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Foto do escritorAntonio Jose Silva

UMA VERDADEIRA BRIGA PSÍQUICA

02/01/2025


INTERESSES DIVERGENTES E CONFLITANTES

Na visão Freudiana existem em nós, três subpersonalidades em permanente conflito: uma que busca satisfazer desejos o tempo todo, uma que adapta essa procura ao mundo real e uma desmancha-prazeres. E qual é o resultado dessa briga psíquica? Não poderia deixar de ser... Eu e você, Nós.


UMA EXPERIÊNCIA HÁ 71 ANOS

Em 1954, pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, descobriram que ratinhos podiam se matar de tanto perseguir sensações de prazer. Os cientistas introduziram eletrodos em algumas partes do cérebro dos animais e, quando um rato batia a pata numa alavanca, ele recebia um estímulo elétrico nessas regiões. O estímulo tanto podia ser prazeroso como repulsivo, ou não provocar reação nenhuma no bichinho. A surpresa veio quando a escolhida foi a área septal do sistema límbico – uma parte responsável pelas nossas emoções. Os ratos gostaram tanto dos choquinhos nessa área do cérebro que não pararam mais de bater na alavanca, sem dar bola para mais nada. Mais nada mesmo: esqueceram-se de comer e beber, e morreram de cansaço.


A SEGUNDA TÓPICA

Você já viu neste dossiê: Freud usou o termo tópica para falar das divisões do aparelho psíquico, e fez isso duas vezes. A primeira, que surgiu na virada do século 19 para o 20, divide esse aparelho em consciente, pré-consciente e inconsciente. Já a segunda tópica apresenta um novo trio formador da nossa personalidade: id, ego e superego. Essa divisão começa a ser apresentada em Além do Princípio do Prazer (1920), mas ganha corpo mesmo três anos depois, no ensaio O Ego e o Id.


A COMPLEXIDADE DOS COMPORTAMENTOS HUMANOS

É importante conhecer dois princípios que regem o funcionamento mental, segundo a psicanálise: o princípio do prazer e o princípio da realidade. Freud falou deles pela primeira vez em 1911, no ensaio Formulações sobre os Dois Princípios do Funcionamento Mental, bem antes de lançar ao mundo sua segunda divisão da mente.


VALE TUDO PELO PRAZER (I)

O primeiro tem por objetivo proporcionar prazer e evitar desgostos, custe o que custar. Ele pede que a mente se esforce para atender aos nossos impulsos mais básicos e primitivos: sexo, raiva, fome etc. Enquanto esse impulso não é atendido, a mente fica num estado de ansiedade, que só desaparece quando o estímulo é satisfeito.


VALE TUDO PELO PRAZER (II)

Já o princípio da realidade confronta o do prazer, impondo as restrições necessárias para que nossas vontades se adaptem ao mundo real. Afinal, não é viável – nem possível – fazer sexo a toda hora, em qualquer lugar, por mais que você esteja a fim.


E POR FIM

Em uma outra, oportuna postagem, falaremos sobre as instâncias da segunda tópica: o id que é a parte da mente que quer gratificação imediata de todos os seus desejos e necessidades. Do ego mediador que se baseia no princípio da realidade. E, finalmente, do superego que se baseia nos valores da sociedade e nas regras de conduta que herdamos dos nossos pais para agir como um juiz das nossas intenções. Aguardem e ótimo insight!





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