depois, bradava:

"Lucas! Querido Lucas! Eu o amo! Perdoe-me!" Alguns advogados ficaram comovidos. Dr.

Pedro Parecia uma pedra dura e fria.

A ARTE DA DÚVIDA

- Então, por amar muito meu filho, resolvi sair da vida dele e permitir que ele construísse uma

história diferente da minha. Não há preço tão alto do que abandonar seu próprio filho. Talvez

seja mais perturbador do que vê-lo sem vida.

Marco Pólo mergulhou dentro de si. Sua alma chorava profusamente. Teve vergonha do

quanto prejulgara Falcão.

- Tomei as nuvens como lençol, fiz da noite meu cobertor e do álcool meu remédio. Tive

crises nas ruas. Andei desorientado e errante. Felizmente, depois de vários anos, encontrei o

Poeta. Com a sua ajuda enfrentei meus monstros, lutei com meus delírios, destruí meus fantas-

mas, venci as algemas do meu alcoolismo. Reconstruí-me, reescrevi minha história.

- Como ele fez isso?

- O Poeta me aconselhou a usar minhas próprias ferramentas para superar minhas crises.

Pensei, penetrei nos textos de filosofia e então descobri a pérola da sabedoria. O Poeta já a havia

encontrado, pois, apesar de médico, sempre amou o mundo das idéias, sempre estudou filosofia.

- Qual ferramenta? - perguntou Marco Polo, admirado.

- A arte da dúvida.(...)

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AVENTURA HUMANA NA TERRA

01/05/2022

“Meu amor, olha só hoje o sol não apareceu
É o fim da aventura humana na Terra
Meu planeta adeus,

Fugiremos nós dois na arca de Noé

Olha bem meu amor é o final da odisseia terrestre” (...)

Não importa a sua idade: se você é brasileiro e principalmente baiano, certamente já pulou algum Carnaval ao som de Eva. Esse grande sucesso foi lançado em 1997 e até hoje embala bloquinhos, festas, casamentos e formaturas.

Ao som da Banda Eva, um dos maiores nomes do axé brasileiro, a canção acabou se transformando no hino do grupo. Além disso, também contribuiu para consolidar a carreira da sua vocalista na época, a cantora Ivete Sangalo. 

MAS COMO NÃO É CARNAVAL E SIM DIA MUNDIAL DO TRABALHO... VAMOS AO ARTIGO!

Em março de 2012, Joelmir Pinho educador, gestor social e escritor publicou um artigo com o seguinte título: Breve história da aventura humana na Terra o qual trazemos para reflexão dominical na nossa infatigável “REM”, a saber.

VALORES DO PASSADO

"No início da presença humana na Terra, carregávamos uma mochila que continha um conjunto de valores originais entre os quais se incluíam a solidariedade, a cooperação, o cuidado e o sentimento de pertença à mãe Terra. Durante muito tempo ficamos assim, integrados à grande teia da Vida e, nas palavras de Jairo Façanha encaixados nos processos naturais do planeta.

ENXERGANDO LONGE?

Até que começamos a enxergar, no topo de uma grande montanha, um letreiro luminoso com a mágica palavra progresso. Animados pelo deslumbre provocado por essa nova visão de mundo, iniciamos uma caminhada montanha acima buscando chegar, o mais rápido possível, ao seu topo. A pressa foi tanta que esquecemos a mochila aberta e à medida de nos aproximávamos do objetivo final, alguns valores caiam da mochila e se perdiam pelo caminho, sem que sequer percebêssemos. Outros foram deliberadamente abandonados por representarem um peso ou um empecilho na nova caminhada.

ENCHENDO A MOCHILA

Ao mesmo tempo, à medida que avançávamos e encurtávamos caminhos para chegar mais rápido ao topo, íamos apanhando o que encontrávamos pela frente e colocando na mochila, agora já quase vazia dos valores originais. Desta forma, o cuidado dá lugar ao descuido, a cooperação dá lugar à competição, o acolhimento é substituído pelo abandono… E por aí seguimos.

Essa aventura foi e continua sendo marcada por escolhas e renúncias profundamente caras ao planeta e toda forma de vida nele existente, principalmente a humana. Três escolhas em particular foram marcantes e servem de âncora ao atual jeito de viver da humanidade. São elas: o antropocentrismo, a predominância do masculino e da razão e a dessacralização da Terra e da vida.

PERTENCIMENTO EQUIVOCADO?

A ideia de que a espécie humana é o centro da vida no universo nos conduziu à nossa separação da grande teia da vida, uma vez que, para afirmar a condição de ser superior precisávamos nos colocar numa posição central e acima das demais formas de vida existentes no planeta. Para tanto, começamos a tencionar o fio que nos unia à grande teia da vida, até seu rompimento. Com isso, nos tornamos seres apartados, desconectados. Não é à toa que hoje nos referimos à natureza como algo separado de nós. Falamos, com frequência, da necessidade de salvarmos “o nosso planeta”, como se a Terra nos pertencesse, e não nós pertencêssemos a ela.

SACRALIDADE

A ideia de que a Terra e a vida eram sagradas faziam parte da base de crenças das sociedades matriarcais. Eram, portando, valores essencialmente femininos. Mas como dispor da Terra e da vida para atender às conveniências do progresso humano, se estas permanecessem sendo encaradas como sagradas? Ninguém, em sã consciência, violentaria algo que lhe fosse sagrado.

Assim, os defensores do novo modelo passaram a concentrar seus esforços na dessacralização da Terra e da vida, de forma a liberar a humanidade de qualquer culpa ou responsabilidade pelas constantes agressões à natureza, pela exploração do homem pelo homem e por todo o ciclo de violência daí decorrentes. Rompida a sacralidade, agora nada mais poderia dificultar ou impedir a nossa escalada da montanha.

RASTRO DE DESTRUIÇÃO

E de fato, a montanha foi conquistada. Chegamos ao seu topo, deixando para trás um rastro de destruição e de violência que inclui a negação do outro e a perca do vínculo com nossa ancestralidade.

Do alto da montanha passamos a nutrir um modo de vida pautado numa espiritualidade representada pela ideia de um Deus masculino, distante, inacessível e castigador, bem ao gosto da razão masculina. Ao mesmo tempo, nossas relações conosco mesmos, com os outros e com o planeta tornaram-se profundamente adoecidas, marcadas pelo abandono, pelo descuido e pela competição que, nas palavras de Humberto Maturana, “não é nem pode ser sadia, porque se constitui na negação do outro”.

COCLUI O ARTICULISTA

Nesse cenário, o grande desafio que se coloca para toda a humanidade nos dias atuais é fazermos o caminho de volta rumo à ressignificação de nossas relações e à reconexão com a grande teia da vida e a nossa ancestralidade. Além disso, será fundamental compreendermos que as partes da dualidade não são opostas, mas complementares. Mas principalmente, é preciso voltar a compreender a Terra e a vida como bens sagrados. Fora disso, muito pouco nos resta de esperança e de possibilidades reais de sobrevivência à grande crise planetária que se anuncia a passos largos.

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JESUS E O JUDAÍSMO

30/04/2022

Escreveu Henry Sobel, rabino e ex-presidente da Congregação Israelita Paulista (CIP), falecido em novembro de 2019.

"A figura de Jesus tem sido, infelizmente, um empecilho no relacionamento entre cristãos e judeus, uma justificativa para exclusão mútua, uma fonte de atrito e ressentimento. É de fundamental importância que Jesus seja reconhecido como um elo essencial entre os dois credos. Jesus é a ponte através da qual toda a cristandade passa a ser incluída como descendente de Abraão e, portanto, co-herdeira, juntamente com os judeus, do seu grandioso legado espiritual”.

TRECHOS DO ARTIGO

Por Henry Sobel

“Confesso que hesitei antes de aceitar o convite da Editora Unisinos para escrever este artigo. Afinal, Jesus é a figura máxima da cristandade e tive receio de penetrar em seara alheia. Mas, pensando bem, a seara não é de todo alheia, como veremos em seguida. Mesmo assim, traço estas linhas com profunda humildade, pisando em ovos, ciente de que a relação entre Jesus e o Judaísmo é das mais delicadas.

Jesus era judeu, nascido de mãe judia. Foi circuncidado no oitavo dia, de acordo com a lei judaica (Lucas 2,21), e se considerava um judeu fiel às suas origens. Seus ensinamentos derivam das leis e das tradições judaicas com as quais Jesus se criou e que jamais negou. Ele era chamado de "rabino" (João 1,49; 9,2) e frequentava o Templo de Jerusalém, junto com seus discípulos. É uma pena que as divergências posteriores entre Igreja e Sinagoga tenham resultado num processo de obliteração das origens judaicas do cristianismo.

“PROVAS DA JUDAICIDADE DE JESUS”

Segundo o autor não faltam no Novo Testamento. Por exemplo, em Marcos 12,28-31, quando lhe perguntam qual é o principal mandamento, Jesus responde com as palavras da Bíblia hebraica (Deuteronômio 6,4-5): "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu pensamento e com toda a tua força." Essa afirmação de fé, conhecida como Shenzá, era na época — e é até hoje — repetida duas vezes por dia por todo judeu observante. Ao Shemá, Jesus acrescenta um segundo mandamento, que ele considera "igualmente importante", também extraído da Torá: "Amarás o próximo como a ti mesmo" (Levítico 19,18).

A TORÁ

Texto que conta desde a história da criação do mundo até a entrada do povo judeu na terra de Israel. O rabino explica ainda que a Torá é um guia prático para os judeus, possuindo 613 mandamentos.

Diz que Deus é nosso Pai (Isaías 63,16) e os antigos rabinos já nos ensinavam a dirigirmo-nos a Ele como "Pai" em nossas preces. Há muitos comentários em torno do termo aramaico Aba, "Pai", usado por Jesus durante seus momentos de angústia no jardim Getsêmani. A maneira como Jesus abre o coração ao Pai nessa hora mostra sua confiança em Deus como figura paterna, mas não significa necessariamente — conforme alegam alguns estudiosos cristãos — que essa forma de tratamento fosse um novo conceito introduzido por Jesus.

PASSAGEM CONTROVERSA?

Um ponto frequentemente citado como prova de que Jesus se opunha aos ensinamentos judaicos é "Ouvistes o que foi dito: (...) Odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem" (Mateus 5:43). Os estudiosos da Bíblia ainda não conseguiram determinar ao certo a fonte em que se baseou essa afirmação de Jesus, já que em nenhum lugar do Antigo Testamento se encontra uma injunção de "odiar o inimigo". Pelo contrário, a Torá ordena: "Se teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se está com sede, dá-lhe de beber. Com isso (...) o Senhor te recompensará" (Provérbios 25,21-22).

NÃO SERIA O MESSIAS?

Uma das principais divergências entre cristãos e judeus é a questão de Jesus ser ou não o Redentor ou Messias. Expectativas messiânicas já existiam antes do nascimento de Jesus e os judeus aguardavam fervorosamente a chegada do Messias à Terra, em cumprimento da profecia bíblica. Os primeiros discípulos de Jesus, acreditando que ele fosse o Messias prometido pelos profetas, acrescentaram a palavra Cristo ao seu nome (Christos, em grego, é a tradução do termo hebraico Mashiach, Messias, "o ungido") e essa crença tornou-se o dogma do cristianismo. Assim sendo, sob a perspectiva cristã, já estamos vivendo na era messiânica há 2 mil anos.

Os judeus, por outro lado, não reconhecem Jesus como Messias, simplesmente porque as profecias messiânicas nas quais depositamos nossas esperanças não se concretizaram. A opressão não terminou, a guerra não acabou, o ódio não cessou, a miséria não findou. E, acima de tudo, a tão esperada regeneração espiritual da humanidade certamente não ocorreu.

Além dessa séria discordância entre judaísmo e cristianismo acerca do status messiânico de Jesus, tampouco a natureza divina de Jesus é aceita pelos judeus. A doutrina cristã de que Deus tornou-Se homem é incompatível com os princípios judaicos. O judaísmo não aceita nenhuma distinção entre os homens, nem admite que um homem seja superior a outro. Os rabinos explicam que toda a raça humana proveio de Adão.

CONCLUI

Creio que é assim que Jesus gostaria de ser lembrado: não como um pomo de discórdia, e sim como um semeador da paz entre cristãos e judeus".

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 "O FUTURO DA HUMANIDADE"

PARTE 11

29/04/2022

DOLOROSO SENTIMENTO DE CULPA

    - É provável que o Lucas esteja vivo. Recebi raras notícias sobre ele.

   Marco Pólo, afoito, fez uma pergunta óbvia, aquela que todo mundo é capaz de fazer e a que

Falcão menos precisava ouvir:

- Por que não recebe notícias constantes sobre ele? 

A resposta foi contundente:

- Porque elas me esmagam de sentimento de culpa. Marco Polo sentiu um nó na garganta.

- Quanto tempo faz que não o vê?

- Mais de vinte anos.

"Vinte anos é muito tempo", pensou Marco Polo. Sentiu que, se estivesse no lugar de Falcão,

jamais se afastaria do seu filho, fosse qual fosse a circunstância. Criticou-o rapidamente, sem

conhecer a verdadeira história.

AUTOESTIMA REBAIXADA E MAU CARATISMO PROFISSIONAL

Falcão prosseguiu contando que, quando saía das suas crises, tinha vergonha da sociedade,

sentia-se julgado e observado por todos, não por estar delirando, mas por considerar-se o último

dos seres humanos. Compreendia a dor da rejeição que os leprosos na época de Cristo sentiam

ao serem excluídos da sociedade. A partir dos cinco anos de Lucas, Falcão começou a ter crises. Todavia, amava tanto seu filho, que nos períodos de lucidez fazia um esforço descomunal para brincar com ele e ensinar-lhe. Era sua razão de viver. Mas as crises aumentaram.

Seu  último  psiquiatra  seduziu  sua  esposa.  Débora  estava  frágil,  desprotegida  e  carente.

Envolveu-se com ele. Certa vez, Falcão descobriu algumas cartas secretas que o psiquiatra

escrevera para ela. Apesar das doses altas de remédios, conseguiu chorar, os lábios trêmulos, mas não reagiu. Sabia que a perdera.

O psiquiatra, faltando com a ética, disse a ela que Falcão seria sempre um doente mental.

O CAOS DA SEPARAÇÃO

Devido às internações, Falcão ficava semanas sem ver Lucas. A dor do afastamento da esposa

era suportável, mas a do filho, indecifrável. Algumas vezes a saudade era tão grande que Falcão ia pegá-lo na escola, mesmo fazendo gestos e trejeitos com os seus personagens fictícios. Os

garotos zombavam dele, o menino procurava defender o pai, brigava corn eles.

- Como pode um pequeno filho defender seu pai, um homem? Lucas me abraçava e me

protegia! - falou, com orgulho do filho. Mas, em seguida, caiu em si e ficou aflito, pois não o

tinha mais. Aceitou a separação de Débora, embora não tivesse muita condição de escolher. Facilitou as coisas, porque  queria  o melhor  para  ela e  para o  filho. Já  causara  muitos  transtornos.  Na separação, o juiz, conhecedor do caso, estabeleceu que ele visitasse Lucas uma hora duas vezes por semana. Era pouco para quem amava muito.

O ÂMAGO DO DRAMA

- Esse foi o motivo de sua saída para o mundo?

Falcão  balançou  a  cabeça  dizendo  que  não.  Teria  de  tocar  no  epicentro  da  sua  miséria

emocional. Nem o Poeta tinha ido tão longe ao explorar a história do gênio das ruas.

Descreveu, assim, o capítulo mais dramático da sua vida. Seu filho ia fazer dez anos. Para

comemorar o aniversário do neto e a separação da filha, bem como para revelar seu status social

e os jardins, do seu palacete, Dr. Pedro mandou preparar uma festa memorável.

E VAI ROLAR A FESTA...

No dia da festa, Falcão estava muito angustiado, ansioso e solitário. Bateu uma saudade

incontrolável do filho. Era seu décimo aniversário, queria pelo menos beijá-lo nesse importante

dia. Resolveu fazer uma breve surpresa. Apareceu no palácio do ex-sogro.

Habilidoso,  vestindo  fraque  e  fingindo  ser  um  garçom,  burlou  o  esquema  de  segurança

facilmente. Entrou no imenso jardim. Nunca o vira tão decorado. Deparou-se com Débora ao

longe, abraçada com o namorado. Recebeu um golpe. Ela o viu e ficou apreensiva. O namorado

sussurrou: “Esse cara tem de ser internado imediatamente." Foi avisar o anfitrião.

Muitos que o conheciam se entreolhavam como se ele fosse um terrorista. Rostos tensos e

cerrados, conversas ao pé do ouvido, Falcão tornou-se o centro das atenções. Ser observado o

perturbava. Constrangido, saiu rapidamente à procura do filho.

Lucas correu ao seu encontro, abraçou-o e beijou-o. Estava exultante. Levou-o para ver o

imenso bolo de dez camadas. Nas laterais havia dizeres escritos em letras grandes com glacê azul:

"Parabéns, Lucas, você é um vencedor!"

- Filho, você realmente é um vencedor.(

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DESMISTIFICANDO EXU E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

28/04/2022

Porque nos arrepiamos quando ouvimos o nome Exu?

Esse desconforto pode ser explicado pela dificuldade de entender as emoções oriundas do preconceito, das ideias e dos pensamentos introjetados, além da falta de conhecimento (ignorância).

ENREDO DA "GRANDE RIO"

A escola de samba Grande Rio desmistifica Exu na Sapucaí.

A Acadêmicos da Grande Rio se apresentou na Marquês de Sapucaí na madrugada de domingo (24) com um samba-enredo em homenagem a Exu, o primeiro dos orixás. A escola foi, escolhida a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro.

A DESTEMIDA PROPOSTA DOS CARNAVALESCOS

A proposta dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora foi desmistificar a divindade presente nas religiões de matriz africana, que comumente e erroneamente é associada ao diabo no imaginário cristão. 

“Exu não é diabo”, afirmou, taxativo, o zelador espiritual Danilo de Oxóssi ao g1. “A maioria das pessoas não sabe o que realmente é o Exu, não estudou o Exu (...) É o orixá, o guardião, o primeiro que come na mesa dos orixás. O último é Oxalá, que é o rei de todos os orixás, e Exu come primeiro do que ele”, contou.

O zelador explicou que Exu é a divindade que “abre os caminhos da gente” e “traz a prosperidade, a fartura para a sua casa”. Além disso, disse que, na África, todos cultuam Exu por ser o “guardião de todos os orixás”. “Ele é o guardião da gente”, completou. 

NÃO À DEMONIZAÇÃO

A Grande Rio tentou, com o samba-enredo, combater a demonização da cultura africana. Bora, um dos carnavalescos responsáveis, compreende Exu como “a divindade mais brincalhona, assim como o ser humano”.

Por trazer “essa mistura do que é bom e ruim, pecado e santidade, alegria e tristeza, remédio e veneno”. “Engana-se quem associa Exu a coisas pesadas, sombrias e maléficas. Ao contrário, é uma entidade complexa, cheia de variações e a mais parecida com o homem”, completa. 

Haddad também acredita que Exu seja uma divindade complexa e mais próxima da humanidade. “É energia circular e infinita, movimento, luta, insubmissão, mudança, que se transforma em incontáveis entidades e que tem muito a ver com a nossa ancestralidade. Mas que é visto com restrição por muita gente”, lamentou. 

“FALA MAJETÉ! SETE CHAVES DE EXU”

Segundo o carnavalesco, a ideia, assim como nos anos passados, é desconstruir a visão estereotipada da cultura afro. “O racismo religioso, a intolerância e a demonização de religiões como o candomblé, a umbanda e as macumbas”, citou.

O nome do samba-enredo composto por Haddad e Bora é “Fala, Majeté! Sete chaves de Exu”, para abrir os caminhos do conhecimento sobre o orixá. 

RESQUÍCIOS PRECONCEITUOSOS DOS COLONIZADORES

A identificação de Exu com o negro brasileiro também é devido aos aspectos que esse ‘demônio cristão brasileiro’ ganhou na visão da Igreja Católica, de ser zombeteiro e debochado, por exemplo. “São aspectos da época de colonização que reforçam, desde então, a relação entre Exu e o racismo”, enfatiza a educadora Lisandra Pingo. Ela lembra ainda que, a partir da criação da Umbanda, no ano de 1917, o estereótipo de Exu aproxima-se ainda mais do brasileiro. “Principalmente nas figuras de José Pelintra e da Pomba Gira, aqueles que conseguem dar um jeitinho em tudo”, destaca Lisandra.

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LEI SALOMÔNICA

27/04/2022

BIOGRAFIA DE SALOMÃO

Salomão foi rei de Israel entre os anos 970 e 930 a. C. A sua grande obra foi a edificação do primeiro Templo de Jerusalém.

Salomão, cujo nome vem do hebraico “Chalom” (paz), era filho de Batsabéia e Davi que reinou durante quarenta anos as doze tribos que formavam o povo hebreu e que se reuniram na região da Palestina.

Os fatos de sua vida estão narrados em livros bíblicos, como em I Reis e II Crônicas.

REI DE ISRAEL

Depois da morte de Davi, seu filho Salomão subiu ao trono com apenas 20 anos de idade, ungido rei pelo sumo-sacerdote. Apesar de sua juventude, era um sábio conhecido e respeitado em todo o reino.

Diz a Bíblia que “seu coração era cheio de sabedoria”. Que Deus concedeu a Salomão sabedoria e inteligência extraordinárias.

Salomão herdou de seu pai um extenso reino que ia do Rio Eufrates, até a fronteira egípcia. Jerusalém, situada na montanha central do país, que havia sido conquistada por Davi, era a capital de seu reino.

Salomão criou uma administração unitária. Na desértica região do Neguev organizou a exploração de uma mina de cobre (suas ruínas foram encontradas por arqueólogos).

Na margem do Mar Morto, explorava a existência de sal. Promoveu o comércio de cavalos entre Cilícia e o Egito, introduziu no exército os carros puxados a cavalos e estabeleceu uma rede de transportes.

De acordo com o livro dos Reis, chegou a ter 700 esposas princesas e 300 concubinas.

SALOMÃO E SUA SABEDORIA

Apesar de jovem, Salomão era um sábio conhecido e respeitado por toda a região. Até de terras mais distantes vinham nobres e príncipes em busca do conselho de Salomão.

Diz a Bíblia que, de fato, pronunciou 3 mil sentenças. E que ele tratava com a mesma igualdade os seus súditos e os estrangeiros, os ricos e os pobres, os que louvavam a Javé – Deus onipresente dos judeus.

Entre as visitas famosas, conta-se a da Rainha de Sabá. Supõem os historiadores que ela reinava uma região africana nas margens do mar Vermelho.

Os etíopes acreditam que seus imperadores nasceram dos descendentes de Salomão e da Rainha de Sabá.

São estimados em 1005 os cânticos escritos pelo rei Salomão. Acredita-se que é de sua autoria os livros bíblicos Eclesiastes, Provérbios e  “Cântico dos Cânticos”, além do "Salmo 127".

NARRATIVA BÍBLICA     

(GRANDE SABEDORIA)

EM I Reis 3:16-28 relata que duas mulheres que moravam na mesma casa, ambas mães de um filho pequeno, vieram a Salomão. Um dos bebês havia sido sufocado e cada uma reivindicou o garoto restante como seu. Pedindo por uma espada, o rei declarou seu julgamento: o bebê seria cortado em dois, cada mulher recebendo uma metade. Uma mãe não contestou a decisão, declarando que, se não podia ter o bebê, nenhuma delas poderia, mas a outra implorou ao rei: "dai-lhe a ela o menino que está vivo, e de modo nenhum o mateis!"

O rei declarou a segunda mulher a verdadeira mãe, pois esta desistiria do bebê caso isso fosse necessário para salvar sua vida. Esse julgamento ficou conhecido em todo o Israel e foi considerado um exemplo de profunda sabedoria.

VERSÍCULOS DE LOUVOR

Reunidos em 31 capítulos que contêm 850 versículos, todos louvando o entendimento entre os homens, a justiça, a piedade, a sabedoria e o amor. Entre eles:

  • “Com sabedoria se edifica um lar, com a inteligência ele se firma”.

  • "Não te alegres quando o teu inimigo, nem te regozijes quando tropeçar”.

  • “Quando os justos se elevam, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo suspira”.

O Soldado E O Estado - Teoria E Política Entre Civis E Militares 

26/04/2022

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SOBRE O AUTOR

Samuel P. Huntington foi um cientista político e economista  norte-americano, nascido em 1927 e falecido em 2008. Formou-se em Yale e doutorou-se em Harvard, onde lecionou até 2007. Considerado um autor de pensamento conservador. É coautor, autor e editor de 17 livros e de mais de 90 artigos acadêmicos. Dedicou-se ao estudo das relações civis-militares e à geopolítica. Sua tese de maior impacto foi a que ficou conhecida como a teoria do “Choque das Civilizações”.

A seguir  trechos de um artigo publicado por Paulo Filho - oficial do Exército, formado na Academia Militar das Agulhas Negras.

A MENTALIDADE MILITAR

 (...) O autor sustenta que a melhor maneira de se chegar à substância da “mentalidade militar” é defini-la como uma “ética profissional”. Isso porque “as pessoas que agem igual durante um longo período de tempo tendem a desenvolver hábitos característicos e persistentes de pensamento. A singular relação que elas mantêm com o mundo lhes dá uma peculiar perspectiva dele, levando-as a racionalizar o próprio comportamento e o próprio papel.” Nesse sentido, a mentalidade militar consistiria em valores, atitudes e perspectivas inerentes ao desempenho da função militar.

A ética militar seria, segundo o autor, um padrão constante para os agrupamentos militares profissionais, pelo qual se poderia julgar o profissionalismo da oficialidade em qualquer tempo e lugar. Nesse sentido, portanto, seria universal.

CARACTERÍSTICAS E CONFLITO

Prossegue o autor, a ética militar considera o conflito como um padrão universal. Logo, os militares seriam, por natureza, céticos em relação à natureza humana, tendendo a considerar o conflito um padrão universal, e a violência permanentemente enraizada na natureza biológica e psicológica do homem.

A ética militar também é fundamentalmente corporativa, uma vez que, para cumprir suas responsabilidades e garantir a segurança do Estado, os militares trabalham em grupo. Assim, conceitos como espírito de grupo, unidade e comunidade são altamente valorizados, em detrimento do individualismo.

Outra premissa de Huntington defende que a existência da profissão militar depende da existência de Estados-nação capazes de manter um estamento (conjunto de pessoas que desempenha a mesma função) militar apto a protegê-los das ameaças à sua segurança. Assim, a ética militar tenderia a considerar o Estado a forma suprema de organização política.

AS TRÊS PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES

Assim, seriam três as responsabilidades do militar perante o Estado: a primeira seria de natureza representativa, pois ao militar compete manter as autoridades governamentais informadas quanto ao que ele considera ser indispensável para a manutenção da segurança do Estado.  A segunda seria consultiva. Nesse sentido, caberia aos militares relatar os reflexos das políticas governamentais para a segurança do Estado.  Finalmente, a última responsabilidade do militar seria executiva, implementando as decisões do Estado na área de defesa.

CONTROLE CIVIL

O autor enfatiza que o controle civil é essencial ao profissionalismo militar, tecendo considerações à obediência e seus limites.

Assim, segundo Samuel Huntington, a ética militar seria pessimista, coletivista, historicamente influenciada, orientada para o poder, nacionalista, militarista mas voltada para a obtenção e manutenção da paz, e instrumentalista em sua visão da profissão militar. Em resumo, o ethos (modo de ser) militar seria realista e conservador.

CONCLUSÃO

(por Renato Galeno)

É um livro abrangente que desafia a maioria das idéias predominantes e das hipóteses em voga a respeito do papel do militar na sociedade. A teoria de Huntington, em essência, considera os quadros de oficiais um grupo profissional similar ao clero e aos advogados, que julga ter responsabilidade para com a sociedade em geral e possui um senso corporativo fechado. Tais características lhe asseguram papel e visão distintos que geram o moderno problema das relações civis-militares. O propósito do autor é corrigir o que denomina 'impressões errôneas populares' sobre a natureza da mentalidade do militar profissional e o significado do controle civil.

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“O FUTURO DA HUMANIDADE” – PARTE 10

25/04/2022

PONTO DE INTERROGAÇÃO

Questionamentos de Falcão

- Somos apenas um cérebro sofisticado que tomba numa sepultura para não ser mais nada?

Nossa história se esgota nessa breve existência? São débeis os bilhões de seres humanos ligados a milhares de religiões que crêem numa vida que transcende a morte? O intelecto humano é apenas um computador cerebral? Não creio. Eu creio que o mundo bioquímico do cérebro não pode explicar completamente as contradições dos pensamentos, o território das emoções, os vales dos medos.

Afagando a cabeça de Marco Pólo, Falcão foi longe no seu raciocínio:

- Grave essa frase, meu filho: A vida é um ponto de interrogação. Cada ser humano, seja ele

um intelectual ou iletrado, é uma grande pergunta em busca de uma grande resposta...

Comentou que o tamanho das perguntas determina o tamanho das respostas. A filosofia

perguntou  muito  ao  longo  de  milênios,  e a  psiquiatria,  por  ser  jovem, perguntou  pouco e

respondeu rápido. Quem responde rápido corre riscos enormes.

CHOQUE DE LUCIDEZ DE UM PSICÓTICO?

Marco Pólo levou um choque de lucidez. Tentava acompanhar o pensamento de Falcão, mas

não era uma tarefa fácil. As idéias filosóficas e a compreensão de vida do velho amigo mudariam

para sempre sua visão como futuro psiquiatra. Por desejar explorar o desfecho da sua doença,

perguntou:

- Como era sua relação com os psiquiatras?

 - Os psiquiatras têm um poder que nenhum ser humano jamais teve na história. Os reis e

ditadores tiveram armas para ferir o corpo e aprisioná-lo. Os psiquiatras têm medicamentos que

invadem o inconsciente, um lugar onde nascem as idéias e as emoções. Um espaço jamais

penetrado, que nem os próprios psiquiatras conhecem.

- Você precisava dessas drogas para combater seus delírios?

Com ar de tristeza, o pensador expressou:

- Meu cérebro precisava de medicamentos, mas minha alma precisava de diálogo. Todavia,

quando somos rotulados como psicóticos, raramente alguém reconhece que temos um mundo

complexo com necessidades intrincadas. Criamos monstros em nossas crises e temos de conviver sozinhos com eles. Raramente alguém quer reparti-los conosco.

GENIALIDADE E PSICOSE (RELAÇÃO ÍNTIMA)

Marco Pólo começou a ter um apreço pela filosofia, o que o levaria a se tornar um estranho no

berço  da  medicina.  Ao interpretar  a  história  de  Falcão,  compreendeu  que  os  gênios  e  os

psicóticos  sempre  estiveram  próximos,  sempre  foram  incompreendidos.  Freqüentemente  a

solidão os envolveu.

Percebeu também que, no fundo, todos somos abraçados por alguns tentáculos da solidão.

Alguns falam muito, mas se calam sobre aspectos íntimos de suas vidas. Concluiu que uma dose

de solidão estimula a reflexão, mas a solidão radical estimula a depressão. Compreendeu ainda que, quando o mundo nos abandona, a solidão é tolerável; mas, quando nós  mesmos  nos  abandonamos,  ela  é  insuportável.  Falcão rompeu sua solidão,  tornou-se companheiro de si mesmo e encontrou um grande amigo, o Poeta.

ÚLCERA EMOCIONAL

No outro dia Falcão revelaria a parte mais dolorosa da sua história. Queria andar, movimentar-

se, para discorrer sobre sua úlcera emocional. Marco Pólo o acompanhou. Pausadamente, entrou

logo no assunto.

- Débora, minha ex-esposa, era uma mulher linda, afetiva e corajosa. Enfrentou seu pai e sua

sociedade para estar ao lado de um filósofo pobre. Apreciava meu modo simples de viver. Correu

riscos  por  me  amar.  Lutou  por  mim.  No começo, acreditou  até  em  meus  delírios.  Mas

não suportou. Eu a feri muito, sem querer machucá-la.

Enquanto caminhavam, suas lágrimas saíram da clandestinidade e começaram a percorrer as

estrias do seu rosto.

- Você teve filhos?

Falcão olhou para o céu. Um sopro de brisa afagou seu rosto. Seus cabelos longos e brancos

caíram-lhe sobre o rosto. Respirou densamente e, como se estivesse viajando no tempo, meneou

afirmativamente a cabeça.

- Um único filho.(...)

“O CORPO FALA”

E COMO FALA

24/04/2022

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O livro “O Corpo Fala”, de Pierre Weil e Roland Tompakow, procura mostrar a linguagem manifestada pelo corpo, nos diversos tipos de relacionamentos humanos que temos ao longo de nossas vidas.

Por se tratar de um livro que explica os aspectos do comportamento humano, o conteúdo não é somente transmitido por meras palavras, e sim por ilustrações que facilita o nosso entendimento, formando uma unidade de comunicação intensa, clara, simples e divertida.

“QUEM NÃO SE COMUNICA...”

comunicação é a base de qualquer relacionamento entre os seres humanos, sendo a expressão corporal a forma mais antiga dela — e também a mais importante. O corpo fala e, muitas vezes, tendemos a ignorar a impressão que passamos para os outros.

Já percebeu como uma pessoa pode lhe deixar desconfortável apenas com um olhar? Pois então, a linguagem corporal é cheia de detalhes e deixa pistas importantes sobre o comportamento humano. Portanto, se usada de maneira correta, é uma excelente ferramenta para mudar sua vida e o mundo a seu redor.

O QUE É A LINGUAGEM CORPORAL?

Esse tipo de linguagem data de milhões de anos — Charles Darwin foi responsável por seus primeiros estudos científicos. Darwin nos mostrou que emoções são universais, pois podemos reconhecer uma expressão triste em uma pessoa em qualquer lugar do mundo.

A cientista social Amy Cuddy, em uma palestra no TED, demonstra que pesquisadores descobriram que a linguagem corporal vai além da representação daquilo que queremos dizer.

Quando reagimos psicologicamente a uma situação, nosso corpo produz reações que culminam em gestos, muitas vezes, involuntários. Saber como usar seus gestos e expressões faciais para se comunicar é tão importante quanto dominar a linguagem verbal.

Isso significa que uma simples mudança em sua postura, por exemplo, pode fazer com que você se sinta mais confiante e seguro de suas ações. Consequentemente, as pessoas passarão a enxergar de outra maneira.

LINGUAGEM NÃO VERBAL

O corpo fala e fala mesmo. Aponta as mentiras, expõe verdades inconscientes, reforça as idéias, dá ênfase à comunicação. Devemos estar atentos para o fato que muitas vezes transmitimos sem perceber uma mensagem verbal diferente da mensagem corporal. As duas formas devem contribuir para o fortalecimento uma da outra, aumentando a credibilidade nas informações transmitidas. Por mais clara e assertiva que seja uma mensagem, sempre vai envolver subjetividade, pois este processo envolve relações humanas, envolve vários fatores na emissão, recepção e percepção da mensagem.

ALGUNS GESTOS E SEUS SIGNIFICADOS

1. O cumprimento com a mão num forte aperto é sinal de que não há restrições. A mão frouxa é sinal de que a pessoa tem medo de ser envolvida.

2. Sentando com a pasta ou a bolsa sobre o colo, "protegendo o boi". Significa que você não está à vontade.

3. Pés em direção a pessoa indicam que você se interessa por ela. Se eles estiverem voltados para a porta, é a direção em que o corpo quer ir.

4. Com braços cruzados no peito, você não quer mudar a opinião e nem aceitar o que estão lhe falando.

5. Puxar os cabelos significa que você busca uma grande idéia. Cotovelos apoiados fazem a delimitação de espaço quando a pessoa sente-se invadida, intimidada.

6. Morder a caneta e mexer no queixo mostram que a pessoa está estimando a situação proposta.

7.As mãos na frente da boca geralmente significam que a pessoa deseja falar algo, mas não tem a oportunidade ou não sabe ao certo o quê.

8. As mãos cruzadas para trás é um sinal que não se concorda muito com o alvo da discussão.

9. As mãos fechadas mostram insegurança, como se agarrasse algo para não cair.

10. Com as mãos abertas significa que concorda com a situação.

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SUN TZU - GENERAL, FILÓSOFO E GRANDE ESTRATEGISTA MILITAR

23/04/2022

BIOGRAFIA IMPRECISA
Segundo as informações mais amplamente difundidas, Sun Tzu teria nascido em 544 antes da era comum (AEC), morrido em 496 AEC e prestado seus serviços a Holu, o soberano da província de Wu, a partir do ano 512 AEC.
Essas datas simplesmente nos dizem que ele teria nascido, vivido, matado e morrido no finalzinho do famoso Período da Primavera e Outono (722 a 481 AEC). E é praticamente tudo que sabemos sobre ele.
Ou seja, o cara é um grande mistério, já que nem os estudiosos mais estudiosos conseguem se entender sobre quem foi Sun Tzu - ou sequer se ele realmente existiu.

CONTEMPORÂNEO DE CONFÚCIO

Sun Tzu, contemporâneo do filósofo Confúcio (551-479 a.C.), viveu numa época em que a filosofia era também usada como arma para a sabedoria das estratégias e táticas militares e assim, os pensadores eram colocados à frente dos exércitos que disputavam o controle da soberania.

Segundo alguns historiadores, Sun Tzu teria nascido em Ch’i, era filho da aristocracia militar chinesa, e aprendera a desenvolver suas estratégias de guerra com seu avô. Em 517 a.C. teria rumado para o Sul e se fixado no Estado de Wu, onde teria exercido suas funções como general e estrategista do rei Hu Lu.

TRATADO FILOSÓFICO-MILITAR

Como general, Sun Tzu teria subjugado seus inimigos com os ensinamentos que transmitia a seus soldados. Falava com propriedade sobre o posicionamento das tropas e a movimentação dos soldados, as técnicas de emboscada e até mudanças inesperadas de clima. Baseado em suas experiências teria elaborado um tratado filosófico-militar no qual reuniu um rico planejamento com táticas e estratégias de guerra para resolver conflitos e vencer batalhas.

“A ARTE DA GUERRA”

 O livro “A Arte da Guerra” é um dos mais antigos tratados de guerra, atravessou séculos e se transformou um dos clássicos mais influentes do pensamento oriental. A obra é considerada a Bíblia da estratégia, do planejamento e liderança, sendo utilizado amplamente no mundo dos negócios. Até hoje, seus ensinamentos inspiram uma legião de líderes.

SÁBIAS PALAVRAS

As citações abaixo são atribuídas ao grande Sun Tzu:

“Quando capaz, finja ser incapaz, quando pronto, finja desespero, quando perto, finja estar longe, quando longe, façam acreditar que está próximo.” 


“Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização.” 
“As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas.” 


“No meio do caos há sempre uma oportunidade.”


“Em batalha, use geralmente operações diretas para fazer o inimigo engajar-se na luta e as operações indiretas para conquistar a vitória.”

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“O FUTURO DA HUMANIDADE” – PARTE 9

22/04/2022

A EXCLUSÃO DE FALCÃO       

Solicitaram que Falcão se afastasse e se aposentasse por incapacidade. Sentindo-se inútil, seu

quadro se agravou. Sua auto-estima e autoconfiança estilhaçaram-se. Não conseguia mais ter

dignidade diante de sua família e da sociedade.

Desse modo, foi excluído. Disse que sempre se sentira fora do ninho dos intelectuais, mas,

agora, fora banido sem compaixão.


PSICOSE (LOUCURA)

Loucura é um nome popular carregado de discriminação e de falsos medos. O nome científico

é psicose.

O medo de enlouquecer sempre perturbou o ser humano. O fato de perder o juízo, não

discernir a realidade, desorganizar o pensamento, romper com a consciência de si mesmo e do

mundo angustia milhões de pessoas de todas as eras e todas as sociedades.

Muitos crêem erradamente que enlouquecerão porque se afligem com idéias absurdas, sofrem

por pensamentos fixos, angustiam-se por imagens mentais que nunca quiseram produzir. Mas,

por terem coerência em seu raciocínio e saberem distinguir a imaginação da realidade, não

desenvolvem confusão mental.

CAOS PSÍQUICO

A mais  temível  das  psicoses  havia  penetrado  no  tecido  da  personalidade  de  Falcão,

comprometendo a sua racionalidade. Embora tivesse períodos de serenidade, durante as crises ou surtos psicóticos, ele perdia a consciência de quem era, do que fazia e, às vezes, de onde estava. Não conseguia administrar seus próprios atos.

Como tinha refinada cultura e era um pensador, nos períodos de lucidez esforçava-se para

encontrar as causas do seu caos psíquico. Um esforço dantesco para quem estava com seu eu

fragmentado. Todavia, O tratamento psiquiátrico não evoluía.


FOUCAULT – A HISTÓRIA DA LOUCURA

A DOR E O DRAMA DE FALCÃO

(...) - A única coisa saudável que me restava quando eu saía das minhas crises era pensar em meu

mundo, tentar entender-me, reorganizar minha personalidade fragmentada, mas me tratavam

como um doente mental incapaz de construir brilhantes idéias e dar grandes saltos interiores.

Sentia-me como um rio represado que produzia muitos pensamentos perturbadores mas não

tinha para onde escoá-los. - Por que os doentes mentais são tão discriminados na sociedade?

- Nunca leu Foucault?

- Não!

- Devia ler. Foucault escreveu a História da loucura na Idade Clássica. Esta obra mostra as

raízes antropológicas pela qual se classifica um indivíduo como louco. A psiquiatria formatou

essa  classificação  e  marginalizou  todos  os  comportamentos  que  se  afastavam  dos

padrões  de  comportamento  universalmente  aceitos  em  uma  sociedade.  Muitos  erros  foram

cometidos, muitas pessoas foram tachadas como loucas apenas por ter comportamentos que

fugiam ao trivial.

A PSIQUIATRIA E A METAFÍSICA

(...) Falcão estudava a história da psiquiatria, seus avanços, hipóteses e limitações. Sua cultura nesse

campo tornara-se vasta, superava a da maioria dos psiquiatras. Em seguida, fez uma complexa

explanação sobre a relação da psique - alma - com o cérebro.

Disse  que  muitos  filósofos  discorreram  sobre  a  metafísica,  como  Aristóteles,  Agostinho,

Descartes, Spinoza. Revelou que a metafísica é a área da filosofia que discursa sobre a alma

humana,  afirmando  que ela  ultrapassa  os  limites  estritamente  físicos  do  cérebro.  Descartes,

seduzido pela metafísica, a considerava como objeto primeiro do mundo das idéias. Kant a

submeteu aos limites da razão. Todavia, a metafísica sofreu debates e críticas acaloradas a partir

do  materialismo  de  Nietzsche,  do  determinismo  histórico  de  Hegel,  do  marxismo,  do

existencialismo de Sartre, do positivismo lógico. Assim, deixou de ser debatida.

- Numa sociedade materialista, lógica, pragmática, encarcerada pela matemática e fascinada pela computação, a metafísica foi quase aposentada como objeto de discussão científica.

Falcão defendia a metafísica como explicação para os indecifráveis fenômenos psicológicos

que nos tecem como seres pensantes.

A CAPA futurodahumanidade.webp

“O FUTURO DA HUMANIDADE” – PARTE 8 (OITO)

21/04/2022

A CONTENÇÃO

(...) Ao provocar os alunos, a situação saiu imediatamente dos aplausos para as vaias. Alguns

foram chamar o diretor da faculdade.

O diretor por sua vez solicitou que três seguranças o retirassem do ambiente. Ele se recusou. Diante do tumulto, outros professores se aproximaram. Eles o agarraram como a um animal.

 - Senti-me como Sócrates, condenado à  cicuta,  destinado  ao  eterno  silêncio.  E bradei

novamente: "Hipócritas! Destituam as armas! Enfrentem-me no campo das idéias!"

Diante do breve silêncio de Falcão, Marco Pólo se antecipou com ansiedade:

- Eles o levaram para um hospital psiquiátrico?

- Quando puseram as mãos em mim, eu tinha a força de um gladiador diante das feras.

Consegui escapar. Subi na mesa e proclamei o hino à liberdade, uma poesia filosófica que escrevi

nos momentos de lucidez.

- Você ainda se lembra dela?

- Algumas frases...

O HINO À LIBERDADE

Falcão subiu no banco da praça e proclamou-a. Ao ouvi-la, uma multidão se ajuntou.

Vocês podem calar a minha voz, mas não os meus pensamentos! Vocês podem acorrentar

meu corpo, mas não a minha mente! Não serei platéia dessa sociedade doente, serei autor

da minha história! Os fracos querem controlar o mundo; os fortes, o seu próprio ser! Os

fracos usam as armas; os fortes, as idéias!

Após proclamá-la, a platéia o ovacionou. Falcão sentou-se e relaxou. Voltou a falar com Marco

Pólo. Contou que o diretor chamara a polícia que por sua vez chamara a ambulância de um

hospital psiquiátrico. Colocaram-no numa camisa-de-força e injetaram-lhe uma dose de um

potente tranqüilizante.

A DOR DA REJEIÇÃO

Ficou dois meses internado. Foi a primeira de uma série de internações. Depois que saiu do hospital, retornou à universidade. Sua musculatura estava rígida, sua voz pastosa e trêmula, seu

raciocínio lento. Não era mais o eloqüente Falcão. A medicação que o ajudou foi a mesma que o

aprisionou. Estava numa camisa-de-força química.

Alguns alunos, ao encontrá-lo no corredor, debochavam disfarçadamente, mas ele percebia.

Outros,  que  conheciam  sua  inteligência,  se  achegavam,  abraçavam-no  e  agradeciam  sua

sabedoria, mas ficavam espantados ao vê-lo salivando e sem expressão facial. Alguns saíam com lágrimas nos olhos.

- Eu queria voltar a fazer o que mais amava: ensinar. Mas como um louco poderia dar aulas? O

reitor da universidade disse que eu não Poderia mais lecionar. Para ele e para alguns diretores dos cursos em que eu lecionava, minha doença era incurável e contagiosa, como nos tempos da

varíola.

Eles acreditavam que Falcão poderia tumultuar o ambiente com sua Psicose. Não percebiam

que os pacientes psicóticos precisam de inclusão e não de exclusão. Não compreendiam que

muitos deles são dotados de refinada inteligência e sensibilidade. Já não bastava o ônus pesado da doença que transportavam, tinham que carregar o ônus da rejeição.

- Você esquece milhares de sofrimentos na vida, mas o sentimento de rejeição é uma dor

inesquecível.

Espero que não rejeitem os próximos episódios.

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O RETORNO DO CRISTO PLANETÁRIO À PÁTRIA ESPIRITUAL

20/04/2022

A primeira carta de Paulo aos Coríntios, diz textualmente o seguinte: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a nossa fé.”

RESSURREIÇÃO OU MATERIALIZAÇÃO?

Ressurreição ou ressurgimento é o ato de surgir de novo. E o que surge de novo ou ressurge é o espírito que já surgiu antes.
Para os judeus da época de Jesus, a ressurreição era a reencarnação, inclusive para o rei Herodes. 

Na tese da ressurreição subentende-se que o espírito retorne ao mesmo corpo de carne o reavivando. Tal tese é contrária as leis da ciência – da estagnação biológica - , sendo que a própria ciência é Lei divina qual pouco a pouco o homem penetra para o melhoramento de sua compreensão e condição na estadia terrena.

A MATERIALIZAÇÃO

A famosa aparição de Jesus aos discípulos após o terceiro dia de sua crucificação ocorreu por meio do fenômeno da materialização, em que o corpo intermediário (perispírito), se reveste de uma substância que chamamos 'Ectoplasma'. O ectoplasma é substância amorfa, vaporosa, com tendência à solidificação e que toma forma por influência de um campo organizador específico; tal substância se origina do protoplasma das usinas celulares. Jesus para se tornar visível e tangível aos apóstolos se utilizara do ectoplasma emanado involuntariamente pelos próprios discípulos (em sua maioria médiuns), e também do ectoplasma contido nas plantas e nos animais.

DOUTRINA DA REENCARNAÇÃO (NÃO RESSURREIÇÃO)

Há milênios antes da era cristã a reencarnação fazia parte da cultura religiosa oriental e era aceita como fato incontestável e norteador dos princípios da Justiça Divina. Até meados do século VI da nossa era todo o Cristianismo aceitava a Lei universal da reencarnação.

Ocorre que no ano 553 D.C. o Concílio de Constantinopla em decisão política resolveu abolir a lei universal da reencarnação uma crença cientificamente justificada, substituindo-a pela ressurreição que contraria todos os princípios da ciência. O Concílio rejeitou a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho.

CONCLUI IRANI INÁCIO DE LIMA

“A ressurreição do corpo se aceita literalmente como verdade absoluta seria um equívoco inacreditável visto que sua existência feriria de morte e contrariaria frontalmente as imutáveis e inderrogáveis leis naturais da vida.”

AQUÍFERO GUARANI

19/04/2022

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MAIOR RESERVA DE ÁGUA DOCE DO PLANETA

No Brasil, um dos aquíferos subterrâneos de maior importância é o Aquífero Guarani,  considerado a maior reserva de água doce do planeta, com um volume de água estimado em aproximadamente 55.000 km³ e uma profundidade máxima em torno de 1.800 m. Com uma capacidade de recarga de aproximadamente 166 km³, ao ano, por precipitação, a grande reserva de água subterrânea existente no aquífero é suficiente para fornecer água potável ao mundo por duzentos anos.


QUANTA  ÁGUA  VOCÊ  VESTE, COME,  QUEIMA  E  EXPORTA?

(por Eduardo Silva)


A Cidade do Cabo, em 2018, foi a primeira a chegar perto do chamado dia zero, quando seus quatro milhões de habitantes ficariam sem água.

Um quilo de carne de boi pode custar 10.000 litros de água. Uma calça jeans e uma camisa entre 10.000 e 20.000, dependendo de como e onde são produzidas. Produzir aço, cimento ou automóveis também requer enorme volume de água! A lei brasileira estabelece prioridade para o uso humano. Mas, é obedecida?

PRIORIDADE HUMANA

Usualmente, as necessidades de água de indústrias poderosas como agricultura e energia – ou TI, como em Bangalore (Cidade da Índia) – têm prioridade, embora no Brasil a lei, nem sempre obedecida, estabeleça a primazia do consumo humano.

No planeta, mais da metade dos aquíferos subterrâneos estão sendo exauridos. Frente a essas evidências alguns indagam: mas a água que existe no planeta não é uma quantidade fixa, eternamente circulando entre água no ar, sua precipitação e escorrimento rumo ao subsolo e a mar, e novamente evaporando? Sim, respondem os entendidos, lembrando que tal ciclo ocorre numa escala temporal bem mais lenta que a do seu rápido uso pelos humanos, desequilíbrio ora agravado pela poluição e secas maiores, devido às mudanças climáticas.

MAS AGORA ELES SÓ TÊM O DIA 19 DE ABRIL

Povos indígenas “ensinam” que água deve ser reverenciada.

Tratando a água como um membro da família e como algo sagrado a ser conservado para as próximas gerações, as comunidades indígenas de países sul-americanos defenderam a preservação dos rios e montanhas e criticaram as propostas de privatização e venda de mananciais e aqüíferos.

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ROUSSEAU E A DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS  

18/04/2022

CONCEPÇÃO DE PROPRIEDADE
Jean Jacques Rousseau
, filósofo suíço (1712-1778), em seu Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, publicado em 1755, cita as bases sobre as quais se firma o processo gerador das desigualdades sociais e morais entre os seres humanos.

Tomando como base os primeiros homens, Rousseau iniciou um pensamento que o levaria a concluir que toda desigualdade se baseia na noção de propriedade particular criado pelo homem e o sentimento de insegurança com relação aos demais seres humanos.

Segundo Rousseau, os primitivos deviam viver em bandos mais ou menos organizados, que se ajudavam esporadicamente, apenas enquanto a necessidade emergente exigisse, para fins de alimentação, proteção e procriação. Findada tal necessidade, os primitivos seguiam suas vidas de forma isolada, até que nova necessidade aparecesse.

NOÇÃO DE ACUMULAÇÃO 

Com o surgimento de novas exigências, as quais estes povos não estavam acostumados, surgiu, também, a percepção de que poderiam ter, além do necessário, algo mais que pudesse fazê-lo melhor do que os outros homens. Esta noção, ainda rudimentar nesses povos, foi-se aperfeiçoando, até alcançar um nível de elaboração que fizesse surgir a idéia de propriedade, fosse ela um animal, terras, armas e, até mesmo, outras pessoas.

Essa noção de propriedade criou nos primitivos a idéia de acumulação de bens e, conseqüentemente, superioridade frente aos demais. Essa suposta superioridade foi o estopim para o início dos conflitos entre os homens de uma mesma tribo e, posteriormente, entre cidades e nações.

Outra novidade nesse progresso mental foi a noção de família, que com o tempo, levou homens e mulheres a deixarem de lado o comportamento selvagem que tinham. Essa moderação no comportamento, fez emergir a fragilidade perante a natureza e os animais, mas trouxe como compensação e noção de grupo, que transmitia maior poder de resistência do que o indivíduo isoladamente. O amor conjugal e o fraternal surgem nesse momento, segundo Rousseau.

OS DOIS PILARES       

As desigualdades entre os homens começaram a partir do surgimento da sociedade. Entretanto, para que possam ser superadas é necessário retomar os conceitos do homem natural, desfazendo-se, portanto do conhecimento do homem civilizado, sendo que quanto mais a razão for utilizada para compreensão do homem natural, mais distantes encontramo-nos de alcançar a essência do mesmo. Desta forma Rousseau indica que uma análise face as mais simples realizações da alma humana seja levada em consideração. Conclui-se desta maneira que antes da razão, dois pilares fundamentais sustentam a alma humana: preservação do próprio indivíduo e sentimento de misericórdia. Esses dois princípios decorrem de todas as regras do direito natural.

PASSAGEM DO ESTADO NATURAL PARA O SOCIAL

O homem natural tinha inicialmente preocupações voltadas para sua subsistência. Entretanto, com o aparecimento de dificuldades, tais como variação climática, procura por alimentos, a necessidade de proteger-se conta animais, entre outros, obrigou o homem a vencer estes obstáculos adquirindo novos conhecimentos (por meio da perfectibilidade), tais como domínio da pesca, caça, associação a outros homens, construção de abrigos obrigando-os a permanecer mais tempo em um único local, tornando as relações comuns devido ao convívio com outros homens, dando espaço portanto para a constituição de famílias, criando laços conjugais e paternais. A convivência entre pessoas cria a necessidade de comunicação dando espaço para o surgimento de formas de linguagem e uma noção (ainda que básica) sobre propriedade passa a existir. Sendo mais fácil superar as dificuldades que surgiam em grupo, as famílias passam a conviver com maior proximidade de outras dando origem as primeiras comunidades e originando os primeiros deveres de civilidade, decretando inclusive o fim do nomadismo.

A OCIOSIDADE E A NECESSIDADE DO LAZER

Entretanto, a facilidade da vida em grupo trouxe outro problema: a ociosidade e a busca por algo que desse sentido a vida, além do trabalho. Assim, o lazer se instituiu, porém, com o passar do tempo, o que era comodidade passou a ser visto como necessidade e novos conflitos surgiram, fazendo com que o homem ficasse mais infeliz pela privação das comodidades, do que feliz de possuí-las.

Assim, segundo Rousseau, as desigualdades entre os homens têm como base a noção de propriedade privada e a necessidade de um superar o outro, numa busca constante de poder e riquezas, para subjugar os seus semelhantes.

"Uma sociedade só é democrática quando ninguém for tão rico que possa comprar alguém e ninguém seja tão pobre que tenha de se vender a alguém."

Jean-Jacques Rousseau

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PÁSCOA – “A PASSAGEM”

17/04/2022

A ETIMOLOGIA, O ANTIGO E O NOVO TESTAMENTO

Páscoa se origina da palavra em latim Pascha, que deriva do hebraico Pessach / Pesach, que significa “a passagem”. Essa “passagem” esta descrita no Antigo Testamento como a libertação do povo israelita da escravidão no Egito. A Páscoa era celebrada pelos judeus para comemorar a liberdade conquistada pelo seu povo.

Já no Novo Testamento, a Páscoa é a celebração da passagem da morte para a vida, através da ressurreição de Jesus Cristo.

De acordo com o calendário cristão, a Páscoa consiste no encerramento da chamada Semana Santa. No catolicismo, as comemorações referentes à Páscoa começam na "Quinta Feira Santa" com a Missa da Ceia do Senhor. Em seguida, na "Sexta Feira Santa" é celebrada a crucificação de Jesus. O "Domingo de Páscoa", que celebra a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos, encerra as comemorações de Páscoa.

PÁSCOA JUDAICA

Na cultura judaica, a Páscoa é comemorada em 8 dias de festa e simboliza um dos momentos mais importantes de libertação do povo judeu (por volta de 1250 a.C). Ele faz referência ao êxodo de Israel, após o flagelo das dez pragas do Egito, que ocorreu durante o reinado do faraó Ramsés II, narrado no livro de Êxodo.

Anterior à festa Cristã, da mesma forma que no Cristianismo, essa data tão significativa simboliza a redenção do povo judeu e, portanto, a esperança e o surgimento de uma nova vida.

ÊXODO

Na Bíblia, o livro do Êxodo (o segundo no Antigo Testamento) é tradicionalmente atribuído a Moisés. Relata o período da escravidão dos hebreus, a saída do povo do Egito e a peregrinação rumo a Canaã, a chamada Terra Prometida. O texto é recheado de passagens que contam o sofrimento do povo sob o jugo egípcio. "Moisés não aceitou a truculência escravocrata e matou um egípcio. Com medo da sentença de morte, fugiu para o deserto. Depois, foi reenviado ao Egito para propor uma saída da escravidão.

A CRISTIANIZAÇÃO DA PÁSCOA

Em uma sexta-feira — a Sexta-Feira da Paixão ou Sexta-Feira Santa—, Jesus foi condenado à morte, sendo crucificado. A morte de Jesus causou uma dispersão nos primeiros seguidores, por causa do risco de também serem brutalmente assassinados. Muitos se esconderam. E aí vem a “ressurreição” de Jesus, que foi definitiva para a nova Páscoa.

O relato bíblico dá conta que, após a "ressurreição" no domingo, Jesus teria convivido com seus seguidores por aproximadamente 40 dias, antes de ascender aos céus. A cruz virou símbolo.

E o Coelhinho da Páscoa como ele entra na história?

HISTÓRIA DO COELHO DA PÁSCOA

Existem muitas teorias a respeito da origem do coelho da Páscoa, algumas afirmam que a associação do coelho com a Páscoa tem origens pagãs, enquanto outras teorias sustentam que o coelho, desde a Idade Média, já possuía uma relação direta com o Cristianismo. De fato, neste momento, é impossível sustentar qual das duas teorias é a correta, mas, de toda forma, elas nos fornecem elementos para pensarmos sobre o assunto.

A consolidação do coelho como símbolo da Páscoa (e da maneira como comemoramos essa festa) aconteceu por volta do século XIX e está diretamente relacionada com a transformação da forma como o mundo ocidental enxergava as crianças. A partir do século XVII, tal forma transformou-se radicalmente, e a infância começou a ser vista como um momento preparatório para a vida adulta.

PAGANISMO

As teorias mais levantadas, e que geralmente são as mais consideradas, são aquelas que associam o coelho da Páscoa ao paganismo. A teoria mais conhecida é aquela que relaciona o coelho de Páscoa com uma deusa da mitologia germânica (presente também na mitologia nórdica e na anglo-saxã) chamada de Ostara ou Eostre.

TENHAM UMA ABENÇOADA PASSAGEM!


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JUDAS ISCARIOTES

16/04/2022

HERÓI OU TRAIDOR?

Documentos históricos questionam a imagem de vilão do apóstolo acusado de trair Jesus Cristo

Judas Iscariotes, o apóstolo que, por 30 moedas, entregou Jesus Cristo aos soldados romanos que o crucificaram, não foi um traidor, mas, sim, um herói. Judas agiu dessa maneira a pedido do próprio Jesus, que tinha de ser crucificado para voltar como o salvador da humanidade. Essa interpretação ganhou força graças a um antigo manuscrito do século 4 que só agora, depois de quase 17 séculos, foi revelado ao público.

EVANGELHO DE JUDAS

Chamado de Evangelho de Judas, o documento foi descoberto nos anos 1970 numa caverna no Egito e resistiu ao tempo graças ao clima seco da região. Desde então o manuscrito passou por diversas mãos até ser entregue em 2001 à Fundação Mecenas, em Basiléia, na Suíça.

Trata-se de um documento de 31 páginas de papiro, cujo texto em egípcio antigo (o copta) teria sido escrito pelos cainitas, uma seita herética do início do cristianismo. O conteúdo, divulgado na Páscoa de 2017 pela revista National Geographic, é motivo de acalorados debates dentro e fora da Igreja Católica e, acima de tudo, revela quão pouco ainda sabemos sobre a vida de Jesus Cristo.


Há registros sobre a existência do Evangelho de Judas desde o século 2, quando Irineu, bispo de Lyon, na Gália romana, escreveu um tratado intitulado Contra as Heresias, no qual condena os cainitas por venerarem Judas. “Eles (os cainitas) produziram uma história fictícia, a qual chamam de Evangelho de Judas”, afirma o texto, escrito no ano 180.

MANUSCRISTOS APÓCRIFOS

O bispo de Lyon indicou os quatro evangelhos canônicos – de Mateus, de João, de Marcos e de Lucas – como os únicos que os cristãos deveriam ler. Sua lista acabou se tornando a política oficial da Igreja e perdura até hoje.

Os demais manuscritos dos primórdios do cristianismo foram considerados apócrifos (não reconhecidos pela Igreja), entre eles o Evangelho de Maria, sobre Maria Madalena, e o Evangelho de Judas. Acredita-se que os autores dos textos apócrifos pertenciam, em sua maioria, ao gnosticismo, movimento religioso que rivalizou com a Igreja Católica nos primeiros séculos depois de Cristo.

Por essa razão, Judas sempre foi tido como um dos grandes vilões da Bíblia. Basta olhar no dicionário: judas é sinônimo de traidor, do indivíduo que trai a confiança dos outros. Todos os anos, em dezenas de países, bonecos feitos à sua imagem são malhados e queimados em praça pública no Sábado de Aleluia. Um castigo simbólico contra alguém que, segundo os evangelhos tradicionais, entregou o mestre aos carrascos no Jardim das Oliveiras, identificando-o com um beijo na face.

DISCÍPULO FAVORITO?

Na nova interpretação, no entanto, Judas teria agido a pedido de Jesus, mesmo sabendo que depois seria perseguido por causa de seu ato. “Você será amaldiçoado”, teria alertado Jesus a Judas, seu discípulo favorito. Cumprida sua missão, Judas não teria se enforcado, como registram os evangelhos canônicos, mas se retirado para meditar no deserto.

“Essa descoberta espetacular de um texto antigo, não-bíblico, é considerada por especialistas uma das mais importantes atualizações dos últimos 60 anos no que se refere ao nosso conhecimento sobre a história e a diferentes opiniões teológicas sobre o começo da era cristã”, afirmou Terry Garcia, vice-presidente-executivo da National Geographic, ao divulgar o manuscrito.

DISSEMINAÇÃO DO ANTI-SEMITISMO?

Apesar da nova versão que veio agora à tona, a imagem de Judas cristalizada no imaginário popular é a do vilão sinistro, disposto a fazer qualquer coisa por dinheiro. Há quem diga que a construção dessa imagem fez parte de uma tentativa cristã de disseminar o anti-semitismo. Para se desvincular do judaísmo, cristãos teriam achado conveniente responsabilizar os judeus pela execução de Cristo e teriam usado a imagem de Judas para criar o estereótipo judeu.

Assim, o governador romano Pôncio Pilatos teria um papel bem menor que o de sacerdotes judeus e Judas na morte de Jesus.

QUEM FOI JUDAS?

Judas é um personagem sem história. Com exceção de 15 citações nos evangelhos canônicos e algumas outras no Atos dos Apóstolos, quase não há registros de seu passado antes de conhecer Jesus. Ao contrário de apóstolos como Pedro, que era pescador, ou do cobrador de impostos Mateus, a Bíblia não conta de onde ele veio ou como ganhava a vida. Um silêncio que não chega a surpreender. “Pouco se sabe sobre Judas porque os evangelhos não tinham compromisso com a história. Eram apenas textos para orientar os cristãos e passar os ensinamentos de Jesus”, diz Gabriele Cornelli, doutor em ciências da religião da Universidade Metodista de São Paulo. E a orientação oficial sempre foi clara: Judas era o vilão. E ponto final.

DESCONSTRUINDO ESTEREÓTIPOS

O manuscrito recém-traduzido afirma que o único apóstolo a entender todo o osignificado dos ensinamentos de Jesus foi Judas. Ele mesmo, o homem cujo boneco é espancado anualmente na Páscoa brasileira. Cujo uso do nome é proibido na Alemanha. O sinônimo definitivo de traição  E, goste ou não, a última chance de rever esse estigma sobre o apóstolo é o evangelho. “Desconhecemos a existência de qualquer outro documento que relate a vida de Judas”, afirma Stephen Emmel, professor de estudos coptas da Universidade de Münster, na Alemanha, e um dos primeiros estudiosos a entrar em contato com o manuscrito. Estamos, portanto, diante da última palavra sobre Judas Iscariotes.

E, ENTÃO? AINDA VAI MALHAR O JUDAS LOGO MAIS?

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“O Mestre dos Mestres”

 Augusto Cury

15/04/2022

"Jesus, o maior educador da história"

Considerada uma das principais datas do calendário cristão. Quando se comemora a paixão, a morte e a chamada “ressurreição” do “Mestre dos Mestres” – Jesus Cristo, o Nazareno. A Semana Santa carrega um forte e emblemático simbolismo diante da culminância da curta, porém, indelevelmente marcante, passagem de Jesus aqui na Terra.

Tive a oportunidade de participar de um grupo, no qual, estudávamos algumas obras de Augusto Cury, dentre elas, “O Mestre dos Mestres”. Neste livro, que abre a coleção: Análise da Inteligência de Cristo, o autor faz uma abordagem e uma investigação, não teológica-religiosa e sim psicológica-cientifica, revelando que a inteligência de J.C. era ainda mais grandiosa e poderosa do que possamos imaginamos.

CURY CONSTATA E DESTACA

Depois de estudar o perfil psicológico de alguns pensadores como Nietzsche, Freud e Einstein, resolvi investigar a inteligência daquele que dividiu a história: Jesus Cristo.

Seu comportamento, suas palavras, sua capacidade de se proteger nos focos de tensão, a habilidade de libertar seu imaginário e a fineza de sua arte de pensar aplicada a situações em que por certo reagiríamos agressiva ou timidamente deixam perplexo qualquer profissional ou cientista que se disponha a estudá-lo em profundidade – psiquiatras, psicólogos, cientistas da educação, sociólogos. É o que pretendo demonstrar.

Estudar a mente de Jesus Cristo é incomparavelmente mais complexo do que estudar a mente de qualquer outro pensador.

UMA RESILIÊNCIA IMBATÍVEL

Ele viu de perto a fome, a miséria e a dor, mas manteve-se firme em seus propósitos. Tamanha era sua capacidade de gerenciar as emoções que, apesar das inúmeras provações por que passou, Jesus tornou-se o símbolo maior da esperança, do amor, da dignidade e da compaixão.

IMPRESSIONAVA E SEDUZIA COM UMA SABEDORIA SEM PAR

Ele conseguia atingir com delicadeza, sabedoria e perspicácia as regiões mais profundas do inconsciente de seus complicados discípulos. Fico perturbado ao constatar que ele aproveitava momentos incomuns para dar solenes ensinamentos.

Devo confessar que investigar Jesus Cristo fez implodir meu orgulho, revelar minha pequenez, dissecar minhas mazelas psíquicas. Veremos que analisar sua inteligência nos permite dispor de excelentes ferramentas para nos educar e educar quem amamos, pois os ensinamentos de Jesus oxigenam nossas mentes, expandem o prazer de viver e estimulam a sabedoria."

CARACTERÍSTICAS INTRIGANTES

“Ele cresceu sem se submeter à cultura clássica do seu tempo” (p. 14); “Ele foi tolerante e dócil para com todos” (p. 14); “informava pouco, porém educava muito” (p. 19); “a arte de ouvir era uma joia intelectual para ele” (p. 23).  Jesus não se submetendo a nenhum dos segmentos religiosos de sua época, ele os conhecia muito bem e tinha domínio do Antigo Testamento, o texto clássico por excelência do judaísmo. Ele poderia não se submeter ao padrão clássico, mas o conhecia como ninguém. Além disso, a tolerância e a mansidão de Cristo em muitas circunstâncias não excluem sua intolerância contra o pecado, o mercado religioso, a hipocrisia, etc.

SABEDORIA NOS "INVERNOS EXISTENCIAIS"

Jesus não quis melhorar o ser humano, mas sua natureza intrínseca e escolheu os mais inusitados ambientes para apresentar seus ensinamentos (e não apenas uma sala de aula): deserto, beira-mar, sinagogas, montes, jantares, festas, etc. Cristo era um excelente mestre porque ele trazia mais que o conteúdo pronto; ele aguçava a inteligência de seus alunos. Nas palavras de Cury: “só os sábios aprendem a viver com dignidade nos invernos existenciais.” (p. 101). Ele nunca perdeu seu estímulo, sua didática e seus alunos por ter poucos recursos. Cristo era feliz, sereno e não se abatia diante das dificuldades da vida. Ele foi o Mestre dos Mestres numa escola onde muitos intelectuais se mostram como fracos alunos.

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Diógenes de Sínope, o cínico que calou Platão

14/04/2022

CÍNICO E NATURALISTA

O filósofo helenístico Diógenes de Sínope, viveu do ano 413 – 323 a.C., aluno de Antístenes (discípulo de Sócrates), de uma linha de pensamento Naturalista, foi destaque e símbolo do Cinismo pois tornou sua filosofia uma forma de viver radical. Seu mestre Antístenes, criador da escola Cínica (do grego Kynikos, cão, como os atenienses se referiam a eles como cães de rua, sem riquezas, e bens materiais), sua escola é o próprio mundo, ágoras, praças públicas, montes e campos. Mas Diógenes foi o maior destilador de pérolas em sua indiferença perante os valores da sociedade da qual fazia parte.

CINISMO E A FILOSOFIA

O termo Cinismo tem origem no grego kynismós, que significa "como um cão" e reflete a forma de vida dos adeptos dessa filosofia.

A corrente filosófica do Cinismo teve origem com um dos discípulos de Sócrates, Antístenes (445-365 a.C.). A partir dos ensinamentos de Sócrates, Antístenes assumiu que a virtude é o que fundamenta a existência humana, e não o prazer.

Sendo assim, o filósofo dedicou sua vida a demonstrar que o valor da existência humana não pode ser medido através da propriedade, mas do desenvolvimento pleno de sua humanidade. Para ele, a busca pelo prazer afasta os indivíduos da verdadeira felicidade.

Antístenes inaugurou o pensamento cínico que buscava a coerência entre o pensamento e a ação. Daí, a necessidade de uma vida ascética, sem luxo nem bens.

Os cínicos foram conhecidos como aqueles que vivem como cães ou como os filósofos "caninos". Eram reconhecidos por sua falta de apego material, por sua falta de pudor, por sua fidelidade à filosofia e seu comportamento feroz com aqueles de quem não gostam.

DIÓGENES E PLATÃO

Diógenes ia regularmente a Academia de Platão para importunar e perturbar. Uma vez Platão disse:

– O homem é um bípede sem penas!

Diógenes passa o dia a pensar, e tem a ideia de roubar uma galinha, dirigindo-se à escola de Platão, despenando o pobre galináceo até chegar, lança-o ao meio do salão e exclama apontando:

– Um humano! ! Um humano! !

– Um bípede sem penas!         

Depois de todos rirem, Platão constrangido, finaliza:

– O homem é um bípede sem penas, das unhas chatas.

INSPIRAÇÃO PARA A PSIQUIATRIA

O modo de viver de Diógenes inspirou a psiquiatria em 1975, a nomear um transtorno psiquiátrico de “Síndrome de Diógenes” (se bem um pouco contraditório referir a ele como uma pessoa com tais características), que se caracteriza pelo costume de acumular objetos inúteis e sem valor, recolher e acumular lixo e até dejetos.

A acumulação compulsiva de objetos é um dos sintomas de um tipo especifico de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), chamado de S. de Diógenes, se caracteriza não só pela acumulação de objetos inúteis e lixo, mas também pela dificuldade de livrar-se de objetos.

Entretanto, é preciso saber distinguir o Transtorno de Colecionamento, que não é patológico e sim um hobby de colecionador.

Os sintomas são: isolamento social, acumular sujeira no ambiente e passar a acumular objetos inúteis. Se sentem irritados e incomodados quando alguém se disponibiliza para arrumar e limpar o lugar. Sem a desordem e o caos, dizem se sentir perdidos e com sensação de perda.

“Quanto mais procuro por homens honestos, mais admiro meus cachorros.”

Diógenes de Sínope.

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A IMORTALIDADE DA ALMA 

13/04/2022

A ORIGEM DA DOUTRINA

As origens da ideia da imortalidade humana remontam a tempos muito mais antigos. No entanto, Sócrates e Platão retocaram esse conceito e o transformaram num ensino filosófico, tornando-o, assim, mais atraente às classes cultas dos seus dias e às seguintes.

Os gregos anteriores a Sócrates e Platão também criam que a alma continuava viva após a morte. Pitágoras, famoso matemático grego do sexto século AEC, sustentava que a alma era imortal e estava sujeita à transmigração. Antes dele, Tales de Mileto, considerado o mais antigo filósofo grego conhecido, achava que a alma imortal não existia apenas em homens, animais e plantas, mas também em objetos tais como um ímã, visto que pode mover ferro. Os antigos gregos afirmavam que as almas dos mortos eram transportadas através do Rio Estige para um vasto domínio subterrâneo chamado de o mundo dos mortos. Ali, juízes sentenciavam as almas quer ao tormento numa prisão com muros enormes, quer à bem-aventurança no Elísio.

ANTIGA BABILÔNIA

O ensino da imortalidade da alma remonta à antiga Babilônia. Segundo a Bíblia, que conta a história, a cidade de Babel, ou Babilônia, foi fundada por Ninrode, bisneto de Noé. Após o dilúvio global dos dias de Noé, havia uma só língua e uma só religião. Pela fundação da cidade e pela construção de uma torre nela, Ninrode iniciou outra religião. O registro bíblico mostra que, depois da confusão de línguas em Babel, os malogrados construtores da torre se espalharam e empreenderam novos começos, levando consigo a sua religião (Gênesis 10: 6–10; 11: 4–9). O ensino religioso babilônico espalhou-se, assim, sobre a face da Terra.

RELIGIÕES DO ORIENTE

Como se introduziu a ideia de que o homem tem uma alma imortal no hinduísmo e em outras religiões orientais? Essa pergunta interessa até mesmo os do Ocidente, que talvez não conheçam bem essas religiões, já que a crença afeta o conceito de todos sobre o futuro. Visto que o ensino da imortalidade humana é hoje um denominador comum na maioria das religiões, saber como esse conceito se desenvolveu pode deveras promover melhor entendimento e comunicação.

O BUDISMO

O conceito budista sobre o além é o seguinte: a existência é eterna, a menos que a pessoa alcance o objetivo final do nirvana, estar livre do ciclo de renascimentos. O nirvana não é nem um estado de eterna felicidade nem de ficar unido com a suprema realidade. É simplesmente um estado de inexistência — o “lugar sem morte” além da existência individual. O Webster’s Ninth New Collegiate Dictionary define nirvana como “lugar ou estado de desligamento da preocupação, da dor ou da realidade externa”. Os budistas, em vez de procurarem a imortalidade, são incentivados a transcendê-la para alcançar o nirvana.

A IMORTALIDADE NO TAOÍSMO

A busca da vida eterna levou os taoístas a experimentarem a produção de pílulas de imortalidade pela alquimia. No conceito taoísta, a vida resulta da combinação das forças opostas yin e yang (feminina e masculina). Assim, fundindo chumbo (escuro, ou yin) com mercúrio (claro, ou yang), os alquimistas estavam imitando o processo da natureza e pensavam que o produto seria uma pílula de imortalidade.

Há na terra uma única ideia superior: a da imortalidade da alma humana, pois todas as outras idéias superiores de que o homem pode viver, nascem somente dessa ideia.

― Dostoiévski

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DIVISORES DE ÁGUAS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

12/04/2022

A humanidade em sua trajetória de evolução passa por diversos marcos – divisores águas -  onde só depois de muito tempo reconhece a importância dos fatos e a contribuição de alguns homens especiais que estiveram entre nós com propósitos magnânimos e que objetivaram o adiantar da evolução da espécie humana no planeta.

ÍCONES

Ícones desses marcos eternizam seus nomes pelos feitos, descobertas e contribuições oriundas da sapiência de suas naturezas, pois todos tinham como característica comum o pensamento a frente de suas épocas, por isso não foram valorizados por seus feitos enquanto vida. É fato que a humanidade leva um tempo para alcançar entendimento e aceitar mudanças as quais exigem uma certa reserva intelectual, por isso grandes nomes da história construíram seus legados deixando suas ideias como objeto de estudo.

MIREM-SE NOS EXEMPLOS
Jesus Cristo, Galileu, Buda Sidarta Gautama, Isaac Newton, Einstein, Freud, Stephen Hawking e outros nomes que marcaram a história com seus feitos provocando um verdadeiro divisor de águas, estabelecendo a relação do antes e depois sob as vertentes das mais diversas áreas do saber como: filosofia, física, espiritualidade, astronomia, psicanálise, enfim é inquestionável que seus feitos ocasionaram o alargamento dos passos na jornada da evolução humana.

Jesus Cristo - o Nazareno 

Jesus Cristo é considerado o homem de maior prestígio no mundo ocidental. A figura que hoje em dia a fé cristã cultua é envolta em muitos mistérios, sendo que a maior parte das histórias sobre ele está na Bíblia.

De qualquer forma, há indícios de que realmente existiu um homem em Nazaré, nascido aproximadamente entre 6 a 4 a.C, que teria sido Jesus Cristo. Filho de um casal pobre, o Jesus histórico possuía traços e pele negra. Lutou por seu povo, pregando o amor ao próximo e, segundo seus fiéis, operando milagres.

Foi condenado à morte, acusado de "desordem no Templo" e "blasfêmia" pelo Império Romano, sendo crucificado.

Sua existência é tão importante que definiu os rumos da história no Ocidente, e deu origem a uma das religiões mais influentes do mundo: o cristianismo, com mais de 2.3 bilhões de seguidores.

Sidarta Gautama - BUDA

Sidarta Gautama foi um príncipe hindu que viveu há aproximadamente 3 mil anos em uma região perto do Himalaia, hoje pertencente ao Nepal.

Ainda jovem, abdicou de toda sua riqueza em seu palácio e passou a viver como andarilho, praticando o jejum e a meditação.

Depois de passar por diversas provações, Sidarta conseguiu atingir a iluminação espiritual que tanto buscava. Aos 35 anos, em uma noite de lua cheia do mês de maio, o príncipe se torna um "Buda" (palavra que em sânscrito significa "o iluminado").

Ele então passa os próximos 45 anos como um mestre, guiando outras pessoas no caminho da iluminação. Esse homem foi um dos grandes responsáveis pela criação do budismo.

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“O iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma menoridade que estes mesmos se impuseram a si.”

11/04/2022

Acima a definição do iluminismo por um dos mais importantes pensadores desse movimento, o filósofo alemão Immanuel Kant (1724 – 1804).

Nesse pequeno trecho é possível extrair um dos pontos mais marcantes desse período, a razão. O próprio nome do movimento nos remete à luz – não é a toa que esse período é conhecido como “Século das Luzes” -, que pretende se contrapor a herança medieval que ficou conhecida como “Idade das Trevas”, quando todo o conhecimento era subordinado à religião.

O QUE FOI O ILUMINISMO?

O Iluminismo se iniciou como um movimento cultural europeu do século XVII e XVIII que buscava gerar mudanças políticas, econômicas e sociais na sociedade da época. Para isso, os iluministas acreditavam na disseminação do conhecimento, como forma de enaltecer a razão em detrimento do pensamento religioso. Vale ressaltar que os iluministas não eram ateus, porém, eles acreditavam que o homem chegaria a Deus por meio da razão.

Grandes pensadores, de diversas áreas, fizeram parte dessa corrente com o intuito de acelerar o progresso da humanidade. O precursor do iluminismo René Descartes (1596 – 1650), considerado o pai do racionalismo, dissertou em sua obra “Discurso do Método”, que para se compreender o mundo, deve-se questionar tudo.

DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA E DO HUMANISMO

Essa nova forma pensar se opunha ao raciocínio da época, já que naquele período histórico, os governos autoritários e a igreja católica não permitiam questionamentos.

O pensamento iluminista foi importante para o desenvolvimento da ciência e do humanismo – que pregava a centralidade e racionalidade humana. Várias obras foram desenvolvidas nesse período, e uma em especial sintetizava a ideia de disseminação do conhecimento pregada pelos iluministas: a Enciclopédia.

ABAIXO O ABSOLUTISMO

Os iluministas também questionavam os poderes absolutistas dos governos, pregando assim maiores liberdades individuais e políticas. Na economia, não foi diferente, nesse período, as ideias desenvolvidas por Adam Smith (1723 – 1790) foram aceitas como uma forma de substituir o modelo mercantilista, pois os iluministas tinham uma crença em que esse novo meio econômico seria ideal para um maior progresso, liberdade e justiça social.  

Por fim, esse movimento também merece ser lembrado pelas consideráveis conquistas nos âmbitos sociais e nas liberdades individuais, pois a sua crença buscava uma maior igualdade entre as pessoas.

EM QUAL CONTEXTO SURGIU O ILUMINISMO?

Naquele período, a Igreja Católica era detentora do conhecimento e a sua forma de pensar era soberana. Não havia linhas de pensamento alternativas, pois o clero fazia questão de impor as suas doutrinas religiosas para todos os cidadãos. 

O domínio dos católicos na sociedade europeia foi herdado da Idade Média, período no qual a doutrina posta era teocêntrica. Entretanto, desde Galileu Galilei (1564 – 1642), considerado o “pai da ciência moderna”, que descobriu que a Terra não era o centro do universo, o conhecimento eclesiástico começou a perder o seu domínio.

QUAL O LEGADO?

Atualmente, ainda vivemos sob influência do Iluminismo em temas como a limitação do poder do estado sobre o indivíduo, os ideais e lutas pelos direitos individuais, tal como a vida, a liberdade, a dignidade e outros. Para mais, o pensamento iluminista é vivido no campo econômico, visto que os mesmos defendiam a ideia de uma economia de livre mercado e liberal.

REFERÊNCIAS

UOL Educação: iluminismo, Toda matéria: filósofos iluministas

 Só história: Inconfidência  História do mundo: Revolução Francesa

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DISTOPIA – “LUGAR RUIM”

10/04/2022

A palavra é usada para descrever um lugar, uma época, uma comunidade ou uma sociedade imaginários onde se vive de forma precária, sofrida, sob um regime autoritário e muito desespero. Na medicina, o termo é usado para definir um órgão anômalo que está fora do lugar no organismo.

O QUE ELES TÊM EM COMUM?

George Orwell, Aldous Huxley, Kurt Vonnegut, Margaret Atwood, Anthony Burguess e Ignácio de Loyola Brandão. O que todos estes escritores têm em comum? Fácil. Todos são autores de obras literárias de ficção que narram um futuro não muito distante de uma sociedade que vive em sofrimento, sob o comando de um regime autoritário, sem perspectiva de um cenário melhor.

Basicamente, os autores escreveram sobre um lugar ruim. esse lugar ruim é chamado de distopia. 

MUNDOS DISTÓPICOS

Mundos distópicos são uma constante na arte e literatura, especialmente na ficção científica, com destaque para o subgênero cyberpunk, mas também aparece em grandes sucessos do cinema como na franquia "Jogos Vorazes", baseada no livros de Suzanne Collins. A série britânica "Black Mirror" talvez seja o produto cultural mais bem acabado do que a distopia traz para a nossa realidade, com histórias bem próximas à nossa vida cotidiana, dominada por tecnologia e vigilância nas redes.

CARACTERÍSTICAS DE UMA DISTOPIA

Uma distopia é composta pela presença do sofrimento humano em sociedades regidas por regimes autoritários — como no fascismo —, onde há falta de liberdade, baixa qualidade de vida, desigualdadecondições ambientais adversas e a desumanização desses elementos. A tecnologia também pode ser inserida nesse contexto distópico por representar uma forma de vigilância e controle social por parte do Estado ou de grandes corporações.

UM ROMANCE DISTÓPICO

É uma obra cujo universo se passa em uma sociedade distópica — sendo baseada em aspectos da vida real. O exemplo clássico é a obra "1984" de George Orwell, escrita em 1949, que se passa em um futuro não muito distante em que a Grã-Bretanha (chamada no livro de "Pista de Pouso Número 1") é regida por um governo autoritário e tirânico, que supervisiona todos os cidadãos por meio do "Grande Irmão".

"Romances distópicos são aqueles em que as pessoas vivem em uma realidade com muito sofrimento, baixa qualidade de vida, opressão e totalitarismo.

https://www.youtube.com/watch?v=u4311EJpwMg

MITOLOGIA GREGA

09/04/2022

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ATENA

Atena era reconhecida como a deusa da sabedoria, considerada uma divindade habilidosa e guerreira pelos gregos antigos.

Ela era uma divindade dentre os vários deuses dos gregos, os quais estavam presentes em sua religiosidade. Padroeira da tecelagem, da agricultura e da navegação, sendo ela mesma considerada uma grande tecelã.

A ORIGEM DA DEUSA

Na mitologia grega, existem duas versões para narrar o nascimento de Atena. Uma das versões fala que Atena era filha de Zeus com Métis, deusa da saúde e da prudência, sendo que Métis ficou conhecida como a primeira esposa de Zeus. Depois que Métis engravidou, Gaia (personificação da Terra) teria avisado Zeus que seu filho poderia se voltar contra ele.

Isso perturbou Zeus, pois ele tinha feito isso contra seu pai, Cronos. Assim, Zeus decidiu enganar Métis e a engoliu por inteiro, mas a deusa conseguiu dar à luz dentro de Zeus. Atena teria nascido ao sair da cabeça de seu pai já em sua forma adulta e munida de sua armadura e armas.

PADROEIRA DAS CIDADES

A deusa Atena tinha forte relação com a cidade de Atenas, como o próprio nome já sugere. Ela também era a deusa padroeira de toda a Ática, região onde ficava a cidade de Atenas, sendo também importante para cidades de outras localidades da Grécia Antiga. No século VIII a.C., foram realizadas as primeiras menções escritas dessa deusa. Nesse período, o culto a ela já era bem estabelecido em toda a Grécia.

O Parthenon, templo feito em homenagem a Atena, foi construído no século V a.C.

Ela também era conhecida como protetora das cidades e, por isso, era muito respeitada em outras localidades, como Lárissa e Esparta.

O CAVALO DE TROIA

De acordo com o poema épico denominado Ilíada, escrito por Homero. Nessa guerra, Atena foi aliada dos aqueus, portanto inimiga dos troianos. Ela protegeu principalmente Aquiles, um dos heróis que lutaram nesse conflito.

A ideia do cavalo de madeira (conhecido popularmente como Cavalo de Troia) teria sido uma inspiração que Atena obteve de Odisseu, outro importante personagem dessa batalha. A deusa também auxiliou outros heróis, como Herácles, durante os seus 12 trabalhos, e Perseu, durante sua missão para matar Medusa.

"MULHERES DE ATENA"

"Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas, cadenas"
(...)

https://www.youtube.com/watch?v=MabbVn0Rlv4

Meditando na praia

A INTERFACE ENTRE SAÚDE MENTAL E ESPIRITUALIDADE 

08/04/2022

Artigo publicado em 6 de abril de 2022, no blog “psicologiaviva”, por Ana Cristina, psicóloga e pedagoga, pós-graduada em "Saúde Mental. A seguir trechos do texto para a reflexão de hoje.

CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE

Historicamente ciência e espiritualidade eram consideradas áreas distintas, porém, a partir da ampliação do conceito de saúde pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como sendo “o estado de completo bem-estar físico, mental e social” e não simplesmente a “ausência de doença”, passou-se a considerar o fenômeno da espiritualidade como um influenciador da qualidade de vida das pessoas. 

O QUE SE OBJETIVA

Torna-se necessário — mais que compreender e analisar ideias preconceituosas a favor ou contrárias à espiritualidade e sua influência na saúde das pessoas — aprimorar o conhecimento sobre o ser humano e as abordagens terapêuticas que correlacionam estes dois fatores. 

O objetivo é, portanto, contextualizar a doença mental ao longo da história da humanidade e diferenciar o conceito de espiritualidade de religião, focando o fenômeno da espiritualidade e sua relação com a saúde mental, e não o fenômeno da religião enquanto doutrina.

CONTEXTUALIZANDO A SAÚDE MENTAL NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE

Na antiguidade pré-clássica, a ação sobrenatural era a causa das doenças; a partir de 600 a.c., os filósofos gregos trouxeram a ideia organicista da loucura e até o início da Idade Média o tratamento dispensado era de apoio e conforto aos doentes mentais (Lopes, 2001).

No final da Idade Média até a Idade Moderna, ocorreu uma mudança radical destes conceitos e o paciente psiquiátrico passou a ser considerado como possuído pelo demônio. Nesta época, a loucura era identificada pela influência da ideologia religiosa e pela força dos preconceitos sagrados. O tratamento, antes humanizado, foi substituído por torturas, espancamentos privação de alimentos e aprisionamento.  

A CIÊNCIA EM LUGAR DA MITOLOGIA

Foi no século XVII que o conceito de loucura evoluiu do campo mitológico para o campo médico, porém a medicina ainda não tinha elementos para defini-la e os doentes mentais, assim como os portadores de doenças venéreas, leprosos, criminosos, mendigos e demais excluídos socialmente eram internados em instituições que, na verdade, funcionavam como verdadeiros cárceres, onde eram recolhidos e alojados todos os que perturbavam a ordem social.

No século XVIII, surgiu Philippe Pinel, o pai da psiquiatria. Este médico francês teve o mérito de libertar os pacientes psiquiátricos das correntes (Lopes, 2001). Porém, o gesto de liberar os loucos das correntes não foi suficiente para a inclusão destes num espaço de liberdade, mas os classificou e acorrentou como objeto de saberes, discursos e práticas na instituição da doença mental (Milani, 2008).

CONCLUSÃO

(...) Há muitas evidências da relevância do fator espiritualidade na saúde psíquica das pessoas. A espiritualidade, quando bem integrada na vida do indivíduo, contribui de forma positiva para a saúde mental.  

As pesquisas mais recentes reconhecem e valorizam a correlação entre religiosidade, espiritualidade e qualidade de vida, independente da prática religiosa. Estas pesquisas apontam que a espiritualidade aparece como sendo um fator protetor para o suicídio, uso abusivo de drogas e álcool, depressão, comportamento delinquente e até alguns diagnósticos de psicoses funcionais (...)  

Você é o único responsável pela sua saúde: física, mental e espiritual. O equilíbrio entre essas três dimensões é o que proporciona a saúde plena.

Damião Maximino

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UTOPIA E DISTOPIA

07/04/2022

UTOPIA E DISTOPIA QUAL A DIFERENÇA?

A palavra utopia foi criada pelo filósofo inglês Thomas More no século 16 para definir um ideal de sociedade. A utopia está sempre em oposição ao mundo real. Mas não apenas isso. O senso comum entende uma ideia utópica como algo que parece inalcançável. A “utopia nos move eticamente na direção daquilo que talvez não possamos atingir, mas ela está lá no horizonte”, diz o filósofo Franklin Leopoldo e Silva.


E A DISTOPIA?

A distopia não é algo fácil de se reconhecer, porque depende da visão de cada um, de como cada pessoa entende o mundo. "Uma utopia pode, por exemplo, ser mantida a partir da criação de uma distopia", explica o filósofo Alexey Dodsworth. "Se é uma história contada pelo ponto de vista da classe privilegiada, eles podem considerar uma utopia. Agora, do ponto de vista de quem é explorado para sustentar essa classe privilegiada, é uma distopia", diz.

O uso da palavra tem uma carga predominantemente política porque, para caracterizar uma distopia, é preciso reconhecer que há um regime autoritário opressor e que o sofrimento causado não é uma inevitabilidade (como um desastre natural, por exemplo), mas algo que depende da ação humana.

UTOPIA, DE THOMAS MORUS

Utopia foi publicada em 1516 e alcançou êxito imediato. No livro primeiro dessa obra, Thomas Morus (1478-1535) critica a sociedade europeia da época, em especial a inglesa denunciando a depauperação de amplas camadas da população, originada no processo de acumulação de capital, na sede pelo poder e no expansionismo estatal que multiplicava as guerras.

A IDEALIZAÇÃO

Em "Utopia", escrito em latim, More conta a história de um viajante à ilha de Utopia onde não há crime, violência nem pobreza. Os habitantes da ilha vivem bem, sem luxos excessivos, sem propriedade privada e de forma igualitária. A palavra vem do grego antigo e significa um "não-lugar", isto é, algo que só existe no campo dos ideais, dos sonhos. É um mundo perfeito.

O ANVERSO

A distopia é o inverso, o antônimo de utopia. Tanto é que um dos sinônimos da palavra é "antiutopia". Em um mundo distópico, há desigualdade, opressão, falta de liberdade, sofrimento e autoritarismo.

NOS FINALMENTE

Assim, a sociedade utópica é fundamentalmente igualitária, não existindo nela a propriedade privada nem o dinheiro, e caracteriza-se por uma vida simples e sem luxos.

O trabalho é obrigatório nas atividades produtivas (agricultura e ofícios), que constituem a estrutura econômica da sociedade. Isso permite que, com uma moderna jornada de trabalho de seis horas, todos os cidadãos vivam num ambiente de bem-estar, satisfazendo necessidades naturais e racionais, quase sem desigualdade entre os sexos. No âmbito da política, os cargos são eletivos e a educação é universal.

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UMA REFLEXÃO SOBRE A HISTÓRIA   

"Uma curiosidade de explicar e compreender o mundo é o estímulo que leva os homens a estudarem o seu passado." Arnold Toynbee

"Da curiosidade do homem por si mesmo nasce a história." A. Brunner

06/04/2022

CONCEITOS DISTINTOS

Na língua latina a palavra história expressa dois conceitos distintos: plenitude de suceder e o conhecimento que se possui desse suceder. Sua origem procede de certa raiz grega que significa inquirir, com inclinação à curiosidade.

Plenitude de suceder, conhecimento desse suceder, recuperação dos valores antigos..., palavras que significam algo mais que uma mera enumeração de nomes, lugares, datas, números, etc. Consiste antes de mais nada em um debruçar-se sobre o passado e formular-lhe perguntas para se apropriar do seu legado (da "tradição", de traducere, entregar).

SAIR DO SEU ENTORNO

Ninguém produz por si mesmo os conhecimentos de que necessita para sobreviver em meio à sociedade na qual nasce; a grande maioria chega como algo adquirido, que se recebe pela interação com o meio ambiente. Desde o instante em que o homem de dá conta do mundo e de si mesmo, percebe-se rodeado de instituições e tradições que vive e atualiza de um modo natural, sem se dar conta de que foi forjado neste entorno, com atitudes e pontos de vista tão arraigados em seu modo de ser, em sua psicologia, que nada lhe parece estranho ou desconhecido. Somente quando o homem sai do seu entorno vital e entra em contato com novas superfícies de valores, tradições, costumes, é que começa a compará-los com os seus e a se perguntar reflexivamente sobre tais coisas, pelas verdades de umas e outras.

CARÁTER ACIENTÍFICO

Paul M. Veyne fala ainda da história como compreensão, contrapondo o uso deste termo ao uso do termo explicação. Em seu sentido mais forte explicar significa "atribuir um fato a seu princípio ou uma teoria a outra mais geral" como fazem as ciências ou a filosofia. Neste caso a história seria uma difícil conquista porque a ciência só conhece leis, sistemas hipotético-dedutivos e no mundo da história reinam lado a lado a liberdade, o acaso, causas e fins, etc. Para Veyne a história apresenta um caráter acientífico no sentido de que é difícil buscar princípios universais que tornem os acontecimentos inteligíveis, ou achar mecanismos de causa e efeito para se poder deduzir, prever. "(...) a Revolução Francesa se explica pela subida de uma burguesia capitalista: isto significa, simplesmente, (...) que a narração da revolução mostra como essa classe ou seus representantes tomaram as rédeas do estado: a explicação da revolução é o resumo desta e nada mais.

O PAI DA HISTÓRIA

(a História e suas interpretações)

Desde o seu nascimento nas civilizações ocidentais, tradicionalmente situado na antigüidade grega (Heródoto, século V a.C. é considerado por alguns como o "pai da história"), a ciência histórica se define em relação a uma realidade que não é construída nem observada, como na matemática ou nas ciências da natureza, mas sobre a qual se "indaga", se "testemunha". Este aspecto da história-relato, da história-testemunho, jamais deixou de estar presente no desenvolvimento da ciência histórica.

A partir do momento em que se começaram a reunir documentos escritos, a historiografia começa a ultrapassar os limites do próprio século abrangido pelos historiadores, superando também as limitações impostas pela transmissão oral do passado. Com a construção de bibliotecas e a criação de arquivos iniciou-se o desenvolvimento de métodos de crítica.

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A REVOLUÇÃO DOS BICHOS

05/04/2022

“O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco demais para puxar o arado, não corre o suficiente para alcançar uma lebre. Mesmo assim, é o senhor de todos os animais. Põe-nos a trabalhar, dá-nos de volta o mínimo para evitar a inanição e fica com o restante.”

George Orwell

A REVOLUÇÃO

A história, desde a expulsão de Jones até a “transformação completa de Napoleão em “humano” durou aproximadamente 6 anos. Na Granja do Solar, situada perto da cidade de Willingdon (Inglaterra), viviam bichos, que como dono tinham o Sr. Jones.

O Velho Major (porco) teve um sonho, sobre uma revolução em que os bichos seriam autossuficientes, sendo todos iguais. Era o princípio do Animalismo. O Major morreu, mas mesmo assim os animais colocaram em prática a ideia do líder, fazendo a Revolução dos Bichos.

APÓS A REVOLUÇÃO

Depois da Revolução, a Granja passou a se chamar Granja dos Bichos, e quem a administrava era Bola-de-Neve (porco). Bola-de-Neve seguia os princípios do Animalismo, e mesmo sendo superior (em quesitos de inteligência e cultura) em relação aos outros animais, sempre se considerou igual a todos, não tendo privilégios devido à sua condição.

Bola-de-Neve tinha um assistente, Napoleão (porco), que na ânsia pelo poder, traiu o amigo, assumindo a administração da Granja. Napoleão mostrou-se competente e justo no começo, mas depois passou a desrespeitar os SETE MANDAMENTOS, os quais firmavam as ideias animalistas.

NAPOLEÃO O "ESPAÇOSO"

Depois de aproximadamente 5 anos, Napoleão já ocupava a casa do Sr. Jones, bebia álcool, vestia as roupas do ex-dono, andava somente sobre duas pernas e convivia com seres humanos, enfim agia em benefício próprio, instalando um regime ditatorial, dominando e hostilizando os demais animais, considerados seres inferiores e sem direitos. Por essa época, já não era possível distinguir, quando reunidos à mesa, o porco tirano e os homens com quem se confraternizava. Napoleão conseguiu sair vitorioso graças à ajuda de Garganta, porco servil e obediente e que, através de bons argumentos, convencia os animais de que tudo o que acontecia era para o bem deles.

OS SETE MANDAMENTOS

Eram os seguintes: Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo; Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo; Nenhum animal usará roupas; Nenhum animal dormirá em cama; Nenhum animal beberá álcool; Nenhum animal matará outro animal; Todos os animais são iguais. Napoleão, aos poucos, alterou todos os mandamentos. Foi Bola-de-Neve quem escreveu os Sete Mandamentos do Animalismo.

SITUAÇÃO ANÁLOGA

A Revolução dos Bichos é um livro de extrema importância para entendermos o funcionamento de sociedades comandadas por diferentes tipos de governo, além de mostrar de forma genial a ambição do ser humano, o “sonho do poder”.

O Senhor Jones era o dono da Granja e, como tal, explorava o trabalho animal em benefício próprio, para acumular capital. Em troca dos serviços prestados, ele pagava com a alimentação, que nem sempre era boa e suficiente. Temos aí o retrato de uma sociedade capitalista: quem mais trabalha é quem menos ganha.

REALIDADE AMBIVALENTE

Com base nos fatos ocorridos podemos concluir que a história nos mostra os dois tipos de dominação existentes – a dominação pela sedução: Garganta persuadia os animais com seus argumentos convincentes e eles aceitavam pacificamente as mudanças efetuadas, e a dominação pela força bruta: quem se rebelasse contra as ordens era punido fisicamente, torturado por cães treinados e levados até à morte.

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QUEM FOI HERA

04/04/2022

HERA

Foi uma das 12 divindades olímpicas da religião grega por ter residido no Monte Olimpo.

Seus pais foram o titã Cronos e a titânide Réia. Cronos, devorava todos os seus filhos assim que eles nasciam, pois temia que um deles se voltasse contra ele tirando o seu poder, assim como ele tinha feito com seu pai, Urano. Hera foi liberta por seu irmão, Zeus, que, posteriormente, tornou-se seu marido.

CARACTERÍSTICA MARCANTE

Uma das características de Hera destacadas na mitologia grega foram os ciúmes que ela sentia de seu marido e sua personalidade vingativa, pois ela punia todas as mulheres que se envolviam com ele. Seus ciúmes eram justificados para ela uma vez que Zeus teve diversos casos extraconjugais.

CASO DE ARREPIAR

Um dos casos mais simbólicos dos ciúmes e das ações vingativas de Hera envolveu Leto, a mãe de Apolo e Ártemis. Ela engravidou de Apolo e Ártemis depois de uma relação com Zeus, e Hera, ao tomar conhecimento da situação, ficou furiosa. Então passou a perseguir Leto e a proibiu de dar à luz a seu filho.

Isso fez com que Leto sentisse as dores do parto por dias ou meses (o mito pode variar) até que finalmente ela conseguiu dar à luz Apolo e Ártemis. Hera até mesmo mandou uma serpente gigante matar Leto, mas Apolo conseguiu matar o animal. Outro personagem da mitologia grega que sofreu com a fúria de Hera foi Herácles.

HERA NA RELIGIOSIDADE

Hera tinha um papel relevante na religiosidade da Grécia Antiga. Ela era a deusa patrona de Argos e tinha templos, santuários e importantes cultos em sua homenagem em diversas cidades da Grécia Antiga, como Olímpia. Esta cidade era conhecida por sediar os Jogos Olímpicos, realizados em homenagem a Zeus, e por ter uma estátua em homenagem a ele.

Um dos locais que promoviam o culto a Hera foi a ilha de Samos. Escavações arqueológicas apontaram que nesse local existia uma série de santuários a essa deusa grega, e existem historiadores que afirmam que o culto a Hera nessa ilha remonta ao período da civilização micênica, que existiu no segundo milênio a.C.

ENCENAÇÃO DO CASAMENTO

Uma das principais celebrações para Hera se chamava Hieros Gamos, uma encenação de seu casamento com Zeus. Esse ritual era feito no Heraião de Samos. Sabe-se que a religião grega teve forte influência na religião dos romanos antigos, e nesta Hera ficou conhecida como Juno.

Tu és uma deusa grega, tipo Afrodite, deusa do amor sem limite, tens em suas curvas todo poder para que aos homens tu seduza, tipo Medusa, da beleza tu abusa, quem te admira com certeza se lambuza.

Inácio André

VOCÊ CONSOME O QUÊ?

03/04/2022

Para JP Rangaswami, fundador da School of Everything, é preciso consumir conteúdo como consumimos comida: com calma, critério e consciência.

PROFUSÃO DE CONTEÚDOS

É fato, somos bombardeados por uma profusão de conteúdos a cada dia e nossa ação, quase no automático é de salvar, baixar, guardar, porém, não voltar para consumir.

Sabemos que a internet nos deu, e nos dará, muito espaço para divulgar nossas ações, pensamentos, conhecimentos, experiências e demais conteúdos. E sabemos também que ela tem nos ajudado e muito, no quesito posicionamento e presença digital.

OBESIDADE DE INFORMAÇÃO

Mas o que temos que evitar é viver dentro de um ciclo vicioso e adquirir o que muitos já devem ter ouvido falar que é a “obesidade de informações” onde não somos acostumados a dizer não para as várias informações e conteúdos que chegam até nó, por acharmos que sempre ficaremos para trás se não lermos, baixarmos ou ouvirmos o conteúdo em questão.

ANSIEDADE E ANGÚSTIA

Segundo Alessandra Frazão – Jornalista, Estrategista em Comunicação Digital

A obesidade de informação seria a grande quantidade de conteúdos disponíveis atualmente proporciona um acesso antes inimaginável à informação. O acúmulo dessas informações pode gerar essa obesidade que no final seria um conteúdo que possivelmente nunca iria conseguir absorver.

A transformação digital nos trouxe muitas coisas benéficas, não podemos negar e sim aproveitar. Porém, nos colocou em situações de ansiedade, travamento e sentimentos de angústia devido a esse excesso também.


BALANCEAR A DIETA

De acordo com JP Rangaswami é necessário encontrar uma dieta balanceada de conteúdo a ser consumido. Ele tem uma tese interessante: ele acredita que podemos comparar informação com comida. Através da mesma lógica que usamos para nossa alimentação, o indiano afirma que é necessário encontrar uma dieta balanceada de conteúdo a ser consumido.

ESTRANHA ASSOCIAÇÃO ENTRE INFORMAÇÃO E COMIDA

Estamos consumindo muita informação. Os níveis de conteúdo são tão grandes que as pessoas cunharam termos em inglês como ‘information overload’ (sobrecarga de informações). E isso está tornando nossas vidas difíceis. Será que precisamos de tudo isso? Não acredito que temos um problema de produção de informação, mas de consumo de informação. Ninguém consegue passar 24h comendo, da mesma forma que é humanamente impossível ficar 24h recebendo informações. Mesmo assim, nos alimentamos dessas informações. Então faço a pergunta: as informações são comida?

Ser autêntico é o que faz ser diferencial e ter resultados diferenciados.


"10 % DE SUA CABEÇA ANIMAL"

Existia um mito de que o cérebro só armazenava 10% do que você fosse ler, ouvir e ver, o que já foi provado claro, que é mentira pois nosso cérebro armazena bem mais, porém, se você se dispor a relaxar o cérebro para receber as informações corretas, sua absorção é bem mais produtiva. Agora com a internet então, essa região trabalha muito mais para poder conseguir registrar tudo que vale a pena.

CONTEÚDOS SAUDÁVEIS

Para consumir informações saudáveis, é fundamental você saber direcionar e buscar em seus sites confiáveis e dicas de pessoas próximas, os assuntos relevantes e absorver os conteúdos diretos.

Um tendência usada por muitas pessoas, por exemplo, é usar ferramentas que monitoram as notícias e conteúdos do seu interesse. Com essas ferramentas, você otimiza tempo de trabalho e agiliza a busca, que é feita em tempo real.

E outra ação que faz com que você tenha resultado mais concreto, é você fazer a aplicabilidade. Não somente ler, consumir mas sim, colocar em ação para analisar os desfechos.

Para gerar um conteúdo relevante é preciso consumir um conteúdo relevante. De pessoas que entregam sem medo seus conhecimentos, estratégias, dicas. E conteúdo que vá fazer você agir, pensar, executar com mais facilidade, entende?

É praticamente aquela frase: você é o que você come. Só que nesse caso, estamos falando de foco, direcionamento, cérebro, atualização e resultados, logo, você é o que você consome!

Por isso, preste a atenção no que você anda lendo, seguindo, acompanhando nas redes.

O uso excessivo de redes sociais formam cada vez mais repetidores de idéias. Sábio é aquele que cria e não o que copia.

Gregory Barros

SAPIENS – UMA BREVE HISTÓRIA DA HUMANIDADE

02/04/2022

"Há cerca de 70 mil anos, os organismos pertencentes à espécie Homo sapiens começaram a formar estruturas ainda mais elaboradas chamadas culturas. O desenvolvimento subsequente dessas culturas humanas é denominado história.”

O HOMEM SEGUNDO AS EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS

A história da humanidade sempre foi um assunto intrigante. Em meio às mais variadas opções narrativas que versam sobre nossas origens, às vezes é difícil distinguir entre aquelas crenças mais arraigadas em nossas mentes e aquilo que verdadeiramente deve ter acontecido. Sapiens: uma breve história da humanidade, do escritor e professor israelense Yuval Noah Harari, pretende recontar a história do homem segundo as evidencias científicas que dispomos atualmente. E, se for para definir o livro em poucas palavras, eu diria que o que ele faz é realmente isso: contar uma boa história!

HÁ 70.000 ANOS

“As novas habilidades linguísticas que os sapiens modernos adquiriram há cerca de 70 milênios permitiram que fofocassem por horas a fio. Graças a informações precisas sobre quem era digno de confiança, pequenos grupos puderam se expandir para bandos maiores, e os sapiens puderam desenvolver tipos de cooperação mais sólidos e mais sofisticados.”

DO BANDO PARA O TOPO

O livro conta como o ser humano passou de um animal insignificante, reunido em pequenos bandos na savana africana para o topo da cadeia alimentar, se reproduziu de maneira vertiginosa, formando um grande bando que domina o globo terrestre e modifica toda a estrutura natural por onde passa. Passando por diversas revoluções, como a cognitiva, a agrícola e a científica, o homem conseguiu se firmar como a única linhagem sobrevivente em sua linha evolucionária, dominando espaços, animais e plantas.

COMPLEXIDADE CEREBRAL

A revolução cognitiva foi responsável por equipar o homo sapiens com um dos maiores e mais complexos cérebros do reino animal, com um consumo de 25% de toda a energia que o corpo humano precisa para sobreviver quanto está em repouso (o cérebro de outros primatas requerem apenas 8% da energia corporal). Essa capacidade cognitiva se traduziu em capacidade de articulação social para a sobrevivência através de um sistema de linguagem único.

REVOLUÇÃO AGRÍCOLA

De coletores e caçadores, a revolução agrícola possibilitou ao homem se fixar, plantar e colher, mas não sem um custo alto em termos de qualidade de vida individual. Com uma carga de trabalho diária maior que a de coletores e caçadores, a dependência de uma monocultura que colocava em risco a sobrevivência quando as condições não eram adequadas e o empobrecimento na variedade da dieta, o autor chega a dizer que não foi o homem que dominou o cultivo de certos grãos e tubérculos, mas, antes, tais plantas que dominaram os homens.

O DOMESTICAR

“Nós não domesticamos o trigo; o trigo nos domesticou. A palavra “domesticar” vem do latim domus, que significa “casa”. Quem é que estava vivendo em uma casa? Não o trigo. Os sapiens.”

REVOLUÇÃO DAS CRENÇAS

Porém, talvez a maior revolução pela qual os homens passaram foi no campo das crenças. Foi a crença em certas regras, leis ou divindades que possibilitou ao homem passar de inúmeros pequenos bandos para uma sociedade global. Para Harari, crenças em ficções úteis, que organizam, dominam e justificam uma certa ordem que leva à proliferação do animal humano a todos os cantos do planeta.

CONHECER E RESPEITAR OS SEUS LIMITES

01/04/2022

Você consegue dizer “não” para os outros, para o que não quer, não pode, não gosta?

Alguns acreditam que colocar limites é ser egoísta. Será que é isso mesmo?

Texto extraído do artigo de ARIANA SCHLÖSSER publicado no blog Personare.

AUTOCONHECIMENTO

Dizer não pode ser uma tarefa difícil quando não sabemos porque, quando e como dizer. É preciso ter autoconhecimento para se entender, para saber o que vale o nosso sim e o que vale o nosso não. O que sentimos, o que queremos. E quando e como vale dizer: “Ei, não gostei, não quero, prefiro assim, que tal se… etc”.

Entender porque e pra que estamos dizendo não e depois como vamos dizer esse não – às vezes até sem precisar falar de fato a palavra “não” – vale demais a pena. Muda nossas vidas completamente.

Em alguns momentos vamos precisar saber dar um “não” firme, para nós e/ou para o outro. Em outros momentos cabe um não amoroso e generoso, cabe negociar, e principalmente cabe antecipar situações para não termos que chegar nos limites delas.

OS LIMITES NAS RELAÇÕES FAMILIARES

Nas relações familiares, bem sabemos, é muito comum que os limites de todos fiquem vulneráveis por conta da pseudo intimidade que existe entre seus membros. Essa aparente “liberdade” maior pode fazer um parente se sentir livre para nos tratar como desejar, opinar muito sobre nós e tentar controlar o que fazemos. Porém, é importante lembrar que intimidade não é sobre invasão, e sim, poder dizer como me sinto, poder me mostrar e ser vista de verdade.

LIMITES X EGOÍSMO

Sempre que se fala sobre limites, uma das primeiras questões que aparecem é o egoísmo. E isso trata-se de um mito. Temos essa ideia de que colocar limite é ser egoísta, porque acreditamos estar privando uma pessoa de algo e que o amor não incluiria isso. Mas quando a gente coloca limites em nossa vida, podemos notar que é justamente o oposto.

Nosso amor pode ser infinito, mas nossas relações precisam de limites para prosperarem de forma uma saudável. Deixar nossos limites claro e respeitar o do outro é um cuidado com a nossas relações.

LIMITES NAS FINANÇAS

Agora existem também outros limites nas nossas vidas. Diversas pessoas têm dificuldades para entrar em contato com limites, principalmente quando falamos de dinheiro. O que fazer? Uma das coisas mais belas sobre aprender limites é que isso nos obriga a estar em contato com a: realidade. Isso significa sair da fantasia e da ideia de que as coisas são infinitas. A palavra limites já diz: algo que é limitado. E o que é limitado? Nosso tempo, nossa energia, nossos recursos. E isso é estar em contato com a realidade.

Se nosso tempo e energia são limitados, não poderemos dizer sim para tudo, não conseguimos dar conta. E por isso precisamos priorizar as coisas baseadas nos nossos valores e objetivos mais importantes para nós.

A importância de conhecer seus limites te faz ser grande, estabelecer um caminho novo é a segunda chance.
Lucas Sthefan

A palavra limite não deve ser entendida como algo ruim. Até a liberdade possui suas fronteiras. - Beatriz Mello

A IMPORTÂNCIA DAS PALAVRAS

31/03/2022

A palavra é a unidade funcional da linguagem. A palavra é um conceito complexo construído a partir de impressões distintas; corresponde a um intricado processo de associações no qual intervêm elementos de origem visual, acústico e sinestésico. Sem dúvida, a palavra adquire seu significado mediante suas associações com a idéia do objeto (conceito) (...) este é ele próprio outro complexo de associações constituído pelas mais diversas impressões visuais, auditivas, táteis, sinestésicas e outras (Freud, 1987, p. 90).

A FORÇA DAS PALAVRAS

Freud inventou a psicanálise como experiência clínica e como teoria, descobrindo “a força da palavra”. Sua obra completa investiga os fundamentos científicos e as conseqüências clínicas desse “poder mágico”. Lacan prosseguiu explorando a função da palavra no campo da linguagem explicitando como a linguagem estrutura o sujeito em torno de uma falta de sentido. A fala burla essa falha estrutural e “produz”, pelo seu contorno, a singularidade do humano e o sentido do ser.

Dominique Fingermann

O PODER DAS PALAVRAS

As palavras são ferramentas extremamente importantes da nossa comunicação. Elas têm um grande poder, sendo capazes de motivar, levantar, emocionar, aproximar, decepcionar, magoar, afastar e derrubar.

Dependendo do que e de como falamos, podemos tanto agradar quanto desagradar quem nos ouve. Por isso devemos levar em consideração o poder das palavras.

As palavras são capazes de expressar vontades e emoções. Elas são o reflexo do que se pensa e se deseja, impactando diretamente a vida das pessoas. São movidas por interpretações e geradoras de discussões, de críticas.

O CUIDADO COM O PODER DAS PALAVRAS

Ao ter cautela e cuidando o modo como se fala, podem-se esperar mudanças comportamentais em quem nos ouve. Palavras que são ditas no momento certo e de modo adequado geram empatia e compreensão da outra pessoa. Já, quando utilizamos um tom acusatório, consequentemente não conseguimos gerar empatia.

A tendência é que quem nos ouve evite as acusações e as críticas e, como consequência, há um distanciamento ou simplesmente uma escuta seletiva da pessoa, isto é, ela vai escutar somente algumas partes da conversa, provavelmente as menos dolorosas.

Ter cautela e cuidar o que se fala não significa omitir o que deve ser dito, ainda mais deixar de falar as coisas.

PODER DE CRIAR E TAMBÉM DE DESTRUIR

O poder da palavra é capaz de criar um relacionamento ou mesmo destruí-lo de modo irreparável. A título de exemplo, pense em uma amizade que sempre começa com o uso das palavras, como é o caso de muitas amizades online. Caso haja algum desentendimento, o que unificou as partes podem separá-las com força e bastante rapidez.

A AUSÊNCIA DA PALAVRA TAMBÉM É PODEROSA

Por vezes, o silêncio é uma das maiores demonstrações de que quem fala confirma o poder da palavra. Isso porque não é qualquer pessoa que sabe lidar bem com essa ausência de palavras. Com isso, quando dominamos o que dizer e quando dizer, o silêncio também se mostra valioso em determinados momentos.

CULTURA DO CANCELAMENTO NA SOCIEDADE

30/03/2022

Uma pessoa ser cancelada significa que ela fez ou disse algo errado, que não é tolerado no mundo de hoje, em que muitas pessoas passaram por essa desconstrução social. Algumas pessoas, no entanto, possuem vivências diferentes e não conseguiam enxergar seus erros antes de terem sido rechaçadas na internet, sendo então essa punição uma maneira de "educar".

GRANADA DA INTOLERÂNCIA 

(por Juliana  Alvim)

Em tempos de guerra na Ucrânia, um aluno do nono ano do colégio Santa Dorotéia, escola particular da região centro-sul de Belo Horizonte, aparece com uma granada na sala de aula. A escola chama o esquadrão antibomba e atesta que o artefato estava desativado. A bomba não estourou, mas a guerra estava declarada. Família e adolescente foram cancelados.

O estudante terminou sendo expulso!

CONSTATAÇÃO PSICOLÓGICA 

Uma mãe, psicóloga, detectou rápido que “a reflexão mais importante no momento é como qualquer um pode ser vítima da cultura do cancelamento e como cada um de nós contribuímos com isso, diante de um acontecimento polemizado pela mídia e redes sociais”.

A rede social que dá voz a todos tem seus efeitos colaterais. São muitos rótulos e pré-julgamentos. Concordar com a maioria te faz aceito. Andar na contramão é risco de cancelamento.

EMPATIA

E o que a expulsão de uma escola ensina sobre empatia? O que significa do ponto de vista pedagógico expulsar um aluno? “Significa desistir, passar para frente um problema, assumir a incompetência para educar, se abster ou se autodemitir do papel de educador”, explica Eliane Barbabela, especialista em Educação, pedagoga sistêmica e psicopedagoga clínica.

Educar excluindo aluno é fácil. Construir uma escola de excelência para todos já é bem mais difícil. Em geral, o aluno expulso fica com a marca de ‘aluno-problema’. O adolescente está em formação e precisa aprender a conviver em grupo, entender o direito do outro, ou seja, precisa ser educado. E Eliane “educar é muito mais do que somar conteúdo, é dar sentido aos limites e não, apenas, impor”.

FALTOU ACOLHIMENTO

No caso do Santa Doroteia, a escola não acolheu, não protegeu, não ajudou, não educou. A polícia poderia ter participado da aula e explicado sobre a granada. O aluno se sentiria valorizado e todos sairiam da escola mais conscientes sobre a guerra e os riscos de uma arma de fogo. Somariam conhecimento e amadurecimento.

Em tempos de guerra na Ucrânia, o maior aprendizado que uma escola pode proporcionar a um aluno é sobre entendimento e tolerância.

FINALIZA DIOGO (bacharel em ciências sociais pela USP)

"É um mundo muito mais complexo que vem sendo nivelado por baixo, em uma espécie de movimentação que não passa por questões de valores, mas sim perseguições e outros tipos de sentimento que são muito individualistas" e perversos.

Modernidade: a construção do sujeito contemporâneo e a sociedade de consumo

29/03/2022

Em um artigo publicado na revista Brasileira de Psicodrama, a psicóloga clínica, Maristela Colombo, nos propõe uma reflexão, para que façamos uma releitura crítica, dos contextos social, político, individual, familiar e profissional, nos quais, estamos inseridos.

INTRODUÇÃO

A sociedade moderna é complexa desde a sua origem. Surgiu de debates e discussões entre vários pensadores e projetos, de diversas propostas ideológicas e pelo inevitável caminhar do tempo histórico. Desde a Revolução Francesa são promovidos debates em diversas áreas sobre o que é o tempo em que se vive, denominado de moderno, e como é o sujeito fruto de seu período histórico.

Acreditou-se que esse homem, fruto de lutas históricas e sociais, seria um novo ser, livre, emancipado das amarras religiosas, econômicas, ideológicas, sociais, familiares, capaz de se autogerir, tornando-se o condutor de sua história (...)

INCÔMODAS, IMPORTANTES E OPORTUNAS QUESTÕES

O que nos faz modernos? O mercado, a economia, a educação, a liberdade?

Que liberdade é essa que não livrou o sujeito moderno de antigas amarras, anteriormente abominadas?

E que emancipação é essa que, em busca de um bem e de uma verdade, foi capaz de gerar grandes catástrofes históricas ao longo do século XX?

TEMOS AS RESPOSTAS?

Chegou-se ao final desse período com a pergunta anterior sem resposta. Não se eliminou a dominação do homem por outro homem, tampouco se eliminou o caráter predatório na sociedade capitalista. Também o comunismo, nesse sentido, não deu conta de promover a emancipação humana, pois suas tentativas falharam e apenas conduziram a Estados burocráticos e com imensos abismos sociais.

Bauman (1998) também se preocupou com a questão da modernidade. Se anteriormente a sociedade dita moderna era vivida como sólida com projetos sociais e ideologias condutoras de rumos para os homens oje não se tem mais isso. Vive-se, como ele denomina, uma espécie de modernidade líquida, fluida, desapegada de promessas ideológicas, compromissos sociais e políticos e com um consumismo exacerbado. O que importa é consumir sem pensar nas consequências das compulsões estimuladas pelo mundo moderno. Essas compulsões levam cada vez mais à individualidade e ao isolamento afetivo como formas de proteção.

Como bem coloca Carvalho Campos, no seu artigo Axiodrama: uma possibilidade de ressignificar o tempo e a impaciência na pósmodernidade:

Estamos entregues a essa grande compulsão que se instala de maneira globalizante, estamos cegos para olhar a nós mesmos e ao outro, substituindo relações por vícios, trabalho desenfreado e cacarecos pós-modernos, aumentando a sensação de impaciência em relação ao outro. (CARVALHO Campos, 2010, p. 4).

MODERNIDADE LÍQUIDA

Como se desenvolvem as relações humanas entre os sujeitos contemporâneos?

Como jovens e adolescentes se desenvolvem diante de uma modernidade líquida?

Mais que líquida, ouso dizer que muitas vezes a sociedade desenvolve relações gasosas, tamanhas efemeridade e velocidade com que as coisas acontecem e se extinguem.

Estamos sendo criados, desde tenra idade, diante de cenários televisivos de violência, supervalorização do consumo, modismos e mazelas sociais e familiares.

A vida moderna mostra como tudo é efêmero e vão, a cultura do vazio impulsiona a ação na busca irrefreada do prazer e do poder. O mundo está sempre cheio de novidades, os modelos de carros novos, os celulares, os computadores, a internet. A velocidade da transformação é muito rápida e violenta, instigando assim o ser humano a buscar sempre mais, a consumir ilimitadamente, caindo nas malhas do sistema de consumo sem pensar, transformando a adição de coisas em vício, tudo é poder e prazer.

A máxima da sociedade moderna é promover o consumo, isso afeta a formação psicossocial dos sujeitos, gerando novas modalidades de sensibilidades, novas necessidades, novos desejos, novas formas de sentir e perceber o mundo no qual vivem.

As noções de felicidade na esfera do moderno estão intimamente relacionadas à satisfação imediata de suas, fictícias, necessidades (...)

A LIBERDADE COMO CURA UNIVERSAL

A liberdade, como a cura universal para todos os males presentes e futuros, é vista como uma ideologia da elite global emergente (Bauman, 2007). As relações interpessoais tendem a ser moldadas à semelhança dos meios e dos objetos de consumo e segundo as linhas sugeridas pelo consumismo que sugere o fascínio pelas alegrias e sensações prazerosas e efêmeras, seguindo um comportamento ditado por uma série de estratégias, julgamentos e pressupostos sobre os caminhos do mundo e as formas de percorrê-los.

Em uma sociedade consumista, a liberdade está intimamente ligada à perfeição, que também está ligada a uma qualidade coletiva da massa e a multiplicidade de objetos e desejos.

Para Bauman "a sociedade de consumo não é nada além de uma sociedade do excesso e da fartura – e, portanto da redundância e do lixo farto" (BAUMAN, 2007, p. 111). É o excesso que gera o vazio existencial, aumenta as incertezas pela liberdade de escolhas e não é nunca suficientemente excessivo.

Em se tratando de liberdade, Bauman dizia que "os homens e as mulheres pós-modernos trocaram um quinhão de suas possibilidades de segurança por um quinhão de felicidade" (...)

O HOMEM MODERNO E AS CONSERVAS CULTURAIS

Apesar de todas as transformações ocorridas nos últimos séculos, o homem contemporâneo continua conectado a um modelo tradicional e conservador, que determina padrões de comportamento com relação aos modos de produção e consumo.

Moreno (1987) afirmava que o homem, por medo do novo, aceita os comportamentos limitados e ditados pela sociedade que desumaniza as relações interpessoais tornando-as automatizadas e direcionadas.

Atualmente vivemos essa máxima da forma mais imperativa possível. O homem aprendeu a aceitar as ideias preconcebidas e, apesar de viver a era das transformações, da desconstrução de valores, da transformação da cultura e do fracasso de certas ideologias clássicas da sociedade, ainda assim, vive em conformidade com elas (...)

 

CONCLUSÃO: A REVOLUÇÃO CRIADORA

É preciso pensar no prazer, desvinculando-o das amarras sociais, das instabilidades dos humores em nós e nos outros, da compulsividade do consumo e da necessidade de agradar aos outros para sermos aprovados. Não podemos mais pensar nele apenas como produto de consumo, pois, como já dizia Zeca Baleiro em sua música:

“Da modernidade essa armadilha, matilha de cães raivosos e assustados. O presente não devolve o troco do passado. Sofrimento não é amargura. Tristeza não é pecado. Lugar de ser feliz não é supermercado.” (Piercing, álbum Vô Imbolá, ZECA BALEIRO,Universal, 2005

“O FUTURO DA HUMANIDADE”    PARTE 7

28/03/2022

Dando continuidade aos destaques do romance de Cury, "O Futuro da Humanidade¨, com a palavra o arguto Falcão:

FALCÃO ESCANCARANDO A ALMA

(...) - Os professores são heróis anônimos,  meu  amigo.  Trabalham  muito,  ganham  pouco.

Semeiam sonhos numa sociedade que perdeu sua capacidade de sonhar (...)

Falcão dissecava suas mazelas com a precisão  de  um  cirurgião  na  sala  de  anatomia.  Só conseguia fazer tal descrição porque era um brilhante pensador que muitas vezes penetrara na sua própria história tentando compreendê-la. Marco Pólo sentia opressão no peito e nó na garganta diante da exposição do amigo.

A PARANÓIA

- Comecei a ter paranóia. Achava que algumas pessoas liam meus pensamentos e queriam controlar minha inteligência. As idéias de perseguição me atormentavam. Ter inimigos fora de si é perturbador, ter dentro da própria mente é apavorante. A sensação de ser invadido no único lugar em que devemos ser livres me assombrava.

- Você não tinha controle do seu raciocínio?

- No começo, desconfiava dos meus personagens, tinha certa consciência de que eram irreais, mas eles se avolumaram e pouco a pouco comecei a lutar com eles como se fossem reais. Eles tornaram-se predadores e eu, a caça.

(...) Marco Pólo estava perplexo com o relato vivo da destruição de uma complexa personalidade.

- Nesse embate delirante, perdi a maior dádiva de um ser humano: a sua consciência crítica, a sua identidade. Não sabia quem eu era. A minha mente se tornou um tenebroso teatro. Antes da psicose, eu era  o  ator  principal  desse  teatro,  semanas  depois  era  um  ator  coadjuvante, meses  depois  tornei-me  platéia  da  minha  miséria  psicológica.  Foi horrível.  Fiquei  confuso, desorientado e amedrontado. Minha estrutura intelectual esfacelou-se.

Marco Pólo não sabia o que dizer. Não conseguia formular uma pergunta. Falcão parecia alguém  tão  lúcido,  não  imaginava  que  tivesse  vivenciado  tamanho  sofrimento.  Passado o primeiro impacto, indagou:

- Como foi que você parou de lecionar?

O EPISÓDIO

- Os alunos admiravam minha eloqüência. Era o professor mais procurado e o mais solicitado para ser paraninfo das turmas. Batalhava para que aqueles garotos pensassem, não fossem formatados, não se tornassem repetidores de idéias, mas engenheiros de novos pensamentos.

Mas, quando comecei a ter minhas crises, foi um desastre.

Falcão disse que quem o conhecia ainda o respeitava, mas os demais zombavam dos seus gestos bizarros. Às vezes, ficava dias sem dar aulas. Fez mais uma pausa e contou como fora excluído da universidade.

Certa vez, ensinava sobre a ética dos filósofos gregos para uma turma de direito. A sala estava cheia. Falava com vibração. Subitamente interrompeu sua fala e começou a discutir com os personagens do seu imaginário. Os alunos se entreolhavam assustados.

- Eu delirava e alucinava, sentia-me na  Grécia Antiga,  sentado  num  cenáculo  repleto  de pensadores, entre eles Platão. Levantei a voz e proclamei: "Platão, a ética está morrendo! A violência faz parte da teia social. As pessoas não sabem perscrutar os recônditos das necessidades dos outros!"

Ao fazer a descrição dos fatos ocorridos na sala de aula, Falcão inspirou profundamente e soltou o ar como se quisesse expulsar os demônios do passado. Marco Polo estava ansioso para saber do desfecho.

- Ao ouvir minha fala, os alunos aplaudiam e assobiavam, tanto pelo brilho das idéias quanto pela loucura do espetáculo. Não compreendiam que eu estava num surto psicótico.

Falcão comentou que os aplausos dos alunos o excitaram. Ele subiu na cadeira e continuou seu discurso com mais veemência. Alguns gritaram: "Louco! Louco!" Então voltou-se para eles e começou a provocá-los.

- Gritei para os alunos:

"Eis uma platéia de servos gregos! Sorriem das misérias alheias porque escondem suas misérias debaixo das suas vestes. Vocês não sabem filosofar, só sabem ser comandados. Servos!" Marco Polo exclamou:

- Mas suas idéias tinham coerência!

- Não há louco que não seja lúcido e nem lúcido que não seja louco. O problema é que os psicóticos  mesclam  idéias  coerentes  com  delírios  na  mesma  cena.  Os  pensamentos  ficam entrecortados. Eu parava de falar com os alunos e começava a conversar com meus personagens (...)

A Torre de Babel existiu? A história da torre que alcançaria o céu. Curiosidades e evidências sobre a mitológica construção

27/03/2022

AS ESCRITURAS

No Antigo Testamento, mais precisamente em Gêneses, cap. 11 vers. 1-9, temos a descrição sobre a Torre de Babel. Nas escrituras a Torre foi construída pelos descendentes de Noé, assim querendo eternizar seu nomes. Contudo tal atitude não foi bem vista por Deus.

BABEL E BABILÔNIA

Babel era a capital da rica e poderosa Babilônia e a construção de templos piramidais era comum a estes povos, assim como aos sumérios e assírios. Estas construções eram chamadas de zigurates, realizadas com o objetivo dos cidadãos se aproximarem do céu e dos deuses. A Torre de Babel pode, portanto, ter sido uma destas construções religiosas da antiguidade.

SIGNIFICADO da TORRE de BABEL

Estudos apontam que a inspiração para a Torre de Babel pode ter sido a existência do templo de Marduk, que na língua babilônica era chamado de Bab-ilu, que significa “Porta de Deus”. No hebraico, ela se chamava Babel ou Bavel.

A semelhança na pronúncia de Babel e da palavra balal, que significa confundir no hebraico, explica a passagem de Gênesis 11:9 “Por isso foi chamada Babel, porque ali o Senhor confundiu a língua de todo o mun­do. Dali o Senhor os espalhou por toda a terra”.

EVIDÊNCIAS que PROVAM a EXISTÊNCIA da TORRE de BABEL

Em estudos recentes sobre uma pedra encontrada na antiga Babilônia, e atual Iraque, por volta de 1 século, podem comprovar a existência da Torre de Babel. Isso é porque, no objeto existe um desenho, como degraus bem como uma pessoa segurando uma lança.

Uma outra pedra encontrada há cerca de um século na região do Iraque chamou a atenção de historiadores em anos recentes. Ela revela um desenho esculpido de como poderia ter sido a Torre de Babel: sete andares, escadarias e uma construção no topo que poderia ter sido utilizada para observatório e cerimônias religiosas.

A pedra traz ainda uma imponente figura humana que carrega um cajado e tem como ornamento um chapéu em formato de cone. Essa figura poderia ser o próprio rei Nabucodonosor II.

A DESTRUIÇÃO da TORRE de BABEL


Existem diversas histórias e mitos associadas à destruição da Torre de Babel. Alguns estudiosos, como o protestante francês Samuel Bochart, interpretam textos históricos que dizem que a estrutura sofreu com as chamas do céu como punição de Deus. Outra teoria aponta que a torre foi derrubada por ventos.

“Eles ergueram a Torre de Babel para escalar o Céu, mas Deus não estava lá!

Estava ali mesmo, entre eles, ajudando a construir a torre.”

Fontes: O Ponto Dentro do Círculo; Revista Galileu; História do Mundo; Hiper Cultura

A BÍBLIA E O PROBLEMA DA INTERPRETAÇÃO

26/03/2022

Trechos do artigo escrito por Paolo Cugini, padre italiano, da diocese de Reggio Emilia, missionário na diocese de Alto Solimões, AM. Para o blog 'Matutando'.

Demorou, mas até que chegou o tempo de entender

Demorou vários séculos para lermos a Bíblia e entender o significado, ou seja, para compreendermos aquilo que ela quer dizer além da pura letra. Demorou séculos para a Bíblia se tornar a Palavra de Deus para homens e mulheres e dizer algo para eles, por suas experiências, para ajudá-los a viver de uma maneira autêntica sua humanidade, a partir de sua realidade. Demorou milênios para sair da idolatria da letra para finalmente entrar no mundo do Espírito. Era impossível, de fato, que palavras escritas há alguns milênios atrás pudessem dizer algo significativo para o homem e a mulher de hoje. Era impossível para um texto velho como este ser atual, vivo. Na verdade, nenhuma palavra é pura. Também os discursos que encontramos na Bíblia, estão mergulhados na cultura, tradições locais, idiomas ligados a uma determinada região, visões do mundo inerentes a um determinado período histórico.


O sentido espiritual

Já os Padres da Igreja, porém, exortaram os fiéis a buscar o sentido espiritual. Para ajudar nesta pesquisa, desenvolveram o método tipológico, pondo em paralelo os textos do Novo Testamento com os do Primeiro Testamento. Desta forma, se destacava o caráter de cumprimento da presença de Jesus na história, para evidenciar a continuidade da história da salvação. O método tipológico permitiu, então, entender como em perspectiva de salvação, a vinda de Jesus Cristo foi o ponto culminante do processo histórico-salvífico. Até o método alegórico, desenvolvido por Filo de Alexandria algumas década antes da vinda de Jesus, ofereceu algumas ideias importantes para sair dos pântanos da letra. Demorou vários séculos para chegar, com Schleiermacher, para tomar a sério a questão da interpretação do texto sagrado. No intervalo, houve a diatribe de Lutero com a Igreja, o que atrasou os tempos. 


Como é possível?

Um texto como a Bíblia, que vem de longe e é portador de muitas tradições, de muitas mãos, que emana o grito vindo de tantas culturas, de tantas histórias, não pode ser lido superficialmente, não pode ser lido apenas no nível literal. Como é possível pensar que basta ler um texto como este para compreender imediatamente o seu significado? Como é possível identificar a Palavra de Deus com a letra? Quantas pessoas têm sido destruídas, no sentido literal do termo, porque o significado foi identificado com a pura letra! Galileu é o exemplo mais notável.


O começo de um novo estilo

(...) O problema hermenêutico, ou seja, da interpretação dos textos, nasceu do impulso das ciências modernas que passam a abordar um texto antigo numa nova maneira. Percebemos que um texto não é apenas a expressão do pensamento de um autor, mas ele mesmo traz consigo resíduos culturais de seu tempo, opiniões, modos de ser e de falar. Para apreender a objetividade do texto, ou chegar perto dele, requer um esforço científico significativo. (...)

 (...) O texto contém uma pluralidade de conteúdos, que requerem uma pluralidade de ferramentas a serem compreendidas. Se isso é geralmente verdade, ainda mais para os textos antigos como, precisamente, os textos da Bíblia. Finalmente, saímos do infantilismo idólatra de primazia da letra. Pluralidade de expressão que encontramos já expressa pelo texto bíblico, que é tudo menos um texto único e uniforme (...)

Conclusão: comunidade e palavra de Deus

 É, no entanto, a comunidade reunida que pode captar o significado profundo da Palavra revelada. A Palavra de Deus é, na verdade, uma palavra contextualizada, que fala a uma comunidade específica que vive em um contexto específico. É a comunidade que se torna o lugar privilegiado para a compreensão da Palavra. A contaminação hermenêutica, além de auxiliar na compreensão do texto, tem contribuído para trazer a Palavra de Deus de volta ao seu lugar espiritual original, ou seja, a comunidade dos fiéis reunidos. Desta forma, o prejuízo provocado ​​pela devoção moderna, que causou o fechamento da dimensão religiosa na esfera individual, é atenuado graças a dimensão comunitária da religião (...)

CONFIAR É MAIS FORTE QUE ACREDITAR

25/03/2022

Brasileiros e latino-americanos confiam menos nas pessoas do que o restante do mundo, e isso está contribuindo para o baixo desenvolvimento econômico e social da região. É o que concluiu estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O documento, divulgado  mostra que apenas 12,6% dos latino-americanos confiam na maioria das pessoas. Último colocado entre os vizinhos, o Brasil tem desconfiança ainda maior: somente 4,69% dos brasileiros acreditam uns nos outros.

RAIZ DA PALAVRA

A palavra CONFIAR, se separada temos COM + FIAR, ou seja, fiar vem de fio, ligação, conexão, e “com” significa junto. Confiar tem uma profunda ligação com o SENTIMENTO, com a nossa essência, nosso coração, e isso é muito mais forte que o pensamento em si.

ANÁLISE

Ricardo Guedes (Pós-doutor em Ciência Política) fez uma análise sobre a questão  da confiança.

Ele chama a nossa atenção para o fato de que “a confiança é a base mínima para o funcionamento das sociedades modernas”. Sem um mínimo de confiança uns nos outros, teremos grande dificuldade para amalgamar consenso nas eleições gerais desse ano. Sem consenso e governabilidade, permaneceremos nessa quadra histórica, constituindo um país sem Nação. Uma propensão à sociedade hobbesiana do “homem lobo do homem”.

Sem confiança, não há uma cultura da cooperação e da associação, bases da produção de riquezas no mundo globalizado. Há, como sabemos, um nexo causal entre cultura e desenvolvimento – entendendo-se a cultura como um produto da História e a História como um produto da cultura. As dimensões culturais e institucionais, entrelaçadas, têm forte influência na evolução dos processos de desenvolvimento.

OS ATRIBUTOS

No plano do comportamento dos indivíduos, uma cultura da cooperação vem da formação – historicamente construída – de quatro atributos: (1) uma ética do trabalho duro e da responsabilidade; (2) uma propensão à cooperação e à reciprocidade (predisposição para cooperar com os outros e para punir aqueles que violam as normas da cooperação); (3) uma mentalidade voltada para a inovação e para a explicação científica dos fenômenos de sociedade; e (4) uma ética de olhar para o futuro, de poupar para o futuro, de ter projeto de construção de futuro.

CAPITAL SOCIAL

Estes atributos, em conjunto, conformam uma cultura da confiança no outro e da cooperação, levando à prosperidade. Como conseqüência, levando à formação, na sociedade, da propensão à conectividade entre indivíduos – o que Robert Putnam chama de “capital social” de uma Nação.

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."

Clarice Lispector

A ORIGEM DOS ÍNDIOS

24/03/2022

A genética confirma que índios têm alguma herança de povos da Oceania, mas como tal DNA chegou até eles é motivo de polêmica
Povos indígenas da Amazônia e do cerrado carregam em seu DNA as marcas de um parentesco insuspeito com aborígines da Austrália e nativos de Papua-Nova Guiné.
Esse resultado, que aparece de forma independente em dois estudos divulgados, reforça a ideia de que o povoamento original do continente americano foi muito mais complexo do que os arqueólogos costumavam imaginar.

PESQUISAS QUE DIVERGEM
A questão é explicar exatamente o que houve.
Uma das pesquisas diz que duas populações diferentes se misturaram logo no início da presença humana nas Américas. A outra defende uma única grande onda migratória no começo, com a vinda posterior de grupos aparentados aos povos da Oceania.
Os levantamentos estão na "Science" e na "Nature", as duas maiores revistas científicas do mundo, e ambas têm participação de brasileiros.


NATURE
A pesquisa traz dados novos para uma polêmica que se arrasta desde o fim dos anos 1980. A questão é saber se a mais antiga brasileira, a célebre Luzia, que morreu há 11,5 mil anos na região de Lagoa Santa (MG), de fato representa uma população primitiva com traços "negros".
Além de Luzia, dezenas de outros esqueletos de Lagoa Santa, bem como restos humanos de outras regiões das Américas, apresentariam um crânio cujo formato lembra o de africanos, aborígines australianos e outras populações de pele e cabelos escuros da orla do Pacífico. Já o crânio da maioria dos indígenas atuais se parece mais com o de populações da atual Sibéria.


TENTANDO ENTENDER A OCUPAÇÃO DAS AMÉRICAS
Seis perguntas e respostas sobre os humanos pioneiros do continente.

O que diz a teoria tradicional sobre a ocupação das Américas?
Os primeiros humanos vieram da Ásia, via estreito de Bering, espalhando-se pelo continente. Esse grupo teria características "mongólicas", semelhantes às da maioria dos índios atuais.


QUAL O PROBLEMA COM ELE?
Esqueletos encontrados no continente, entre eles, o de Luzia, de 11,5 mil anos, da região de Lagoa Santa (MG)- têm traços "negros", africanos, diferentes dos povos asiáticos que teriam dado origem aos nativos americanos.
De onde eles vieram?
A principal hipótese é que elas tenham parentesco com os povos da atual Oceania.
Mas eles não têm traços africanos? Onde entra a Oceania nisso?
Os grupos que saíram da África e foram para a Oceania, há dezenas de milhares de anos, ficaram isolados dos grupos que ocuparam a Ásia e, assim, mantiveram algo da morfologia dos primeiros seres humanos modernos.
Como esse pessoal foi parar na América?
Aí é que mora a confusão. Embora existam hipóteses mais radicais -travessia oceânica-, os trabalhos na "Science" e na "Nature" dão outras explicações.
Quais?
Os dois grupos acreditam em migração por Bering, mas de formas diferentes.
Os cientistas na "Science" sugerem que os grupos ligados à Oceania teriam um papel secundário na ocupação do continente. Chegaram muito depois, e em quantidade muito menor, do que os asiáticos.
Já o artigo na "Nature" diz que ambos os grupos talvez sejam igualmente antigos no continente. Isso implicaria forte miscigenação logo no início da presença humana nas Américas, dando origem a indígenas como certas tribos da Amazônia, como os suruís.

Extraído do artigo de autoria de REINALDO JOSÉ LOPES de 22/07/2015 Fonte: FSP, Ciência, p. B9

OS DRUIDAS E O PAGANISMO

23/03/2022

O Druidismo é um caminho espiritual de natureza pagã, todo druida é um pagão. O termo pagão tem origem no vocábulo latino paganus, que era usado para designar alguém que nasce no pagus (o campo, a Natureza).
Em termos espirituais, portanto, pagão é aquele que acredita na sacralidade da Natureza e de todas as formas de vida. Qualquer forma de paganismo tem suas diversas deidades em seus panteões associadas à Natureza, com deuses e deusas que personificam as grandes forças naturais do mundo em que vivemos
.

CRENÇAS

"o druidismo é uma espiritualidade profundamente arraigada na terra, mas que se renova a cada novo amanhecer. É uma tradição que honra nossa terra, os mundos interno e externo, os espíritos da terra, do mar e dos céus, os espíritos de nossos ancestrais; é uma filosofia que possui em sua essência a exploração da relação sagrada, de espírito para espírito." Emma Restall Orr

OS DRUIDAS

Estes povos desempenhavam diversas funções intelectuais e divinas dentro da sociedade celta.

Existem relatos da prática do druidismo que contam mais de 3.000 anos atrás. Estudiosos apontam que eles foram filósofos, professores, juízes e sacerdotes que dominavam os saberes acerca do mundo natural e das tradições do povo celta, sendo também mediadores entre os humanos e os deuses.

SIGNIFICADO DE DRUIDA

“Conhecedor do carvalho” ou “vidente do carvalho” são os significados mais sustentados por estudiosos para a palavra druida. Ela foi apontada por Plínio, o Velho, importante historiador romano. Em seu livro História Natural, escrito em 77 d.C., ele revelou as raízes da palavra para esta definição.

O CARVALHO

Considerada a árvore das árvores, o carvalho se destaca dentro de uma floresta. Os druidas se reuniam em bosques de carvalho, pois consideravam estas árvores sagradas. Dessa forma, ser o “conhecedor do carvalho” era ser o conhecedor supremo sobre as demais árvores e sobre a natureza.

Contudo, o significado etimológico da palavra druida não é conclusivo, sendo apontado no Dicionário Etimológico da Língua Inglesa também como “feiticeiro” e “mágico”.

PAPEL DOS DRUIDAS

Pouco se sabe sobre a real cultura dos druidas. Isso porque a tradição deste povo celta era passada oralmente e os documentos escritos são em sua maioria de outros povos, como os da Grécia e Roma Antiga, além de poucas evidências arqueológicas ambíguas.

Uma das fontes escritas mais confiáveis sobre os druidas é de Júlio César. O Imperador romano pode ter sido um dos únicos escritores sobre este povo que realmente encontrou estas pessoas. No texto Comentário sobre a Guerra Gálica, que revela os conflitos que aconteceram entre os anos de 58 a.C. e 51 a.C., ele relata:

Os druidas estão no comando da religião. Eles têm o controle dos sacrifícios públicos e privados e dão conselhos sobre todos os assuntos religiosos. Um número grande de jovens recorrem a eles para instrução, e eles são muito honrados pelas pessoas.

Além destas funções religiosas, onde serviam como verdadeiros sacerdotes, os druidas também tinham grande poder nas questões políticas da sociedade. Eles eram tidos como videntes que aconselhavam reis sobre as mais diversas decisões e mediavam situações de conflito .

DRUIDAS FAMOSOS DA LITERATURA

Merlim: foi o mais famoso de todos os magos, Merlin apareceu nas histórias do Rei Arthur que datam obras do século XII. Desde então, ele esteve presente em diversas outras histórias fantásticas, sendo citado como um grande mago e feiticeiro.

O FUNCIONAMENTO DA MENTE 

PARTE 5 

22/03/2022

O fruto mais excelente da consciência existencial é o Eu. O Eu, como vimos, é o diretor, o portador do script de nossa história, o gestor psíquico, aquele que é ou deveria ser o autor do traçado de nossa existência. O Eu expresso pela consciência existencial, ou vontade consciente de decidir, representa uma força fundamental no desenvolvimento da personalidade. 


LEITOR DA MEMÓRIA E CONSTRUTOR DE PENSAMENTOS 

O Eu é o fenômeno que faz escolhas, que determina e abre caminhos. O Eu representa o leitor consciente e crítico da memória e, consequentemente, é o construtor de pensamentos, ideias e imagens mentais lógicas, ainda que essa lógica esteja completamente enviesada, maculada por preconceitos. Estou lendo a minha memória neste exato momento e estou construindo pensamentos e emoções e expressando-os através do que escrevo; o Eu faz essa leitura, claro que a leitura é inconsciente, porque não sei quantas janelas estão sendo abertas no córtex cerebral. Milhões de dados são escolhidos em milésimos de segundos para que eu construa cadeias de pensamentos e ideias. Porém, embora os fenômenos que estão na base da leitura sejam fenômenos inconscientes, o resultado é uma leitura consciente, discursiva e determinante para produzir palavras e textos, para dialogar, projetar, pesquisar, construir relações humanas e assim por diante. 


MÁ FORMAÇÃO? 

Quem escapa dos defeitos do Eu? Quase a totalidade dos seres humanos tem algum tipo de má formação do Eu, da timidez à arrogância, do medo do que os outros pensam e falam à necessidade de ser o centro das atenções, da ruminação de perdas e frustrações do passado às preocupações com o futuro, do conformismo ao medo de falhar, da ansiedade à impulsividade, todas essas características são defeitos do Eu. Muitos usam o pronome Eu em múltiplas frases que constroem o dia todo, mas não entendem que esse Eu é muito mais que um pronome empregado sintaticamente junto a um verbo. Esse Eu deveria ser treinado para ser o gestor psíquico. 


DESENVOLVIMENTO E AUTOCONSCIÊNCIA 

À medida que o Eu se desenvolve ao longo dos primeiros anos, ele tem de ter consciência de si e do mundo para se tornar autor da própria história. Tenho a impressão de que 70% a 90% do potencial do Eu como autor da história não seja desenvolvido em nossa personalidade. O nosso Eu dirige carros, manipula o câmbio, pisa no acelerador e no breque; dirige empresas, controla orçamentos e suprimento de materiais, controla a área comercial. No entanto, esse Eu, quando diante da grande empresa humana, parece um menino frágil e sem habilidades para gerir pensamentos e emoções. 


MERO ESPECTADOR 

Onde se encontra nosso Eu quando estamos depressivos, sem encanto pela vida, sem motivação para buscar por ares nunca antes respirados, correr riscos para materializar nossos sonhos? Normalmente, o Eu se encontra na plateia. Nosso Eu não é treinado para entrar no palco e gerir emoções. 


NÚMEROS QUE ASSUSTAM 

Em pleno século XXI, a uma explosão de doenças psicossomáticas e ao aumento assustador de suicídios, depressão e vários outros transtornos psíquicos. Estamos adoecendo mental e coletivamente na modernidade De acordo com o Institute for Social Research, da Universidade de Michigan, 50% das pessoas, cedo ou tarde, terão um transtorno psíquico. Vejam bem, mais de três bilhões de pessoas, cedo ou tarde, terão um conflito psíquico importante. 


CONTEMPLE O BELO 

O Eu deve estar sempre treinando a arte de contemplar o belo, ou seja, fazer das pequenas coisas um espetáculo aos olhos. É possível cultivar flores no lixo emocional, é possível ver beleza indizível nos desertos emocionais. (...) 

SÉRIE DOS GRANDES PENSADORES (terceira edição)

21/03/2022

“Aquele que chega a conhecer as coisas mais árduas e que apresenta grande dificuldade para o conhecimento humano, este é um filósofo. Além disso, aquele que conhece com maior exatidão as causas e é mais capaz de ensiná-las é, em todas as espécies de ciências, um filósofo”.

Para ele, o ser humano começa a fazer filosofia por causa da admiração, por causa das coisas estranhas e por causa das coisas maiores e intrigantes.

Segundo ele a filosofia começa com o fenômeno, ou as aparências. Em seguida, coletam-se opiniões, que não são simples “achismo”, mas opiniões respeitáveis, críveis.

QUEM FOI ARISTÓTELES?

Aristóteles foi um dos maiores filósofos de todos os tempos e sistematizou o conhecimento da Antiguidade.

Durante vários anos de sua vida, Aristóteles estudou ciências da natureza e isto refletiu-se em toda a sua filosofia. Seu pensamento influenciou a Filosofia Escolástica, a Filosofia Moderna e continua influenciar a Filosofia Contemporânea.

Passando pela Antiguidade tardia e atravessando o Renascimento, Aristóteles escreveu mais de 200 tratados, a maioria dos quais foram perdidos. Apenas 31 sobreviveram.

Foi por causa do método aristotélico que hoje os estudiosos têm acesso a saberes que teriam sido perdidos. Aristóteles sistematizou o conhecimento da Filosofia Antiga, classificando as opiniões existentes e refletindo sobre elas.

Em todas as áreas, a filosofia de Aristóteles despertou iluminação, resistência, debate e interesse no leitor.

Ele escreveu sobre lógica, metafísica, filosofia da mente, ética, política, estética e retórica, além de ter também versado sobre biologia, destacando suas observações e descrições de plantas e animais.

BIOGRAFIA

Aristóteles nasceu em 384 a.C. em Estagira (atual Stavros), na Macedônia. Morreu em 322 a.C. em Chalcis, na ilha de Euboea, Grécia.  

Por causa do lugar onde nasceu, frequentemente é referenciado como “o estagirita”. Seu pai era um médico da família real na Macedônia, nordeste da Grécia.

Quando Aristóteles completou 17 anos, seu pai pôde enviá-lo para estudar na Academia de Platão, em Atenas. Rapidamente tornou-se reconhecido como um jovem admirável por seu comportamento requintado e sua inteligência.

Sobre seu aluno, disse Platão:

“Minha academia se compõe de duas partes: o corpo dos estudantes e o cérebro de Aristóteles”.

NOVOS SABERES

Permaneceu ali até a morte de seu mestre em 347 a.C. Não tendo assumido o lugar de Platão, ocupado por um ateniense, partiu.

Neste tempo aprendeu sobre o ser e a essência das coisas, sobre a dialética, a política e sobre as ideias socráticas. Estudou ética e ciências da natureza.

Em Lesbos casou-se com Pítias e teve uma filha chamada Desequisa.

Em 343 a.C., Aristóteles mudou-se para Pella, capital da Macedônia. Foi ensinar o filho do Imperador Filipe II, Alexandre, que tinha 13 anos na época e que mais tarde ficaria conhecido como Alexandre, o Grande.

LICEU E OS PERIPATÉTICOS

Fundou sua própria escola, o Lyceum, aos 49 anos de idade. Seus alunos eram chamados de peripatéticos, por causa do peripatus (ambulatório) que ficava na escola. Localizava-se na área destinada ao deus Apolo Lykeios.

Eles estudavam: botânica, biologia, lógica, música, matemática, astronomia, medicina, cosmologia, física, história política, teoria governamental e política, retórica e artes. No Lyceum os manuscritos coletados destas pesquisas formaram a primeira grande biblioteca da Antiguidade.

CORPUS ARISTOTÉLICOS

O que é o corpus aristotélico?

Basicamente, é o conjunto de suas obras, que sobreviveu ao tempo. Em suas obras, Aristóteles utilizou terminologias muito técnicas, o que pode dificultar a leitura para os iniciantes.

Cícero observou, fazendo uma comparação, que a prosa de Platão era prata e a de Aristóteles um rio de ouro fluindo.

SISTEMATIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

Como Aristóteles sistematizou o conhecimento das ciências?

Pela ótica sistemática, os estudos filosóficos estavam desorganizados. O conhecimento não era classificado em grupos de acordo com sua função e seu objeto.

Neste contexto, ciências (epistêmai) foram divididas em ramos da aprendizagem. 

As três ciências aristotélicas são:

  • Teóricas: buscam o conhecimento para seu próprio bem;

  • Práticas: buscam conduta e bondade na ação, tanto individual quanto social;

  • Produtivas: buscam criar objetos bonitos ou úteis.

         

“O FUTURO DA HUMANIDADE”     PARTE 6

20/03/2022

"De volta à comovente narrativa, em forma de romance, que nos leva a uma fascinante viagem pelo mundo da psicologia, introduzindo conceitos científicos de forma simples e nos fazendo refletir sobre os paradigmas da medicina, a indústria do preconceito e o sistema social precário. Onde a dor e os conflitos quando bem e humanamente trabalhados produzem uma riqueza que dinheiro nenhum pode comprar."

A BUSCA DE UM OUTRO DOMICÍLIO

Falcão contou que, tal como ele, tornara-se um caminhante sem endereço, pois procurava um domicílio dentro de si mesmo para descansar. Um lugar de conforto nos destroços das suas perdas. Queria resgatar uma razão para continuar respirando fisicamente e oxigenando sua emoção.

- Como foi a sua adaptação num ambiente inóspito? Suas crises não pioraram quando saiu sem rumo?

OS DRAMAS SILENCIOSOS

Nas ruas, o Poeta encontrou miseráveis como ele.  Conheceu os  incompreendidos,  os dilacerados pelas perdas, os mutilados pela culpa, os transtornados pelas psicoses, os que são considerados lixo do sistema. Ajudar a todas essas pessoas deu-lhe ânimo.

Em seguida, apontou ao longe uma mulher indigente, chamando-a pelo nome, dizendo que ela perdera  seus  pais,  sua  segurança,  seu chão.  Bárbara  não  tinha  mais  parentes  nem amparo.

Tornou-se alcoólatra. Saiu pelo mundo. Apontou outras pessoas.

- Tiago era rico e perdeu tudo: dinheiro, privilégios, esperança, autoconfiança, capacidade de lutar. Tinha status, glamour, mas perdeu sua glória e seus amigos e, não suportando o anonimato,

abandonou-se. Aquele de casaco preto é Tomás. Foi um brilhante jornalista. O alcoolismo e as crises depressivas roubaram-lhe o emprego, a mulher, os bens e a serenidade.

APLAUSOS EFÊMEROS E ILUSÓRIOS

Em seguida, apontou uma mulher magérrima.  Joana fora modelo na  sua  adolescência.

Engordou, perdeu as curvas do corpo, a beleza exterior e admiração social. Foi descartada, abateu-se, teve anorexia nervosa. Seus pais adotivos morreram. Ela ficou só. Foi internada de hospital em hospital, até que resolveu procurar um lugar onde ninguém se preocupa com a aparência.

- A sua sociedade usa as pessoas e as descarta como objetos. Cuidado, meu jovem! Os aplausos não duram.

Marco Pólo estava impressionado. Todas aquelas pessoas tinham riquíssimas histórias, porém passavam despercebidas aos preconceituosos olhares dos passantes. "Ninguém teria coragem de

abandonar completamente o conforto social se não tivesse uma vida dilacerada, um motivo fortíssimo", refletiu.


HOMENAGEM PÓSTUMA

Para o Poeta, ajudar os abandonados era prestar uma homenagem aos seus filhos e à sua esposa. Pouco a pouco, ele resgatou a fé em

Deus. Começou a ver a assinatura do Criador no delírio de um psicótico, no desespero de um deprimido, no perfume de uma flor, no sorriso de uma criança.

Marco Pólo ouvia sua própria respiração, enquanto escutava o relato de Falcão.

- Desse modo, o Poeta saiu do casulo, levantou-se das ruínas. Fez das suas perdas uma cortante lâmina para lapidar sua inteligência, coisa rara no seu e no meu mundo. Sua saudade jamais foi resolvida, mas as perdas não mais o asfixiaram. Por isso, citava seus filhos e sua esposa sem culpa e com alegria nas longas conversas com os excluídos. Eles estavam vivos no único lugar em que jamais poderiam morrer - dentro dele.

- Você foi ajudado por ele?

“A PALAVRA É PRATA, ENQUANTO O SILÊNCIO É OURO”

A pergunta de Marco Pólo ecoou dentro de Falcão. O homem forte dissipou-se, entristeceu-se e conteve seus soluços. Sua voz emudeceu.

Marco Pólo leu seu silêncio. Percebeu que Falcão não perdera apenas um amigo, mas talvez toda a sua família. Tocou em seus ombros afavelmente em sinal de compreensão. Levantou-se.

Era o momento de partir e não de dialogar.

Enquanto caminhava para casa, sabia que seu amigo caminhava pelas avenidas do seu passado.

Roupas rasgadas, corações despedaçados, feridas abertas, enfim, uma história de segredos que fora reconstituída e tornou-se uma brilhante poesia.

"Foi uma pena não ter conhecido o Poeta", pensou. E refletiu se não estava perdendo a oportunidade de conhecer outros Poetas, outras pessoas interessantes que estavam passando pela sua vida, mas que só conhecia superficialmente.

O FUNCIONAMENTO DA MENTE

PARTE 4

19/03/2022

“Se quisermos ser pessoas que fazem a diferença no teatro social, temos de aprender a fazer a diferença no teatro psíquico. Temos de sair da plateia e entrar no palco da nossa mente para ser atores mais profundos, pessoas que conhecem a própria psique, se não completamente, pelo menos o funcionamento básico desse pequeno e infinito mundo que nos define como seres que pensam e sentem.”  Augusto Cury

EVOLUÇÃO CONSTANTE E ININTERRUPTA

Nós não evoluímos intelectual e emocionalmente, cultural e cientificamente apenas porque o nosso Eu determinou essa evolução; evoluímos também porque uma série de variáveis inconscientes atua nos bastidores da mente em frações de segundos e vai gerando pequenas distorções, visões distintas do mundo em que estamos e do mundo que somos. Portanto, saiba que os seres humanos estão em formação constante, que interpretam inevitavelmente de forma micro e macrodistintas os mesmos fenômenos quando eles se apresentam ao longo da história de cada um.

OS GRANDES PROCESSOS MENTAIS

Primeiro processo: construção de pensamentos

Nós temos três fenômenos inconscientes: o autofluxo, o gatilho da memória e as janelas da memória. Esses três fenômenos inconscientes estão na base da construção de pensamentos. E há o quarto fenômeno, que é a atuação consciente e crítica do Eu como responsável pela leitura diretiva e pelo discurso lógico dos pensamentos.

Segundo processo: transformação da emoção

Esse assunto é tão complexo e sofisticado que sabemos pouquíssimo sobre

ele. Nós mal arranhamos a superfície de todo conhecimento científico. Como uma emoção alegre se transforma em poucos segundos ou frações de segundos numa emoção depressiva, triste? Como, diante de um estímulo estressante, o estado de tranquilidade transforma-se numa crise de ansiedade? O que leva a essa mudança? Como essa mudança ocorre com tamanha facilidade e rapidez?

Terceiro processo: a formação da história intrapsíquica

A história intrapsíquica está ligada intrinsecamente à memória. Sem o registro

da memória não há história. Os animais têm um currículo histórico frágil porque o registro das suas experiências é deficiente. Estudaremos os papéis consciente e inconsciente da memória; o registro da memória; o arquivamento das experiências emocionais, das experiências existenciais e das informações lógicas. Como se arquiva uma reação fóbica? Por exemplo,

uma pessoa está dentro de um elevador e imagina que ele vai parar e que seus pulmões vão se asfixiar por falta de oxigênio. Mesmo sendo apenas uma

fantasia dramática, isso se arquiva no córtex cerebral.

O quarto processo: a formação da consciência existencial

A consciência existencial é provavelmente o fenômeno dos fenômenos, a tese das teses, a área mais complexa da psique. Como posso saber que sou um ser único? Como posso ter consciência de que entre mim e bilhões de outras pessoas

há uma diferença básica? Eu não sou outro ser, tenho meu nome, minha identidade, minha história, meus gostos, minhas preferências e minha maneira de ver, reagir e sentir a existência. A consciência existencial

exercida por nós todos os dias e a cada momento é um fenômeno que jamais será incorporado pelos computadores. Eles serão sempre escravos de estímulos programados, mesmo que a humanidade viva milhares de anos e tenha milhares de gerações dessas máquinas. Ainda que elas simulem comportamentos humanos e que seja quase impossível distinguir entre o ser humano e uma máquina, saibam que entre a consciência existencial do Eu e a simulação da consciência através da inteligência artificial há muitos mistérios.

ATENÇÃO! TODO CUIDADO É POUCO

A consciência existencial torna o ser humano um ser que enxerga o universo a partir de si mesmo. Isso tem um lado positivo, indicando que somos de fato extremamente sofisticados, mas podemos nos iludir e nos divinizar por isso e querer que os outros gravitem a órbita de nossos preconceitos, nossas dores e mazelas; passamos, então, a controlar os outros e fazer com que se submetam a nossas verdades absolutas. Se, por um lado, a consciência existencial nos torna seres únicos no palco do tempo, no teatro da existência; por outro, ela pode levar os seres humanos a cometer atrocidades, porque pode levá-los a se julgarem deuses e a forçarem os outros a gravitar em torno deles. Isso ocorreu ao longo de toda a história da humanidade.

“O FUTURO DA HUMANIDADE”     PARTE 5

18/03/2022

A FOME DE ALIVIAR A DOR

(...) “Mas há uma fome que saciei agora. A fome de aliviar a dor de alguém”. São palavras daquele desbravador de sonhos, do poeta da vida.

Marco Pólo estava boquiaberto com as revelações de Falcão sobre o Poeta da Vida. Relatou que ele sabia transformar as coisas simples num espetáculo aos seus olhos. Fazia da aurora um momento de meditação. Considerava o orvalho da manhã como pérolas anônimas que por instantes aparecem e logo se dissipam, mas só os sensíveis as percebem. Despedia-se da Lua como se despede de uma amiga. Cantava quando as gotas de chuva umedeciam a terra. Era apaixonado pela vida, pela natureza e pelo Autor da existência.

REFÉM DO PASSADO

- Você passa pelos vales da dor? Marco Pólo refletiu e considerou: - Algumas vezes sim.

- Não se intimide. Eu e o Poeta comentávamos que não há pessoas isentas de sofrimentos, nem no meu nem no seu mundo. O que há são pessoas menos encarceradas que outras. Todos somos reféns de algum período do passado.

AO DISTRIBUIR ESMOLA RECEBIDA...

- Você deu-lhes todo o dinheiro?

Falcão disse-lhe:

- Em meu mundo, os mais fortes servem aos mais fracos. No seu, os mais fracos servem aos mais fortes. Qual é mais justo?

- Não é recomendável que os normais se aproximem de mim. 

   Marco Pólo, intrigado, sabia que ele não se abriria se não provocasse sua inteligência. Mas não poderia ser estúpido. Arriscou dizer:

- Não há um normal que não seja anormal e nem um anormal que não seja passível de ser um mestre.

Falcão olhou admirado o amigo, mas desferiu-lhe um golpe inesperado:

- Disseram-me que sou perigoso para sua sociedade. O que você espera de mim? Sou um doente mental. É melhor desaparecer.

Marco Pólo ficou calado. Sempre fora impulsivo, mas estava aprendendo a difícil arte de pensar antes de reagir. Após um momento de introspecção, disse:

- Os aparentemente saudáveis sempre cometeram mais loucuras contra a humanidade do que os loucos. Você não é perigoso, a não ser para os que têm medo de pensar.

Falcão esfregou a mão direita na testa, levantou-se, foi até uma flor e começou a falar com ela.

- Você é tão linda e eu sou tão rude, mas obrigado por invadir meus olhos e me encantar sem nada exigir!

Marco Pólo também se levantou. Foi até uma árvore próxima, abraçou-a, beijou-a e disse algumas palavras em voz audível:

- Você é tão  forte!  Suportou tantas tormentas.  Mas fortaleceu-se e  hoje  dá  sua  sombra gratuitamente para mim que sou tão frágil. Obrigado por sua perseverança!

O AMOR CONTAGIA

- Quem nunca abraçou uma árvore ou conversou com uma flor nunca foi digno das dádivas da natureza! Não sejam insensíveis! Aprendam a amar quem tanto lhes dá!

Envergonhadas com as idéias do mendigo, as pessoas se dispersaram reflexivas. Trinta metros adiante, um adolescente com cabelo estilo punk abraçou um imenso tronco e beijou-o. Ao seu lado, um idoso senhor abaixou-se diante de uma pequena flor. Parecia reverenciá-la. Um adulto de terno e gravata também abraçou um tronco  de árvore por um  minuto. Outras pessoas repetiram a cena. A sensibilidade foi contagiante (...)

O FUNCIONAMENTO DA MENTE

PARTE 3

17/03/2022

PERDA DE IDENTIDADE

Vivemos num mundo onde o ser humano mistura-se na massa social e perde sua identidade essencial. Somos iguais no funcionamento da mente, mas somos únicos em nossas características de personalidade, somos iguais no processo de construção das ideias, mas as ideias são únicas em sua expressividade. Todavia, os valores se inverteram, sentimo-nos iguais por fora e diferentes por dentro. O consumismo se tornou uma droga coletiva, a paranoia da estética controla a emoção de milhões; o excesso de trabalho intelectual furta a tranquilidade de grandes líderes. Tenho dito para plateias de magistrados que somos escravos vivendo em sociedades livres.

O MAIOR ESPETÁCULO DA EXISTÊNCIA

Quando uma pessoa entra no território da memória e resgata, em milésimos de segundo, uma informação entre bilhões de opções e constrói uma cadeia de pensamentos, ela realiza o maior espetáculo da existência: o ato de pensar. Esse processo é um complô de fenômenos inconscientes, como o gatilho da memória e as janelas da memória, realizado quase na velocidade da luz. Não há mais mistérios no universo do que dentro da mente de um ser humano quando ele constrói um simples pensamento, seja lúcido ou estúpido, coerente ou ilógico.

MAIS AMPLO QUE O CÉU

Pensar é o maior espetáculo da existência humana.

Como afirmou a poetisa Emily Dickinson, “O cérebro é mais amplo que o céu”. Compreender esse assunto exige profunda humildade e capacidade de ser um eterno aprendiz. E por falar em aprendiz, certa vez tive uma feliz surpresa ao visitar uma tribo da Floresta Amazônica. Lá encontrei um cacique de notável inteligência. Ele me disse: “Cury, tenho lido seus livros e tenho me colocado como um aprendiz para liderar bem meu povo. Quando estou estressado, uso a estratégia de zombar do meu problema para que ele não me domine e nem se torne um monstro em minha mente, porque sei que os maiores monstros estão dentro de mim e não na floresta”. Fiquei boquiaberto com sua sabedoria.

DISCORDÂNCIA ANTROPOLÓGICA

Um antropólogo: “Ser antropólogo não é uma tarefa, é uma profissão”. Então, eu disse: “Sim, claro, é uma profissão, e muito nobre, que envolve a  psicologia, a sociologia, as relações socioambientais”. Em seguida, falei sobre os estímulos vivenciados pelos habitantes das sociedades urbanas comparados aos estímulos experimentados pelas pessoas que vivem nas florestas. Disse que a exposição à avalanche de estímulos na era digital e o excesso de compromissos nas cidades são fontes de estresse que contrastava com a tranquilidade e o estado contemplativo existentes na vida em meio à natureza. Em seguida, comentei que os índices de doenças psíquicas nas sociedades de consumo são explosivos, capitaneados pela  depressão, pelas doenças psicossomáticas,  pelos transtornos ansiosos. Eles discordaram veementemente.

ESTATÍSTICAS PREOCUPANTES

(...) algumas estatísticas apontam que, mesmo no auge da medicina e da psicologia, uma em cada duas pessoas terá um transtorno psiquiátrico, incluindo a depressão. Um número gigantesco, que será agravado porque só a minoria vai se tratar e só a minoria da minoria vai encontrar um bom profissional de saúde mental que não apenas prescreva medicamentos, se necessário, mas que estimulará o Eu, que representa a capacidade de escolha e a consciência crítica dos pacientes, e os levará a proteger a emoção; ser, tanto quanto possível, autores da própria história.

CÉU & INFERNO

Cury: Reitero que precisamos abrir nossa mente, libertar-os dos preconceitos e oxigenar nossa capacidade de aprender, a fim de trilhar caminhos que nos façam conhecer e compreender a sofisticadíssima dinâmica da mente humana e suas fascinantes possibilidades. É fundamental também que reconheçamos a dificuldade, exatamente por causa dessa complexidade, de nos proteger mentalmente; o céu e o inferno emocional estão muito próximos de cada um de nós.

FICA O CONVITE

Convido você não apenas a procurar respostas nesta obra, mas também a entrar em contato com ares nunca antes respirados, a não ter medo de se perder, a experimentar a insegurança, pois as grandes ideias nascem nos solos da dúvida (...)

SÉRIE DOS GRANDES PENSADORES    (segunda edição)

16/03/2022

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."                   

Ele foi discípulo de Sócrates, por quem nutria profunda admiração. Desiludido com a morte do seu mestre e com a democracia ateniense, abandona Atenas e passa pelo menos 12 anos viajando. Quem é ele?


BIOGRAFIA

Platão nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 428 a.C. De família nobre, estudou leitura, escrita, música, pintura, poesia e ginástica. Excelente atleta, participou dos Jogos Olímpicos como lutador. Desejava fazer carreira política mas, muito cedo, tornou-se discípulo de Sócrates, com quem aprendeu a discutir os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas.

MUNDO DAS IDEIAS

As teorias desenvolvidas por Platão, sobretudo, seu mundo das ideias - a distinção entre aparência e essência - definem o pensamento e a alma como sendo superiores aos sentidos e o corpo. Assim, Platão cria o seu chamado dualismo, divisão do mundo em dois, entre o mundo das ideias e o mundo sensível:

Mundo das Ideias (mundo inteligível) - Lugar onde residem as ideias, as essências das coisas, que só podem ser conhecidas através da razão. Lugar da alma, da pureza e da verdade.

Mundo Sensível - Lugar das imitações das ideias, onde residem as coisas que são conhecidas através dos sentidos. Lugar do corpo, do erro e da opinião.

TEORIA DAS ALMAS

Na filosofia de Platão encontramos a dualidade entre a alma e o corpo. Segundo ele, o ser humano era imortal e essencialmente alma, donde ela pertencia ao mundo inteligível (apreendido pelo intelecto) e não o mundo sensível (apreendido sobre os sentidos).

A POLÍTICA

Na política Platão contribuiu com sua maneira humanista de refletir sobre o homem e uma sociedade justa.

Para ele, a Política era considerada uma das mais nobres atividades, posto que estava relacionada com a pólis, ou seja, as cidades gregas e a organização da vida dos cidadãos.

Em sua obra “A República”, reflete sobre a construção do bem para todos os cidadãos, a função social de cada um, tal qual como as atividades básicas realizadas na pólis.

DIALÉTICA DE PLATÃO

Platão define a dialética como a arte de pensar, questionar e hierarquizar ideias. O termo dialética é utilizado por Platão na referência a qualquer método que possa ser recomendado como veículo da filosofia.

Para Platão, a dialética é um instrumento que permite o alcance a verdade. É preciso ressaltar que sua obra está ligada à preocupação com a ciência (considerada o conhecimento verdadeiro), a moral e a política.

O MITO DA CAVERNA

Platão escreveu em forma de diálogo, no livro VII da "República", a história "mito da caverna", onde relata a vida de alguns homens que desde a infância se encontram aprisionados em uma caverna, com uma pequena abertura por onde penetra a luz.

Os homens passam o tempo olhando para uma parede de fundo. Lá fora, nas costas dos cativos, brilha um fogo aceso sobre uma colina e entre ela e os presos, passam homens carregando pequenas estátuas. As sombras desses passantes são projetadas no fundo da caverna.

As vozes ouvidas são atribuídas às próprias sombras, para eles a única realidade. Quando um dos cativos consegue evadir-se, percebe que tinha vivido num mundo irreal.

Platão usa todas essa imagens para dizer que o mundo que percebemos com nossos sentidos, é um mundo ilusório e confuso, é o mundo das sombras.

Mas esta realidade sensível não é todo o universo. Há um reino mais elevado, espiritual, eterno, onde está o que existe de verdade, é o mundo das ideias, que só a razão pode conhecer, e que apenas os filósofos podem perceber.

"Uma vida não questionada não merece ser vivida."
Platão

"O FUNCIONAMENTO DA MENTE" - PARTE 2

15/03/2022

Que minha solidão me sirva de companhia

Que eu tenha a coragem de me enfrentar

Que eu saiba ficar com o nada

E mesmo assim me sentir

Como se estivesse plena de tudo.

Clarice Lispector

SOCIOLOGIA MULTIFOCAL

A teoria da sociologia multifocal, criada por Augusto Cury, estuda o universo das relações humanas, o processo de construção das relações entre pais e filhos, entre professores e alunos, entre amigos, entre executivos e funcionários, bem como as relações do ser humano consigo mesmo (intrapsiquismo). Também estuda os três tipos de solidão: a solidão social, a solidão intrapsíquica e a solidão paradoxal da consciência existencial. A solidão social é aquela que faz com que nos sintamos sós, mesmo estando no meio de uma multidão; outra solidão é a intrapsíquica, aquela em que nós mesmos nos abandonamos e o nosso Eu deixa de entrar em camadas mais profundas de nossa psique; a última é a solidão paradoxal da consciência existencial, na qual estamos próximos e infinitamente distantes de tudo.

Solidão já é tratada como epidemia no mundo.

Por Juliana Sayuri, de Nagoya (Japão)

Impera o silêncio nos trens japoneses. Às 19h47, as portas se abriram na estação de Nagoya, onde embarcaram jovens e não tão jovens japoneses em uma noite de inverno. Um minuto depois, o trem partiu, lotado, mas o ambiente era totalmente taciturno: entre os passageiros, fixados nos smartphones, fones nos ouvidos e máscaras cirúrgicas nos rostos, uns zapeavam as últimas notícias sobre o surto de covid-19, outros conferiam a previsão do tempo (chuva, mínima de 7°C, máxima de 11°C) sem arriscar a mínima conversa meteorológica. No país insular de 127 milhões de habitantes, onde olhar nos olhos dos outros é contra as regras de etiqueta, prevalece a lógica do "cada um no seu quadrado".

MAL MODERNO

Situações semelhantes se alastram arquipélago adentro e mundo afora. O Japão é um retrato do atual fenômeno da solidão (estima-se que 541 mil japoneses vivam inteiramente isolados, segundo dados oficiais), mas não é o único. Segundo estudos recentes, solidão se faz presente em diversos países, com impactos psicológicos, socioeconômicos e, sobretudo, políticos. 

HISTÓRIA

Solidão não é um sentimento simples, mas um misto de sensações como angústia, dor, medo e tristeza, que foi mudando ao longo do tempo, com dimensões sociais e políticas.

A palavra "solidão" surgiu por volta de 1800 e, desde então, inquietou pensadores como Alexis de Tocqueville (1805-1859) e Émile Durkheim (1858-1917). "Industrialização, urbanização e secularismo, isto é, transformações políticas e econômicas associadas à modernidade, possibilitaram novos modos de interpretar os indivíduos e suas relações com a sociedade". 

SÓ, SOLO, SOLITÁRIO

Solidão não é sinônimo de solitude ou estar sozinho simplesmente. É sentir-se isolado e desconectado, mesmo diante de um mundo hiperconectado e acelerado. É possível sentir-se solitário, por exemplo, num trem ou na multidão cruzando a avenida de uma metrópole.


DA SOLIDÃO À SOLIDARIEDADE 

Pular da solidão para a solidariedade também é a tônica da filósofa americana Judith Butler no recente "Corpos em aliança" (Civilização Brasileira, 2018). A tese da autora: somos vulneráveis, "precarizados" pelo contexto socioeconômico e político, e precisamos de construções coletivas para continuar existindo. Assembleias e manifestações de rua, interpreta a autora, trazem a mensagem: "Nós não somos descartáveis", não importando que estejam ou não usando palavras no momento; o que eles dizem, por assim dizer, é 'ainda estamos aqui', "persistindo, reivindicando mais justiça, a libertação da precariedade, a possibilidade de uma vida que possa ser vivida". Estar junto, indica o livro,

“O FUTURO DA HUMANIDADE” –  PARTE 4

14/03/2022

O INTERROGATÓRIO

No interrogatório, o delegado lhe perguntou se alguma vez havia estudado ou trabalhado.

Marco Pólo o fitou e disse-lhe que era um estudante de medicina. O delegado e o escrivão quase estouraram de tanto rir.

- Era só o que me faltava! Um palhaço na delegacia. Não estou aqui para brincar, garoto - gritou. - O que você faz na vida!

- Eu já lhe disse. Sou estudante de medicina.

- Um mendigo futuro médico? Se com essa cabeleira linda será um médico, então eu sou Marilyn Monroe.

O ESCÁRNIO

O escrivão morria de rir.  Abriu as portas e chamou  várias  pessoas  para  entrar  na  sala.

Apresentou-lhes o intelectual mendigo. Todos zombaram, aplaudiram e fizeram algazarra.

Marco Pólo começou a entender o peso de ser uma pessoa excluída, os perigos de viver fora do modelo social. Porém já estava ficando calejado. Com sua esquisita cabeleira e seus trajes rasgados, não era possível ser levado a sério.

A TRUCULÊNCIA (ABUSO DE AUTORIDADE)

O delegado sabia que os mendigos, na maioria, eram pacientes psiquiátricos. Pensou que Marco Pólo  estivesse  delirando.  Sem  respeito,  balbuciou  para  alguns:  "Não  agüento  esses vermes." Em seguida, aproximou-se e gritou:

- Diga-me quem você é, seu crápula! Se você é um futuro doutor, então mostre sua carteira de estudante.

Marco Pólo engoliu em seco. Não tinha carteira de identidade e nem  de  estudante  no momento.

- Esqueci em casa.

- Ah, seu espertinho, esqueceu em casa. Muito bem.

O delegado não teve dúvida. Como montara um palco, queria continuar o espetáculo.

O PASSO PRA UMA ARMADILHA

- Então me descreva o corpo humano. Dê uma aula sobre o que você tem estudado em classe, seu megalomaníaco.

A platéia foi ao delírio diante da esperteza do delegado.

- Você é uma fera, chefe! - diziam os subordinados, querendo exaltar seu ego. O delegado, por sua vez, acariciou sua cabeça avantajada.

Mas mexeram com um vespeiro. Não sabiam em que armadilha tinham caído.

AULA DE ANATOMIA MODO 0800

Marco Pólo, por ser perseguido nas aulas de anatomia, tinha de ser um excelente estudante para passar nas provas. Ele fixou seu olhar nos presentes e começou, com a maior segurança, a discorrer sobre os intricados músculos do antebraço. Logo nas primeiras informações, as pessoas ficaram de olhos estatelados.

Depois começou a descrever o trajeto do nervo radial. Em seguida  deixou-os  pasmos comentando os átrios e os ventrículos do coração. Relatou o nascimento da artéria aorta, seus ramos e sub-ramos. Apontou também quantos ossos tinha o esqueleto humano.

DEVOLVENDO COM UMA SUTIL MOEDA

Após ter conquistado a platéia, resolveu fazer uma sutil chacota com o delegado.

- Pelo crânio enorme que o doutor delegado possui, certamente seu cérebro é privilegiado.

Pegou uma folha de papel que estava sobre a mesa. Dobrou-a e pediu para medir a testa da autoridade. E fez cena.

- É de se supor que o senhor tenha uns noventa bilhões de neurônios. 

O delegado, desde  a  infância,  tinha  complexo  de  inferioridade  por  causa  de  sua  cabeça volumosa. Seu apelido na escola era Cabeção. Seus colegas zombavam dele. À medida que cresceu, tentava compensar sua baixa auto-estima sendo agressivo e autoritário. Impunha suas idéias e não as expunha. Mas, diante da descrição supostamente favorável de Marco Pólo, sentiu-se um intelectual.

Não sabia que Marco Pólo brincara reduzindo o número de seus neurônios. Um cérebro normal tem mais  de  cem  bilhões  de  neurônios.  Bem-humorado, Marco Pólo  o  chamara solenemente diante dos amigos de "grande cérebro".

- Grande cérebro! Nunca ninguém me chamou desse modo.

EGO INFLADO

Satisfeito, passou as mãos novamente na cabeça, pela primeira vez com alívio. Diante do vasto conhecimento de anatomia do jovem e sentindo-se elogiado por suas palavras, mudou seu tom no interrogatório.

"Esse rapaz  tem  comportamentos  estranhos,  mas  parece  uma  boa  pessoa",  novamente analisou consigo mesmo. Além disso, ele realmente poderia ser um estudante de medicina excêntrico e o delegado temeu sofrer um processo por abuso de autoridade.

Perguntou por que Marco Pólo estava trajado daquele jeito. Recebeu as explicações. Diante da história indigesta e não sabendo como proceder, deixou o rapaz numa sala especial até esclarecer os fatos.

FATO NOVO E DETERMINANTE

Uma hora depois apareceu uma testemunha para depor espontaneamente. Era um balconista que trabalhava numa loja nas vizinhanças. No momento em que transitava pela praça, viu o menor infrator Jogando a bolsa em cima do velho mendigo.

Comentou ainda que esse mendigo freqüentava a praça há algum tempo e era conhecido dos passantes por sua inteligência e bizarrice. Contou como Marco Polo protegera o velho. E, antes que o delegado o inquirisse, disse que não tomara nenhuma atitude na hora porque o ambiente estava conturbado. Teve medo de esclarecer os fatos na praça. Mas, comovido com a atitude do jovem, veio depor a seu favor.

PURA PERPLEXIDADE

O delegado esfregava as mãos na nuca. Piscava os olhos e respirava fundo. Tentava descobrir se aquilo era sonho ou realidade. Estava tão perplexo, que comentou:

- Nunca ouvi falar sobre um indigente inteligente, nunca ouvi falar sobre alguém assumir a culpa de outrem, nunca vi um estudante de medicina mendigo! Isso é demais para mim. Isso é coisa de gente maluca.

- Ou de gente que se ama - emendou o balconista.

MEA CULPA

Sabendo que havia sido autoritário com Marco Polo, chamou-o à parte e tentou justificar o injustificável: sua atitude discriminatória. Disse que não poderia imaginar que na pele de um andarilho estaria um jovem da elite. E aproveitou para confirmar se ele achava mesmo que seu cérebro tinha muitos bilhões de neurônios.

SARCASMO?

- Sua cabeça é a de um gênio. Freud teria inveja do senhor - disse-lhe Marco Pólo.

O delegado foi para as nuvens. Mas Marco Pólo estava consternado. Deixou o templo da justiça decepcionado. Sentiu na pele que a justiça é forte para com os fracos e frágil para com os fortes...

Apesar disso, saiu cantarolando. Afinal de contas, seu mestre o ensinara a brincar com a vida e não a brigar com ela.

SÓCRATES - "O PAI DA FILOSOFIA"

13/03/2022

Alguns estudiosos questionam se, de fato, Sócrates existiu ou é uma junção de diversas pessoas da época ou um personagem criado para personificar e exemplificar algumas ideias.

BIOGRAFIA

Sócrates (c. 469-399 a.C.) nasceu em Atenas, que em meados do século V a.C. tornou-se a metrópole da cultura grega.

Da sua infância pouco se sabe para além de sua origem pobre. Ele era filho de um escultor, Sofronisco, e uma parteira, Fenarete, da qual Sócrates pegaria a ideia do parto para sua forma de fazer filosofia.

Chamava atenção não só pela sua inteligência, mas também pela estranheza de sua figura e seus hábitos. Corpulento, olhos saltados, vestes rotas e pés descalços, era considerado o homem mais feio de Atenas.

ERA SÓCRATICA

Nessa época, teve início a segunda fase da filosofia grega, conhecida como socrática ou antropológica, onde Sócrates foi o principal filósofo desse período da filosofia antiga. Nessa fase, os filósofos passaram a se preocupar com os problemas relacionados ao indivíduo e a organização da humanidade.

PREOCUPAÇÕES ÉTICAS-MORAIS

Passaram a perguntar: O que é verdade? O que é o bem? O que é a justiça?, uma vez que na primeira fase da filosofia grega a preocupação era com a origem do mundo, fase que ficou conhecida como periodo pré-socrático da filosofia.

"CONHECE-TE A TI MESMO"

Para Sócrates, existiam verdades universais, válidas para toda a humanidade em qualquer espaço e tempo. Para encontrá-las, era necessário refletir sobre elas. Essa percepção da verdade como alcançável é um fator de diferenciação entre Sócrates e os sofistas.

O princípio da filosofia de Sócrates estava na frase "Conhece-te a ti mesmo", um oráculo universal dado pelo deus Apolo na mitologia grega. Antes de lançar-se em busca de qualquer verdade, o homem precisa se auto analisar e reconhecer sua própria ignorância.

O LEGADO DE SÓCRATES

Sócrates não deixou obra escrita, achava mais eficiente o intercâmbio de ideias, mediante perguntas e respostas entre duas pessoas e acreditava que a escrita enrijecia o pensamento.

São quatro as fontes básicas para o conhecimento de Sócrates: o filósofo Platão, seu discípulo, em cujos Diálogos o mestre figura sempre como personagem central.

A segunda fonte é o historiador Xenofonte, amigo e frequentador assíduo das reuniões que Sócrates participava.

O dramaturgo Aristófanes cita Sócrates como personagem em algumas de suas comédias, mas sempre o ridiculariza.

A última fonte é Aristóteles, discípulo de Platão, e que nasceu 15 anos após a morte de Sócrates. Essas fontes nem sempre são coerentes entre si.

A MORTE DE SÓCRATES

Cercado de amigos e seguidores em profunda tristeza, Sócrates recebe o cálice com cicuta após condenação à morte

Sócrates era uma figura célebre de Atenas. Por onde ia, carregava consigo uma quantidade imensa de seguidores e discípulos, sobretudo jovens.

Em seus encontros com figuras respeitadas da polis grega, por conta de seu método, acabava expondo e irritando seus interlocutores.

Esse comportamento deu a Sócrates inimigos entre as figuras mais poderosas de Atenas. Em pouco tempo, o filósofo foi acusado de corromper a juventude e atentar contra os deuses gregos.

Seu julgamento foi realizado em duas partes. Na primeira, a votação sobre sua culpa ou inocência teve uma margem apertada a favor de sua condenação (280 a 220).

Posteriormente, Sócrates propõe como pena alternativa o pagamento de uma multa. Essa pena é amplamente recusada e a condenação é a favor da pena capital (360 a 141).

Sócrates aceita o julgamento e despede-se com a frase:

"É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor sorte? Só os deuses sabem".

AGOSTINHO DE HIPONA

12/03/2022

Ao longo dos anos – desde a Grécia antiga até os dias de hoje, os pensadores foram fundamentais para a formulação de novos conceitos e argumentações lógicas. Um dos grandes filósofos, e um dos dez maiores pensadores da história foi Agostinho de Hipona, o Santo Agostinho. Nosso convidado de honra da “REM” de hoje.


LITERATURA E ORATÓRIA

AGOSTINHO nasceu no dia 13 de novembro de 354, em Tagasta, na atual Argélia, norte da África. Seu contato com a filosofia começou pela literatura e pela oratória. O interesse pela literatura clássica latina foi decisivo para sua vida filosófica. O estudo de Cícero e de Vergílio propiciou um conhecimento elevado tanto dos recursos da linguagem, como de conceitos e problemas filosóficos. Até mesmo sua rejeição inicial pelo texto bíblico deve-se ao gosto desenvolvido nesse padrão literário: Agostinho inicialmente julgava que o Velho e o Novo Testamento não estavam à altura dos grandes autores, nem pela forma nem pelo conteúdo.

JUVENTUDE TRANSVIADA?

Durante a juventude e o início da vida adulta, Agostinho se entregou a uma vida desregrada e promíscua, tendo se juntado aos 17 anos a uma concubina com quem viveu alguns anos sem se casar por oposição de sua mãe Mônica, de cuja relação resultou um filho, Adeodato, em 371 (GONZÁLEZ, 2005).

INFLUÊNCIAS PLATÔNICAS

A influência de um ensino rigoroso por parte de sua mãe e das leituras platônicas que invocavam uma vida de renúncia e contemplação, aliada ao convencimento que Ambrósio lhe passava, de que suas objeções à fé cristã não eram válidas, angustiavam Agostinho, que sabia ter descoberto a verdade com o intelecto, mas sentia não poder se dedicar a ela de coração. A conversão de alguns homens importantes, bem como de um de seus autores platônicos favoritos, o fez clamar a Deus por mudança (GONZÁLES, 2005).

MANIQUEÍSMO

O Maniqueísmo (Mani) foi a primeira das doutrinas filosóficas a que Agostinho recorreu em busca da verdade, ainda jovem.

Esta era uma doutrina dualista segundo a qual há dois princípios ou substâncias que se misturam na terra e na vida terrena: o princípio do bem e o princípio do mal. O princípio do bem se revelou em profetas como Zoroastro, Jesus e Mani. A perfeição consistia em separar-se de tudo que fosse expressão do princípio do mal mediante um ascetismo tal que, em casos extremos, levava a morte por inanição. (GONZÁLES, 2005, p. 25).

CONTROVÉRSIAS AGOSTINIANAS

Na obra teológica de Agostinho são perceptíveis elementos controversos que envolvem os conceitos e ensinos dos maniqueus, dos donatistas, dos pelagianos e dos pagãos, que requereram respostas filosóficas e teológicas para defesa do rebanho e da fé cristã. Conforme destaca Aquino (2008, p. 15), Agostinho “combateu com grande capacidade as heresias do seu tempo, principalmente o Maniqueismo, o Donatismo e o Pelagianismo, de Pelágio, que desprezava a graça de Deus”.

BISPO DE HIPONA

Após a morte de sua mãe Mônica, retornou a Tagaste, onde vendeu grande parte de sua herança distribuindo aos pobres, conservando uma casa que foi transformada em uma comunidade monástica onde vivia com seus amigos monges. Embora não pretendesse tornar-se padre, após a morte de seu filho Adeodato, com apenas 19 anos, o bispo de Hipona o constrangeu a ser ordenado sacerdote em 391 e, em 395-396, foi ordenado bispo auxiliar de Hipona, tornando-se bispo da diocese. Conforme Champlin (1995, p. 78)

VIDA E MORTE

Após 40 anos como bispo de Hipona, durante um episódio de cerco à cidade pelos vândalos, em 28 de agosto de 430, Agostinho faleceu, repousando seu corpo na cidade de Pávia, na Itália. Embora os vândalos tenham destruído toda a cidade de Hipona, a catedral e a biblioteca de Agostinho foram deixadas intactas.

"O FUTURO DA HUMANIDADE" –  (PARTE 3)

11/03/2022

Por ser a forma literária mais popular do Ocidente, devido à sua narrativa escrita em prosa, geralmente dividida em capítulos. E apesar da palavra “romance” seja muitas vezes associada para designar uma experiência de cunho amoroso, o romance “O Futuro da Humanidade”, foco atual das nossas reflexões, traz uma desafiadora proposição: oferecer uma rara oportunidade de repensar o modelo atual da sociedade e o rumo que estamos dando às nossas vidas. A trama desenvolvida por A. Cury é carregada de uma perspectiva bem pessoal em decorrência das suas vivências como médico psiquiatra e pesquisador da psicologia.

Convido-os a viajar mais uma vez com o espirituoso e surpreendente Falcão, “o poeta da vida, que vive a vida como uma poesia”.

CAPÍTULO 4

(...) No próximo encontro, Marco Pólo ainda teve receio de ir com suas vestes normais. Novamente foi trajado de mendigo, mas mais discreto e menos fétido. Os cabelos continuavam em estado de choque.

Não levava jeito para ser um andarilho. Bem-humorado, Falcão não o censurou. Marco Pólo já não era um invasor de território (...)

“PLANTADOR DE BATATAS”

Ele observava os caminhantes e dava risadas. Marco Pólo se esforçava para entender, mas não sabia o que estava acontecendo.  Falcão se divertia imaginando o que as pessoas estariam pensando naquele exato momento. Minutos depois, permitiu que o jovem entrasse na brincadeira. Queria ensinar-lhe uma lição.

- Está vendo aquele sujeito apressado, apreensivo, de gravata torta. Olhe como ele torce o nariz e faz caretas. Deve estar pensando: "Eu não agüento mais meu chefe! Eu vou pedir demissão e mandá-lo plantar batatas." Coitado! Ele é o melhor plantador de batatas dessa cidade. Faz anos que repete a mesma coisa.

UM LAÇO E UM PASSO PRA UMA ARMADILHA

Enquanto Falcão e Marco Pólo se divertiam, algo rompeu abruptamente o momento de descontração. Perto deles, um jovem de 15 anos, usuário de drogas, aproveitou estar no meio da multidão e roubou, pelas costas, a bolsa de uma senhora idosa. Para que ela não o visse, empurrou-a impiedosamente. Ela caiu, feriu os joelhos e os  lábios.

Ao perceber que estava sendo perseguido, o jovem, amedrontado, atirou a bolsa no colo de Falcão, que se levantou para procurar sua dona. Os policiais, ao passar por ele, viram a bolsa.

Deduziram que um mendigo não poderia ser proprietário de tal peça. Agarraram-no.

REVIRAVOLTA SURPREENDENTE

(...) De repente, Falcão tentou tirar algo volumoso do bolso. Os policiais pensaram que ele estaria sacando uma arma. Eles o socaram, derrubaram-no e colocaram os joelhos sobre seu pescoço.

Mas era um tubo de metal e não uma arma.

Ao ver o amigo caído e ferido, Marco Pólo tomou uma atitude inesperada. Aos berros, dizia:

 - Fui eu! Fui eu! Fui eu que roubei a bolsa! Ele é inocente! 


UM GESTO ALTRUÍSTA

- Pai! Você é um velho. A vida inteira me protegeu. Não tem força nem para andar. Como poderia roubá-la? Eu roubei a bolsa e a depositei em seu colo. Não assuma minha culpa!

Sem se desculpar com Falcão, os policiais simplesmente trocaram as algemas de pulsos. Marco Pólo foi conduzido ao carro num cortejo em que a população gritava:

- Ladrão! Ladrão! Mata ele! - alguns gritavam.


DIFÍCIL DEFESA

Marco Pólo entrou no carro e partiu. Nunca havia entrado numa delegacia. Não podia alegar inocência, havia assumido o delito. Durante o inquérito, a capacidade de argumentar de Marco Pólo se tornou inútil. Todos estavam revoltados com um criminoso que rouba e machuca frágeis idosas.(...)

"O FUTURO DA HUMANIDADE" –  (PARTE 2)

10/03/2022

QUAL É A DIFERENÇA?

– Qual a diferença entre um poeta e um poeta da vida? – indagou Falcão, penetrando nos olhos de Marco Pólo. O jovem percebeu que caíra numa armadilha. Subestimara a inteligência do mendigo, Falcão. Esfregou as mãos no rosto, abaixou a cabeça e, depois de muito pensar, reconheceu:

– Perdoe-me, senhor, mas não sei a resposta.

Um poeta escreve poesia, um poeta da vida vive a vida como uma poesia.

O mundo intelectual de Marco Pólo não estava maravilhoso, pois passara por um vendaval. Profundamente intrigado, ele disse consigo mesmo:

“Que homem é esse que se esconde na pele de um miserável? Que mendigo é esse que parece ter muito, mas possui tão pouco?”

Perceberam que é mais um envolvente e encantador diálogo, entre Marco Pólo, o estudante de medicina, e Falcão, o filósofo-poeta e mendigo, extraído do livro "O Futuro da Humanidade"?

UM OUTRO “SOCO NA BOCA DO ESTÔMAGO”

(...) Mais afetivo diante da humildade de Marco Pólo, Falcão adocicou a voz:

 - Garoto, o seu nome é o de um desbravador, mas você nunca será como um de nós. Você pode maquiar-se, vestir roupas rasgadas, cheirar mal, mas continuará sendo você mesmo. No seu mundo, vocês crêem que a embalagem muda o valor do conteúdo. No meu mundo isso é uma tolice. Você continuará sendo um prisioneiro.

Marco Pólo ficou abismado: - Prisioneiro do quê? - Do sistema. - Eu sou livre! - Você pensa que é livre. Você tem os pés livres para caminhar e a boca livre para falar. Mas você é livre para pensar? - Creio que sim. - Então me responda com sinceridade: Você sofre pelo futuro, ou seja, você se atormenta por coisas que não aconteceram? - Sim - disse, consternado. - Você tem necessidades que não são necessárias? - Sim. - Você sofre quando alguém o critica? É preocupado com a opinião dos outros?

 - Sim.

Falcão se calou e Marco Pólo ficou pensativo. Lembrou-se do quanto as opiniões do seu professor e de seus colegas de classe o atormentaram. A discriminação que sofreu fora registrada de maneira privilegiada, gerando um conflito. Perdeu o sono algumas vezes. Deixou que o lixo de fora invadisse sua emoção. (...)

Lembram da "Lei do caminhão de lixo"?

(...) “A vida é dez por cento, o que você faz dela e noventa por cento a maneira como você a recebe!"

PROSSEGUE FALCÃO COM A SUA NATURAL CONTUNDÊNCIA VERBAL

Falcão continuou e pela primeira vez o chamou pelo nome. - Marco Polo, o mundo em que você vive é um teatro. As pessoas freqüentemente representam. Elas se observam o tempo todo, esperando comportamentos previsíveis. Observam seus gestos, suas roupas, suas palavras. A liberdade é uma utopia. A espontaneidade morreu. Marco Polo jamais pensou que poderia encontrar sabedoria em um maltrapilho. Recordou a primeira aula de anatomia, as palavras preconceituosas do seu professor, da psicóloga e da assistente social. Percebeu como somos superficiais ao julgar pessoas diferentes. Compreendeu a própria superficialidade(...)

Muito inteligentes e reflexivas as interlocuções desse romance, em cada capítulo fica aquele gosto de "quero mais."

CIVILIZAÇÃO E BARBÁRIE

09/03/2022

"A civilização é caracterizada pela ordem social, através do uso de leis e normas morais e éticas que ajudam a regular o convívio entre os indivíduos.

Por outro lado, a barbárie, consiste no estado de caos e desordem quando não há uma cultura ou um padrão de convívio civilizado e respeitoso entre os indivíduos, tornando-os seres cruéis, violentos e ignorantes.”

CONVITE AD ETERNUM

Diante o convite à renovação dos valores imortais do espírito, nos deparamos a todo instante, face a face, com propostas renovadas  que indicam roteiros e diretrizes seguras para espiritualização do Ser. No entanto, nós humanos, teimamos em repetir comportamentos e atitudes que remetem aos tempos remotos da barbárie.

HÁ 40.000 ANOS

Na obra Libertação no seu capítulo primeiro encontramos: “sabemos hoje que o espírito humano lida com a razão há, precisamente, quarenta mil anos… Todavia, com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro, a golpes de sílex, o homem da atualidade, classificada de gloriosa era das grandes potências, extermina o próprio irmão a tiros de fuzil.”

COMPUTADORES BIOLÓGICOS

A evolução do pensamento humano é um dos mais notáveis acontecimentos do orbe, basta analisarmos a maneira amorosa e cuidadosa que Deus permitiu que fôssemos nos desenvolvendo.

Anota a ciência terrestre que o cérebro humano, evoluiu ao longo de milhões de anos. 

Alguns estudiosos teorizam que estes três cérebros operam como três computadores biológicos interconectados, cada um com sua inteligência especial, sua própria subjetividade, seu próprio senso de tempo e lugar e sua própria memória. Seriam eles o cérebro reptiliano, o cérebro intermediário (onde surge o sistema límbico) e o cérebro racional.

REPTILIANO, LÍMBICO E O RACIONAL

O cérebro reptiliano é a parte mais antiga do cérebro. É responsável pelo comportamento instintivo, ou seja, pelas funções sensório-motoras, pelo controle dos reflexos e das funções automáticas e outras.

O cérebro límbico ou cérebro emocional-cognitivo, é responsável pelas emoções e pela memória, trazendo à cena o relacionamento com outros seres.

O cérebro racional é fundamental como precursor da fala e do pensamento, capaz de produzir uma linguagem simbólica. É onde acontece o processamento da informação, desempenhando um papel fundamental na memória, na atenção, na percepção consciente, no pensamento, na linguagem e na consciência. Esta máquina perfeita de evolução nos proporciona  as emoções e a memória e habilidades evolutivas avançadas, como o intelecto, a imaginação e a criatividade.

QUARTO CÉREBRO

Detectou-se um quarto e último cérebro adicionado pela evolução: a área cortical pré-frontal, o maior dos lobos cerebrais e que nos eleva acima dos outros animais. Uma formação recente na evolução das espécies, considerado a sede da personalidade e da vida intelectiva, modula a energia límbica e possibilita criar comportamentos adaptativos, ao tomar consciência das emoções. Ele é produto e, ao mesmo tempo, produz o amor e o altruísmo, ou seja, o amor por si e pelos demais seres.

"PONTO DE DEUS"

Se assim é, podemos dizer em termos do processo evolucionário: o universo evoluiu, em bilhões de anos, até produzir no cérebro, o instrumento que capacita o ser humano perceber a presença de Deus que sempre esta aqui embora não percebível conscientemente.

 DIA INTERNACIONAL DA MULHER - uma singela homenagem da "REM"

08 de março de 2022

Poema "O homem e a Mulher"

Ao compor o grande poema, “O Homem e a Mulher”, Victor Hugo, retrata com muita sensibilidade o inestimável papel que a Mulher tem (ou deveria ter...) na sociedade.

Trata-se de um poema com um apurado jogo de antíteses – que incrivelmente não se opõem, mas, pelo contrário, enaltecem a magnitude da mulher.

O POEMA

O Homem e A Mulher - Victor Hugo


O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.
O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o amor ressuscita.

O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.

O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.

céu.jpg

“O FUNCIONAMENTO DA MENTE” - PARTE 2

08/03/2022

"OBRAS DE ARTE"

"Toda minha produção de conhecimento ocorreu enquanto fazia mais de vinte mil atendimentos psicoterapêuticos e psiquiátricos.

Meus pacientes não eram doentes, eram obras de artes que eu contemplava e procurava entender, eram mentes fascinantes que eu procurava perscrutar e desvendar.

Não julgava comportamentos, penetrava nas suas entranhas. Fui amante das perguntas, respirei a arte da dúvida e transpirei questionamentos desde quando atravessei o caos emocional, uma cálida depressão, durante o curso da faculdade de medicina. Entendi que as lágrimas que nunca tivemos coragem de chorar são mais

profundas do que as que encenam-se no teatro do rosto. A partir desse momento nunca mais parei de mergulhar no oceano das indagações. Enquanto meus colegas de

faculdade anotavam as informações que aprendiam, eu anotava as perguntas, questionando meus professores.

Fui um rebelde a todo conhecimento pronto."(...) A.Cury

PERGUNTAS DE QUEM AMA QUESTIONAR

O que é o pensamento? Qual sua natureza? O pensamento consciente é real ou virtual? Ele incorpora a realidade do objeto pensado, ou apenas discursa e conceitua seu conteúdo? Quais são os tipos de pensamentos? Como são construídos, em milésimos de segundos? Que fenômenos participam dessa construção? Como eles são gerenciados? O Eu, que representa a capacidade de escolha e a consciência, tem pleno controle sobre o processo de construção? Perguntas e mais perguntas geraram o intenso estresse da dúvida. Quem é incapaz de suportá-lo não produz conhecimento, repete-o. A certeza é mais confortável, mas, mais superficial também.

CONSCIÊNCIA

O que é a consciência? Como ela é tecida? Quais seus limites, alcances, distorções e contaminações, sejam patrocinados pelos fatos passados sejam pelos focos de tensão do presente? A consciência capta a realidade do mundo conscientizado ou constrói sua própria realidade no teatro psíquico? Como gerenciamos o mais rebelde dos fenômenos, a emoção? O que é a emoção? Qual sua natureza?

JUSTIFICAÇÃO

(...)“Essas são apenas algumas das inúmeras perguntas feitas neste livro e que procura explicar de forma mais democrática e acessível a Teoria da Inteligência Multifocal que publiquei a quase duas décadas. Precisamos passear por essas indagações para entender o funcionamento básico da mente humana, que é o objetivo central dessa obra.”(...)

LEMBRETE

Ainda hoje, homenagem especial da "REM" - NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

“O FUNCIONAMENTO DA MENTE” – Uma jornada para o mais incrível dos universos

07/03/2022

PREFÁCIO

No livro supracitado Augusto Cury inicia o prefácio assim:

“Os físicos sempre olharam para o universo e foram seduzidos pelos seus segredos. Muitos pensadores investiram o melhor de seu tempo, habilidade e inteligência para desvendá-los. De fato, há mistérios incontáveis em cada planeta, estrela e galáxia. Todavia, se observarmos atenta e detalhadamente um planeta muito próximo de cada um de nós, a mente humana, mesmo de uma criança pobre sem qualquer proteção social ou de uma pessoa em surto psicótico, perturbada pelas suas paranóias ou ideias de perseguição, talvez concluamos sem muito esforço que no intelecto humano se esconde os maiores segredos do universo, em destaque a construção de pensamentos e a formação da consciência existencial.”

ENCERRANDO O PREFÁCIO

[...] "Não devemos nos esquecer que a arte da crítica e das perguntas são os alicerces para começar a descortinar as grandes respostas ou pelo menos revelar o quanto nossa produção de conhecimento nas ciências humanas ainda representam gotas num oceano inimaginável." Augusto Cury

O CONVITE DO AUTOR

Convido você não apenas a procurar respostas nesta obra, mas também a entrar em contato com ares nunca antes respirados, a não ter medo de se perder, a experimentar a insegurança, pois as grandes ideias nascem nos solos da dúvida.

INTRODUÇÃO

Existe nos bastidores da mente humana um incrível e infinito mundo a ser descoberto. Inumeráveis perguntas sobre o complexo e sofisticadíssimo planeta psíquico precisam ser minimamente respondidas, caso contrário, as ciências humanas não apenas a psicologia, mas também a sociologia, a psicopedagogia, as ciências jurídicas e a psiquiatria  ficarão sem solo para caminhar. Precisamos atentar a essas perguntas para entender  funcionamento básico da mente humana. É esse o objetivo central desta obra. A grande maioria dessas perguntas nunca foi respondida; algumas sequer foram formuladas e fazem parte, portanto, de nosso universo obscurantista, de nossa ignorância. [...]

COMO SE TORNAR UM PENSADOR  Formular perguntas é o primeiro passo para se tornar um pensador; é o alicerce vital com base no qual pode-se  descortinar as grandes respostas ou,  pelo menos, pode se perceber quanto a produção de conhecimento na áreadas ciências humanas se parece com minúsculas gotas num oceano inimaginável. Fico perplexo ao ver que os estudantes de psicologia, pedagogia, sociologia, direito, filosofia ou medicina terminam a formação acadêmica sem saber, minima mente, como construímos pensamentos, que fenômenos participam desse processo, como se forma o Eu, que papéis fundamentais ele representa, como se formam os trauma e como eles bloqueiam a leitura da memória e impedem o Eu de dar respostas brilhantes a focos estressantes. Mesmo mestrandos e doutorandos, alguns meus alunos, têm milhares de dados na memória, mas não conseguem elaborar um esboço geral.


PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

Antes de iniciar esta obra, que trata do funcionamento do mais sofisticado e  complexo dos mundos, a mente humana, vou formular algumas perguntas fundamentais, as quais procurei estudar e teorizar. Não devemos ter medo de entrar na seara das dúvidas; ninguém pode se achar se não seperder. Quem tem medo da dúvida não é digno das respostas mais profundas.

NA PRÓXIMA "REM" AS PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

"SOB A NÉVOA DA GUERRA"

06/03/2022

DOCUMENTÁRIO VENCEDOR DO OSCAR

Vencedor do Oscar de 2004, “Sob a Névoa da Guerra”, documentário centrado na entrevista de Robert S. McNamara - ex-Secretário de Defesa dos EUA – onde fatos são lembrados em ordem cronológica, divididos didaticamente em tópicos (as onze lições) - enfim, sem floreios. Surpreende quando o ex-secretário revela números inéditos e assustadores dos bombardeios ao Japão na Segunda Guerra. E a franqueza norteia todos os demais relatos, num legítimo acerto de contas com a História.

MUDANÇA DA HISTÓRIA

Quem assistir "Sob a Névoa da Guerra" vai se surpreender ao descobrir quão próximo o mundo esteve do conflito nuclear - e como escapou dele. E, por fim, veio o Vietnã, que, na opinião de McNamara, teria sido muito diferente se Kennedy não tivesse sido assassinado.


TEMA ATUALÍSSIMO 

A magnitude e atualidade do tema tornam o documentário de uma importância ímpar. Principalmente quando o mundo vive o conflito na Ucrânia. Lembrando que a OTAN (leia EUA) bombardeou a antiga Iugoslávia em 1999, como parte da Guerra do Kosovo. Em 2001, com decisivo apoio dos Estados Unidos invadiu o Afeganistão. Já em 2011, interveio na Guerra Civil da Líbia, depondo o ditador Muamar Kadafi.Sem esquecer a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, com participação direta dos EUA, que interveio no Iêmen em 2015, onde as Nações Unidas descrevem como a maior crise humanitária do mundo, com 80% de sua população carente e milhões à beira da fome.

DOCUMENTÁRIO DENSO E PROFUNDO

McNamara aceitou o convite do recém-eleito John Kennedy (1917-1963) para chefiar a Defesa. Seguiu secretário de 1961 a 1968, época de três momentos cruciais da geopolítica mundial no século 20: a crise cubana dos mísseis em 62, o assassinato de JFK em 63 e o início da Guerra do Vietnã.

McNamara era visto como uma pessoa calculista, presunçosa e intransigente. Quando aceitou ser entrevistado para o programa de TV First Person, havia negociado apenas sessenta minutos de interrogatório. Acabou falando por um total de vinte horas, o que possibilitou o relevante documentário.


RECRUDESCIMENTO DO CONFLITO

Espanta, por exemplo, ouvir fitas oficiais e constatar que Kennedy e o secretário eram contrários ao envio maciço de tropas, mas a posição de McNamara foi sumariamente atropelada pelo sucessor de JFK, seu vice Lyndon Johnson (1908-1973). O novo presidente não apenas elevou o conflito a prioridade nacional, também escalou o secretário como estrategista e constrangido porta-voz de tudo o que ocorria no Vietnã.

Assim, as palavras de McNamara se impregnam de emoção e de certo rancor...

AS ONZE LIÇÕES

Em tempo, eis as onze lições do ex-Secretário de Defes: tenha empatia pelo inimigo, Proporcionalidade deveria ser uma regra na guerra, Existe algo além de nós mesmos, Acreditar e ver estão, ambos, frequentemente errados, Esteja preparado para reexaminar as suas razões, Consiga dados, A racionalidade não nos salvará, Não se pode mudar a natureza humana, Maximize a eficiência, Para fazer o Bem, talvez você precise se aproximar do Mal e Nunca diga nunca. 


CRIMES DE GUERRA

Outra coisa impressionante que McNamara diz é o seguinte: que se os EUA tivessem perdido a Guerra, ele e os parceiros teriam sido julgados como criminosos de guerra. E que ser criminoso de Guerra é apenas uma questão de quem saiu-se vencedor (o que serve perfeitamente para os tempos que correm e as guerras que rolam atualmente).

A "névoa da guerra", aliás, é a imagem poética que define a visão estreita dos homens diante das batalhas em nome da justiça, soberania das nações, democracia e direitos humanos.

AFINAL, O QUE MUDOU?

 “O CAMINHO DO GUERREIRO PACÍFICO”

(um livro que Modifica Vidas)

05/03/2022

Ao voltar a trilhar o “Caminho do Guerreiro Pacífico” e diante de outra irresponsável guerra, evoquemos, Geraldo Vandré: [...] "Pelos campos há fome em grandes plantações
Pelas ruas marchando indecisos cordões
Ainda fazem da flor seu mais forte refrão
E acreditam nas flores vencendo o canhão" 
[...]

A edição da “REM” de 03/03/2022, terminou assim:

[...] “Você estará livre da turbulência do mundo, assim que parar de levar seus pensamentos tão a sério. Lembre-se, quando estiver perturbado, abandone o pensamento e ocupe-se da mente! [...]

CONTINUANDO A INTERLOCUÇÃO ENTRE DAN E SÓCRATES

“Segundo o que você aprendeu no treinamento físico, os saltos de percepção não acontecem de uma vez: exigem tempo e pratica. E a prática da percepção da origem de suas próprias ondulações é a meditação.”

Sócrates também nos alerta para não usarmos a meditação como forma de nos mostrarmos, de aumentar ainda mais o seu ego só pelo fato de você estar realizando algo chamado meditação (como se fosse algo para você se exibir para os outros). Ele também dá vários insights a respeito sobre do que se trata a verdadeira meditação:


A ARTE E A ESPADA

O silêncio é a arte do guerreiro e a meditação sua espada. Mas a utilidade da espada depende de quem a usa. Se não souber usá-la corretamente, ela poderá se tornar um instrumento perigoso, ilusório e até inútil. Inicialmente a meditação poderá ajudá-lo a relaxar. Você exibe a espada, mostra-a orgulhosamente a seus amigos. O brilho dessa espada distrai muitos meditadores, até que eles a abandonam e vai buscar outra prática esotérica.

O guerreiro por outro lado, usa a espada da meditação com habilidade e compreensão. Com ela, corta a mente em fatias, expondo os pensamentos e revelando sua falta de substância.

DESATANDO OS NÓS

Esse é o caminho do guerreiro da meditação. E é dessa maneira que você deve aprender a desatar os nós da sua mente.

Deixe-me analisar as coisas da seguinte maneira: uma cambalhota para frente não é toda a ginástica. Uma técnica de meditação não é todo o caminho do guerreiro. Se você não consegue compreender todo o quadro, poderá iludir-se, praticando apenas cambalhotas para frente, ou apenas a técnica de meditação, durante a vida inteira, conseguindo apenas os benefícios fragmentados do treinamento.

BASE DA MEDITAÇÃO

A meditação baseia-se em dois processos simultâneos: Um é a percepção instantânea, concentrando-se precisamente naquilo que se deseja ver. O outro processo é a entrega, o abandono de todos os pensamentos que surgirem. Assim você poderá livrar-se da mente.

A verdade é que a consciência não está no corpo e sim o corpo está na consciência. E você é essa consciência, não a mente fantasma que tanto o perturba. Apenas a mente resiste à mudança. Você é imortal desde antes de ter nascido, e ainda será, muito depois de o corpo terminar. A consciência, nunca morre, só muda.

FIM DA INICIAÇÃO

[...] E o tempo foi passando. O verão passou rapidamente com treinos intensivos e noites insones, na companhia de Sócrates. Metade do tempo Dan praticava meditação e na outra ele trabalhava na garagem, junto com Sócrates e tomava chá. A iniciação de Dan chegará ao fim [...]

"O FUTURO DA HUMANIDADE" – A emocionante história de um médico e um mendigo em busca de um mundo melhor

04/03/2022

PREAMBULANDO A HISTÓRIA

Escrito por Augusto Cury, o livro “O Futuro da Humanidade” demonstra a importância primordial de se valorizar a história de vida de cada ser humano, independentemente da sua classe social. O livro foi elaborado de uma forma romanceada e instigante, conduzindo o leitor a um encadeamento surpreendente que surge ao longo da narrativa.

O ENREDO

O personagem principal, um estudante de medicina chamado Marco Pólo, vive uma impressionante história, que se inicia durante as aulas de anatomia. Ao deparar-se com a forma fria, impessoal e isenta de história dos corpos a serem analisados; ele abre um debate com os seus professores, que se mostram indiferentes com a identidade e a história de vida daqueles que, recentemente, haviam habitados aqueles corpos, sendo tratados apenas como meros indigentes.

FALCÃO

Discordando de seus professores, Marco Pólo encontra um personagem fundamental para o desenrolar de sua história, um impressionante, inteligente e poético mendigo, chamado Falcão, que mostra a Marco Pólo uma realidade das ruas jamais conhecida pelo jovem estudante de Medicina.

Com o passar do tempo Marco Pólo conhece a verdadeira identidade do amigo Falcão, que era um renomado professor de filosofia, que ao passar por problemas psiquiátricos decide morar nas ruas para não fazer sua família sofrer com os seus delírios, assim, Marco Pólo passa a descobrir que, igual a Falcão, muitos outros indigentes que eram analisados em suas aulas de anatomia tinham uma história de vida que não poderia, jamais, ser desprezada.

UMA GRANDE SURPRESA

Depois de muito insistir, Marco Pólo convence Falcão a narrar as histórias dos ex-habitantes daqueles corpos dissecados nas aulas de anatomia. Ao se deparar com os corpos em cima da mesa, Falcão se emociona ao revê muitos de seus amigos moradores de rua, revelando a identidade de cada corpo, e em uma de suas revelações, surge uma inesperada surpresa, um dos corpos era de um renomado professor de medicina, que em um acidente havia perdido toda a sua família e, ao entrar em profunda depressão, larga toda a sua vida acadêmica e vira um morador de rua. A grande surpresa é que esse médico tratava-se de um dos fundadores da universidade, e ao se deparar com as semelhanças não observadas antes, o professor de anatomia de Marco Pólo entra em estado de choque, pois o corpo à sua frente era de seu ex-professor e maior ídolo.

MUDANÇA DE PARADIGMA

Marco Pólo conseguiu vencer o primeiro grande obstáculo de sua vida acadêmica, e a partir daquele episódio todos os estudantes de medicina tiveram que identificar e relatar a história de vida de cada corpo estudado.

Pensa que acabou aqui?

- Ledo engano!

Depois de formado, Marco Pólo vive outra grande e desafiadora história...

COMO É UM ROMANCE, ACOMPANHE O PRÓXIMO CAPÍTULO EM UMA OUTRA “REM”. HASTA LA VISTA!

DE VOLTA AO “CAMINHO DO GUERREIRO PACÍFICO” - um livro que Modifica Vidas

03/03/2022

Queridos amigos, é sempre bom trilhar o “Caminho do Guerreiro Pacífico”, principalmente quando voltamos a viver momentos de guerra. [...] “Há soldados armados, amados ou não
Quase todos perdidos de armas na mão
Nos quartéis lhes ensinam uma antiga lição
De morrer pela pátria e viver sem razão” [...]

Embalado pela sempre atual canção de Geraldo Vandré, convido-os, mais uma vez, a uma profunda reflexão, diante da densidade psicológica do conteúdo dos diálogos entre Dan e “Sócrates”.

RETORNANDO AO DIÁLOGO

[...] - Sócrates; terei que cortar a cabeça para livrar-me da mente?

– “É uma forma de cura, mas com efeitos colaterais indesejáveis. O cérebro pode ser um instrumento. Ele pode lembrar números de telefone, solucionar problemas matemáticos ou criar poesia. Dessa forma, ele trabalha para o resto do corpo, como uma máquina. Mas quando você não consegue parar de pensar no problema matemático ou no número de telefone, ou quando os pensamentos ou as lembranças incômodas afloram contra a sua vontade, não é o seu cérebro que trabalha, mas a mente que está em devaneios. Então é a mente que assume o controle, a máquina está desgovernada. 

MENTE DESCONTROLADA SINÔNIMO DE SOFRIMENTO

Uma ocasião, Sócrates faz Dan ter uma reflexão importantíssima sobre como a nossa mente descontrolada é responsável pela maior parte do sofrimento humano. Nessa ocasião, Dan fica “bravo” porque tinha começado uma chuva no meio do piquenique que eles estavam realizando:


NÃO FOI A CHUVA A RESPONSÁVEL

- Primeiro, nem o seu desapontamento nem a raiva foram causados pela chuva. O seu aborrecimento com o fiasco do piquenique e a felicidade quando o sol reapareceu foram produzidos por seus pensamentos. Nada tiveram a ver com os acontecimentos reais. Nunca se sentiu infeliz em comemorações, por exemplo? Então é óbvio que é sua mente e não as pessoas ou o ambiente que causam esse estado de espírito. Essa é a primeira lição.

Dan começa, então, a treinar sua mente, por meio de praticas como meditação e atenção plena. Ele começa a se dar conta da quantidade gigantesca de pensamentos negativos que existem dentro dele, disparando a todo o momento.

-Sócrates! Vou enlouquecer se não conseguir diminuir o ruído! Minha mente está descontrolada!

A PRIMEIRA PERCEPÇÃO DE UM “GUERREIRO PACÍFICO”

- Ótimo! A primeira percepção de um guerreiro.

Isso me lembra quando comecei a praticar meditação. Uma das primeiras grandes descobertas que fiz foi justamente essa: Percebi que minha mente estava totalmente fora de controle! Mas isso é muito bom! Pois pela primeira vez você tomou consciência disso! O reconhecimento da loucura é o surgimento da cura.

Sócrates continua e fala sobre a origem da agitação mental:

“Os pensamentos estressantes refletem um conflito com a realidade. O stress só acontece quando a mente resiste ao que é”

“Veja só, Dan, é isso o que acontece quando você resiste: sua mente dispara. Os mesmos pensamentos que o invadem são, na verdade, criados por você.“

“- E a sua mente funciona de modo diferente?” – Pergunta Dan.

-Sim e não. Minha mente é um lago sem ondulações. A sua é repleta de ondas, porque você se sente dividido, e com frequência, ameaçado por um acontecimento indesejável. Um salto de percepção semelhante será exigido de você. Quando puder compreender claramente a fonte, vera que as ondulações da mente não tem a ver com você. Simplesmente as observara sem qualquer apego, não sendo mais impelido a agir cada vez que uma pedra for jogada. Você estará livre da turbulência do mundo, assim que parar de levar seus pensamentos tão a sério. Lembre-se, quando estiver perturbado, abandone o pensamento e ocupe-se da mente!

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EMOÇÕES - SÃO TANTAS JÁ VIVIDAS

02/03/2022

OSHO

Segundo Osho (livro Emoções, pg. 14): “O senso comum diz que o coração é a fonte de emoções como o ódio e a raiva. Assim como a mente é a fonte dos pensamentos conceituais, o coração é a fonte de tudo o que é emoção e sentimento. Isso é o que diz o senso comum...”

A CIÊNCIA

O mistério das emoções começa a ser desvendado pela ciência.

Pesquisadores começam a desvendar o que ocorre no cérebro quando as pessoas experimentam os mais diversos sentimentos, mas a origem desses estados ainda é fonte de grande debate. Estudos podem levar a tratamentos de distúrbios como a ansiedade e a dependência química.


O CÉREBRO

O córtex pré-frontal, tem um papel importante em nossa capacidade de sentir emoções. Diz o neurologista, 

Dylan Evans, da Universidade de Oxford, e autor do livro “Emoções – A Ciência dos Sentimentos”: “São esses sentimentos que nos obrigam a repensar atitudes, mudar, evoluir.”

NÃO BASTA TER O CONHECIMENTO

A ideia de que a emoção depende do pensamento não é nova, mas Albert Newen (filósofo de Bochum, na Alemanha) diz que precisa ser aprofundada. “Não basta dizer que a pessoa fica com medo de um cachorro que está rosnando porque ela sabe que mostrar os dentes é sinal de que ele é perigoso”, diz. “Isso porque ela pode saber que o cachorro é perigoso e não temê-lo. Digamos, por exemplo, que seja especialista em lidar com cães problemáticos. Simplesmente ‘saber’ não determina uma emoção.”


ASSOCIAÇÕES COGNITIVAS

Para Newen, as emoções têm de ser entendidas como um processo integrado: diante de um estímulo, o indivíduo faz associações cognitivas e julgamentos racionais. Esse conjunto definirá o afloramento de um sentimento.

SUSTENTABILIDADE EMOCIONAL

Um dos grandes desafios atuais da humanidade está no gerenciamento das emoções, pois o cérebro tem recursos limitados e não deve ser sobrecarregado.

De acordo com Augusto Cury, estamos na era da sustentabilidade, mas temos que ter consciência de que não apenas o planeta tem recursos limitados, mas o cérebro também. Ele alerta que a humanidade está esgotando a sua mente ao ruminar perdas e mágoas, sofrer pelo futuro, preocupar-nos muito com a opinião das pessoas, ter a necessidade neurótica de mudar os outros e cobrar demais de si próprio e de quem está ao redor.

PRAZO DE VALIDADE

Osho afirma que: as emoções não duram pra sempre. E é por isso que se chamam “emoções”. A palavra vem de “moção”, movimento. Elas se movem; daí serem emoções. Você vive passando de emoção em emoções.

INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA

Um dos maiores especialistas no assunto, LeDoux afirma que pouco se descobriu, até agora, sobre as bases neuronais das emoções. Para ele, a questão poderia ser aprofundada com a comparação entre o cérebro de homens e animais. “É interessante saber se emoções que percebemos conscientemente também estão presentes em outros animais. A partir daí, temos de comparar quais são as funções e os circuitos cerebrais envolvidos.” Depois de duas décadas de pesquisa, LeDoux afirma que um meio de colocar em prática essa abordagem é investigar as redes de neurônios envolvidas no instinto de sobrevivência — um dos mais rudimentares comportamentos em humanos e animais.

GESTÃO DAS EMOÇÕES

“Sem gestão da emoção, ricos se tornam miseráveis, profissionais competentes sabotam sua eficiência, pais e professores se convertem em péssimos educadores, amantes implodem seus romances, jovens destroem seu futuro. Sem gerir a emoção, esgotamos o cérebro: o céu e o inferno psíquico ficam muito próximos.” – Augusto Cury

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A GENTE SEMPRE VOLTA  AO “CAMINHO DO GUERREIRO PACÍFICO”

01/03/2022

FRACASSOS, DESILUSÕES?

Depois de quatro anos de treinamento com o velho guerreiro a quem chama de Sócrates - e a despeito de tudo que aprendeu - Dan Millman vê-se diante de fracassos pessoais e crescentes frustrações...


REVISÃO DAS PRIORIDADES

 “Sócrates” para Dan:

É melhor reconsiderar suas “prioridades” se quiser pelo menos a chance de se tornar um guerreiro. Nesse momento você possui a inteligência de um jumento e seu espírito é frágil.

Comentários em forma de questões

Estaríamos condicionando as nossas vidas aos pensamentos e emoções a um pretérito imperfeito (passado)? Esperamos que as coisas aconteçam para que surja uma reação? O que nos impede, hoje, de sermos proativos, antevendo situações e previamente encontrando soluções?

SABEDORIA QUE ILUMINA  

“Assim como existem diferentes interpretações do passado e muitas formas de se mudar o presente, há inúmeros futuros possíveis. O que você sonhou é um futuro altamente provável… o futuro para o qual você estava caminhando se não tivesse me encontrado. Mas se você fizer algumas escolhas e mudar as circunstâncias atuais, pode alterar seu futuro.“

 GRADES INVISÍVEIS

 - Dan, você está sofrendo, não gosta realmente da sua vida. Seus divertimentos, suas distrações e até mesmo sua ginástica constituem formas temporárias de distraí-lo da sensação fundamental de medo.
-Espere um momento, Sócrates – está dizendo que a ginástica, o sexo, o cinema são ruins?

VIDA CAÓTICA

- Não necessariamente. Mas para você são vícios, não distrações. Você os utiliza para distrair-se da sua vida interior caótica… Um desfile de desculpas, ansiedades e fantasias que você chama de sua mente. Você, Dan, em sua busca condicionada de realização e diversão, evita a origem fundamental do seu sofrimento.

CÉREBRO E MENTE

- Cérebro e mente não são a mesma coisa. O cérebro é real, a mente não. A mente é o reflexo enganador de uma excitação do cérebro agitado. Inclui todos os pensamentos descontrolados, aleatórios, que afloram do subconscientes para o consciente. A consciência não é a mente, a percepção não é a mente, a atenção não é a mente. Ela é uma obstrução, um empecilho. É uma espécie de erro evolutivo no ser humano, uma fraqueza primordial da experiência humana. Não há nenhuma função que possa ser atribuída a mente.

NOTA

Confesso que assim como em Dan, Sócrates, acaba de dá um nó na minha mente... e qual a reação de Dan?

- Sócrates – terei que cortar a cabeça para livrar-me da mente?

RESPOSTA NA PRÓXIMA "REM"

“A GUERRA QUE VOCÊ NÃO VÊ”

28/02/2022 (2ª edição)

“NUMA GUERRA, A PRIMEIRA VÍTIMA É A VERDADE"

A frase acima é atribuída ao senador americano Hiram Johnson. A guerra não precisa ter tiros: pode ser também guerra ideológica. E a mentira não precisa ser completa (embora às vezes seja, como um diálogo inventado, e divulgado como se fosse real, entre um delegado e seu prisioneiro): às vezes, basta caprichar no destaque e um texto que pode ser ou não verdadeiro, publicado numa revista estrangeira de posição partidária definidíssima, vira verdade divina e passa a provocar repercussões e explicações que, a propósito, também não são lá muito verdadeiras.

"A PRIMEIRA VÍTIMA"

A tão propalada frase inspirou o título de um dos melhores livros sobre o assunto: “A Primeira Vítima”, um calhamaço de 600 páginas.

“A GUERRA QUE VOCÊ NÃO VÊ”

“Está vendo aquelas pessoas lá embaixo? Assim que você os tiver na mira, atire. Atire! Vai, fogo!”. Essa é uma conversa entre dois membros do esquadrão norte-americano na Guerra do Iraque apresentada pelo Documentário “A guerra que você não vê”, ou The war you don’t see.

Há um abismo entre a informação recebida pelo público e as pessoas comuns que têm seu espaço invadido e suas vidas destruídas.

O DOCUMENTÁRIO

Apresenta cenas e depoimentos fortes das guerras, revelando coisas jamais televisionadas, como o caso de uma mulher que aponta o lugar de sua casa onde um familiar seu foi metralhado. Ou cenas de crianças chorando contra a brutalidade dos soldados com armas. As imagens demonstram a violência sofrida pelos civis em suas próprias casas, humanizando aquele povo que não conhecemos e, por isso, não nos solidarizamos com ele.

Ele se concentra no papel que os principais canais dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha exerceram para influenciar a opinião pública em relação à Guerra do Iraque.

A INFORMAÇÃO E OS FATOS

Qual é o papel da mídia nessas guerras? De que forma a cobertura midiática muda ou não a opinião das pessoas sobre eventos assim? Como os crimes de guerra foram reportados? Como foi a participação dos iraquianos na cobertura jornalística? E de que forma eles eram representados?

A guerra que você não vê é um filme indicado para que as pessoas possam enxergar um lado diferente daquele mostrado com frequência. Para pararmos de acreditar totalmente em tudo que vemos, ouvimos ou lemos. É um renovado convite para o exercício do refletir e do questionar. 

NOTA DE RODAPÉ

Segundo a ONU, existem atualmente 30 regiões do mundo com a presença de conflitos armados. A maior parte destes conflitos envolve disputas por território e inclui, dentre as motivações, diferenças étnicas, religiosas e o controle de recursos naturais.

O FUTURO DA HUMANIDADE

AUGUSTO CURY

28/02/2022

BREVE APANHADO

Primeiro romance do psiquiatra Augusto Cury, “O Futuro da Humanidade” oferece uma rara oportunidade de repensar a sociedade e o rumo de nossas vidas. A meu ver não se trata de um livro de autoajuda. E sim uma interessante ficção onde o autor conta a trajetória de “Marco Polo”, um jovem estudante de medicina que ao entrar na faculdade cheio de sonhos e expectativas, se vê diante de uma realidade dura e fria: a falta de respeito e sensibilidade dos professores em relação aos pacientes com transtornos psíquicos.

PREFACIANDO 

"Um médico brilhante e muito crítico ganhou de um colega também médico o livro “O Futuro da Humanidade”. Começou a lê-lo desconfiado e cético, mas, aos poucos, foi se envolvendo, passou a respirar as palavras e penetrar no drama dos personagens. Enquanto lia, se enxergava nos conflitos, participava de suas angústias e alegrias, chorava e ria com eles. Dias depois, devido a um acidente vascular, sofreu uma hemorragia cerebral e entrou em coma. Voltando à consciência por alguns instantes, citou trechos de O futuro da humanidade. E, além disso, embora fosse ateu, falou de Deus de uma forma como nunca fizera antes. E então fechou os olhos para esta vida..."

DECLARA O AUTOR SOBRE O LIVRO

[...] “fui às lágrimas ao escrever seus textos, como se tivesse colocado um pedaço de mim em cada parágrafo, reconstruindo histórias reais de pessoas fascinantes que encontrei ao longo da minha jornada como ser humano e de minha trajetória como estudante de medicina e, mais tarde, como psiquiatra, psicoterapeuta e, em especial, como pesquisador do mais complexo dos mundos: a mente humana.” [...]

A MENTE – UM UNIVERSO E SUAS COMPLEXIDADES

[...] “Falcão, um dos personagens centrais deste romance, demonstra que a mente humana abriga um universo ainda maior e mais complexo que aquele que se restringe ao mundo físico. Falcão é um filósofo inteligentíssimo que desenvolve uma grave psicose. Ao se reorganizar, se torna irreverente e passa a cantar e fazer discursos em lugares impróprios, conversar com as flores e abraçar as árvores” [...]

VAI MAIS LONGE O AUTOR

[...] "Este livro revela que, tal como os cadáveres na sala de anatomia, estamos perdendo nossa humanidade, nos transformando em meros consumidores, simples números de cartão de crédito e de passaporte. Isso é inquietante! A perda de nossa humanidade corrói nossa saúde emocional e intelectual sem que percebamos. Esfacela ainda a arte de pensar e nossa capacidade de perceber a dor dos outros, nos torna seres punitivos e autopunitivos." [...]

"Se você não brincar com a vida, a vida brigará com você." (O Futuro da Humanidade) Augusto Cury

Montanhas

SOMOS SERES IMPERFEITOS, PERFEITOS OU PERFECTÍVEIS?

27/02/2022

“METÁFORA DO MEIO-DIA”

Ninguém é perfeito, mas também não estamos condenados à imperfeição. Ao recorrer ao papel filosófico da “metáfora do meio-dia” verificamos que o homem é apenas meio, ponte entre o ser primitivo e o ser de relativa perfeição, pois, a perfeição absoluta, só ao Criador pertence. Todavia, esta visão não é apenas exclusiva da filosofia de Nietzche, mas também da antropologia de Lévy-Strauss e de muitas religiões e doutrinas, principalmente as orientais.

PLENAMENTE PERFECTÍVEL

O mundo é uma grande escola e precisamos aprender a aprender e a aprender a esquecer muitas coisas também.

O Homem mesmo que imperfeito é plenamente perfectível como expresso na carta do apóstolo João: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é” (1 João 3, 1-2).

“A CORAGEM DE SER IMPERFEITO”

Cassandra Brené Brown, professora na Universidade de Houston, explica em seu livro “A Coragem de Ser Imperfeito” que para sermos capazes de aceitar quem somos, precisamos de coragem para assumir as vulnerabilidades em nossas vidas. É importante ressaltar que a vulnerabilidade é diferente de fraqueza.

Ao aceitarmos estar vulneráveis, somos capazes de compartilhar nossas ideias, opiniões, emoções e sentimentos, de maneira saudável, fazendo, assim, com que o outro seja capaz de, verdadeiramente, nos conhecer e estabelecer um elo de amizade e confiança. E segundo a autora, não fomos feitos para vivermos sozinhos.

“PARE DE SE SABOTAR E DÊ A VOLTA POR CIMA”

Você acredita que realmente conhece bem a si mesmo? Flip Flippen, educador e psicoterapeuta, explica no livro “Pare de Se Sabotar e Dê a Volta Por Cima” que precisamos aprimorar nosso autoconhecimento para acabarmos com os ciclos de autossabotagem e com a constante sensação de que iremos falhar.

O primeiro passo nessa jornada é identificar suas dificuldades e começar a enfrentá-las uma de cada vez. Se for difícil reconhecer esses problemas, que se tornam pesos limitantes na sua vida, peça ajuda de terceiros em quem você confia, algumas vezes precisamos de auxílio para caminhar rumo ao autoconhecimento.

Na sua busca por autoaceitação, é necessário mais do que reflexão, é necessário ação!

QUESTÃO 115 DO LIVRO DOS ESPÍRITOS

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, e para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe, os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa ao seu destino final. Outros só a suportam murmurando e assim, por sua culpa, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”

a) – Segundo o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças, ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?

“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas a vida do homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”

"Sou um humano imperfeito que busca no ápice dos erros a perfeição de seus atos."

Deávila Ferreira

Areia

DE VOLTA AO "CAMINHO DO GUERREIRO PACÍFICO"

26/02/2022

Voltemos à abordagem do livro “O Caminho do Guerreiro Pacífico”, de Dan Millman?

Relembrando: O livro fala do guerreiro pacífico que existe em cada um de nós, em busca do significado e o propósito verdadeiro da vida.

Dando continuidade ao diálogo entre o personagem Sócrates, e o autor, Millman.

COMPREENSÃO NÃO É PERCEPÇÃO

[...] Fala de “Sócrates”: - “Os segredos do universo estão gravados nas células do seu corpo. Mas você ainda não aprendeu como ler a sabedoria do corpo. Seu único recurso tem sido ler livros e ouvir os especialistas, esperando que estejam certos. Você entende muita coisa mas não percebe nada. A compreensão é unidimensional. É a compreensão pelo intelecto que leva ao conhecimento. A percepção, por outro lado, é tridimensional. É a compreensão simultânea da cabeça, do coração e instinto..” [...]

CONHECIMENTO VERSUS SENTIMENTO

[...] – “Apenas o conhecimento não basta; ele não tem coração. Nem todo o conhecimento do mundo conseguirá nutrir ou sustentar seu espírito, jamais poderá lhe proporcionar a felicidade ou a paz absoluta. A vida exige mais do que conhecimento; ela exige sentimentos profundos e energia constante. A vida requer ação correta, para que o conhecimento tenha vida.” [...]

ASSUMIR RESPONSABILIDADES E NÃO TRANSFERIR

Certa vez, Dan cometeu o erro de criticar seus colegas da faculdade. E Sócrates respondeu o seguinte:

[...] – “É melhor você assumir a responsabilidade por sua vida em vez de culpar outras pessoas, ou as circunstâncias, por suas dificuldades. Se abrir os olhos, saberá que o seu estado de saúde, a felicidade e tudo o que acontece na vida, em grande parte, foi causado por você, consciente ou inconscientemente. Quando você assumir a inteira responsabilidade pela sua vida, poderá tornar-se completamente humano; tornando-se humano, poderá descobrir o que significa ser um guerreiro.” [...]

ILUSÕES PESSOAIS

[...] Sócrates: - “Preciso entender suas ilusões pessoais, a fim de conhecer a gravidade da doença. Teremos de limpar a sua mente, e só então, a porta para o caminho do guerreiro se abrirá.”

TUDO ESTÁ NA MENTE QUE NÃO MENTE

“Pela primeira vez compreendi por que amava tanto a ginástica. Ela me proporcionava uma trégua abençoada da mente ruidosa. Quando eu estava dando saltos mortais e lançando-me na barra, mais nada importava.”

Dan começou a perceber que isso não era só com ele: O mundo era habitado por mentes que giravam mais rápido que qualquer vento, em busca de distração e de um modo de escapar as dificuldades da mudança, ao dilema da vida e da morte, em busca de um objetivo, de segurança e de diversão, tentando compreender o sentido do mistério.

Todos, em toda parte, viviam uma busca confusa e amarga. A realidade nunca condizia com seus sonhos, a felicidade estava logo depois da esquina – uma esquina a que jamais chegavam. E a origem de tudo isso era a mente humana.” [...] (pensamentos do autor, Dan Millman).

A GUERRA EM NÓS

25/02/2022

"A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar." Sun Tzu

PREAMBULANDO

O enfrentamento na maioria das vezes é necessário, porém, o confronto com o uso da força bruta não será a solução mais inteligente e sábia a ser tomada para solucionar conflitos. É preciso encontar outras formas de equacionar os problemas.

O entendimento que a guerra é sobretudo a predominância do nosso instinto animal de supremacia pela força. É devido ao fato de ainda se pronunciar, em nós, a fragilidade moral, e por acreditarmos que somente seremos entendidos e respeitados quando exibirmos a musculatura anabolizada, ou seja, quando através da imposição, e não da diplomacia e diálogo, fizermos valer nossos irracionais argumentos. Isso se deve ao fato de ainda estarmos nos estágios iniciais de evolução; o que nos leva à tomada de decisões e escolhas infelizes com consequências catastróficas.

O QUE LEVA O HOMEM À GUERRA?

“Predominância da natureza animal sobre a natureza espiritual e saciedade das paixões. No estado de barbárie, os povos só conhecem o direito do mais forte; é por isso que a guerra constitui para eles um estado normal. À medida que o homem progride, ela se torna menos frequente, porque ele lhe evita as causas; e quando ela é necessária, ele sabe fazê-la com humanidade.” (questão 742 do L.E.)

O USO INCONDICIONAL DO LIVRE-ARBÍTRIO

Se Deus permite a guerra é porque dela o homem pode tirar lições valiosas através do seu livre-arbítrio. Através dos acontecimentos tristes das guerras tivemos avanços sociais necessários. As primeiras guerras que buscavam a liberdade de povos oprimidos e até mesmo as guerras mais recentes que fizeram boa parte da humanidade repensar suas atitudes e o tipo de sociedade que desejam se tornar.

FREUD EXPLICA

Em sua segunda tópica, Freud apresentou três subpersonalidades em conflito: uma que busca satisfazer desejos o tempo todo, uma que adapta essa procura ao mundo real e uma desmancha-prazeres. O resultado dessa briga psíquica? VOCÊ... em guerra.

Nota: Na obra de Freud, há duas grandes formas de ver a estrutura da mente, a saber: a primeira tópica e a segunda tópica. 

ALGUM DIA, A GUERRA DESAPARECERÁ DA FACE DA TERRA?

“Sim, quando os homens compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa época, todos os povos serão irmãos.” (questão 743 do L.E.)

AO FINALIZAR, "PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS “FLORES”

De Ucrânia em Ucrânia, Putin, Biden e Zelensky, enchem o papo... da guerra. Isso por não compreenderem a Lei de Justiça dos homens, e ainda, não praticarem a Lei Divina, perfeita, eterna e imutável.

E para amenizar as dores e preocupações que a guerra provoca, ouçamos essa belíssima canção, na potente e magistral interpretação de Louis Armstrong. Tenhamos uma bela sexta-feira, apesar dos pesares... 
"What a Wonderful World" (Que mundo maravilhoso). Apesar de utópico, mas maravilhoso.

Clique aqui (Música): What a Wonderful World - Louis Armstrong

“O Caminho do Guerreiro Pacífico”

24/02/2022

Amigos em movimento constante de reflexão. Paz e Luz!

Na “REM” do dia 22 de janeiro, próximo passado, iniciei a abordagem do livro “O Caminho do Guerreiro Pacífico” de Dan Millman. Estamos voltando, hoje, à envolvente “saga espiritual” retratada no livro.

RESENHANDO

Este conto, bem humorado, fala do guerreiro pacífico que existe em cada um de nós, o levando a descobrir o significado e o propósito verdadeiro da vida.

Palavras do autor:

“Hoje percebo que de alguma maneira eu estivera dormindo durante todos aqueles anos, apenas sonhando que estava acordado – até conhecer Sócrates, que iria se tornar meu mentor e amigo. Antes disso, eu sempre achava que uma existência de bom nível, prazeres e sabedoria eram um direito meu inato e me seriam automaticamente concedidos com o passar do tempo. Jamais desconfiei que teria de aprender como viver – que havia disciplinas e modos específicos de ver o mundo, que eu precisava dominar antes de poder despertar para uma vida simples, feliz e descomplicada.“

O ENREDO

Ao se deparar (o autor) com um senhor de cabelos brancos, “Sócrates”, (o mesmo que tinha visto em seus sonhos). Eles começaram a conversar e várias coisas mágicas acontecem – uma mistura de realidade com sonho. Segundo Millman, o homem a quem dera o nome de “Sócrates” realmente existiu…

 “Sócrates” diz algumas coisas bem interessantes a ele:

“Sócrates apontou os erros do meu caminho, comparando-os com o caminho dele, o caminho do guerreiro pacífico. Costumava zombar de minha vida séria, problemática e cheia de preocupações, até que passei a enxergar através de seus olhos de sabedoria, compaixão e humor“.

PROFESSOR ADEQUADO

 (…) Este mundo é uma escola. A vida, na verdade, é o único professor possível. Ela oferece muitas experiências; mas se apenas a experiência proporcionasse sabedoria e realização, então os velhos seriam todos iluminados e satisfeitos. Mas a experiência oculta suas lições. Posso ajudá-lo a aprender com as experiências, a ver o mundo com clareza, que, neste momento, é só do que você precisa. Você já viveu muita coisa, mas pouco aprendeu.”

SÓCRATES CONTINUA E DIZ:

 “- Assim como a maioria das pessoas, você foi ensinado a conseguir informações fora de si mesmo: dos livros, revistas e autoridades” (ele começa a encher o tanque de gasolina de um carro até transbordar) -“Assim como este tanque, você está transbordando ideias preconcebidas, está repleto de informação inútil. Guarda muitas verdades e opiniões, mas sabe muito pouco sobre si mesmo. Antes de estar apto para aprender, terá, em primeiro lugar, que esvaziar o seu tanque. Você poderia limpar esta sujeira?”

SEM COLOCAR O PONTO FINAL

Observem que a interlocução entre o autor e o personagem “Sócrates” cria uma ambientação psicológica muito interessante e envolvente, que convida o leitor a “viajar” nos seus questionamentos existenciais, conflitos, e nas suas inquietantes necessidades de repensar a vida, para transformar o seu existir. Espero que estejam gostando. Deixo com vocês aquele gosto de “quero mais”...

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PATRONO DA ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL

23/02/2022

Contar a história da vida de uma determinada pessoa. Descrever os fatos particulares da sua vida, com a maior precisão possível. Relatar dados e acontecimentos importantes. Esse tipo de narrativa aborda os aspectos pessoais do personagem biografado e, também, o contexto social no qual se insere. E foi num contexto social, marcado de forma indelével na memória do povo brasileiro, que surgiu o personagem Luiz Gama.

BIOGRAFIA DE LUIZ GAMA

Luiz Gama (1830-1882) foi um importante líder abolicionista, jornalista e poeta brasileiro. É o patrono da cadeira n.º 15 da Academia Paulista de Letras.

Luiz Gonzaga Pinto da Gama nasceu em Salvador, Bahia, no dia 21 de junho de 1830. Filho de um fidalgo de origem portuguesa (cujo nome jamais citou) e da escrava livre Luiza Mahin que, segundo ele, participou da revolta do Malês em 1835 e da Sabinada em 1837, tendo como consequência a fuga para o Rio de Janeiro, deixando-o aos cuidados do pai.

MOEDA DE TROCA. CURSO DE DIREITO E DEFESA JURÍDICA DOS ESCRAVOS

Em 1840, com 10 anos, Luiz Gama foi levado, por seu pai, para o Rio de Janeiro e vendido ao negociante e alferes Antônio Pereira Cardoso, para pagar uma dívida de jogo. Pelo fato de ser baiano, que tinha fama de insubordinado, o comerciante não conseguiu vendê-lo e o levou para sua fazenda no município de Limeira.

Com 17 anos, Luiz Gama conheceu o estudante Antônio Rodrigues do Prado, hóspede da fazenda de seu pai, que lhe ensinou a ler e escrever.

Em 1848, com 18 anos, sabendo que sua situação era ilegal, uma vez que sua mãe era livre, Luiz fugiu para a cidade de São Paulo e conquistou a alforria na justiça. Nesse mesmo ano, alistou-se na Força Pública da Província.

Em 1850, Luiz Gama casou-se com Claudina Gama, com quem teve um filho. Ainda em 1850, Luiz Gama tentou ingressar no curso de Direito do Largo de São Francisco, mas a faculdade recusou sua inscrição porque era negro, ex-escravo e pobre. Mesmo sendo hostilizado pelos professores e alunos, ele assistia às aulas como ouvinte.

Em 1854, após uma insubordinação na Força Pública, ele ficou 39 dias preso, sendo em seguida expulso da corporação. Mesmo sem ter se formado em Direito, adquiriu conhecimentos que lhe permitiu atuar na defesa jurídica dos escravos. Em 1856 tornou-se escriturário da Secretaria de Polícia da Província de São Paulo.

JORNALISTA E COFUNDADOR DO JORNAL PAULISTANO

Em 1864, junto com o ilustrador Ângelo Agostini, Luiz Gama inaugurou a imprensa humorística paulista ao fundar o jornal Diabo Coxo, que se destacou por utilizar caricaturas que ilustravam as reportagens dos fatos cotidianos da conjuntura social, política e econômica, o que permitia aos iletrados compreenderem os fatos.

Em 1869, junto com Rui Barbosa, fundou o Jornal Paulistano. Colaborou com diversos jornais progressistas, entre eles, Ipiranga e A República.

DE ESCRAVO A ADVOGADO ABOLICIONISTA

Luiz Gama esteve sempre envolvido nos movimentos contra a escravidão, tornando-se um dos maiores líderes abolicionistas do Brasil. Em 1873 participou da Convenção de Itu, que criou o Partido Republicano Paulista.

Ciente de que naquele espaço dominado por fazendeiros e senhores de escravos suas ideias abolicionistas não receberiam apoio, passou a denunciá-los e condená-los de todas as formas. Em 1880, foi o líder da Mocidade Abolicionista e Republicana.

Luiz Gama trabalhou na defesa dos negros escravizados exercendo a profissão de “rábula” - nome dado aos advogados sem título acadêmico, por meio de uma licença especial, o provisionamento.

Nos tribunais, Luiz Gama usava uma oratória impecável, e com seus conhecimentos jurídicos defendia os escravos que podiam pagar pela carta de alforria, mas eram impedidos da liberdade por seus donos. Defendeu os escravos que entraram no território nacional após a proibição do tráfico negreiro de 1850.

Participava de sociedades secretas, como a Maçonaria, que o ajudava financeiramente.

LIVROS E POEMAS

Luiz Gama projetou-se na literatura em função de seus poemas, nos quais satirizava a aristocracia e os poderosos de seu tempo. Muitas vezes ele se ocultava sob o pseudônimo de Afro, Getulino e Barrabás.

Em 1859, Luiz Gama publicou uma coletânea de versos satíricos, intitulada Primeiras Trovas Burlescas de Getulino, que fez grande sucesso, na qual se encontra o poema “Quem Sou Eu?”.

MEMÓRIA RESGATADA

Vítima do apagamento histórico por mais de um século, aos poucos, o papel de Luiz Gama vem sendo resgatado. Em documentos recém encontrados foram comprovadas as ações do jovem abolicionista.

Em 1872, Luiz Gama ganhou uma ação para libertar 217 escravos no Supremo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, última instância do Poder Judiciário no tempo do Brasil Imperial.

Em 2015, a Ordem dos Advogados do Brasil o reconheceu como advogado, corrigindo uma injustiça cometida ao recusar a inscrição do jovem negro. Em 2017 Luiz Gama foi homenageado quando uma das salas da instituição recebeu o seu nome.

Em 2018 recebeu o título de Patrono da Abolição da Escravidão no Brasil e teve seu nome inscrito no livro dos heróis da pátria. Justa homenagem para o advogado da liberdade.

O coroamento de sua dedicação aconteceu em 2021, com o lançamento do filme Doutor Gama, que conta a história do personagem desde a infância até sua consagração como advogado abolicionista, que segundo pesquisas recentes libertou mais de 700 escravos.

FONTES

Biografia de Luiz Gama. Por Dilva Frazão, biblioteconomista e professora.

Artigo: “Luiz Gama, Abolicionistas, Escravidão no Brasil”, Fundação Biblioteca Nacional, de 13 de maio 2020.

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"PODRES PODERES"

22/02/2022

Será que algo exerce mais inebriante fascínio sobre os seres humanos do que o PODER?

A palavra poder denota a capacidade presente de fazer. O poder é força, potência, capacidade e, ao mesmo tempo, autoridade. Trata-se da capacidade de imposição ou de conquista, seja pela força bruta, seja pelo convencimento da argumentação.

JOGO DE TODOS

Ele não é um jogo só de elites, todas as classes sociais dele participam, querendo ou não.

“Enquanto os homens exercem Seus podres poderes...”

O exercício do poder tem propensão para o mau? Está sempre em mãos de pessoas de má índole?

No primeiro clássico da modernidade política - O Príncipe - Maquiavel desconfia das promessas antigas do bom regime e da virtude humana. E com o seu pessimismo, baseia o poder político na produtividade do mal.

Enquanto para Hobbes, o Estado encontra-se personificado na figura do soberano. Esse soberano, com posse do poder de todos os homens, funcionaria como agente de manutenção de ordem da sociedade.

Hannah Arendt fundamenta o poder na capacidade de ação conjunta das pessoas, e a política no espaço criado pela reunião de mulheres e homens capazes de agir e de trazer a novidade ao mundo.

Contrariamente, Michel Foucault nega a existência de qualquer lugar privilegiado para ocorrência do poder. Para ele, o poder torna-se uma rede de relações sociais combinando sujeição e criatividade de forma ambígua.

A questão do poder é colocada desde que o ser humano começou a pensar sobre si mesmo: “com o poder, os fatos básicos da coexistência humana estão submetidos a exame.”


HANNAH ARENDT 

"Origens do totalitarismo" - assim se chama o livro em que Hannah Arendt tratou dos regimes violentos do século XX. Já o título reflete a tentativa de especificar aquilo que é inédito e comum no nazismo e no stalinismo.

Nascida como judia na Alemanha e se tornado apátrida pelo regime nazista, Hannah Arendt não teve como se esquivar do fenômeno do totalitarismo. A princípio, ela desejava se dedicar exclusivamente à filosofia. No entanto, após 1933, Arendt encontra seu tema no conflito entre filosofia e política, entre saber e poder. Hoje celebrada como a grande pensadora política do século XX, Arendt compreendeu-se a si mesma como pária na sociedade fechada dos filosófos.

 "Eu não pertenço à liga dos filósofos. Minha profissão - se é que se pode falar em profissão - é a teoria política. A propósito, eu nem considero ter sido admitida na liga dos filósofos" (Arendt, 1996, p. 44).

Hannah Arendt descobre o lugar mágico do poder na esfera pública em que os seres humanos lutam, como cidadãos, por reconhecimento recíproco. Seu ideal hermético procura a proximidade com a antiguidade, e distancia-se dos instrumentos modernos de poder e de seus imaginários.


MICHEL FOUCAULT (ou onde o poder se torna visível)

Foucault procura os cenários principais do poder não mais na antiguidade ou na era do totalitarismo, e sim na passagem do século XVIII para o XIX. Aqui, ele vê surgir um novo tipo de poder - e, ao mesmo tempo, o indivíduo moderno. Os novos heróis e vítimas da modernidade foucaultiana se chamam poder disciplinar e indivíduo disciplinar (Foucault, 1994).


FINALIZANDO

[...] “A crítica da modernidade empreendida por Foucault descarta prematuramente os instrumentos críticos necessários para colocar o próprio poder em questão. Direito, lei, vontade, liberdade, soberania - esses conceitos não podem sustentar nenhuma crítica no campo de poder da teoria foucaultiana. Para os princípios dos direitos humanos, para a autonomia e para a legitimidade democrática não há mais lugar. Foucault arruína o direito como meio de crítica do poder. Para fortalecer o projeto moderno a favor da própria modernidade, a história pós-moderna do indivíduo tem que ser reescrita. Também a pergunta do poder teria que ser novamente colocada. A última palavra sobre o poder não deveria ser a de Foucault.”

Fonte: trechos extraídos do artigo de Karlfriedrich Herb, publicado pelo Scientific Electronic Library Online (SciELO), em 21 Mar 2013. Sendo a tradução das citações feita por Roberto Cataldo Costa.

EM TEMPO

Ainda sobre Poder e Violência e tomando como exemplo a frase de Arendt (topo da página); tem um conto indiano que nele: “Buda caminha com seus discípulos quando surge um sujeito destemperado à sua frente, gritando impropérios. Buda nada faz, escuta tudo calmamente.

Desconcertado pela não reação de Buda, o homem atormentado vai embora.”

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"VIDA APÓS A "MORTE"

21/02/2022

Robert Bigelow, magnata norte-americano, nos últimos 30 anos, tem investido em pesquisas sobre fenômenos paranormais, buscas por vida extraterrestre e em projetos espaciais. Promoveu recentemente, um concurso sobre as melhores evidências que comprovariam a existência da vida após a morte.

PSICOGRAFIA DE CHICO XAVIER
Com um ensaio sobre a obra psicográfica de Chico Xavier, os pesquisadores Alexandre Caroli Rocha, Marina Weiler e Raphael Fernandes Casseb foram premiados no referido concurso.

Os três brasileiros apresentaram um ensaio sobre a psicografia de Chico Xavier, intitulado A mediunidade como a melhor evidência para a vida após a morte: Francisco Cândido Xavier, um corvo branco, que foi premiado no segundo grupo. Foi o único a centrar seus argumentos na análise de psicografias.


A ESTRATÉGIA METODOLÓGICA
“Dividimos os livros do Chico Xavier em três grupos: primeiro, aqueles que ele atribuiu a autores como Emmanuel e André Luiz, nomes que não nos remetem a pessoas conhecidas; segundo, os atribuídos a escritores bem identificados, com obra publicada em vida, como Humberto de Campos, Olavo Bilac e dezenas de outros; terceiro, os das cartas familiares, atribuídas a pessoas bem identificadas, mas sem obra publicada em vida."

BASE DE ARGUMENTAÇÃO
Para a neurocientista Marina Weiler, que reside atualmente nos Estados Unidos, “a obra psicográfica de Chico Xavier apresenta informações muito detalhadas e específicas dos autores aos quais as obras são atribuídas, muitas vezes de conhecimento apenas do falecido autor. No nosso ensaio, tentamos mostrar exemplos dessas informações inacessíveis a Chico Xavier para fortalecer a hipótese de uma existência de vida após a morte”.


TEMA CONTESTÁVEL E INDIGESTO PARA A CIÊNCIA
Segundo Raphael Casseb, também neurocientista, “o concurso permitiu chamar a atenção para um tema que é normalmente ignorado na grande maioria dos centros de pesquisa. Ao promover o concurso, o empresário americano ligou os holofotes sobre um tema controverso para a ciência, mas de um interesse imensurável para a sociedade, que é a continuidade (ou não) de alguma forma da personalidade humana”.

FENÔMENOS "INUSITADOS"... PARA MUITOS
Os autores acrescentam que a obra de Chico Xavier “fornece fenômenos tão intrigantes que muitos cientistas preferem ignorar, porque lhes causam desconforto. Entretanto, com esse ensaio, não pretendemos achar provas definitivas de vida após a morte, tampouco achamos que estamos lidando com uma verdade inquestionável. Nosso objetivo foi convidar os leitores, principalmente os cientistas, a estudarem o tema de mente aberta, uma vez que esses fenômenos desafiam as visões tradicionais do meio acadêmico”.


CORVO BRANCO
Corvo Branco é uma expressão da filosofia contra o indutivismo, que obtém conclusões gerais a partir de premissas individuais. Ou seja, basta um corvo branco para falsificar a afirmação de que todos os corvos são negros.


Acesso aos textos dos ensaios em: www.bigelowinstitute.org/contest_winners3.php.


Fonte: correio.news. Por Eliana Haddad

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"A SOCIEDADE ABERTA E SEUS INIMIGOS"

20/02/2022

Talvez a principal obra de Popper. Após confrontar a sociedade tribal com a sociedade democrática, o autor "aponta o historicismo como teoria que pode realizar a regressão da sociedade aberta para a tribal, uma vez que este prega o determinismo no destino dos indivíduos e, portanto, retira o componente de responsabilidade individual pelo futuro da sociedade".

O HISTORICISMO
É “a doutrina de que a história é controlada por leis históricas ou evolucionárias específicas, cujo descobrimento nos capacitaria a profetizar o destino do homem”.


"A REPÚBLICA"
Principal obra de Platão, "onde se ver a defesa pela separação de classes (com o cuidado de evitar a mistura em sua procriação), críticas às democracias e a preferência por regimes mais centralizados... “Sua doutrina – nos diz Popper - é a de que o estado é tudo e, o indivíduo, nada”.


"PARADOXO DA LIBERDADE"
Conceito utilizado por Popper que diz: “A liberdade, como vimos, derrota a si mesma, se for ilimitada”. “Liberdade ilimitada – prossegue Popper - significa que um forte é livre de agredir um fraco e roubar a liberdade deste."


A DEFESA PELA DEMOCRACIA
Segundo o autor, "decorre não por ideais como a voz do povo ou desejo da maioria, mas pelo fato dessa limitar o poder dos políticos, estreitando as consequências de seus atos sobre toda a sociedade". O argumento implícito é que o acúmulo de poder, seja para quem for, é prejudicial para a humanidade, ainda que o ocupante de tal poder seja benevolente...


FINALIZANDO...
Com a dedução de que o destino de cada homem cabe a ele próprio, fica o entendimento da importância do exercício da responsabilidade individual, apesar das constantes tentativas de transferência, da mesma, para terceiros, que tem como único objetivo se eximir das consequências adversas.


Fonte: portal Velha Economia (Discussões e reflexões dos principais temas de economia). Por Luccas Attílio (Professor de Economia)

"Viva a sociedade alternativa! (A lei do forte, essa é a nossa lei, e a alegria do mundo)"

UM GIGANTESCO E DOMINICAL ABRAÇO "SEM O PARADOXO DA LIBERDADE"

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"A FILOSOFIA E O CONHECIMENTO DA DOR"

19/02/2022

"Em geral, os filósofos antigos não se esforçam para justificar ou eliminar a dor física, exceto quando, por exemplo, elogiam aqueles que sabem resistir à tortura e, ao contrário, deixam a sua administração aos médicos da tradição hipocrática. Mas há um momento na história da humanidade em que a dor, não só a moral, mas em particular a física, muda de sinal: isso acontece com o cristianismo, em que o modelo de vida torna-se o Cristo sofredor, cuja dor assume uma função salvífica."

FENÔMENO UNIVERSAL

Desde o início, portanto, cada cultura refletiu sobre essa experiência inevitável da natureza humana e também animal, que é a dor. E não falo só da filosofia grega ou da cristã: basta pensar no budismo, doutrina baseada na consciência da dor e do sofrimento como realidades universais, mas que podem ser vencidas através do seu anulamento na insensibilidade, no Nirvana, justamente, o fim dos sofrimentos, das dores e das paixões.

DOR "MÁ"?

A dor se torna má quando, depois de ter nos advertido de que algo não vai bem, permanece e, ao contrário, se intensifica, embora tenhamos tomado o cuidado que deveria eliminar a sua causa. Insuportável é a dor má quando é física, e igualmente insuportável quando é moral.
Conclui Umberto Eco: "Parece-me que é sobre a dor moral que se entretiveram os primeiros filósofos do Ocidente, como por exemplo Demócrito, que afirma que ela pode ser eliminada com a busca da euthymìa, ou seja, da tranquilidade, da serenidade de espírito."

Artigo de Umberto Eco. Maio, 2015.

O cérebro humano

18/02/2022
(Reflexão do dia 18 postada em 19/02/2022)

“O cérebro humano representa, aproximadamente, 2% do peso corporal, e consome 20% do oxigênio e da glicose do organismo. Em estado basal, o cérebro pode consumir 350 calorias em 24 horas, isso é, 20% do que costumamos gastar por dia”. É o que afirma Javier DeFelipe, professor de pesquisa do Conselho Superior de Pesquisas Científicas.

MAIOR CONSUMIDOR DE ENERGIA

Todos os processos fisiológicos precisam de energia, mas “o cérebro é o órgão que mais consome energia”, diz DeFelipe, e além disso está continuamente funcionando, mesmo durante a noite, o que justifica seu grande gasto energético.

DEVORADOR DE GLICOSE

O combustível do cérebro é a glicose, da qual obtém o ATP (trifosfato de adenosina) necessário para realizar todos os processos metabólicos. Um cérebro adulto consome cerca de 5,6 miligramas de glicose para cada 100 gramas de tecido cerebral por minuto.

FINALMENTE, PENSAR EMAGRECE?

Logicamente, a resposta seria afirmativa (seguindo o silogismo: pensar queima calorias e queimar calorias emagrece, logo, pensar emagrece). Mas não é assim! "Claramente, pensar não emagrece, talvez pensar enquanto se caminha com vigor ou durante os exercícios físicos"

Fonte: trechos extraídos do artigo publicado por Ángeles Gómez, no jornal El País, em novembro de 2018.

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