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26/09/2024


GERENCIANDO AS EMOÇÕES

A inteligência socioemocional se refere à capacidade de reconhecer, compreender e regular as próprias emoções. Inclui também a habilidade de estabelecer relacionamentos interpessoais saudáveis, demonstrar empatia e tomar decisões com base em considerações emocionais e sociais.


"A ERA DAS TREVAS EMOCIONAIS"

Em seu livro, “Inteligência Socioemocional”, Augusto Cury se debruça sobre o que ele chama de a era das trevas emocionais. O termo remonta ao período da Idade Média, mas a escuridão do passado jamais deixou de avançar pelos séculos seguintes, embora por vezes timidamente. O breu permanece até hoje. É justamente o tempo presente o cenário de estudo do múltiplo Cury, psiquiatra, cientista, pesquisador e escritor com milhões de livros vendidos. “Inteligência Socioemocional” segue a rota de outros títulos do autor ao identificar certas amarras para, habilmente, afrouxá-las.


A TRISTE DESUMANIDADE

Ele apresenta ferramentas para se desvencilhar da escuridão provocada pelo medo, pela lei do menor esforço e pela desumanidade. “Estamos coletivamente vivenciando a era da falência emocional e do esgotamento cerebral, algo só experimentado em campos de batalha. Mas onde está a guerra que travamos?”, pergunta. Para ele, a resposta só pode ser uma: a mente. É por ela que a luta contra a ansiedade, a depressão, a solidão e o estresse deve começar.


A BALANÇA EM DESEQUILÍBRIO

Vivemos numa época de conexão aparentemente ilimitada e irrestrita. A camada tecnológica, por sua vez, camufla as consequências de seu progresso: mais interações virtuais – ou apenas ilusões de interação – e menos diálogo frente a frente. Menos desculpas, menos erros reconhecidos, menos paciência para o encontro. Mais solidão, mais angústia, mais preocupações. Mais excesso de notícias, mais estresse, mais respostas prontas e menos informação confiável. Mais discriminação e menos qualidade de vida. Mais armas e menos conversa.


"PAIS INSPIRADORES E PROFESSORES ENCANTADORES

O autor entende “Inteligência Socioemocional” como uma obra de treinamento que busca mapear falhas para auxiliar em nossa reinvenção, num processo de educação que nos tira o sentimento de culpa, reelabora a ideia de imperfeição e nos convida à troca e ao convívio harmonioso. E mais ainda, a gestão de emoção é uma semente plantada para evitar a repetição de um ciclo perverso no futuro. Afinal, pais inspiradores e professores encantadores são essenciais na construção de outro tipo de vida. Uma vida iluminada. E, sim, são eles que iluminam.


PILARES DA GESTÃO DA EMOÇÃO

Ser autor da própria história

A primeira ferramenta é norteada pela ideia de autoconhecimento. É importante pensarmos aqui sobre o quanto nos conhecemos intimamente e a nossa disposição em investigar nossas fragilidades. A mente livre é pré-requisito para uma vida saudável.

Gerenciar os pensamentos

A segunda habilidade apontada por Cury visa capacitar o Eu. Isso implica em abandonar o conforto da plateia para sermos protagonistas de nossas vidas, assumindo as rédeas. A metáfora é conhecida, mas ainda pouco aplicada efetivamente, porque o controle da mente – movimento essencial para estabelecer o controle – prescinde de um exercício contínuo, uma disposição atacada pela fadiga crônica desse tempo, no qual concordamos em ser espectadores passivos.


E POR FIM, A SABEDORIA

A sabedoria deveria ser o motor que gerencia nossos pensamentos, pois ela ajuda a manter a qualidade de vida como alvo principal de nossas ações e a expandir a mente, explorando os campos da criatividade. Nesse sentido, a compreensão dos elementos de formação do Eu, especialmente os alojamentos da memória, é primordial para a tomada de consciência exigida pela vida plena.

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