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  • Foto do escritorAntonio Jose Silva

29/09/2024


DESCENDENTES DE UMA MESMA TRIBO

Eles são geneticamente idênticos, descendem de uma mesma tribo de 6 mil anos atrás e conviveram por paz por séculos. Para entender o conflito, é necessário voltar até cerca de 1850 a.C., quando um velho mercador da cidade de Ur, na Mesopotâmia (atual Iraque), recebeu um chamado de Deus. O Senhor ordenou-lhe que juntasse todos os seus pertences, abandonasse seu país natal e partisse em busca de um novo lar, rumo ao oeste: a terra de Canaã. Lá o mercador devia estabelecer sua descendência e dedicar-se ao culto de seu benfeitor, Jeová, o Deus único – uma novidade naqueles tempos politeístas. E lá se foi Abraão, com seu séquito de parentes, escravos e concubinas.


O COMBUSTÍVEL DA DESAVENÇA

A imigração judaica para a Palestina, entre os anos de 1920 e 1948, despertou a fúria dos árabes lá estabelecidos. Nesse período, toda a região transformou-se em um imenso barril de pólvora. Com o fim da Primeira Guerra e a vitória da Entente, a Liga das Nações – antecessora da ONU – determinou que a administração da Palestina fosse entregue à Grã-Bretanha. O chamado Mandato Britânico valeu de 1920 a 1948. E foi marcado por uma escalada de violência entre árabes e judeus estabelecidos ali. O combustível que mais alimentou as desavenças nos últimos anos: um aumento constante e exponencial da população judaica.


IMIGRAÇÃO JUDAICA

A imigração de judeus para a Palestina não era novidade quando os britânicos assumiram o controle. Perseguidos ou desprezados na Europa, eles começaram a imigrar para a “Terra Prometida” já no final do século 19. Em 1882, havia apenas uma pequena comunidade judaica, composta essencialmente de religiosos. Mas daquele ano até 1903, algo entre 20 mil e 30 mil somaram-se aos poucos que estavam lá. Outros 35 mil chegariam até 1914. Eles vinham principalmente da Europa Oriental, notadamente da Rússia e da Romênia, onde os pogroms – perseguições – eram mais violentos.


A QUEDA DO IMPÉRIO TURCO OTOMANO

Os atuais conflitos no Oriente Médio são, na maioria, consequência de um terremoto político e social que abalou o mundo no início do século 20: a queda do Império Turco Otomano. Na época, esse estado imenso dominava uma bela fatia do Oriente Médio, o norte da África e o leste da Europa – incluindo as regiões que hoje formam a Síria, o Iraque, Israel e os territórios palestinos.


A CIDADE DE TEL AVIV

Em 1896, o judeu alemão Theodor Herzl lançou o livro O Estado Judeu, propondo a colonização de algum território do mundo - não necessariamente a Palestina - pelos judeus. A imigração começou, primeiro, para perto da cidade portuária de Jaffa. Lá surgiria a cidade de Tel Aviv. Em 1917, ainda durante a guerra, os britânicos lançaram a Declaração de Balfour, dando apoio a um estado judeu na região. Com o território passando a suas mãos após a vitória, a imigração se intensificou.


SURGE O ESTADO DE ISRAEL

Após a Segunda Guerra, a revelação do Holocausto fez a opinião mundial pender a favor da criação de um Estado para os judeus, o que aconteceu em 1947.

Imediatamente, todos os países vizinhos declararam guerra aos judeus - que venceu, dominando um território contínuo bem maior o que da proposta. E que se expandiria ainda mais em 1967, na Guerra dos Seis Dias, quando a Faixa de Gaza foi tomada do Egito e a Cisjordânia, da Jordânia.


UM LEDO ENGANO

A Organização para a Libertação da Palestina declarou a independência em 1988 - que foi reconhecida por Israel em 1993, rendendo um Prêmio Nobel da paz em conjunto para o palestino Yasser Arafat e os israelenses Ytzhak Rabin e Shimon Peres. Acreditava-se então que a querela estava prestes a terminar. Uma doce ilusão...


E POR FIM, LAMENTAVELMENTE...

No dia 7 de outubro de 2023, o grupo palestino Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, matando cerca de 1.400 pessoas e fazendo mais de 200 reféns. Em contrapartida Israel já matou, também brutalmente, mais de 40 mil palestinos na Faixa de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu não quer resolver o conflito e sim, aniquilar de forma implacável os palestinos. Usa o legítimo direito de defesa como ilegítimo direito de vingança. Por sua vez, os colonos israelenses estão ocupando cada vez mais terras palestinas na Cisjordânia...





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